O universo como evidência para a existência do Criador

Por Dennis Prager

Será que as leis da ciência se aplicavam no princípio?Durante a semana passada, em Nice (França) tive o privilégio de participar juntamente com 30 estudiosos, maioritariamente cientistas e matemáticos, numa conferência em torno da questão do universo ter sido criado, ou pelo menos afinado, para a vida (em especial para a vida inteligente). Os  participantes – de Yale, Princeton, Harvard, Berkeley, e Columbia, bem como de outras universidades Americanas e Europeias – incluíam pessoas que  acreditavam em Deus, agnósticos e ateus.

Ficou mais ou menos claro que o consenso científico afirma que o universo se encontra calibrado de um modo minucioso de modo a permitir a  possibilidade da vida. Parece que vivemos num universo especial, um onde tanto a configuração da matéria ao nível do início cósmico bem como os valores dos vários parâmetros físicos – tais como a velocidade da luz, a força da atracção gravitacional, e a taxa de expansão do universo – encontram-se certos para a vida. E a menos que alguém se assuste com o termo, parece que o universo foi criado especialmente para a biogénese e para a vida  humana.

Em relação à calibração afinada (inglês: “fine tuning”) do universo, poderia-se escrever um livro só citando os argumentos em favor dela feitos pelos cientistas mais distintos do mundo. Eis aqui só uma pequena amostra, recolhida pelo físico Gerald Schroeder, (Ph.D. pela MIT, lugar onde  mais tarde ensinou a Física).

Michael Turner, astrofísico na Universidade de Chicago e Fermilab disse:

O nível de precisão é semelhante a alguém atirar um dardo duma ponta do universo para o outro, e atingir o centro dum alvo com o diâmetro de um
milímetro.

Paul Davies, professor de Física Teorética na Universidade de Adelaide diz:

O que é realmente espantoso não é o facto da vida na Terra encontrar-se equilibrada na aresta duma faca, mas sim o facto do universo inteiro  estar equilibrado do mesmo modo; ele estaria um caos total se alguma das “constantes” fosse ligeiramente diferente.

Roger Penrose, professor de Matemática na Universidade de Oxford, escreve que a probabilidade do universo ter energia usável (baixa entropia) no  momento da sua criação é “uma parte de dez à potência de dez à potência de 123.” Isto é, “um milhão de biliões de biliões de biliões de biliões de  biliões de biliões de biliões de biliões de biliões de biliões de biliões de biliões de biliões de zeros.

Steven Weinberg, recipiente do Prémio Nobel da Física e um agnóstico anti-religioso, nota que “a existência de vida de qualquer tipo parece requerer  o cancelamento entre diferentes contribuições para a energia do vácuo, com uma precisão de cerca de 120 casas decimais. Como explica o site, “Isto  significa que se a energia do Big Bang fosse, em unidades arbitrárias, não:

100000000000000000000000000000000000000000000000000
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000000000000000000

Mas no seu lugar:

100000000000000000000000000000000000000000000000000
000000000000000000000000000000000000000000000000000
000000000000000001

……….. não haveria vida de qualquer tipo no universo inteiro.

A menos que alguém seja um ateu com a mente fechada (existem ateus com a mente aberta), numa base puramente científica, não é válido negar que o universo encontra-se calibrado minuciosamente duma forma improvável de modo a gerar a vida, e muito menos negar que o mesmo está feito para a  existência de vida inteligente.

Para além disso, é um dogma ateísta (e não algo científico) classificar a noção da criação como “não-científica”. A alegação de que a ciência não pode sugerir que a inteligência vem de outra inteligência ou que o design vem dum designer é simplesmente uma tautologia e um dogma mascarado de ciência. No entanto, muitos cientistas inadvertidamente disponibilizaram evidências em favor disto.

Como forma de resposta ao argumento do design cósmico, foi avançada a noção do multiverso – a ideia de que existem muitos, provavelmente em número infinito, de universos. Esta ideia esvazia por completo a ideia da calibração minuciosa do nosso universo e, obviamente, esvazia o argumento do design. Afinal, num número infinito de universos, um universo com os parâmetros certos para a vida é mais provável de surgir por acaso.

Cabeça AreiaO problema (para os multiversistas) é que não existe qualquer tipo de evidência que suporte a tese da existência de outros universos – nem poderia  existir uma vez que o contacto com outros universos é impossível). Devido a isso, só se pode chegar a uma conclusão: o facto dos ateus terem  recorrido ao argumento do multiverso é uma admissão tácita de que eles perderam a discussão em torno do design neste universo. As evidências em  favor do design neste universo são tão convincentes que a única forma de evitar a conclusão óbvia (que o universo é obra de Design Inteligente) é  sugerir que o nosso universo é apenas mais um numa linha infinita de universos.

Os ateus mais honestos – cientistas e não-cientistas – têm que aceitar que a própria ciência argumenta de forma sobrepujante em favor dUm Criador Inteligente. (…) Alegar a existência do Criador requer apenas o uso da razão. Alegar que o Criador é Omnibenevolente requer o uso da fé.

Fonte

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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11 Responses to O universo como evidência para a existência do Criador

  1. Carlos Natário says:

    Eu realmente lei-o este blog para tentar perceber o vosso esquema mental e partir daí entender como constroem a vossa própria coerência existencial e assim viver em total harmonia com ela, isto tanto mais porque me apercebi que existe por aqui um grupo de seguidores que estão longe de se poder acusar de intelectualmente obtusos, bem longe disso.
    Perco alguns minutos com isto, mas sinceramente não consigo ver como conseguem ( partindo do principio que estão de boa fé) achar natural e lógico argumentar nos termos apresentados em favor de uma explicação deística como alternativa viável ao nosso cosmos.
    Sei que não estou a contra-argumentar em nada as vossas afirmações e nesse aspeto não estou a adiantar nada e certamente levantarão as mesmas dúvidas e pensarão a mesmíssima coisa em relação a pessoas como a minha postura, mas digo-vos, que mesmo vivendo no seio e numa matriz religiosa como aquela que vivo no meu país, é ainda assim difícil, para mim, de vos entender.

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    • Mats says:

      Sei que não estou a contra-argumentar em nada as vossas afirmações e nesse aspeto

      Esta frase diz tudo. O que tu disseste em cima são sentimentos pessoais e emoções próprias e como tal, eu não tenho como refutar o que tu sentes dentro de ti.
      Nós vamos continuar a postular cientificamente o Criador como a explicação mais lógica para a origem do universo ate que tu mudes as tuas emoções e sentimentos pessoais.

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      • Carlos Natário says:

        Mat,

        Os meus “sentimentos pessoais e emoções próprias” são a causa de não vos entender ou a razão da recusa de vos aceitar as ideias?!??

        Na minha frase:
        “Eu realmente leio este blog para tentar perceber o vosso esquema mental e partir daí entender como constroem a vossa própria coerência existencial e assim viver em total harmonia com ela”

        Qual é a parte em que a minha escrita em português que ficou difícil de perceber?

        Trata-se do vosso raciocínio que se entende como lógico, o que é razoável para vcs é o que não é, as opções axiomáticas que abraçam e por aí…
        Em suma: a vossa forma de raciocinar, como fazem coabitar os vossos conceitos com o mundo científico vigente de hoje numa harmonia minimamente coerente, que me interessa estudar, para ter uma ideia do que os fundamenta, move e os faz militar numa causa como esta.

        É claro que rapidamente me dariam vcs mesmo as respostas, mas essas são a forma como vcs se veem a si mesmo…e isso não é muito interessante, pois tem o “bias” natural de quem se avalia ou ajuíza as suas próprias ideias.

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  2. Ismael says:

    Mats se o que você escrevesse não tivesse fundamento, os que se opõe não teriam o trabalho de tentar refuta-lo. Vejo que esse blog cresceu muito e os seus leitores também. Grande abraço! Deus nos de, em Jesus Cristo, mais oponentes para que na diversidade o Poder de Deus seja demonstrado.

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  3. Dizem que…”parece que o universo foi criado especialmente para a biogénese e para a vida humana”. Não é verdade, de facto tudo indica que o Universo é um meio bastante hostil à vida em geral e à humana em particular, por isso tanto uma como a outra apenas existem em locais muitíssimo reduzidos quando comparados com a dimensão do Universo conhecido. A humana é mesmo muito provável que só neste planeta (a Terra). Se o Universo tivesse sido criado especialmente para a vida humana seria de esperar que cada sistema estrelar tivesse pelo menos um planeta habitado por humanos… e nada indica para que isso seja sequer possível, quanto mais provável…

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    • Mats says:

      Não é verdade, de facto tudo indica que o Universo é um meio bastante hostil à vida em geral e à humana em particular

      No entanto as imensas constantes da Fisica elegantemente calibradas para que o universo se mantenha em “funcionamento” contiuam por explicar naturalisticamente.

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    • Azetech says:

      Sergio Sodré

      Se o Universo tivesse sido criado especialmente para a vida humana seria de esperar que cada sistema estrelar tivesse pelo menos um planeta habitado por humanos…

      Baseado em que afirma isso? Como sabe se Deus não criou o universo todo apenas para haver vida na TERRA?

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  4. jephsimple says:

    O universo é hostil a vida?

    Humm … mas a vida nem sempre existiu… então como “a não vida” passou a existir ?

    Acidente milagroso?

    Ou Milagre inteligente?

    Eu não entendo esses naturalistas!

    Estou desconfiando que são na verdade panteístas.

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  5. Azetech says:

    Mats

    Estava a navegar na internet quando me deparei com este vídeo:

    Pesquisando mais a fundo descobri esta notícia em mais dois sites:

    http://www.criacionismo.com.br/2013/11/mana-ainda-cai-do-ceu-na-africa.html

    http://noticias.gospelprime.com.br/milagre-mana-ceu-africa/

    Inclusive encontrei o laudo uma análise química, feito pela UNICAMP (Universidade estadual de renome no Brasil) realizada sobre este maná:

    Click to access relatorio-mana-unicamp.pdf

    Qual é a tua opinião a respeito?

    Abraços,

    Diogo.

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