Há cerca de dois anos atrás o Chelsea foi vergonhosamente roubado pelo árbitro numa meia final contra o Barcelona, mas a FIFA nada fez. Certamente que o jogo era mais da competência da UEFA do que da FIFA, mas mesmo assim seria de esperar algo de relevante dada a magnitude do “furto”. Quem viu o jogo sabe que o nível de erros do árbitro foi bem para além do aceitável se só o erro humano estivesse em operação.
A selecção francesa de futebol foi apurada para o mundial de uma forma monstruosa (leia-se: “fraudulenta”) mas a FIFA pelos vistos não achou isso relevante.
Os jogadores de futebol brasileiros tem o bom hábito de orar a seguir a uma grande vitória internacional, a aí, sim, a FIFA já tem vontade de agir. O Henrique fala disso no seu artigo de hoje:
I. A patetice politicamente correcta sempre fez parte do património da FIFA. Mas agora a FIFA bateu os seus próprios records: a selecção brasileira foi intimada. Motivo? As celebrações religiosas dos jogadores brasileiros após a marcação de golos, etc (no i de hoje). A FIFA não quer religião dentro do campo.
II. Perante esta parvoíce, faço uma perguntas: a FIFA vai dar o mesmo aviso a selecções muçulmanas? E, já agora, a FIFA também vai proibir as danças dos jogadores africanos? Aquilo não são danças das crenças pagãs africanas? O sr. Blatter quer que todos os jogadores se comportem como suíços chatos e ateus?
III. Em vez de estar ocupada com a fé dos jogadores, a FIFA devia estar preocupada com a porcaria das vuvuzelas, aquelas gaitas que estragam o prazer de ver um jogo do mundial – mesmo quando o vemos pela TV. A FIFA devia proibir a entrada daquela porcaria nos estádios. Ah, mas esperem: a FIFA não pode fazer isso, porque os africanos diriam que essa proibição seria um desrespeito pelas tradições africanas e um exemplo do “imperialismo” branco. A FIFA é um bom representante do politicamente correcto europeu. Mudem a sede da FIFA para o Rio de Janeiro, sff.