10 perguntas a fazer ao teu professor de Biologia sobre design

Se nós soubermos fazer as perguntas certas, os darwinistas revelarão a natureza religiosa da sua teoria pagã. Como tal, apresento aqui uma lista de 10 perguntas que podem ser feitas aos professores de biologia darwinistas. ~

Esta lista é uma modificação da lista originalmente proposta pelo Dr William Dembski.

1. Se a natureza ou alguns aspectos dela foram arquitectados inteligentemente, como é que nós podemos saber?

2. O projecto científico que opera sob o nome de SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) procura sinais espaciais com origem inteligente. Deveriam os cientistas procurar indícios biológicos com origem inteligente? Porquê? E se não, porque não?

3. Como é que podemos explicar a complexidade e a saturação informacional presente nos sistemas biológicos? Como é que eles originaram?

4. Existe alguma estrutura presente nas células que se assemelhe a algum engenho feito por humanos? Como é que podemos explicar tais estruturas?

5. O que são sistemas de complexidade irredutível? Existe algum sistema assim na biologia? Se sim, serão esses sistemas evidência para design inteligente? Se não, porque não?

6. Designers humanos (arquitectos, engenheiros, etc) re-utilizam sistemas que funcionam bem. As formas de vida também exibem evidência de re-utilização de sistemas e estruturas (o sistema de visão humano é semelhante ao dos polvos e lulas, por exemplo). Será isto evidência para descendência comum, design comum, ou uma combinação dos dois?

7. Para melhor se entenderem os sistemas biológicos, os biólogos moleculares muitas vezes têm de usar aquilo que se chama de “engenharia revertida”. Uma vez que se tem que usar engenharia revertida para melhor se entenderem as funções de certos sistemas biológico, será isto evidência que esses sistemas foram originalmente “arquitectados” (isto é, feitos por uma Inteligência)?

8. Existe alguma diferença entre previsões científicas feitas pela teoria da evolução e as previsões feitas pela teoria do design inteligente? Tomemos o exemplo do chamado “ADN lixo” (junk DNA). Para qual das duas teorias a noção de que largas partes ADN são “lixo” seria mais plausível? Evolução ou design inteligente?

9. Que tipo de evidências te poderiam convencer que a teoria do design inteligente é verdadeira e que o neo-Darwinismo é falso? Se nenhuma evidência a esse nível existe, e nem sequer pode existir, de que forma é o neo-darwinismo uma teoria científica testável?

10. Será possível determinar se um objecto foi feito por alguém sem sabermos quem esse alguém é? Por exemplo, será possível determinar que um objecto é um artefacto antigo mesmo sem sabermos qual foi a civilização que o produziu?


Longe vão os tempos em que os darwinistas agitavam uns ossinhos numa sala de aula e afirmavam que isso eram “evidências” para “evolução”.

Hoje em dia, e em parte (não em todo) graças ao trabalho dos cientistas Cristãos, o público está a inteirar-se mais sobre o que se está a debater. Um bom exemplo disso foi o título do passado debate em Oeiras entre o Ludwig e o Jónatas.

Para constrangimento do Ludwig, o título do debate foi “EvolucioNISMO vs Criacionismo”, e não “A Teoria da Evolução vs Criacionismo”.

O “-ismo” posto à frente é uma boa forma das pessoas pensarem nestes assuntos sem assumirem à partida que sabem qual dos lados é ciência e qual é religião.

O que está a ser debatido são duas interpretações sobre o passado, e não “ciência versus religião”. Os darwinistas não gostam que a natureza religiosa da sua teoria seja exposta, mas a ciência e o Evangelho de Cristo não podem parar só porque os ateus não gostam de ser escrutinados cientificamente.

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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31 Responses to 10 perguntas a fazer ao teu professor de Biologia sobre design

  1. Douglas says:

    Muito Bom !

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  2. A nove até me parece a mais fácil:
    Que tipo de evidências te poderiam convencer que a teoria do design inteligente é verdadeira e que o neo-Darwinismo é falso? Se nenhuma evidência a esse nível existe, e nem sequer pode existir, de que forma é o neo-darwinismo uma teoria científica testável?

    Bastava que a terra fosse jovem (menos de um milhão de anos), ou que os fósseis de épocas diferentes estivessem misturadas nas camadas geológicas que seria necessária uma alternativa à TE.

    Podia não ser o CTJ, o DI ou a mitologia Hindu.

    Agora TE não seria de certeza.

    A TE é uma teria cientifica por que prediz, é coerente com as observações e é falsificável.

    Até, é claro, que aparece algo melhor….

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  3. As outras todas andam à volta da questão:

    Não pode ter havido um (ou mais) criadores inteligente dos seres vivos?

    A questão até é pertinente. Só que pelo que nos é dado saber não é conhecida qualquer forma de inteligência sem cérebro. Pelo que parece altamente improvável que algo tão complexo como um cérebro pensante tenha surgido antes mesmo de micro-organismos.

    Até pode ter sido mas até à data nada indica que exista, ou tenha existido no passado, algo assim.

    O próprio SETI não tem encontrado nada que se pareça com inteligência não humana.

    O futuro o dirá mas para já é o que temos.

    Isso não impede que cada um tenha as suas convicções intimas sobre a origem de tudo: Vishnu, Cristo, Allah, Manitou ou Toutatis.
    Só que essa questão transcende a biologia.

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  4. Dalton says:

    “A TE é uma teria cientifica por que prediz, é coerente com as observações e é falsificável.”

    Falsificável? Você consegue testar a TE para falsificá-la?

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  5. Obviamente que a TE é falsificável e testável. Se não o fosse não era uma teoria.

    Podes começar por aqui : http://pt.wikipedia.org/wiki/Evid%C3%AAncias_da_evolu%C3%A7%C3%A3o

    ou escrever no google scholar

    evolution evidences

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  6. Everton Araujo says:

    O DI ja caiu. O Relogio ja foi refutado, a “complexidade irredutivel” de Behe, por que o Behe, inteligentemente, manipula dados.

    E a mais engraçada, o Design existe realmente, a questao é se é inteligente.

    (Mats, por favor nao diga q to repetindo, c sabe q é verdade :D)

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  7. Everton Araujo says:

    O flagelo de Behe tbm. Tinha me esquecida :(. O flagelo tbm ja foi refutado.

    [[ Já descobriram a força natural capaz de criar um sistema com sub-sistemas interdependentes? — Mats]]

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  8. Everton Araujo says:

    O erro verdadeiro é chamar o DI de teoria. Seria como se eu mesmo me promovesse a chefe sem ninguem me dizer que nao sou, no final todos me chamam de chefe sendo que nem questionaram a minha autoriadade.

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  9. jefferson says:

    [[ JEfferson , POR FAVOR, deixa espaço entre as linhas senão ninguém consegue ler isto. — Mats ]]

    Joguei um gato(será que eu joguei o animal errado?) num aquário grande e o fechei ,pra ver se o gato evoluia, até pq ali estava ele a sofrer uma pressão para sobreviver,hi caramba o garfield morreu afogado…mas teremos outros gatos candidatos a virarem baleia,pela pressão evolutiva,afinal é por pressão pela sobrevivência que eles evoluem(por favor assistam pockemom,pra ver a evolução),então vamos jogar milhares de gatos no aquário,fechá-lo…uma hora um deles vai resolver evoluir…
    Eu também peguei e joguei uns peixes na grama pra ver se eles ,por pressão(seletiva) pela sobrevivência,começassem a evoliuir para algum animal terrestre,qm sabe um ramister,ou mesmo uma rã…adivinhem?Meus peixinhos morreram…mas não tem problema,vou continuar fazendo meus testes,até pq a evolução é persistente ,uma hora eles vão começar a evoluir EU TENHO FÉ!
    Eu tbm fiz um simulado no computador para o surgimento de uma casa moderna:Primeiro coloquei um livro com todas as informações para construir uma bela casa,depois eu espalhei todos os materiais da casa,tijolos,madeiras,metais,areia etc,etc,junto com o livro ,claro….aí …eu causei uma grande explosão…bom, isso foi no ano retrasado…estou esperando até o hoje a casa surgir sem qqr interferência de engenharia,de planejamento,de organização,mesmo com o livro lá…vou esperar ela se construir alá forças do acaso(quem sabe a matéria se organize sozinha e costrua ?)…espero que essa casa que o acaso vai construir tenha uma piscina…Daí poderei fazer uma explosão de verdade…
    Basta uma explosão e um livro com informações que tudo se cria…EU TENHO FÉ!

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  10. Dalton says:

    Tranquilo João Melo, aposto como você consegue colocar uma bactéria num frasco de vidro e ver ela virando uma esponja.
    Já que é disso que a TE trata.

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  11. Nem se foi ai sol medir a temperatura, se pode fazer experiências com planetas e por aí fora.

    Um caso concreto :

    Um palenteologista é especialista em tiranossauros rex e outro em símios.

    Há uma zona de rochas sedimentares onde é sabido que podem existir fósseis. Os nossos amigos só tem interesse em fósseis das espécies que estudam.

    Qual a teoria que vão utilizar para saberem se vale a pena ou não explorarem a zona ?

    As informações que vão pedir são : já foi encontrado algum fóssil e se sim de que ser ?
    Ou ; já dataram os extratos.

    Se os extratos forem datados de 75 milhões de anos ou tiver sido encontrada flora tipica do jurássico vale a pena o especialista em símios procurar fósseis de símios?

    E se encontrarem um mamute ou uma baleia num extrato vale a pena procurar por pterodáctilos ?

    sabes bem qual é a resposta…..

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  12. jefferson says:

    jogue um gato no mar que ele vai virar baleia…se morrer?jogue outro,e outro e outro e outro e outro até ele evoluir…ou então fica colocando a cabeça do seu gato dentro da água por alguns segundos e tirando até ele evoluir, faça isso de hoje até tu morrer,qm sabe a cabeça dele fique igual a dos cetáceos?…TENHA FÉ!

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  13. Everton Araujo says:

    Por que meus pots demoram para serem aprovados? seria isso uma retalhaçao? Nao ofendi ninguem.

    Dalton, mano, é serio. Eu comentei isso com o Romulo q disse. AMORFO-que-vira-ameba-que-vira-mula. Pare de ridicuralizar a teoria, esse é o tipo de coisa q nao te leva as resposta que, alias, vc nem quer encontrar. Como se fosse possivel. Precisariamos dos mitologicos milhoes de anos, se é que ia acontecer, por que nao foi as bacterias que deram origem a esponjas.

    1- O relogio é complexo e projetados.
    2- relogios sao projetados por uma mente inteligente.
    3- nos somos complexos
    4- logo, somos projetados por uma mente inteligente.

    Pronto, estamos satisfeitos.

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  14. Dalton says:

    @joão

    Nada do que você disse tem a ver com evolução. Planetas e Estrelas são estudados com análise de imagens dos satélites/telescópios/projetos de investigação enviados ao espaço, junto com técnicas de processamento de imagem e análises matemáticas/físicas.
    As pessoas costumam procurar restos de animais onde eles supostamente viviam. Lógico.
    Mas não precisam saber a “árvore da vida” desse animal pra saber onde ele vivia. Evolução não é relevante nessses casos.

    Os fundamentos são totalmente diferentes. O planetários é “provado” por causa das leis que foram primeiro confirmadas aqui e depois estendidas para o espaço.
    Já a evolução, não tem base. Não dá pra falsear, você não consegue por um organismo simples num frasco e ver ele virando um organismo complexo, pois apesar dele ser extremamente simples, se reproduzir incrivelmente rápido, ele ainda levaria milhões de anos pra mudar.

    @everton

    Não quero encontrar respostas? Se não quisesse não estaria neste blog. Ele responde MUITA coisa, e mostra que evolução não tem base pra ser mantida e defendida como é.
    Teu silogismo, infelizmente, é tão eficaz quanto meu desafio. Conte quantos posts do Matts tem “sistema complexo demais pra ser feito ao acaso” ou “sistema tão complexo que está sendo simulado por engenheiros” temos aqui no blog e estamos como estamos.

    @francisco

    Infelizmente, cara, pelo teu post, vc é quem não leu nada do blog, já que ele tem várias refutações feias para o evolucionismo, e quase nenhuma tem contra-considerações relevantes ou que resolvam a questão trazida pelo Matts.
    Você, propondo o DI como não-negação da evolução, só está a querer conciliar as coisas (mesmo fundamentado por estudioso). Simplesmente não faz sentido um DI que faz as coisas tão mal feitas que a natureza precise “corrigir” por conta própria. Ou um DI que faz as coisas tão mal feitas que ele mesmo tenha que fazer “manutenções” durante milhoes de anos para que os animais fiquem perfeitos. A idéia do DI é que o design feito foi tão perfeito que nunca precisou de manutenção corretiva.
    Se você estudou mesmo sabe que a probabilidade da evolução ter acontecido como dizem ter acontecido (na última revisão da teoria…) é tão pequena que mesmo se fosse chamada de milagre seria um baita dum elogio.
    Aliás, teu segundo artigo, pela tua descrição, refuta totalmente um DI… –‘

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  15. Dalton:

    No entanto concordas comigo que se existirem restos de t rex não há baleias e vice versa. Se assim fosse a TE era falsificada. E não encontras uma explicação mais lógica e coerente que a da TE.

    A argumentação ; ver um micróbio a tornar-se virulogista ou meter o gato em água na esperança que se torne anfíbio sabes tão bem como eu que não são argumentos. Aliás a história do gato seria mais lógica comtra Lamarck.

    Eu compreendo que seja importante para a mundividência dos CTJ´s uma terra jovem e o dilúvio.

    A técnica CTJ é repetir argumentos : havia gente suficiente para construir as pirâmides depois do dilúvio porque sim.
    Faço as contas e demonstro que matematicamente não é possível.
    A argumentação é que havia….

    Com a TE é o mesmo: a datação radiométrica é uma fraude. O fato dos tribunais, historiadores e antiquários a usarem o C14 não interessa nada.

    O que me parece é que se trata duma fé tão cega que é absolutamente invulnerável a qualquer razão.

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  16. Everton Araujo says:

    Dalton,

    Com todo respeito ao trabalho do MATS, mas buscar respostas da evoluçao num blog cristao que quer destruir e ainda apoia uma pseudoteoria é a mesma coisa de perguntar minha mae se eu sou bonito. “Esse blog responde muitas perguntas” sim, mas quais? O blog so mostra um sistema complexo e diz que é projetado, KD as provas entao? e por que o blog nao mostra as duas teorias tentando explicar a mesma coisa, ham? Vc quer respostas buscando apenas um lado da moeda. Isso nao é construir uma opiniao, é comprar.

    Eu disse que o flagelo de Behe ja foi refutado e o Mats nao negou, sera por que? a invez disso me pergunta: “[[ Já descobriram a força natural capaz de criar um sistema com sub-sistemas interdependentes? — Mats]]”

    Se um sistema complexo nao precisou ser projetado desde suas partes mais simples, por que os outros precisaram? A “inteligencia” so serve para alguns sistemas? E o coraçao, que o Behe sabendo que era evidente a sua evoluçao nos vertebrados, disse que precisaria ser analizado a suas partes minimas ou bioquimicas?

    Por que a “inteligencia” projetaria um coraçao tao deficiente para os anfibios, sendo que os coraçoes das Classes posteriores sao mais eficientes? nao me parece muito inteligente, ou ainda, sistemas circulares deficientes para uns e mais eficientes para outros? a inteligencia tem algum pre-conceito com alguma classe? A Evoluçao sim mostra, claramente, uma gradual evoluçao do coraçao dos vertebrados.

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  17. Cesar says:

    Para todos que estão se prontificando a minimizar a teoria da evolução…
    Evolução meus amigos, não se dá a nível de espécie, e sim a nível de população, então vamos estudar um pouco ecologia de populações para ter-mos propriedades em comentar.
    Segundo… Evolução não se dá aos saltos… evolução é um processo contínuo, então continuem jogando gatos no mar que eles continuarão a se afogar, o máximo que você conseguirá é um processo por mal-tratos…
    Terceiro… O tempo é algo expressivo, cuidado com as comparações temporais, pois acredite, vocês não sabem o que estão dizendo. Conversem com um geólogo!
    Quarto… Cuidado com os termos: Evolução não modifica nda (isso são mutações), evolução escolhe nda (isso é seleção natural) e por fim, falem qualquer coisa, menos que a evolução é finalista.
    Acho que será um choque para todos muitos, mas a figura clássica de um macaco precedendo algumas aberrações chegando até o homem moderno representa, absurdamente e erroneamente, o que se entende por evolução.
    PS: Eu acredito em Deus.

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  18. Dalton says:

    @Everton

    Engraçado, você quer que se busque respostas aos problemas evolucionistas num blog evolucionista que defende a teoria, hahaha. Muito pertinente. Aliás, você realmente lê o blog? O Matts geralmente posta assim: artigo sobre algum objeto biológico. Explicação evolucionista. Crítica e depois explicação pelo DI/Deus.

    Ademais, essas falhas de design que tu profere são apenas opinião tua. Os animais que as têm vivem até hoje exceto aqueles que sofreram pressão externa como o homem ou inundações. Está tudo equilibrado e funcionando perfeitamente. Aliás, dar-lhes melhor coração e circulação melhoraria sua espectativa de vida que consequentemente aumentaria sua população, causando desequilíbrio natural. Péssima escolha.

    E me diga, meu caro, qual a probabilidade de um conjunto imenso de animais de espécie diferentes, complexos, terem várias mutações coordenadas benéficas e progressivas para criarem novas funções corporais (das quais somente as úteis sobreviveram à seleção natural)? Entende agora o “complexo demais”?

    Fora a própria seleção natural que não ajuda o animais em progresso. Um peixe que está perdendo as nadadeiras para ganhar braços nada com mais dificuldade – deveria ser devorado pelos predadores, mas por um milagre sobrevive durante milhões de anos de transição e ainda substitui sua espécie anterior, que estava estável.

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  19. Cesar says:

    Dalton,
    Com as suas citações, vejo que algumas coisas que você atribui a evolução, não são evolucionistas. Não estou te julgando, apenas dizendo que se você se refere a evolução, deve tomar cuidado com as referencias que tem.

    Você se baseia no processo evolutivo aos saltos para justificar seus argumentos. Quando usa o exemplo ” Um peixe está perdendo as nadadeiras para ganhar braços…” é um salto evolutivo extremamente grande… e dessa forma é visivel dizer que essa espécie não terá nenhum sucesso. Agora se você pensar que uma dada ssp de “peixe”, apresentou estruturas que facilitava sua locomoção fora d’agua, é mais facil aceitar o processo evolutivo. Se voce achar que essa estrutura seria prejudicial a especie que facilmente seria predada, veja o copo meio cheio, dar umas escapade-las para o ambiente terrestre ocupado apenas por possiveis vidas vegetais e artropodas é uma forma excelente de escapar da predação. A evolução usa muito o estudo de fósseis para explicar isso, então seja apresentado ao Boris, um fóssil de Acanthostega. Mais no link: http://www.pbs.org/kcet/shapeoflife/episodes/bones_explo1.html

    Com o que eu disse acima, por favor, não estou querendo dizer que a evolução tem por finalidade ajudar a especie. Evolução não tem finalidade nenhuma e mesmo que ocorra a predação, ainda é um processo evolutivo e aquela especie passou pela seleção natural, onde suas mutações foram determinantes para seu não sucesso em determinada situação.

    Por fim, para não me extender, outra coisa que não pode se atribuir a evolução é seu ultimo paragrafo. Seria um milagre mesmo algo que esteja passando por um processo adaptativo seja capaz de extinguir uma especie estavel em seu ambiente. Se a especie “estavel” se extinguiu, quer dizer que ela não era tão estavel assim.

    Não estou dizendo que de fato exista alguem certo ou errado no mundo, mas se tratando de evolução só podemos contradize-la se entendermos o que ela diz.

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  20. Dalton says:

    @Cesar

    Infelizmente não posso ver teu vídeo daqui.
    Mas pela minúscula imagem que aparece no site, e pela descrição me parece que o fóssil, apesar de ter um corpo meio-pé-meio-nadadeira era completamente formado para sua funcionalidade: andar/nadar.

    No caso da evolução, o peixe que ganharia braços lentamente ou perderia suas nadadeiras, ficando mais lento, ou mesmo teria o aumento do braços, ficando mais suscetível à predação. Não ajuda. Não tem como ele sobreviver mais que os “normais” porque ele está perdendo o meio de locomoção rápida na água pra ganhar um meio de locomoção rápida na terra. No entanto por algum motivo estranho esse animal mais lento e consequentemente pesado substitui sua espécie anterior milhões de anos depois.

    E cara, a evolução É baseada em saltos. Pega o registro fóssil e todos os animais mostrados em gradualidade tem um salto absurdo de um pro outro, e todos eles tem potencial completo quanto às suas funções. A parte do gradualismo nas mínimas partes não é evidenciada nos fósseis e é um pressuposto evolucionista não evidenciado. Se você meditasse um pouco perceberia que é estranho a evolução demorar milhões de anos para ocorrer e só termos saltos entre os fósseis. Os invertebrados que o digam.

    E Cesar, você sinceramente acha que uma espécie que aguarda durante milhões de anos para evoluir não é estável?

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  21. Dalton says:

    E lembrando que evolução não é um processo natural necessário – é um evento de sorte. Calcule aí a probabilidade de várias mutações benéficas ocorrerem coordenadamente da forma correta e gradual durante milhões de anos em seres complexos, e você terá a probabilidade da evolução ter ocorrido.

    Depois lembre-se no cálculo que essa mutação benéfica coordenada de forma correta tem que ser “aceita” pela seleção natural, senão não fica.

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  22. Cesar says:

    Olá Dalton… compreendi seu ponto de vista, mas não é a aceitação ou negação da evolução que eu estou refutando em seu comentário, é somente alguns atributos que você aplica a evolução que não tem carater evolutivo.

    Você tem toda a razão em dizer que talvez uma macromutação em modificar estruturas de locomoção pode não ajudar a espécie mas mesmo assim isso ainda é um Processo evolutivo. Isso é uma questão de adaptação ao ambiente como você mesmo diz, sendo nitida a ação da seleção natural.
    Porem é sabido que as mutações não ocorrem apenas em carater macro, mas tambem micro (que são as importantes para a evolução).

    Não, a evolução não se da aos saltos. Evolução é um processo contínuo, o que você está dizendo que se da aos saltos são os registros fósseis. Sabemos muito bem que evidencias fósseis não é algo muito fácil de ser encontrado por isso temos os “saltos” dos fósseis.

    Por fim não compreendi muito bem sua ultima pergunta. Bom vou responder o que entendi. Vamos dizer que estabilidade seja relativo a bem adaptado… Especies que atravessaram milhoes de anos estão bem adaptadas, mas isso não quer dizer que essa espécie seja isenta de extinção, mesmo que essa espécie se encontre bem adaptada em uma determinada situação biologica e ecologicamente.
    Quando eu comentei sobre seu ultimo paragrafo, eu estava me referindo ao fato de que situações podem gerar uma extinção da espécie, mesmo que essa tenha milhares(ões) de anos. Tambem não é regra evolutiva uma espécie surgir e obrigatoriamente extinguir ou substituir a outra. Se a evolução defendesse isso, teria que explicar a existencia de organismos procariontes atuais.

    O video do Boris é parte de um documentario chamado Shape of Life. Se tiver oportunidade de assistir é muito bom. Lá explicará a época e a situação em que foi econtrado, se eu for contar aqui vai extender muito meu comentario.

    Digo novamente, não estou querendo que ninguem aceite a evolução, só estou postando esses comentários para elucidar conceitos errôneos atribuidos a evolução. Até Darwin em a origem das espécies dava umas patinadas na evolução…

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  23. Raquel Moura says:

    Qual a sequencia de nucleotídeos em ambas do DNA?

    Quais os anticódons presentes no RNA transportadores?

    Qual a sequência de bases nesse RNA?
    GACATGACGAGCTAT

    Quais os códons que esse RNA possui?

    Quantos aminoácidos constituirão a proteína produzida a parti dessa molécula de RNa?

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  24. Renan Rodrigues says:

    Em quanto só tavam questionando a ciência tudo bem; mais fazer questionamentos sobre Deus , ai já é de mais, …vamos respeitar né. Deus não crucificou seu único filho pra nos dar o direito de fazer falsos questionamentos sobre sua existência; Deus existe com certeza! !! Se ele não existisse ninguém existia !.
    Tudo que ta acontecendo neste mundo está escrito na sua palavra (Bíblia)…
    Agente tem que abraçar as chances que ele nos dar todos os dias com força, garra, sabedoria, esperteza etc…

    Sempre ah de existir um novo amanhã preparado pra mim!!!

    A verdadeira felicidade as pessoas só vão encontrar em Deus! !.

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  25. Ana Silva says:

    Respostas – Parte I
    Nota: Confesso o meu interesse em responder a este tipo de questionários desde que descobri a sua existência uns meses atrás. Mas só na semana passada descobri que o Mats tinha apresentado não uma mas duas vezes este questionário (https://darwinismo.wordpress.com/2008/12/09/10-perguntas-a-fazer-ao-teu-professor-de-biologia-sobre-design/). E as respostas exigiram-me alguma pesquisa (não sabia muito bem o que é “engenharia reversa”, por exemplo). Hoje finalmente consegui concluir todas as respostas. Divido o meu comentário em três partes para que cada comentário não fique demasiado longo.

    1. Se a natureza ou alguns aspectos dela foram arquitectados inteligentemente, como é que nós podemos saber?

    Dito de uma forma simples, para saber “se a natureza ou alguns aspectos dela foram arquitectados inteligentemente” é necessário (re)conhecer a sua forma de actuação. Ou seja é preciso saber responder às perguntas como? quando? onde? porquê?, etc..

    Qualquer teoria científica inclui “mecanismos de actuação”. Os da teoria de evolução são bastante famosos, como a selecção natural e a deriva genética. Outros permitem determinar a trajectória de um objecto em movimento (teoria da mecânica clássica, de Newton), a estrutura de um átomo (teoria atómica) e a posição de um continente no passado e no futuro (teoria da tectónica de placas). Todos os “mecanismos de acção” deixam “marcas” e são estas “marcas” que nos permitem (1) identificar estes mecanismos e (2) verificar a sua veracidade.

    Portanto, tal como acontece com todos os outros “mecanismos de actuação” que “deixam marcas”, eu acredito que “nós podemos saber” “se a natureza ou alguns aspectos dela foram arquitectados inteligentemente” identificando as “marcas” dessa “arquitectura” e identificando/determinando os “mecanismos de actuação” em causa.

    É preciso não esquecer (mesmo muito importante) que as “marcas” não significam nada por si só, sem serem determinados os “mecanismos de actuação”. Ou seja sem que seja possível responder às perguntas como? quando? onde? porquê?, etc..

    2.O projecto científico que opera sob o nome de SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) procura sinais espaciais com origem inteligente. Deveriam os cientistas procurar indícios biológicos com origem inteligente? Porquê? E se não, porque não?

    A ciência é (espera-se) universal: é suposto que qualquer “lei natural” seja aplicável em qualquer ponto do universo. A ciência é, também, a base da tecnologia. Sendo assim espera-se que a tecnologia de comunicação a (muito) longas distâncias seja sempre muito semelhante, independentemente da civilização que a desenvolva (porque se baseia nas mesmas “leis naturais”). E esse é o ponto de partida do projecto SETI.

    Ou seja o programa SETI tem como ponto de partida um “mecanismo de acção”, a tecnologia de comunicação a (muito) longas distâncias.

    Por princípio nenhuma pergunta está vedada à ciência, mesmo aquelas a que a ciência ainda não consegue responder. Como tal não existe qualquer razão que impeça os cientistas de “procurar indícios biológicos com origem inteligente”. Caso a premissa de estudo de “indícios biológicos com origem inteligente” se baseie em tecnologia então será correcto fazer uma comparação entre esse estudo e o programa SETI.

    Mas, de qualquer maneira, qualquer estudo científico tem de ter como ponto de partida um “mecanismo de acção”. Ou seja tem de conseguir responder às perguntas como? quando? onde? porquê?, etc..

    3. Como é que podemos explicar a complexidade e a saturação informacional presente nos sistemas biológicos? Como é que eles originaram?

    Não sei o que Dembski quer dizer com “saturação informacional”. Mas tudo o que acontece no interior das células, complexo ou não, pode ser explicado pela química (reacções químicas, ligações químicas, concentração de substratos, regulação química, etc.) e pela física. O mesmo acontece com as macro-moléculas, incluindo o DNA e as proteínas. Penso, no entanto, que a ciência não consegue ainda explicar como esta macro-moléculas surgiram. E, claro, é possível que a ciência nunca consiga responder de forma satisfatória a essa questão.

    Nota: O facto de a ciência não conseguir responder a muitas questões é apenas uma das várias demonstrações de que a ciência está sempre a (re)construir-se e que o conhecimento científico é sempre “mutável”.

    4. Existe alguma estrutura presente nas células que se assemelhe a algum engenho feito por humanos? Como é que podemos explicar tais estruturas?

    Penso que a resposta à primeira pergunta depende da definição de “semelhança entre estrutura celular e engenho feito por humanos”. Mas aceitando a resposta como afirmativa, as estruturas presentes nas células continuam a ser explicadas pela química e pela física, muitas vezes recorrendo a modelos matemáticos. Um exemplo (estrutura tridimensional das proteínas) pode ser encontrado num comentário que escrevi (https://darwinismo.wordpress.com/2017/01/25/mutacoes-geneticas-nao-causam-qualquer-tipo-de-evolucao/#comment-33944).

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  26. Ana Silva says:

    Respostas – Parte II

    5. O que são sistemas de complexidade irredutível? Existe algum sistema assim na biologia? Se sim, serão esses sistemas evidência para design inteligente? Se não, porque não?

    De acordo com a noção de sistema de complexidade irredutível apresentado por Michael Behe no seu livro de 1996, “A caixa negra de Darwin”, e também por William Dembski um sistema de complexidade irredutível:

    1º – é um sistema biológico que se retirarmos qualquer parte deixa totalmente de funcionar e torna-se inútil (“um único sistema composto de diversas partes em interacção que contribuem para o comprimento da sua função principal e no qual a remoção de alguma das suas partes provocaria uma quebra no seu funcionamento global”, [Behe (1996). “A caixa negra de Darwin”);

    2º – o evento da sua criação tem uma probabilidade tão, (mesmo) tão reduzida de ter sido criado de forma natural que o sistema só pode resultar da acção de um designer inteligente.

    Existem múltiplos exemplos que obedecem ao 1º ponto da definição de complexidade irredutível (que é apresentada por Behe). O flagelo bacteriano, o ATP sintetase e o ciclo de Krebs são três exemplos.

    Estes sistemas não são no entanto obrigatoriamente exemplos para o design inteligente. Porque para os três exemplos de complexidade irredutível que apresentei e muitos outros mais a ciência já apresentou explicações bastante plausíveis.

    Nota: sei muito pouco sobre a forma usada por Dembski para calcular a probabilidade de formação de uma macro-molécula. No entanto o facto de a probabilidade da criação uma determinada macro-molécula com uma estrutura específica ser muito baixa não é equivalente a que várias outras macro-moléculas de estruturas diferentes não possam ser igualmente bem sucedidas numa mesma função. Este último facto aumenta a probabilidade de os sistemas poderem ter uma origem natural (visto existirem várias formas de se atingir o mesmo fim).

    6. Designers humanos (arquitectos, engenheiros, etc) re-utilizam sistemas que funcionam bem. As formas de vida também exibem evidência de re-utilização de sistemas e estruturas (o sistema de visão humano é semelhante ao dos polvos e lulas, por exemplo). Será isto evidência para descendência comum, design comum, ou uma combinação dos dois?

    O facto de “as formas de vida exibem […] evidência de re-utilização de sistemas e estruturas” poderá, em princípio, ser apontado como resultado de “descendência comum, design comum ou uma combinação dos dois”, é verdade. No entanto uma explicação científica da “re-utilização de sistemas e estruturas” exige que “descendência comum” e “design comum” apresentem “mecanismos de acção” que respondam às perguntas como? quando? onde? porquê?, etc..

    Para além disso qualquer “sistema ou estrutura” está limitado pelas “leis” da física e da química. Este facto explica a razão para que muitos sistemas parecem ser “re-utilizados” quando na verdade isso é uma consequência de “não haver alternativas” que funcionem de acordo com as “leis naturais” da física e da química. O exemplo apresentado na própria questão, “os sistemas de visão de humanos e polvos e lulas” é disso um bom exemplo.

    O ponto de partida dos sistemas de visão de humanos e cefalópodes (polvos, lulas, etc.) é a câmara estenopéica ou câmara pinhole. Diferentes ordens de animais têm diferentes versões deste tipo de câmara, que é uma estrutura até muito simples (e simples de construir) mas que permite a formação de imagens com boa qualidade. A física (óptica) explica como (ver, por exemplo, http://www1.appstate.edu/~goodmanj/penland/photo.htm).

    7.Para melhor se entenderem os sistemas biológicos, os biólogos moleculares muitas vezes têm de usar aquilo que se chama de “engenharia revertida”. Uma vez que se tem que usar engenharia revertida para melhor se entenderem as funções de certos sistemas biológico, será isto evidência que esses sistemas foram originalmente “arquitectados” (isto é, feitos por uma Inteligência)?

    O termo “engenharia revertida” descreve um conjunto de métodos usados para “descobrir os princípios tecnológicos de um sistema através do seu “output” (a sua função e operação) com pouco a nenhum conhecimento específico adicional dos componentes do sistema.” (https://link.springer.com/referenceworkentry/10.1007%2F978-1-4419-9863-7_369)

    A engenharia revertida baseia-se na construção de modelos matemáticos que consigam replicar o que é observado (ou seja, que dêem resultados semelhantes ao que se observa nos sistemas estudados). Por esta razão o recurso a métodos de engenharia revertida não exige à partida que se conheça a origem do sistema, quanto mais que o sistema tenha sido obrigatoriamente “arquitectado”.

    Como todos os outros métodos usados para a obtenção de informação sobre algo, este método pode também ser adaptado para outros fins, como o estudo de sistemas biológicos. De acordo com um artigo do Journal of the Royal Society Interface (Villaverde & Banga, 2013) “o objectivo da engenharia reversa [em biologia] é inferir, analisar e compreender os mecanismos de funcionamento e regulação dos sistemas biológicos [através da interacção entre modelos matemáticos e experiências]”. (http://rsif.royalsocietypublishing.org/content/11/91/20130505)

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    • Dalton says:

      “Estes sistemas não são no entanto obrigatoriamente exemplos para o design inteligente. Porque para os três exemplos de complexidade irredutível que apresentei e muitos outros mais a ciência já apresentou explicações bastante plausíveis. ”

      Se você achar um bolo no meio da floresta, qual a sua reação:
      1 – Alguém fez esse bolo e deixou/esqueceu/perdeu aí;
      2 – A natureza aleatoriamente ajuntou os ingredientes necessários, os misturou na forma correta, os conformou no formato de um bolo, assando o tempo necessário e deixando naquele local

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      • Ana Silva says:

        Dalton:

        Desculpe a resposta tão tardia (espero ainda ir a tempo…)

        Quanto às possíveis razões para a presença de um bolo na floresta…

        Eu (e espero também o Dalton) sei como se faz um bolo, sei o aspecto da massa antes e depois de sair do forno. Portanto quando eu vejo algo com a forma e consistência de um bolo eu identifico-o como um bolo. Mais ainda se sabe a bolo!…

        Imagino que o Dalton, baseado na sua experiência, também saiba distinguir um bolo “à partida”, sem ter de pensar muito nessa questão..

        Alguns fungos, por exemplo, têm tecidos com características especiais. Mas, se não estou em erro, actualmente já se sabe como esses tecidos naturalmente se formam e prosperam. Ou seja, existe informação sobre o como? quando? onde? porquê?, etc. para tal.

        Hoje em dia não existe praticamente nenhum local na Terra onde o homem não tenha estado. Por essa razão aceito como possível a presença de (pelo menos restos de) bolo em qualquer parte no nosso planeta. Extraordinário seria, talvez, encontrar um bolo em Marte, onde não se conhece nenhum designer capaz de fazer bolos e outros alimentos confeccionados.

        Para além disso, ao contrário qualquer ser vivo, nenhum alimento confeccionado é capaz de se reproduzir. Por essa razão a analogia que apresenta, Dalton, falha logo à partida. Tal como acontece para as analogias de carros, estátuas, etc.. Porque os mecanismos propostos pela teoria da evolução (selecção natural, deriva genética, etc.) estão associados à reprodução.

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  27. Ana Silva says:

    Respostas – Parte III

    8.Existe alguma diferença entre previsões científicas feitas pela teoria da evolução e as previsões feitas pela teoria do design inteligente? Tomemos o exemplo do chamado “ADN lixo” (junk DNA). Para qual das duas teorias a noção de que largas partes ADN são “lixo” seria mais plausível? Evolução ou design inteligente?

    Existem sempre diferenças entre previsões científicas feitas por teorias científicas concorrentes. A teoria da mecânica clássica (de Newton) e a teoria da relatividade fazem previsões diferentes para os mesmos fenómenos, por exemplo. Existe um fenómeno muito interessante, as lentes gravitacionais(https://pt.wikipedia.org/wiki/Lente_gravitacional), que está previsto e é facilmente explicado pela teoria da relatividade, mas que a teoria de Newton não consegue sequer explicar (quanto mais prever). Um exemplo muito bonito do resultado da acção de uma lente gravitacional é a cruz de Einstein (https://en.wikipedia.org/wiki/Einstein_Cross).

    Presumo que a resposta esperada (pelo autor do questionário) para a pergunta “para qual das duas teorias a noção de que largas partes do ADN são “lixo” seria mais plausível” é a teoria da evolução. E a resposta estaria (em grande parte) certa, independentemente das duas definições possíveis de “junk DNA” ([1] “DNA que não codifica para proteínas” e [2] DNA que não tem função [conhecida]”). Isto acontece porque a teoria da evolução aceita como possível que grande parte do DNA não tenha qualquer função).

    No entanto o facto de um conceito estar de acordo com uma teoria científica, não implica que caso tal conceito esteja errado a teoria terá de estar também forçosamente errada (e deva ser descartada). Por exemplo sabe-se hoje que o conceito “original” de “átomo” (“átomo” [conceito original] = “partícula indivisível”) está completamente errado. Mas a teoria atómica ainda é uma teoria científica válida.

    O facto de existir menos “junk DNA” do que o previsto inicialmente não põe em causa a premissa de base da teoria da evolução. Não é o facto de termos pouco ou nenhum junk DNA que torna impossível a ancestralidade comum, ou a existência de descendência com modificações, ou a sobrevivência dos “mais adaptados” (que são os conceitos de base da teoria da evolução). A possível não existência de junk DNA também não invalida qualquer um dos mecanismos propostos pela teoria da evolução (selecção natural, deriva genética, etc.) nem põem em causa os processos e efeitos da mutação de DNA.

    Pensava que o design inteligente não tinha propriamente problemas com a existência de junk DNA. Por exemplo, o criacionismo cristão não parece ter grandes problemas com este conceito, que, se não estou em erro, estará em concordância (pelo menos para os pseudogenes) com o conceito de pecado original (http://creationwiki.org/pt/Pseudogene) .

    Caso o design inteligente defenda que não existe junk DNA então as descobertas mais recentes da ciência apoiam (pelo menos parcialmente) essa posição. Mas uma teoria científica depende principalmente da “veracidade” (capacidade de explicação do que é observado) dos mecanismos “de acção” propostos. Portanto, mais importante que a existência ou não de junk DNA, o fundamental é determinar a “veracidade” dos mecanismos “de acção” propostos pelo design inteligente. Ou seja é preciso que o design inteligente consiga responder às perguntas como? quando? onde? porquê?, etc..

    9.Que tipo de evidências te poderiam convencer que a teoria do design inteligente é verdadeira e que o neo-Darwinismo é falso? Se nenhuma evidência a esse nível existe, e nem sequer pode existir, de que forma é o neo-darwinismo uma teoria científica testável?

    O problema do design inteligente é que este não apresenta os tais mecanismos “de acção”. Por essa razão não é possível determinar se é possível ou não a actuação de um designer inteligente. Ou seja, não existe forma de falsificar o design inteligente. Por exemplo, tomando como exemplo o conceito de “complexidade irredutível”, a falta de conhecimento científico permite afirmar que não se conhece a origem de muitos sistemas biológicos (este blogue apresenta vários desses exemplos, como https://darwinismo.wordpress.com/2015/09/21/refuta-o-gradualismo-evolutivo/, https://darwinismo.wordpress.com/2015/11/06/o-insecto-que-refuta-o-gradualismo-evolutivo/ ). Enquanto tal desconhecimento se manter é sempre possível atribuir a sua existência à acção de um designer inteligente.

    Existem, no entanto, formas de falsificar a teoria da evolução (que, imagino, inclui o “neo-darwinismo”). A existência de fósseis de coelhos no período câmbrico, e um exemplo muito famoso. Outros exemplos são: (1) a inexistência de mutações, (2) a existência de “híbridos” inesperados (por exemplo um animal híbrido de um mamífero com uma estrela-do-mar ou de um animal híbrido de um insecto com uma ave), (3) a maior semelhança entre o DNA de um chimpanzé e um humano do que a semelhança entre um chimpanzé e um rato.

    10.Será possível determinar se um objecto foi feito por alguém sem sabermos quem esse alguém é? Por exemplo, será possível determinar que um objecto é um artefacto antigo mesmo sem sabermos qual foi a civilização que o produziu?

    Penso que é sempre possível determinar se um objecto foi feito por alguém (humano ou animal) tendo por base conhecimento prévio. Por exemplo sabe-se hoje, sem qualquer margem de dúvidas, que as térmitas são capazes de construir formigueiros extremamente elaborados, com sistemas de refrigeração muito eficientes, porque tal já foi visto “in loco” (testemunhado por cientistas que estudaram a fundo as técnicas usadas pelas térmitas). Também se sabe, porque já foi observado, que animais como os chimpanzés e os corvos recorrem a utensílios para comer. É, aliás, possível determinar se um chimpanzé utilizou um ramo para se alimentar de térmitas por análise de DNA, por exemplo.

    É também possível determinar se um objecto é ou não obra de humanos. Por exemplo, é fácil identificar objectos de barro e é fácil determinar como esses objectos foram feitos. Também é possível determinar a sua idade, desde que se conheça com exactidão o seu local de origem e/ou recorrendo a análises químicas.

    Em todo o caso a capacidade de se responder à questão “este objecto é obra de design” está dependente de se poder responder às perguntas quem? como? quando? onde? porquê?, etc.. Um exemplo é o de objectos de barro (ver, por exemplo o meu comentário em https://darwinismo.wordpress.com/2014/08/13/a-arte-da-invisibilidade/#comment-26793) .

    Outro exemplo é o de automóveis: Sabe-se que (1) os automóveis são feitos em fábricas por robots e técnicos (humanos) especializados, (2) é possível determinar o ano (ou pelo menos a década) em que um carro foi feito, (3) é também possível limitar a um número reduzido de locais onde um automóvel foi feito (por exemplo, nenhum automóvel foi feito na Antártida porque não existem fábricas de automóveis nesse continente) e (4) é possível encontrar várias razões para se fazerem automóveis.

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  28. petrus says:

    Quando primeiro vim a saber do tal do design inteligente, achei uma ideia interessante. Mas, depois de algum tempo, comecei a entender o porquê tal abordagem é (e deve ser desprezada). Se você escarafunchar todos os proponentes do design inteligente, vai perceber uma certa desonestidade. Em primeiro lugar, usam um livro de mitologia como fonte de conhecimento. É um absurdo você querer desqualificar pesquisas empíricas com um livro de axiomas. Já experimentei coisas que desafiam o dogma cartesiano, mas ele deve ser refutado com provas empíricas (se houver motivo para ser refutado, ou seja, provas contrárias, e não a simples vontade de que ele esteja errado, o que não passa de fanatismo religioso). O segundo ponto é o partidarismo, todo criacionista segue um paradigma cristão, ignorando outras visões do mundo, nada há que se prove melhor no cristianismo do que em outras religiões. Mas, nosso velho amigo cristão vai sempre querer te provar que só a verdade que ele prega é a certa. Por que a evolução tem de ser o porquê, e não o como? Pense nisso.

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    • Mats says:

      Quando primeiro vim a saber do tal do design inteligente, achei uma ideia interessante.

      Porque é que achaste que era uma ideia interessante?

      Mas, depois de algum tempo, comecei a entender o porquê tal abordagem é (e deve ser) desprezada.

      “Desprezada” pelos evolucionista? Bem, quem não é evolucionista também despreza essa teoria. E depois?

      Se você escarafunchar todos os proponentes do design inteligente, vai perceber uma certa desonestidade. Em primeiro lugar, usam um livro de mitologia como fonte de conhecimento.

      Cita aí os cientistas envolvidos na Teoria do Design Inteligente que “usam um livro de mitologia como fonte de conhecimento”.

      Ficamos à espera.

      É um absurdo você querer desqualificar pesquisas empíricas com um livro de axiomas.

      Cita aí os cientistas envolvidos na Teoria do Design Inteligente que querem “desqualificar pesquisas empíricas com um livro de axiomas”.

      Ficamos à espera.

      O segundo ponto é o partidarismo, todo criacionista segue um paradigma cristão, ignorando outras visões do mundo

      Tu segues o teu paradigma, e ignoras e/ou rejeitas os outros paradigmas.

      nada há que se prove melhor no cristianismo do que em outras religiões.

      Claro que há: o Cristianismo está certo.

      Mas, nosso velho amigo cristão vai sempre querer te provar que só a verdade que ele prega é a certa.

      Tu também tentas provar que só o que tu acreditas é que está certo.

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