Morte de homossexual ugandês atribuida ao “discurso ódio” de evangélicos

É-nos informado:

A morte de Kato está a ser associada às palavras de ódio por parte de evangélicos Americanos uma vez que estes lutaram publicamente contra a homossexualidade e os direitos dos homossexuais.

Ainda não foi bem esclarecido quais são os “direitos” de quem resolve inserir os seus apêndices reprodutores na parte final do sistema digestivo de outro homem.

Durante os últimos anos, a homofobia alastrou-se por toda a África, mas especialmente no Uganda onde uma controversa lei anti-homossexualidade propôs a pena de morte para alguns homossexuais.

Curioso que os esquerdistas internacionais estejam tão focados no que se passa em África (chegando ao ponto de interferir com as leis locais como forma de avançar com a “preciosa” sodomia) mas estão totalmente imobilizados com os enforcamentos que se verificam nos países islâmicos.

Reparem também que a lei é contra comportamentos e não contra pessoas. Para se vêr a distinção imaginem o seguinte cenário:

Um homem aproxima-se da entrada de um café com um cigarro na mão e tenciona entrar. Quando já está muito próximo da entrada principal um dos funcionários aproxima-se dele e de forma simpática diz-lhe que é proibido fumar enquanto aponta para o sinal “No Smoking”. O cliente pede desculpa, apaga o cigarro e depois entra.

O homem era tão fumador antes de entrar tal como o era depois de entrar, mas como a lei está focada num comportamento (fumar) e não naquilo que a pessoa é (fumador), o cliente pôde entrar livremente no café.

O mesmo se passa com as leis que os africanos tem contra a homossexualidade. O seu foco é contra aqueles que exercitam um comportamento que eles consideram nojento e desprezível, e não contra a pessoa que afirma gostar de tais comportamentos.

O que normalmente se passa é que os esquerdistas confundem “rejeição de um comportamento” com a “rejeição da pessoa que exibe preferência por tal comportamento“. Eles fazem isto porque ninguém quer ser chamado de “preconceituoso” quando de outras pessoas se trata. Por isso confundem as duas como se fosse a mesma coisa.

Nós podemos ser contra comportamentos sem ser contra a pessoa, mas os esquerdistas não aceitam isso quando se tratam de comportamentos que eles aprovam.

As evidências sugerem que os evangélicos americanos estiveram envolvidos na composição da tal lei. Em Março de 2009 um evangelista com o nome de organizou uma conferência anti-gay em Kampala. Poucos dias depois, David Bahati, um legislador e amigo pessoal de Lively, introduziu a proposta de lei no Parlamento.

O facto de que o desprezo pelo comportamento homossexual ser normal entre os africanos parece ser um dado ignorado pelos esquerdistas. Não era necessário os evangélicos “trazer” desprezo por tal comportamento para África porque os africanos já desprezam-no – mesmo sem influência evangélica. Claro que os esquerdistas europeus não podem atacar de frente os africanos sem perder toda a sua pose de “politicamente correcto”, portanto atacam o seu grupo “preferido”: os cristãos brancos americanos.

Aparentemente os homofilicos assumem que toda a população mundial considera “normal” o que eles chamam de normal.


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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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11 Responses to Morte de homossexual ugandês atribuida ao “discurso ódio” de evangélicos

  1. Pedro Silva says:

    Mats,

    O que é para ti um esquerdista?
    Ao ler os teus posts dá a impressão (e corrija-me se achar que estou errado) de ser alguém, independentemente das tendências políticas com que se identifique, não afine pelo diapasão de costumes de influência puritana que muitas igrejas evangélicas americanas abraçam.

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  2. Valha-me santa Rita advogada dos impossíveis….

    A argumentação do fumador e do café pode-se aplicar a homossexuais, cristão ou islâmicos ?

    Nada temos contra cristão e islâmicos mas contra o seu comportamento. Apenas , como tu dizes :

    “um comportamento que eles consideram nojento e desprezível, e não contra a pessoa que afirma gostar de tais comportamentos.”

    Na tua opinião o exemplo do fumador legitima o homicídio não de cristãos, muçulmanos ou gays mas apenas daqueles que, como tu dizes :

    “a lei é contra comportamentos e não contra pessoas.”

    De fato sempre foi assim. As ditaduras não executam quem pensa contra o regimes. Eles não adivinham pensamentos. Prendem e matam é quem tem comportamentos.

    Penso que percebi mal o alcance do post e que és tanto como eu contra a proibição.

    Pensas é que as campanhas homofóbicas dos Evangélicos americanos nada tem a ver com isto e que isto é reflexo apenas duma mentalidade africana homofóbica, machista, poligámica e animista e com muita feitiçaria à mistura.

    Francamente não sei.

    Que uma larga percentagem dos africanos é poligamo, homofóbico, dado a limpezas étnicas e a perseguir pessoas por serem de outra etnia é coisa bem conhecida. Como eles justificam esses actos – se é que o fazem – não o sei.

    Nós temos outro ponto de vista: matar gente por ser de outra etnia, de cor ou orientação sexual diferente, por pensar de modo diferente ou não gostar do governo é considerado inaceitável.

    Fazemos duas exceções : pena de morte em alguns países por crimes que são vistos pela sociedade como particularmente revoltantes e que tenha tido como resultado a morte – premeditada e a sangue frio – de pessoas e o aborto por haver um entendimento que até determinada fase da gestação aínda não estamos na presença dum ser humano.

    A tua justificação ética é que é difícil de entender:

    Tu dizes que existe um conjunto de valores absolutos e imutáveis. Esses valores são dados por Deus. Contrapõem-se a um conjunto de valores relativos a uma época e um lugar que sofrem evolução.

    Eu até compreendo a tua posição. E francamente era mais fácil que eles existissem.

    Agora quando perguntamos quais são já a história se complica.

    O conjunto dos Cristãos defende valores – todos igualmente absolutos, imutáveis e de origem divina – incompatíveis entre si.

    Há congregações cristãs que , baseados nestes valores, abominam a homossexualidade, outras toleram-na e há outras que permitem. O mesmo se pode dizer do aborto, do divórcio, da forma de adorar a Deus, do dia de descanso, da poligamia, etc e etc.

    Católicos e Evangélicos não conseguem logo no primeiro livro da Bíblia um argumento teológico tão forte que leve a outra parte a aceitar a narrativa do Génesis como um relato verdadeiro e fidedigno de acontecimentos ou uma alegoria.

    Assim, podemos dizer, que a ética (ou éticas) Cristãs dependem da interpretação particular que uma determinada congregação tem de determinado problema. Sem ter, até hoje, argumentos teológicos suficientemente fortes para ser aceite pelas outras.

    Como parece não haver uma maneira eficaz de aferir qual das interpretações é verdadeira – se é que alguma é – o que se pode dizer perante um comportamento é que :

    O comportamento (indicar o comportamento) é, na interpretação (indicar a interpretação), pese embora haja estas erradas alegações (indicar as alegações que nesta perspectiva parecem ser erradas) a nossa certeza inabalável é que tal comportamento (indicar se agrada muito, assim-assim, é neutro, desagrada um pouco ou é abominável) aos olhos de Deus.

    Como vês não é muito fácil defender que um determinado comportamento ou ação é boa ou má aos olhos de Deus.

    É bastante relativista. Talvez mais que uma ética não centrada na vontade de Deus, cuja, parece impossível de determinar.

    Claro que cada congregação pode apelar para que todas as outras ou estão erradas ou mentem com quantos dentes tem.

    No entanto não podem demonstrar que assim é.

    E os escândalos de pedofilia e a riqueza da Igreja Católica, o aparente aproveitamento da IURD, a pequena expressão numérica dos Mormons, a forma de vestir dos Amish, etc e etc não me parecem per si argumentos teológicos suficientes.

    Pelo que ficamos sempre sem saber quais os comportamentos e atitudes que agradam ou desagradam a Deus.

    Compete ao crente escolher uma confissão que melhor se adapte às suas necessidades e rezar fervorosamente ( a Deus, à Nossa Senhora, ao santo da sua predileção – se é que isto não desagrada a Deus) para que aquela interpretação seja a que mais se aproxime da vontade de Deus.

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  3. Mats says:

    João Melo,

    Na tua opinião o exemplo do fumador legitima o homicídio não de cristãos, muçulmanos ou gays mas apenas daqueles que, como tu dizes :

    João, eu pessoalmente sou contra o homicídio, mas quem sou eu para impôr os meus valores aos africanos? Como Deus supostamente não existe, cada sociedade decide por si o que achar que é melhor para si.

    Ou achas que os teus “valores” são superiores aos dos muçulmanos ou africanos que desprezam o comportamento homossexual?

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  4. Mats says:

    Pedro Silva,

    O que é para ti um esquerdista?

    Alguém que politicalmente, socialmente, culturalmente, se alinha com a mentalidade da esquerda. Algumas características dum esquerdista são:
    – Ódio ao Cristianismo.
    – Ódio ao Judeus
    – Multiculturalista (Acredita que todas as culturas tem o mesmo valor moral)
    – Aborcionista
    – Defensor da sodomia (embora em muitos casos nem seja practicante) e da promiscuidade sexual
    – Ódio aos americanos
    – Demasiada fé na mitológica “bondade do ser humano”
    – Amante dos governos que controlam a vida da população
    – Ódio à liberdade que os seres humanos tem de se defenderem e defenderem a sua família com o uso das armas.
    – Utópico.
    – Permanentemente zangado
    – Feminista
    – Ódio à instituição do casamento

    Se puder definir o esquerdista com uma frase, essa é: “O esquerdista é aquele que tem ódio a tudo o que o Deus da Bíblia qualifica de bom, e amor a tudo o que o Deus da Bíblia qualifica de mau“.

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  5. Mats :

    Francamente não sei se são melhores. No entanto como os meus provocam menos prejuízos e a relação custo beneficio (felicidade particular/geral) é, sem sombra de dúvida melhor parece-me que são de aplicar universalmente.

    Até que aparecem outros mais eficientes, é claro.

    Ainda não explicaste bem quais são os teus e em que se fundamentam….ou são como os meus relativos ?

    hehehehe.

    Sabes que a ética é das coisas mais complicadas.

    Um Deus criador dela facilitava mas como vês é muito difícil saber qual é.

    Mesmo que Deus exista e que seja o criador da ética, dado que não sabemos o que Ele pensa- pelo menos para já – o melhor é tirar Deus da equação e partir para o utilitarismo.

    Quando soubermos o que Deus quer ou aparecer outra forma melhor que o utilitarismo cá estamos para ver como é.

    Até lá…..

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  6. Nem me admira que nem haja resposta.

    Sem argumentos não se responde!

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  7. Mats says:

    João Melo,
    Encontrou-se o assassino do Kato. Por incrível que pareça, não era um evangélico “fanático”.
    Vê o acréscimo que vou por no post daqui a 10 minutos.

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  8. Já respondi.

    Ai se os meus patrocinadores sabem que perco tanto tempo nestas coisas 🙂

    Tu é que não me explicas, como seu eu fosse uma loira muito burra, como sabes o que Deus pensa.

    É que eu, na minha infinita ignorância, não percebo é porque é que tu tens tantas certezas do que Deus quer e não quer.

    Mea culpa eu sei.

    Só gostava de ver a procuração que tens.

    Ahhh!

    E há precedentes….o próprio S Tomé – santo pelo que o é infalivelmente dada a infalibilidade do Papa na criação de santos ( não em beatos) – precisou do dedo e de buracos.

    Salvo seja o exemplo!

    Bom!

    Explica lá.

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  9. Mats says:

    João Melo,

    Tu é que não me explicas, como seu eu fosse uma loira muito burra, como sabes o que Deus pensa.

    Da mesma forma que eu sei como qualquer outra inteligência pensa: revelação.

    Só sei o que tu pensas porque revelaste o que vai na tua mente. Só sei o que o Dawkins pensa porque ele revelou-o através de livro e artigos.

    Sei o que Deus pensa (de forma limitada, obviamente) porque Ele assim o revelou (na Bíblia, nos acontecimentos, na natureza, etc).

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  10. Portanto Mats tu tens um método infalível de saber o que Deus quer e não quer.

    Esse método permite-te saber que os católicos romanos estão errados quanto à evolução, os Mórmones quanto à ploigamia, etc e etc.

    Ora, pergunta a loira burra, como é que tu sabes – e mais demonstras – que o teu método permite saber, com muito mais certeza que os outros, o que Deus quer e não quer?

    Pode parecer uma questão menor. Eu sei. No entanto saber se Deus quer isto ou aquilo no paradigma que estamos parece-me relevante.

    Desculpa lá a picuice. Saber se o Dawkings, Einstein ou Marx tinham esta ou aquela opinião, fora das teorias demonstradas, tem pouca importância.

    São opiniões.

    Agora tu alegas que Deus quer isto, aquilo e aqueloutro. E que esses quereres e vontades são fortemente importantes para nós todos.

    A questão do lago de fogo.

    Como é que tu, por exemplo na questão do Génesis e evolução, tens um conhecimento maior e mais certo que os teólogos do Vaticano? E podes demonstrar?

    E se tu estiveres errado nisso não podes estar em tudo o resto ? E eles ? são infalíveis em tudo ou só em algumas coisas?

    Penso eu (de que- pronuncia do norte) que estas questões para quem fala de certezas absolutas é relevante.

    Não achas ?

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  11. Mats says:

    João Melo,

    Ora, pergunta a loira burra, como é que tu sabes – e mais demonstras – que o teu método permite saber, com muito mais certeza que os outros, o que Deus quer e não quer?

    Sei que o método Bíblico de saber o que Deus quer está mais certo que os outros pelo simples facto que nada do que se observa contradiz o que a Bíblia diz.

    Como é que tu, por exemplo na questão do Génesis e evolução, tens um conhecimento maior e mais certo que os teólogos do Vaticano? E podes demonstrar?

    Pelo simples facto que os católicos e evangélicos que rejeitam Génesis contradizem Aquele que sabe tudo. Isso para mim é suficiente. Essa é a “demonstração”.
    Quando alguém vier com uma teoria sobre as nossas origens que esteja de acordo com a realidade e contradiga Génesis, falamos.

    E se tu estiveres errado nisso não podes estar em tudo o resto ?

    Se a Bíblia estiver errada em Génesis, então tudo o resto é irrelevante.

    E eles ? são infalíveis em tudo ou só em algumas coisas?

    Não há humanos infalíveis. Todos nós falhamos.

    Penso eu (de que- pronuncia do norte) que estas questões para quem fala de certezas absolutas é relevante.

    As perguntas que fizeste em nada tocam a noção da existência de Um Ponto Absoluto como Referência para comportamentos morais.

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