Evolução da violação? Nem pensar! Sharon Begley não vai permitir que os psicólogos evolutivos fujam às responsabilidades no que toca às suas histórias em como os violadores, pedófilos e adúlteros não são culpados pelos seus comportamentos uma vez que “a evolução os fez da forma que eles são”. O blog da “Science Magazine” Origins aparenta estar a apoiá-la.
Não é de agora que a escritora de ciência Sharon Begley afirma estar céptica em relação a qualquer coisa remotamente parecida com determinismo biológico (“Nós somos o que somos porque a Biologia nos fêz assim, e mesmo que pudéssemos, não conseguiriamos mudar”). A edição do dia 29 da Junho da Newsweek contém um artigo por ela escrito onde ela critica a psicologia evolutiva (a teoria que postula que o comportamento humano – começando na escolha de parceiro, passando pelo abuso de crianças até a guerra – é o resultado de adaptações evolutivas que ocorreram há mais ou menos 100,000 anos atrás).
O seu artigo intitulado de “Porque é que Violamos, Matamos e Adulteramos?” conclui que “a culpa, querido Darwin, não é dos nossos ancestrais mas nossa“. O blog Origins afirma que o longo artigo de Sharon Begley ofereceu aos psico-evos (proponentes da psicologia evolutiva) “caracterizações com o intuito de gozo“, isto é, ela levou a psicologia evolutiva ao extremo do ridículo.
O problema da sua crítica científica depende, infelizmente, de um outro mecanismo darwinista:
Alguns cálculos sugerem que caçadores que violam irão vêr a sua capacidade evolutiva decrescer e não aumentar, uma vez que os descendentes de tais encontros violentos têm uma menor chance de sobreviver ou mesmo de nascer.
Mas será que esta afirmação não é determinista por si só? Isto parece afirmar que os “gentlemen” (em oposição aos violadores) foram favorecidos devido às tendências psicológicas que foram favorecidas pela selecção natural no seu passado evolutivo, e não devido às acções dos indivídos.
Sharon sente-se aliviada pelo facto da psicologia evolutiva ter vindo a perder influência entre os evolucionistas, mas lamenta o facto de a psicologia evolutiva “ainda ser muito popular entre os mass média“. Segundo ela, a psicologia evolutiva representa uma visão simplista da natureza humana.
Conclusão
Este é mais um exemplo em como os evolucionistas não conseguem viver de acordo com a sua fé. Obviamente que a psicologia evolutiva é “simplista”. E porquê? Porque reduzir o ser humano a um mero resultado de forças aleatórias, cujo comportamento é controlado apenas e só pelas mesmas leis que controlam todo o universo, é simplista.
A psicologia evolutiva é simplista porque a teoria da evolução é simplista.
Além disso, não se pode lutar contra a teoria da evolução usando a teoria da evolução. Esse é o erro da Sharon. Se tu acreditas que o “bio-Darwin” (mecanismo biológico evolutivo) é que criou o ser humano, então tens que aceitar o “psico-Darwin” (mecanismo psicológico evolutivo).
Se a sra. Begley quer que os homens se comportem como “gentlemen”, e não abusem de mulheres, ela tem que arranjar outra forma de o fazer, uma vez que afirmar que a evolução desfavorece os violadores não vai funcionar. Experimenta dizer isso aos violadores que estão na prisão. Será que eles vão-se arrepender? Diz o mesmo aos alunos durante uma aula de Biologia, e vê se isso os vai fazer tratar melhor as alunas.
O comportamento imoral e egoísta não é um problema de baixo-para-cima (evolução) mas sim de Cima-para-baixo (rebelião contra o Criador). O que os homens precisam é de temor do Senhor e de salvação, e não de acreditar que há não-sei-quantos-anos-atrás este ou aquele comportamento foi “favorecido pela evolução”.
As pessoas têm a Natureza de Deus nelas próprias, e como tal sabem que há comportamentos que são absolutamente errados, independentemente de quem, onde, ou quando sejam feitos.
Não é a sua Biologia que faz os homens serem violadores, mas sim a natureza caída e o pecado. Quando o homem o faz de forma contínua, isso torna o nosso comportamento comparável ao comportamento de animais.Em essência, o que a psicologia evolutiva parece afirmar é:
Não há problemas em o ser humano comportar-se como um animal, porque é isso mesmo que ele é
Tenta dizer isto a uma mulher ou a uma criança que foi abusada, e vê o resultado…
Quanto aos trechos (i) “…As pessoas têm a Natureza de Deus nelas próprias, e como tal sabem que há comportamentos que são absolutamente errados,…” e (ii) “…Não é a sua Biologia que faz os homens serem violadores, mas sim a natureza caída e o pecado”, cabem os seguintes comentários lógicos: (i) somos uma espécie de um grupo de mamíferos (símios) que, ao longo da evolução, a intyensidade da natureza agregadora entre indivíduos foi estimulada, à semelhança do aumento do tempo dispendido pelos pais para a educação e cuidado de sua prole. Disto resulta que o ganho evolutivo do altruísmo recíproco entre os indivíduos de nossa espécie suplanta atos de vandalismo e barbárie, como estupro e homícidios. A ‘natureza de Deus’ vem sendo recentemente interpretada pela sociobiologia como sendo decorrente dessa decisão de fazer o bem aos invidíduos com parentesco sanguíneo e mesmo não-aparentados, o que redunda estabilidade e crescimento das populações de seus descendentes. Obviamente que estupradores e homicidas cometem seus atos de barbárie e podem sofrer no foro íntimo, por isso, por saberem que matar alguém ou fazer sexo forçado é algo que essa pessoa não gostaria que fizessem com ela mesma. Muitas das vezes essas pessoas cometem esses atos e não se resentem do que fizeram, podendo inclusive, como a história da humanidade ricamente relata, atreladas a estímulos xenofóbicos/nacionalistas e religiosos (quem diria, hein!?).
Quanto a (ii), a tal da ‘natureza caída e o pecado’ pode ser entendida, recentemente, por intermédio da Biologia, como sendo um traço de personalidade de desafortunados que, por alterações psicológicas de envergadura, via de regra condicionadas na tenra infância, levam-nas a cometer atos insensatos e bárbaros como homício e/ou estupro. A frase em (ii) carrega marotamente a idéia do ‘anjo caído’ que se redime e alcança a graça/salvação mediante administração de religião ao homem. É, sim, da natureza biológica de nossa espécie, que se origina esses atos grotescos de dor e covardia, sendo desnecessário lançar mão de mitos religiosos para explicar a psique humana.
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