Criação: Será a Palavra do Criador Suficiente?

“Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.” (Marcos 10:6)

Para aqueles que consideram a Bíblia como Autoritária estas palavras do Senhor Jesus Cristo deveriam terminar de uma vez por todas com a controvérsia sobre a idade da Terra. A Terra foi criada essencialmente ao mesmo tempo que Adão e Eva, como nos diz o Senhor Jesus. Ele estava a citar Génesis 1:27 que diz “macho e fêmea os criou“. Este ponto alto do trabalho criativo de Deus [isto é, a criação do ser humano] aconteceu “no princípio da criação” e não milhões de anos depois do princípio da criação, como os que subscrevem a uma Terra antiga advogam.

Nós podemos entender a necessidade dos ateus em acreditar na teoria da evolução e num universo quase infinito; dentro do ateísmo eles não tem outra alternativa. Por outro lado, aquele que acredita nO Deus Pessoal desonra-O quando coloca especulações ateístas acima da Palavra de Deus.

Sendo Deus não só Omnisciente e Omnipotente como também Omnibenevolente e Misericordioso, Ele nunca haveria de criar o homem deste modo. As longas eras assumidas pelos geólogos evolucionistas supostamente envolvem milhões e milhões de anos de sofrimento e morte de milhões de animais antes da chegada do homem.

Certamente que que este seria o método mais ineficiente, esbanjador e cruel que alguma vez poderia ser feito como forma de “criar” seres humanos. Uma vez que a criação do homem era o propósito primordial de Deus não há razões para Ele esbanjar milhões de anos numa charada sem propósito antes de chegar onde queria.

Aliás, a única razão pela qual Deus demorou 6 dias na Criação foi a de servir de padrão para a semana de trabalho para o homem (Êxodo 20:8-11). Até nisto Deus foi Bondoso.

O Senhor Jesus Cristo não só é Um Criacionista, mas é Ele Mesmo o Criador de todas as coisas (João 1:3; Colossenses 1:16). Como tal, Ele é a Maior Autoridade que pode existir sobre a altura em que o ser humano surgiu na Terra e Ele disse que foi “desde o princípio da criação“.

Conclusão:

Se tu és um cristão e acreditas que a Terra tem milhões de anos, pergunta-te o seguinte:

1. Será que o Filho de Deus é Fiável no que toca à origem do ser humano, ou será que o ser humano sabe mais que Ele?

2. Se Ele diz que o surgimento do ser humano aconteceu essencialmente à mesma altura da criação do universo, será que Ele sabia disso ou será que ele “não tinha conhecimentos científicos” ?

3. Se Ele se “enganou” no que toca à criação, porque é que ainda confias NEle no que toca à salvação?

Não há nenhuma evidência para alegoria ou citação de “mitos” nas Palavras do Senhor, e como tal, porque é que tu forças isso ao Texto algo que não está lá?

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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9 Responses to Criação: Será a Palavra do Criador Suficiente?

  1. INTERESSANTE SUAS COLOCAÇÕES, MAS POR FAVOR ME TIRA UMA DÚVIDA, O TRABALHO NÃO FOI INSTITUÍDO POR DEUS, SOMENTE DEPOIS DA OCORRÊNCIA DO PECADO ORIGINAL.
    IRÁS COMER DO SUOR DE SEU TRABALHO.
    COMO EXPLICAR NA VISÃO DOS 06 DIAS DA CRIAÇÃO, UMA ALUSÃO AOS DIAS DA SEMANA?

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  2. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.

    Mateus.

    Ora isto levado à letra implicava uma terra plana. Tudo indica que a terra não é plana e que mesmo em cima do monte Evereste as vistas não seriam lá muito claras.

    Os cristãos sabem que os evangelhos são relatos em segunda ou terceira mão, escritas por homens, e como tal tem de ser interpretados.

    O que dizem é que são inerrantes em matéria de fé. Não tem erros de fé mas foram escritos num contexto e para um público especifico.

    Repara que em Marcos diz-se que Cristo disse que :

    É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra;

    Até deveria ser verdade na época. Não tinham conhecimento de sementes mais pequenas que as de mostarda.

    O que quero dizer é que os cristãos não vem a bíblia como um livro de ciência mas um livro de fé.

    Repara nesta parte de Marcos:

    E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
    E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
    Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
    E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?

    A regra parece ser a não literalidade mas a interpretação nem a clareza cristalina da interpretação.

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  3. Mats says:

    José Marcelo,
    O trabalho com esforço físico foi instituído por Deus depois da Queda. Antes disso, o homem já trabalha (para obter alimentos e “sujeitar” a Terra) mas não era na condição de “caído”.

    Não percebi bem o ponto acerca dos 6 dias da criação. Podes refazer a pergunta, se faz favor? E sem maiúsculas desta vez 😉

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  4. Mats says:

    João Melo,
    A tua resposta assume que:
    1) ou é tudo literal
    2) ou é tudo figurativo.

    Esqueces-te que a Bíblia pode conter ambos os estilos, e portanto o teu ponto anula-se a si mesmo.

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  5. Ora explica lá qual o critério para distinguir o literal do figurativo:

    O grão de mostarda, a homossexualidade, a montanha, o diluvio e a criação de Adão e Eva em que categoria se inserem ?

    Ou o critério é :

    O que me interessa é literal e o que não me interessa é figurativo ?

    É que parece-me que deveria haver um critério qualquer para entender que quando se diz, taxativamente, que o grão de mostarda é a menor semente isso não significa ignorância mas uma forma rabuscada de explicar as coisas.

    A história da montanha tão alta pode ter sido uma forma de exemplificar até porque a populaça da altura deveria assumir a terra como plana. Só meia dúzia de intelectuais concebiam a terra redonda.

    Se assim é porque não a criação da terra jovem ser também uma forma de explicar as coisas ?

    Ou conheces algum critério para discernir o que é alegórico do que é factual ?

    Se conheces diz.

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  6. Mats says:

    João,
    O critério para se distinguir o que é literal de alegórico e figurativo é o mesmo usado para qualquer outro livro: contexto.

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  7. Portanto como vês podemos sempre dizer que a reprovação da homossexualidade era apenas para aquela época. Assim como o silêncio das mulheres nas igrejas.

    E que quando se referiam ao dilúvio falavam para aquela época e de acordo com as crenças dessa época.

    É uma interpretação por contexto aceitável dum ponto de vista lógico.

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  8. Mats says:

    João

    Portanto como vês podemos sempre dizer que a reprovação da homossexualidade era apenas para aquela época. Assim como o silêncio das mulheres nas igrejas.

    Não há evidência nenhuma que suporte a tese de que a reprovação da homossexualidade era apenas para aquela época. Um dos argumentos usados contra o auto-destrutivo comportamento homossexual é a Criação. Deus fez um homem e uma mulher. Isto é algo que atravessa culturas, gerações e geografia.

    E que quando se referiam ao dilúvio falavam para aquela época e de acordo com as crenças dessa época.

    O facto de falaram para aquela época e de acordo com as crenças dessa época não invalida que as suas crenças tenham sido passadas para eles por Deus.

    É uma interpretação por contexto aceitável dum ponto de vista lógico.

    Excepto que não é. A tua interpretação não se harmoniza com o resto da Bíblia, portanto, deve ser falsa.

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  9. Cícero says:

    Olá!
    Achei este site por acaso, e pelo menos esta vez, achei imprtante tecer um comentário; ei-lo abaixo:
    Vejo que na discussão acima há algumas dúvidas de ambas as partes quanto a possíveis contradições nas sagradas escrituras. O que há de fato é que se pensa que o ensinamento de Jesus Cristo é somente o das escrituras, pois vejam.
    Mt 28,20
    19. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
    20. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.
    Comparando com o seguinte:
    Jo 21,25
    Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.
    Isto prova que a bíblia é sim a palavra de Deus inerrante, mas, não é a única fonte da revelação divina. Como se vê é clara a ordem de ensinar a observar tudo e, por outro lado, a própria bíblia diz que este tudo não está escrito.
    Assim, não há e não pode haver contradição na palavra de Deus, pois do contrário Deus estaria se desmentindo, fato que não pode ocorrer. Então o que há de fato?
    O que há de fato é que a bíblia não se auto explica. Ela depende do conhecimento da tradição deixada aos apóstolos e que é passada através dos seus sucessores que são os bispos, aos quais Jesus Cristo prometeu a assistência do Espírito Santo e disse que os acompanharia até a consumação dos séculos.
    Jô 14,
    15. Se me amais, guardareis os meus mandamentos.
    16. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco.
    17. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.
    Jô 14,
    24. Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou.
    25. Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco.
    26. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.
    27. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!
    Veja também, que o mundo quer forjar uma paz somente para os que aceitam a homossexualidade. Uma coisa que é pecado ontem, continua sendo pecado hoje e sempre. Nunca deixará de ser pecado.
    Concluindo quero dizer que o Cristão não nunca poderá aceitar a homossexualidade como coisa normal.
    Termino ainda dizendo quanto ao entendimento das escrituras é que há outra fonte da revelação divina que é a sagrada tradição, sem a qual não é possível um entendimento completo das sagradas escrituras.
    Cícero

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