Niall Ferguson, professor de História na Universidade de Harvard University, fez esta declaração sóbria à rádio ABC em Abril de 2006:
Eu, mesmo não tendo sido educado num lar religioso, e se pressionado, confessaria ser um ateu incurável, estou fortemente convencido de que a religião executa funções sociais importantes na transmissão de, digamos, valores éticos entre as gerações, e que a sociedade que remove a religião, que pára de executar forma alguma de instrução religiosa, é uma sociedade menos susceptível de manter uma ordem social do que uma que tenha uma certa quantidade de fé e observância religiosa.As experiências com o ateísmo como a base para a ordem política, por exemplo, na União Soviética a seguir à Revolução Bolchevique, não produziram resultados felizes. Portanto, eu acho que se alguém remove o Cristianismo, ou mesmo se alguém se afasta de ideia de Deus, essa pessoa fá-lo correndo riscos próprios.
Os humanos aparentam comportarem-se melhor quando eles possuem uma ideia de Autoridade Moral no mundo, e, de facto, uma espécie de sistema formal que incute um bom comportamento ético.
Antes que algum ateu diga “Ah, mas a religião pode ser qualquer uma”, reparem que ele cita especificamente o Cristianismo. Ele não cita o Islão, o Budismo ou outra fé. Isto é muito importante, uma vez que os frutos das diversas religiões são bem distintos uma vez que a árvore também o é. Como a Palavra de Deus diz:
Porque a sua rocha não é como a nossa Rocha; sendo até os nossos inimigos juízes disto.
Deuteronómio 32:31
Implicações?
O mundo deve estar mesmo a acabar quando um ateu confessa que o seu próprio ateísmo não é um bom suporte moral para uma sociedade funcional.
Ver também:
1. Ateu Afirma: África Precisa de Deus
2. Líder Ateu Apercebe-se do que Significa o Fim do Cristianismo Europeu e Não Gosta do Que Se Avizinha
Há alguns autores que seguem a linha da necessidade de inventar um Deus (mesmo que não exista nehum) por razões de ordem social e de ética. Outros dizem que mesmo que Deus não exista devemos viver como se ele existisse. Num filme antigo referia-se que a Fé era a capacidade de acreditar naquilo que sabemos não ser verdade, o que me pareceu simplesmente brilhante.
Assim não vejo muita razão para a satisfação de um crente por um ateu dizer o que o professor ateu acima diz, porquanto apenas expressa a conveniência social (e pessoal) de mentira úteis, ou seja o Homem prefere a ilusão à verdade, o que é bem capaz de ser a realidade da nossa condição…
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Sérgio Sodré,
A satisfação do crente advém do facto de certas alas ateístas logicamente se aperceberem que uma sociedade sem leis vinculativas caminha para a auto-destruição. De uma forma suave isto é um ponto a favor do Teísmo clássico, o Cristianismo em particular.
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Atenção que o comunismo também cria uma sociedade com leis vinculativas inspiradas num suposto sentido da História determinado por supostas leis materiais da evolução da mesma. Também o comunismo nos dá uma definição clara do Bem e do Mal. O homem precisa de leis e de ética mas casadas com liberdade individual sem a qual deixa até de ser homem.
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Sérgio Sodré,
Mas sem Deus, que é exactamente o ponto que o professor de História está a fazer.
As experiências com o ateísmo como a base para a ordem política, por exemplo, na União Soviética a seguir à Revolução Bolchevique, não produziram resultados felizes.
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Não adianta , os Ateus fazem força para não enxergar o obvio.
Agora pode entrar no bule voador , ateus.net , ateus do brasil e vai ver que atacam as religiões ferozmente e nem os ateus entram em concenso comum. E ainda se dizem intelectuais em dizer que o Cristianismo é a ”raiz de todo mal”. É realmente impressionante os ateus, mas cada um é cada um.
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