Uma das grandes forças da ciência é que ela é auto-correctora. O astrofísico [ateu] Carl Sagan disse:
“Há muitas hipóteses na ciência que estão erradas. Mas não há problemas: isto é o início do processo para se descobrir a verdade. A ciência é empreendimento auto-corrector.”
Seria bom se as coisas fossem assim tão simples. Os cientistas podem orgulhosamente apontar instâncias onde de facto houve auto-correcção, mas a ciência não é como o iPhone: não se auto-corrige instantaneamente.
Tal como a miríade de controvérsias dos últimos meses mostraram, a ciência corrige os seus erros de uma forma mais lenta . . . . e com mais dificuldade do que as palavras de Sagan demonstram.
E porquê? A resposta mais simples é a de que é preciso tempo para rever o trabalho dos outros cientistas e replicar as experiências. Os cientistas são pessoas ocupadas – buscando financiamento e a posição de catedráticos. Como resultado, os artigos que atraem críticas duras podem mesmo assim escapar ao requerido e cuidadoso escrutínio se se quiserem refutar as conclusões.
Mesmo quando os cientistas replicam as experiências, chegando a descobrir que o resultado original é falso, pode haver grandes dificuldades na publicação das refutações. A razão é surpreendentemente mundana: os editores das revistas cientificas preferem publicar trabalhos originais e inovadores do que replicações cuidadosas.
Por outras palavras, a ciência real é bastante diferente da ciência idealizada. Isto não só não é surpreendente como levanta alguns pontos importantes.
Se vamos comparar a ciência com a Revelação, nós temos que comparar teoria com a teoria, bem como a práctica com a práctica. A imaginada superioridade da ciência é fundamentada na sua suposta natureza auto-correctora. Mas ciência que nunca é replicada nunca se irá corrigir, portanto a ciência na práctica não pode ser justificada com a sua não-existente auto-correcção.
Além disso, enquanto nós apelarmos para a não existente característica auto-correctora, nós vamos estar a apelar para a ciência idealizada. Se é assim, então também temos que comparar a Revelação ideal em teoria.
Dado isto, uma directa linha de informação com o Criador do universo é bem superior a mera repetição de experiências científicas; neste caso, o apelo literal à legítima Autoridade Divina não é uma falácia lógica. Segundo o ponto de vista platónico, é bastante claro que a ciência ideal é inferior a Revelação ideal.
Repito: ciência ideal é a capacidade de se auto-corrigir enquanto que a Revelação Ideal é a informação que tu obtens do Deus Verdadeiro.
A questão que sobra é saber se a ciência real e tal como é practicada – sem auto-correcção – é superior às versões defeituosas da Revelação que são praticadas (islão, budismo, hinduísmo, etc), chegando ao ponto de impossibilitar a distinção entre o genuíno e o falso entre as várias concepções de Revelação.
○Fonte○
Portanto, se tu és um Cristão que aceita a Palavra de Deus como Revelação Perfeita, a forma certa de pensar é interpretar as imaginações do homem à luz do que Deus disse, e não o contrário.
É a Bíblia que determina o que é verdadeira ciência e não a ciência que determina se a Bíblia está certa ou não. Fazer o contrário é dar mais autoridade às opiniões do homem em detrimento da Sabedoria infinita de Deus.
Ora não posso concordar mais. Entre as tentativas e erro da ciência e um documento escrito por um ser omnisciente só um tolo iria rejeitar um texto perfeito para ficar com uma ciência sujeita a erros.
A dificuldade é encontrar essa mensagem perfeita e com um conhecimento absoluto. Há vários candidatos : a Tora, o livro dos Vedas, o dos mortos, a Bíblia (nas suas várias versões) e etc.
Concordamos os dois que, com exclusão da Bíblia na tua versão, nenhum deles parece mesmo remotamente ter sido obra dum ser omnisciente.
Quanto à Biblia como sabes as dúvidas são muitas.
Foi livro escrito por homens, com os erros que nos são conhecidos, ou tem em si um conhecimento perpétuo e absoluto sinal da mão de alguém omnisciente?
Logo na leitura do Gênesis surgem dúvidas e das grossas:
O autor parece querer dizer que houve mesmo um dilúvio há 4500 anos. Parece acreditar nisso e noutros livros há referências a ele.
Basta comparar com a história do Egito para ser ver que não houve diluvio.
Os Egípcios construíam placidamente pirâmides e mastabas antes, depois e durante o dilúvio.
Isto leva-nos a desconfiar imenso da omnisciência do autor. Como compreendes. Nem conhecia a história dos vizinhos do lado. Podemos dizer que o autor omnisciente apenas inspirou o escriba e ele escreveu de acordo com as suas crenças. Ora batatas! Um texto revelado e perfeito tem de ser perfeito. Se tem erros destes…..como é que sabemos o significado do texto ?
Assim, enquanto esperamos por uma revelação perfeita, lá vamos ter que nos amanhar com a gaia ciência.
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João Melo,
Então estamos de acordo. A verdadeira Revelação é superior à ciência idealizada.
Dificuldade só se for para ti. Se Deus existe, então Ele não deve ter dificuldade em comunicar com os homens.
As tuas dúvidas são muitas.
Falso dilema. Pode ter sido escrito por homens E ter conhecimento originado em Deus. A tua missão é descobrir. Lembra-te: se Deus existe, Ele não terá dificuldades em comunicar com os homens. Os homens é que podem negar que a Mensagem vem de Deus e dizer que ela tem “erros” e “dúvidas”.
AS tuas dúvidas, queres tu dizer.
Se calhar porque aconteceram.
Só pelo facto de usares a cronologia egípcia fica patente que a História não é o teu forte. Faz uma pequena pesquisa em torno de “problemas with egyptian chronology”.
Obrigado mais uma vez por nos mostrares a “solidez” do teu conhecimento histórico.
*Se* a cronologia deles é fiável.
….da cronologia egípcia.
Mais um erro de História. Alusões a um dilúvio universal existem em culturas de todo o mundo. Não sabias disso, pois não?
Mas os erros são teus e não da Bíblia.
“Esperamos”? Não. Tu esperas. Fala por ti porque milhões de pessoas têm na sua posse a Revelação Perfeita.
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As dúvidas que há na cronologia egípcia, e são muitas, referem-se à primeira dinastia (cerca de 6000- 5000 a.c.)
Quanto à construção da grande pirâmide não há quaisquer dúvidas.
Antes, durante e depois do dilúvio a construção seguia a bom ritmo.
Se tens alguma evidência do contrário mostra…..
Eu sei! Não há!
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João Melo,
E se te forem apresentadas evidências em contrário do que alegas?
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