LUDWIG KRIPPAHL, O MÉTODO CIENTÍFICO E O INCAUTO CIDADÃO:
LK: Sabes, estou absolutamente convencido que os micróbios se transformaram em microbiologistas ao longo de milhões de anos!!
IC: A sério? Grandes afirmações exigem grandes evidências!! Quais são as tuas?
LK: É simples! O meu “método científico”, o meu “naturalismo metodológico” e o meu “empírico” são infalíveis porque só se limitam àquilo que se vê. Se olhares bem à tua volta descobres que:
1) moscas dão… moscas
2) morcegos dão… morcegos
3) gaivotas dão… gaivotas
4) bactérias dão… bactérias
5) escaravelhos dão… escaravelhos
6) tentilhões dão… tentilhões
7) celecantos dão… celecantos (mesmo durante supostos milhões de anos!)
8) guppies dão… guppies
9) lagartos dão… lagartos
IC: Mas…espera lá! Não é isso que a Bíblia ensina, em Génesis 1, quando afirma, dez vezes, que os seres vivos se reproduzem de acordo com o seu género?
LK: Sim, mas os órgãos perdem funções, total ou parcialmente e existem parasitas no corpo humano…
IC: Mas…espera lá! A perda total ou parcial de funções não é o que Génesis 3 ensina, quando afirma que a natureza foi amaldiçoada e está corrompida por causa do pecado humano? E o mesmo não pode ser dito dos parasitas? É isso, e só isso, que se vê!
Afinal, os teus exemplos de “método científico”, “naturalismo metodológico” e “empírico” corroboram o que a Bíblia ensina!!
Não consegues dar um único exemplo que demonstre realmente a verdade aquilo em que acreditas?
LK: …bem, a chuva cria informação codificada…
IC: Uau! Essa é boa!! Com essa podes ganhar o prémio da “Origin of Life Foundation”, de 1 milhão de dólares, para quem conseguir explicar a origem acidental da vida e do código genético…
É este tipo de “argumento evolutivo” que os criacionistas tem que lidar. Os ateus evolucionistas usam exemplos de funcionalidade biológico como evidência para o seu mito, sem no entanto nos dizerem o porquê disso.
Somos obrigados a aceitar que, como moscas dão à luz moscas, então as mesmas forças e os mesmos mecanismos que geram a diversidade dentro do mesmo tipo são as mesmas forças que criaram a mosca a partir daquilo que não era uma mosca. Isto faz tanto sentido como assumir-se que as leis da mecânica que operam dentro de um carro são as mesmas leis que geraram o carro.
Os ateus usam este tipo de lógica mas não aceitam que o mesmo não faz parte da ciência mas sim parte do seu sistema de crenças. Ora, os ateus são livres de terem as crenças que eles bem entenderem (como por exemplo, répteis a evoluírem para pássaros) mas eles não são livres de usar a sua fé como evidência.
Se por “género” quer dizer “espécie”, então está errado: os leões e jaguares são espécies diferentes mas reproduzem-se entre si resultando os jagleões. [1]
[1] http://en.wikipedia.org/wiki/Panthera_hybrid
LikeLike
Não, “género” não quer dizer “espécie”.
LikeLike
Como é que sabes?
E então o que quer dizer “género”?
LikeLike
Não sei qual é a tua definição de “género”, mas estou certo que a definição que o Jónatas tinha era a mesma que a palavra hebraica “bara”.
LikeLike
Portanto se a interpretação da palavra Bara for diferente já não há nada contra a evolução, não é ?
Trata-se tudo duma questão semântica.
É interessante que os teólogos tendem a apresentar as suas posições como certezas absolutas, inabaláveis e eternas.
Foi o caso do geocentrismo. Os teólogos católicos, Calvin e Lutero declararam herético o heliocentrismo baseados na sua interpretação do texto bíblico.
Felizmente as tais certezas inabaláveis e perpétuas foram revistas.
Para os católicos o Génesis é claramente uma alegoria. Não pode ser lido como um relato factual. Para algumas minorias cristãs é claramente um relato fiel do que aconteceu.
A igreja católica já evolui na sua interpretação.
Não deixa de ter alguma piada ver pessoas a invocarem a bíblia acerca de tudo e mais alguma coisa quando não conseguem um mínimo de consenso obre como interpretar logo o inicio – o Génesis.
Nem conseguem dizer se o primeiro capitulo é um relato de factos, se os tais seis dias são de 24 horas ou de milhões de anos, se Adão e Eva foram reais ou uma metáfora…
Portanto ficamos sem saber se quem afirma que a terra tem seis mil anos está a deturpar a verdade eterna da Bíblia, se quem deturpa a verdade são os que dizem que é uma alegoria ou se tem razão os que dizem que os tais dias são de milhões de anos. Ou até nenhum dos três pode ter razão. Quem sabe?
A ciência parece apontar para uma terra antiga mas o que sabem os cientistas de teologia ?
LikeLike
Obrigado Mats, mas deixa lá. Acabei de ler o Génesis 1 e não diz lá que os seres vivos reproduzem-se de acordo com o seu género. O mais parecido que diz é algo como «Deus fez as feras segundo a sua espécie».
LikeLike
Jaime,
lol Claro! A palavra género é uma tradução!
1:11 E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi
1:12 E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela, conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom.
1:24 E disse Deus: Produza a terra alma vivente, conforme a sua espécie
Agora, a Bíblia é clara de que os animais vão-se reproduzir de acordo com a sua “espécie” (bara). A informação genética que a próxima geração vai ter já está nos pais.
Portanto, Génesis está de acordo com as observações, e o facto de gatos dar a luz gatos é exactamente o que seria de esperar se a Bíblia estivesse Certa.
LikeLike
TENS QUE ENTEDERES PRIMEIRO QUE SÃO FILHOS DO PECADO?
O HOMEM MATA É DEUS SALVA APENAS AQUELES QUE SEGUNDO ELE TENS UMA ALMA QUE VALHA UMA SEGUNDA CHANCE. POIS BENS SE VIVERES POR VIVER APENAS SUPRINDO SUAS MEDIOCRES VONTADES TERA UMA SALVAÇÃO MEDIOCRE, VIVA MOVIMENTO EL CHE VIVE!!!!
LikeLike
What?!!
LikeLike
Pois, é por isso que leões e jaguares dão jagleões… Se calhar são todos da mesma espécie-entre-aspas/bara, seja lá isso o que for…
LikeLike
Jaime,
Não leste o que eu disse. A palavra em hebraico “bara” não é a mesma que a palavra portuguese “espécie”. Nem eu nem o Jónatas a usamos.
Segundo, a Bíblia, ao contrário do ateísmo biológico, diz que os animais vão-se reproduzir de acordo com a informação que os progenitores já possuem (“cuja semente está nela, conforme a sua espécie”). ISto é confirmado pela genética moderna que nos mostra que um animal não é capaz de se modificar para além da “semente que está nela”.
Portanto, género não é “espécie”, e “bara” não é o que tu lês como “espécie”.
Claro que a palavra espécie é difícil de definir.
LikeLike
“A sério? Grandes afirmações exigem grandes evidências!! Quais são as tuas?”
É uma grande afirmação pois é uma grande improbabilidade. A evolução explica que uma grande improbabilidade e complexidade (como microbiólogos ou o olho) pode ser criada se dividida em muitíssimos passos curtos e portanto mais prováveis e simples. Cada passo é uma geração de seres. Cada passo pode ser dado em qualquer direção e encontra-se diversas direções em uma população de indivíduos de forma aleatória. No entando A seleção natural imposta pelo ambiente é a antítese do aleatório, a seleção não é aleatória.
Resumindo, Grandes improbabilidades podem ser explicados por muitíssimos passos ao longo de milhões e milhões de anos de pequeníssimas improbabilidades. A variação é fornecida pela mutação e a “direção” dos passos é determinada pela seleção natural.
A seleção artifical de cães e pombos, os motifs de proteínas( p. ex. zinc finger) e genes conservados (p. ex. as famílias HOX, Wnt, SHH) na biologia molecular, o fato de todos os organismos vivos usarem a mesma linguagem genética, toda a embriologia epigenética e por que não os fósseis são evidências que corroboram para a hipótese da evolução, melhor que qualquer outra alternativa.
Vá olhar as evidências e estudar ao invés de tropeçar e emberalhar palavras em um blog obscuro é o meu conselho.
LikeLike
Mats:
Falacia do espantalho. Ou Strawman. Não se aplica! Isto não é sequer de palha. É de vapor…
LikeLike
João,
Nada disso. O texto demonstra de forma humorística a mente do evolucionista. Tu não gostas provavelmente porque te vês reflectido na sátira.
LikeLike