Esta é a segunda parte do meu comentário ao post do Ludwig.
O naturalismo científico.
Não foi por dogmatismo ou premissa que a ciência rejeitou as explicações sobrenaturais.
Não foi a ciência que rejeitou a explicação sobrenatural, mas sim grupos de cientistas que rejeitaram filosóficamente qualquer explicação não-naturalista.
Pelo contrário, no passado a intervenção divina foi a explicação fundamental para muitos fenómenos e a teologia era a “rainha das ciências”. O criacionismo bíblico foi aceite pela biologia até ao século XIX e Newton explicou a gravitação universal pela acção de Deus.
Sim, e durante o período em que a Biologia aceitava a origem sobrenatural das formas de vida, não houve cientista algum que visse contradição entre a sua ciência e a Bíblia. Pelo contrário, cientistas como Lineus, Couvier, Owen e muitos outros eram cristãos confessos e cientistas do mais alto calibre.
Sem esta, defendia Newton, a matéria inanimada nunca poderia atrair-se à distância.
Se calhar o que seria importante o Ludwig dizer é donde vêm as leis que gerem a matéria. Uma coisa e explciar como é que funcionam, outra é dizer donde vieram. O ateu, neste e em muitos outro pontos, não tem nenhuma explicação lógica. O cristão tem,não porque seja mais inteligente do que o ateu, mas porque o cristão acredita naquilo que Aquele que criou o mundo disse sobre o passado. Não é uma questão de inteligência, mas de moralidade.
Quando a relatividade de Einstein substituiu a teoria de Newton fê-lo por explicar fenómenos que a última não cobria e por fazer previsões correctas onde a teoria de Newton falhava. E, ao mesmo tempo, fez desaparecer o mistério que Newton explicava pela acção de Deus. Esta tem sido a norma na ciência dos últimos séculos.
Isto é um sintoma dos ateus. Esta é a sua lógica:
1. No passado, houve coisas cuja acção era atribuída a Deus, mas que a ciência moderna explica.
2. Hoje em dia há cristãos que atribuem a Deus coisas que a ciência não tem explicação.
3. Então, tal como no passado, estas coisas que são atribuídas a Deus, hão-de ter uma explicação naturalista.
A pergunta que se faz é: Como é que o ateu sabe disso? Como é que os ateus sabem que tudo tem uma explicação naturalista?
Novas teorias científicas vingam por prever melhor e com mais rigor gamas mais abrangentes de fenómenos e por se integrarem melhor umas com as outras.
Uma vez que a previsões da teoria da evolução têm sido um desastre autêntico, é lógico discartar-se essa dita teoria. Desde os chamados “orgãos vestigiais“, ao “junk DNA“, ao gradualismo, etc, etc, a teoria da evolução tem uma longa história de erros, fraudes (Piltdown Man, Nebraska Man), e previsões que não se materializaram.
E sempre, até agora, as teorias melhores são as que têm menos de sobrenatural.
Não necessariamente. As teorias melhores são aquelas que melhor explicam o que vêmos à volta. Segundo esse critério, a criação mantém-se bem mais credível que a magia darwinista.
Nada obriga a ciência a rejeitar Deus a priori. Foi a sistemática demonstração que as teorias naturalistas são melhores modelos deste Universo fez cair da ciência o sobrenatural.
Concordo que nada obriga a ciência a rejeitar Deus à priori. No entanto, o naturalismo, o fundamento da teoria da evolução, rejeita Deus à priori.