De acordo com a Royal Society, e numa declaração que põe esta organização em rota de colisão com o governo, o Criacionismo tem que ser ensinado nas aulas de ciência como um ponto de vista legitimo.
Quem o diz é o professor Michael Reiss, membro da Royal Society e o seu director educativo.
“So when teaching evolution, there is much to be said for allowing students to raise any doubts they have (hardly a revolutionary idea in science teaching) and doing one’s best to have a genuine discussion.”
Curiosamente, a posição do Dr Reiss é a posição lógica num debate que tem ramificações que vão para além da ciência. Se durante uma aula de ciência um estudante começa a enumerar evidências que ele julga suportarem uma teoria que contradiz a teoria da evolução, o que é que o professor deve fazer? Acabar com a aula, e mandar todos os alunos para casa, ou mostrar ao aluno como as ditas evidências estão de acordo com a teoria da evolução e não com a criação ou com a teoria do Design Inteligente?
Os fundamentalistas darwinistas, inseguros na sua fé em Darwin, nem sequer podem conceber que alguém ataque o “Holy Graal” do ateísmo chamado de “Evolução”. No entanto, a ciência não precisa de pessoas inseguras no seu meio. Se a teoria da evolução é de facto suportada por inumeráveis evidências, então não há problemas em testar essas ditas evidências à luz de teorias competitivas.
Convém ressalvar que o Dr Reiss não considera que o cracionismo ou o DI estão ao mesmo nível científico da teoria da evolução:
“The overwhelming majority of biologists consider evolution to be the central concept in biological sciences, providing a conceptual framework that unifies every aspect of the life sciences into a single coherent discipline.”
Mats,
Pensava em comentar aqui sobre a possibilidade de o Professor Reiss sofrer algum tipo de retaliação, quando me deparei com esta notícia:
http://criacionista.blogspot.com/2008/09/bilogo-que-defendeu-criacionismo-foi.html
Para manifestar sua insegurança na forma de intolerância, os darwinistas se movem na velocidade da luz.
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Pois é, Dário. A elite darwinista não põe sequer a ideia do darwinismo ser testado em aulas cujo professor é um darwinista.
Estamos a assistir ao cair de uma máscara de muitos anos. A natureza religiosa da teoria da evolução está cada vez mais difícil de esconder.
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O que foi sugerirdo por Reiss, e muito bem, foi que o “Criacionismo” deveria ser discutido na aulas de ciências da natureza. O ponto de vista criacionista é legítimo, como qualquer outro, não é é científico. Contudo, pode e deve ser discutido num contexto científico. Em contrapartida, se a “Teoria da Evolução” é uma religião (como muitos advogam), então também ela deveria poder ser ensinada, por “darwinistas”, nas catequeses e nas aulas de teologia.
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Carlos,
Uma vez que defendes que a teoria da evolução seja ensinada por darwinistas nas catequeses e nas aulas de teologia, suponho que defendes a tese que diz que os cientistas cracionistas possam ensinar o criacionismo nas aulas de ciência, certo?
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Caro Mats,
Eu defendo que se deve tratar por igual o que é igual e de modo diferente o que é diferente.
O que eu acho é que está tão fora de sítio ensinar Evolucionismo na catequese como ensinar Criacionismo numa aula de ciências.
Ensinar Criacionismo numa aula de ciências é como tentar jogar futebol com uma bola de reiguebi. Não funciona! Não faz sentido! Ambas são bolas, ambas têm direito a existir, mas cada uma só funciona no seu jogo, no seu campo. Mas isso não impede que as pessoas possam, simultaneamente, ser adeptas do futebol e de reiguebi! Não há incompatibilidade, desde que se entenda a especificidade de cada jogo.
Criacionismo não é ciência e Evolucionismo não é religião. Criacionismo e Evolucionismo só são incompatíveis se se tomarem como equivalentes (e não são).
Ciência e religião não são incompatíveis. Há muitos cientistas crentes e muitas correntes religiosas e muitos crentes, que aceitam a visão evolucionista.
Contudo, tentar passar a ideia de que a visão criacionista do mundo é uma visão científica e que, como tal deve ser ensinada em pé de igualdade com o Evolucionismo nas aulas de ciências é, no mínimo, má fé.
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