Ateus indignados com decisão legal que qualifica ateísmo como religião

Dawkins bIspoA líder dum grupo ateu alegadamente encontra-se indignada com o facto do governo dos EUA lhes ter conferido estatuto de religião como forma de  obterem isenção de impostos. Pior ainda, ela está ainda mais furiosa com o facto ter ficado a saber que ela é considerada uma guia espiritual  (“pastora”) segundo a o código da “Internal Revenue Service”.

Nós não somos pastores,” afirmou Annie Laurie Gaylor, que lidera da “Freedom from Religion Foundation” ao The Blaze. Ela acrescentou ainda:

A organização não quer isenção de impostos se a mesma baseia-se em códigos legais que controlam os grupos religiosos. Nós teremos que dizer o óbvio ao governo: nós não somos uma igreja.

A maior parte das pessoas aceitaria de bom grado o facto de pagarem menos impostos ao governo. O Departamento de Justiça deu entrada a um resumo no tribunal alegando que a senhora Gaylor é elegível para para a isenção, que lhe dá uma casa livre de impostos uma vez que ela lidera o grupo e  organizações ateístas podem receber alguns dos benefícios conferidos às igrejas.

Mas o grupo da senhora Gaylor deu entrada a um processo legal, alegando que a isenção de impostos do governo federal feita a grupos religiosos não se aplica a grupos ateus, e que a insistência do governo em fornecer esse benefício é análogo a uma casa premiada livre de impostos.

Em 2009, a senhora Gaylor e o marido, Dan Barker, foram inicialmente premiados com um subsídio de habitação do governo no valor de $15,000 por ano. Eles têm vindo a alegar que eles não merecem esse benefício uma vez que são ateus e orgulhosos por alegar não terem qualquer tipo de afiliação religiosa.

Segundo o Departamento da Justiça, o Budismo e o Taoísmo são afiliações que não acreditam em Deus mas são, mesmo assim, qualificadas como religiões e elegíveis para recolher o benefício.

Fonte

* * * * * *
A realidade dos factos é que o ateísmo é um sistema de crenças – quer eles tenham isenção fiscal ou não. A noção de que o ateísmo não é religião só porque defendem que Deus não existe é irrelevante porque o que constitui (ou não) uma religião vai mais além   da sua posição em relação à auto-evidente existência do Criador.

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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19 Responses to Ateus indignados com decisão legal que qualifica ateísmo como religião

  1. Carlos Natário says:

    Bem…

    Para ser sincero tambem me parece que não respondendo totalmente aos critérios que “normalmente” definem uma mitologia organizada: Uma Entidade Suprema criadora, Um Livro-Guia ou algo que o substitua, práticas litúrgicas, orientações comportamentais, antropormofismo endémico, etc., no entanto dizia, estou de acordo com jurisdição Americana, se esta se tratar de uma organização promotora ou “evangélica” ateísta.

    Na verdade, o ateísmo (a letra pequena é propositada porque não existe blasfémia possivel..um ponto para o lado de lá 🙂 ) é uma crença no sentido que não é possivel provar a não existência de um Criador.

    Apesar de na verdade, e num quadro cosmológico universal, não ser possível provar a não existência de QUALQUER COISA que se possa imaginar.
    Já a posição agnóstica me parece um atitude filosófica que configura menos bem uma crença, uma vez que se baseia na duvida e não numa certeza.

    A menos que se argumente que se trata da CERTEZA da duvida, esta impossivel de resolver, e assim se considerar um novo arreganho do Mitho a meter o nariz de fora.

    Existe muita maneira de sofismar e outras tantas de matar moscas.
    🙂

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    • Azetech says:

      Carlos Natário

      Apesar de na verdade, e num quadro cosmológico universal, não ser possível provar a não existência de QUALQUER COISA que se possa imaginar. (…)

      Este “argumento” é antiquado e já foi refutado a algum tempo por cientistas forenses e filósofos modernos.
      Provar algo inexistente não só é possível como também é fácil.
      Basta utilizar evidências CONTRÁRIAS a alegação de sua existência, demonstrando sua INEXISTÊNCIA.

      Este vídeo ilustra muito bem este raciocínio:

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      • Carlos Natário says:

        Azetech,

        No vídeo que postou, Dr. William Lane Craig diz em jeito de conclusão:
        “Então esse é o ponto lógico elementar: Uma proposição não é demonstrada falsa pela falta de evidência para ela, a proposição ainda poderá ser verdadeira na ausência de evidencia, só não saberíamos se ela é verdadeira.”

        e mais à frente repete noutra alocução:

        “…Logo não é suficiente mostrar a ausência de evidência, ou que há ausência de evidência para Deus, pois como os criminologistas lhes dirão “ausência de evidência não é evidência de ausência…”

        Pois é… Estou totalmente de acordo com estas afirmações, e Bertrand Russel provavelmente também, e não vejo qualquer choque com o que escrevi anteriormente:
        No jogo do existe/não existe, ou se refuta ou se confirma ou se fica com uma indeterminação nas mãos (Uma V exclui a outra, Uma F confirma a outra, as duas V ou F é absurdo, as duas sem “sinal” é uma indeterminação)

        Já sobre as analogias que o Dr. Craig aborda: As do bule, canguru e do pai natal, segundo ele, podem-se negar, pois diz existirem, e repete a expressão, “boas razões” para isso, as quais vai alegando para cada uma das para 3 , refutando-as como não indeterminações, (ele chama uma de “ilustração” e outra de “analogia”) (*)

        Não apreciei em detalhe estas alegações proferidas num estilo conhecido e com técnicas pastorais, (creio serem estas a que se refere o Azetech, juntando a alusão aos criminologistas que transcrevi acima, quando diz que “Basta utilizar evidências CONTRÁRIAS a alegação de sua existência, demonstrando sua INEXISTÊNCIA” ) .

        De qualquer forma esta eventual rejeição destes 3 casos-exemplo não invalida que se imaginem outros casos indeterminados, para além da própria existência/não existência do Divino como é dito no vídeo, aliás você mesmo deu um excelente exemplo com aquele “coelho da cartola” das leis da Física poderem serem mutáveis no tempo, quando se inclui o que chama de” tempo não observado”.

        Nota (*): Fiquei sem saber se “as boas razões” ali descritas são para ser entendidas como argumentos acabados ou como “indícios de falsidade”, tenho um juízo pessoal para cada caso e por analogia, mas fico-me por aqui para não ouvir o Mats me advertir que este texto é muito longo.

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      • Azetech says:

        Carlos Natário

        Pois é… Estou totalmente de acordo com estas afirmações, e Bertrand Russel provavelmente também, e não vejo qualquer choque com o que escrevi anteriormente:
        No jogo do existe/não existe, ou se refuta ou se confirma ou se fica com uma indeterminação nas mãos (Uma V exclui a outra, Uma F confirma a outra, as duas V ou F é absurdo, as duas sem “sinal” é uma indeterminação)

        Sim, isso eu sei. O Motivo óbvio pelo qual a afirmação “ausência de evidência não é evidência de ausência” explanada por Craig não entra em choque com a tua afirmação: ” não ser possível provar a não existência de QUALQUER COISA que se possa imaginar.” é pelo fato dos assuntos não serem os mesmos.

        Se tu, tivesse afirmado: “O fato de supostamente não haver evidências da existência de Deus, PROVA que deus não existe” aí sim diria que o tema abordado com o Craig se chocaria com tua esta hipotética afirmação.

        O ponto principal pelo qual postei o vídeo, não foi pelo primeiro tema abordado, mas sim para o segundo tema, onde o William Craig aborda a não existência do Papai Noel.
        Como não consigo edita-lo, postando apenas o trecho que me interessa, os dois assuntos ficaram em pauta no vídeo demonstrado, mesmo quando meu interesse foi na “segunda” parte.

        Porém um ponto interessante a ser destacado, é que a tua réplica, caiu em contradição com a tua argumentação anterior.
        Demonstrarei a seguir:

        Tu afirmas na réplica que: Se uma V exclui a outra, se uma F confirma a outra, as duas V ou F é absurdo (Chamado-a de ‘Y’), e as duas sem “sinal” é uma indeterminação (Chamando-a de ‘Z’), ao fazer a afirmação ISSO NÃO EXISTE, a assume a posição V, e não de Z. coo erroneamente posiciona tua colocação.

        De qualquer forma esta eventual rejeição destes 3 casos-exemplo não invalida que se imaginem outros casos indeterminados

        Mas um caso indeterminado, por não ser comprovado o posicionamento V, F ou Y ele é ‘Z’ e não ‘V e Z” ao mesmo tempo, como contraditoriamente afirmas.

        Se há uma indeterminação sobre um evento, o máximo que se pode posicionar referente a tal evento, é a DÚVIDA e não a CERTEZA.

        Isso significa que: NÃO se pode AFIRMAR algo (como uma inexistência de algo por exemplo) se não há comprovação ou alguma evidência pelo qual comprova esta afirmação.
        Então dizer: Não se comprova algo que NÃO EXISTE , é contraditório pois a afirmação ISSO NÃO EXISTE deve ser obrigatoriamente comprovado por evidências, visto que esta é uma afirmação AFIRMATIVA pelo qual carece do ônus da prova.

        Aí está teu erro.

        NUNCA deverás efetuar uma afirmativa, se não possuíres provas para o tal.
        Nunca poderás dizer “isso não existe” se não puder provar. Logo dizer que “”comprovar a inexistência de algo que NÃO EXISTE (afirmativa) não é possível””, é o mesmo que falar que as tranças do careca é loiro.
        Altamente contraditório.

        Agora fora a contradição de teu argumento, mas analisando a falseabilidade da existência de um inteligente transcendente e criador do universo, podemos dizer que refutar este posicionamento é fácil.

        Basta demonstrar evidências que o universo e a vida originaram-se espontaneamente por processos naturais, assim como a própria origem NATURAL dos processos naturais, que o criador transcendente está refutado automaticamente.

        É neste ponto acima pelo qual (evidências contrárias que a refuta)

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      • Carlos Natário says:

        Azetech,

        Tenho a dizer-lhe que achei interessante a sua réplica, e conclui que a minha frase tal como está escrita, numa interpretação analítica e rigorosa aponta para um paradoxo ou contradição tal como afirma.

        A frase:
        “Não ser possível provar a não existência de QUALQUER COISA que se possa imaginar.”

        É em estilo inflamado e deverá ser reescrita para ter um valor lógico que reflita apropriadamente o meu raciocínio, algo como:

        – Não é possível inferir da “não existência” de algo que se especule e que fuja á análise da evidência.

        Não gosto dos exemplos do “canguru” e do “pai natal”, porque enfermam do erro de tentarem atingir as mentes com o absurdo, com a própria negação da evidência e do Logos e apresenta-las como indeterminações. Craig aproveita-se disso e brinca com as palavras, na sua eloquência, para fazer sorrir a audiência…

        Mas a mente é capaz de criar especulações absolutamente indeterminadas e é dessas que me ocupo. Como afirmei no post anterior, o Azetech avançou uma, no seu 1º argumento quanto à falibilidade dos métodos de datação – A sua hipótese da variabilidade das Constantes Físicas – algo que admito não lhe poder argumentar em absoluto a sua “não existência”, apesar dela me parecer absolutamente bizarra e improvável, por outo lado se me imaginar do “seu lado” faria no entanto sentido para poder resolver problemas da sua Cosmogonia quando confrontada com a Ciência mainstream. Sei no entanto que é perfeitamente escusado pedir-lhe para me apresentar alguma evidência, no formato científico, que ateste que está certo na sua hipótese.

        Sua frase:
        “[…] analisando a falseabilidade da existência de um inteligente transcendente e criador do universo, podemos dizer que refutar este posicionamento é fácil”

        Estou em perfeito desacordo consigo, e tenho mesmo a convicção de que a Ciência dificilmente poderá algum dia confirmar ou negar a existência de semelhante Entidade, apesar do tipo de “evidências” que neste Blog se avançam buscando credibilidade em publicações cientificas, mas com interpretações próprias e significado desconhecidos e não subscritos pelos autores.

        Mas vou deixar este assunto para um segundo post que este já vai longo de novo.

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      • Azetech says:

        Carlos Natário

        Sobre a tua frase:

        “Não ser possível provar a não existência de QUALQUER COISA que se possa imaginar.”

        Concluímos que estas “coisas” seriam:

        º Objetos Existentes (confirmados por evidências que a corroboram) – A
        º Objetos Inexistentes (Confirmado por evidências que a REFUTAM ) – B
        º Objetos Indeterminados (Pelo qual não possui evidências que refutam ou Corroboram) – C

        Se os objetos pensados fossem A e C, então concordaria contigo, pois Objetos EXISTENTES e objetos INDETERMINADOS de fato não são comprovado sua inexistência. (visto que isso seria uma condição contraditória a lógica filosófica e matemática).

        Porém se os objetos pensados fossem B, então diria que a tua frase não procede, pois provar a inexistência de coisas que não existem (mesmo que seja em imaginação) é possível.

        Então, reforçando o que falei anteriormente, quando algumas pessoas utilizam argumentos do tipo:
        “Não podemos comprovar a inexistência de algo que NÃO EXISTE , é contraditório pois a afirmação ISSO NÃO EXISTE deve ser obrigatoriamente comprovado por evidências que a refutam.

        Estou em perfeito desacordo consigo, e tenho mesmo a convicção de que a Ciência dificilmente poderá algum dia confirmar ou negar a existência de semelhante Entidade.

        Concordo parcialmente contigo nesta parte. O posicionamento que a ciência OPERACIONAL poderá ter referente a este assunto é zero. Isso ocorre pois seu escopo abordado não está ligado em definir a ORIGEM dos processos que envolvem o universo e a vida, mas sim descobrir O FUNCIONAMENTO dos mesmos.

        Porém, se falarmos da ciência FILOSÓFICA (cosmogônia), onde trata exclusivamente da origem do universo e da vida, tenho dois posicionamentos a fazer:

        1º Se o “Axioma” que envolve esta visão for naturalista, então o campo científico poderá reestruturar o modelo cosmogônico as suas convicções, definindo in loco a inexistência de uma entidade sobrenatural. Isso ocorre se os mesmos trouxerem respostas naturalistas a TODAS questões (comprovando de fato a fé ateísta sobre a inexistência de Deus)

        2º Se o “Axioma” que envolve esta visão for CRIACIONISTA, o campo científico NÃO poderá reestruturar o modelo cosmogônico as suas convicções in loco. Isso ocorre pois a ciência operacional é LIMITADA a natureza, não podendo ultrapassa-las caso exista elementos SOBRENATURAIS.
        O máximo que se obterá, são evidências necessárias para se detectar a entidade sobrenatural (algo muito frequente hoje), porém NUNCA comprova-lo in loco.

        Isso significa que o Naturalismo, por ser limitado a natureza, e a ciência empírica, por também ser limitada ao tal, teria propriedades suficientes para refutar a existência de Deus, se de fato ele não existisse.
        Poderia simplesmente demonstrar a origem de TUDO por processos naturais. (algo muito longe de acontecer)

        Isso de antemão levaria uma contradição lógica, demonstrando logo de início que este posicionamento é errôneo e auto-refutável.
        Porque? Os processos Naturais em sí fazem parte do “Tudo”, logo o Naturalismo deveria comprovar a origem dos processos Naturais POR meio de processos naturais (Raciocínio Circular).

        Então para a questão da origem, podemos ver que o modelo Criacionista possui vantagens frente ao modelo Naturalista. Isso ocorre pois além deste modelo possuir o apoio de evidências científicas ele possui principalmente o apoio da lógica racional.

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  2. Leonardo S says:

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    Senhoras e senhores os ateus são os melhores humoristas do século XXI.Só não pode deixar eles chegarem no poder porque já viu né, comunistas matam católicos sorrindo.Mas enquanto eles forem humoristas não tem perigo.

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    • A identificação que é feita entre ateus e comunistas é de todo abusiva, nem sequer é facto que todos os comunistas se declarem ateus quanto mais considerar que um ateu tem de ser comunista…

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      • Mats says:

        A identificação está correcta porque, segundos os líderes do comunismo, o ateísmo é crença fundamental dum comunista. O facto de haver ateus que não são comunistas ou comunistas que não são ateus é irrelevante.

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      • A identificação está correcta porque, segundos os líderes do comunismo, o ateísmo é crença fundamental dum comunista. (Mats)
        Não é o ateísmo, mas sim o materialismo dialético e o materialismo histórico…

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      • Mats says:

        Não é o ateísmo, mas sim o materialismo dialético e o materialismo histórico…

        “Communism begins where atheism begins…” (Karl Marx)

        “Nosso programa inclui necessariamente a propaganda do ateísmo” (Vladimir Lenin)

        Sabes mais do comunismo do que o próprio Karl Marx? E olha que temos muitas outras citações como essas para te mostrar.

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      • Saga says:

        O Comunismo é ateu.
        Sendo assim por definição todos comunistas deveriam se confessar ateus.

        Comunista não ser ateu é tipo Cristão não crer na Bíblia. (E de fato existe gente que não crê na Bíblia e se diz Cristão, olha lá.)

        Alguns comunistas professamente dizem crer em Deus, mas ou é ignorância ou é desonestidade. As estratégias de GRAMSCI indicam que isso é um tipo de tática para chamar mais pessoas para o marxismo, pessoas que de outra forma, por sua aversão ao ateísmo não embarcariam nesse barco furado. Você também pode infiltrar pessoas dentro das religiões para sabota-las por dentro em favor da causa revolucionária.

        O Comunismo é contra as religiões de forma tão ferrenha quanto é contra o capitalismo, só ler os livros base do comunismo e ver o quanto eles falam mal dessas duas coisas.

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      • O ateísmo não é A CRENÇA fundamental de um comunismo mas sim a direção e apropriação do Estado por um único partido (supostamente) representativo da vanguarda operária, a coletivização (de facto estatização) dos meios de produção com progressiva eliminação da propriedade privada, (pretensa) eliminação das classes sociais (com definição errônea do que é uma classe social), etc… no quadro de uma visão materialista do mundo e do homem, que os comunistas consideram necessariamente ateia. Contudo, o marxismo-leninismo (não necessariamente a única forma de comunismo) é um movimento político (de conquista, manutenção e alrgamento do poder) e não um movimento religioso… O seu ataque à religião visa, fundametalmente, eliminar o pder das igrejas neutralizando um poderoso rival na conquistas das mentes das massas, É um ataque instrumental e não a essência do comunismo… A melhor prova é que, uma vez a conquista do poder estar consolidada, raramente o poder comunista elimina ferozmente a religião, normalmente apenas se limita a controlar o clero e aceita que as igrejas funcionem, por vezes até intensamente (ex: Polónia, que até deu um Papa!).

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      • Mats says:

        O ateísmo não é A CRENÇA fundamental de um comunismo

        “Communism begins where atheism begins…” (Karl Marx)

        Sabes mais de comunismo que o fundador do comunismo? Lê essa frase vezes e vezes sem conta.

        É um ataque instrumental e não a essência do comunismo…

        “Nosso programa inclui necessariamente a propaganda do ateísmo” (Vladimir Lenin)

        Que parte de “necessariamente” é que não entendes? Não há comunismo sem ateísmo. Quem o afirma são os fundadores do comunismo. Sabes mais do que eles?

        A melhor prova é que, uma vez a conquista do poder estar consolidada, raramente o poder comunista elimina ferozmente a religião,

        Tirando os milhões de Cristãos que foram mortos e torturadas DEPOIS da consolidação do poder no Leste Europeu e em todo o mundo ocidental.

        normalmente apenas se limita a controlar o clero e aceita que as igrejas funcionem, por vezes até intensamente (ex: Polónia, que até deu um Papa!).

        Excepto quando as tenta destruir e acabar de vez com elas através da tortura e da confiscação de bens e propriedades.

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  3. De notar o preconceito e parcialismo do Departamento da Justiça americano ao declarar que “o Budismo e o Taoísmo são afiliações que não acreditam em Deus”…, pois esta afirmação significa que aquele organismo se arroga o direito de definir Deus… Muito provavelmente apenas aceita o conceito de Deus do Teísmo e religiões a ele associadas.
    De qualquer modo não vejo como o mero ateísmo (e segundo os ateus há vários tipos de ateus) pode ser equiparado a uma religião, perceberia melhor se fosse o marxismo-leninismo a ser assim considerado… A posição de Annie Gaylor parece-me correta. Já se fossem os movimentos panteístas americanos a terem um estatuto de religião (não sei se têm), por mim, como panteísta, concordaria sem problemas.

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  4. Saga says:

    Existe uma incoerência aí, ateus querem a todo custo negar que são um tipo de religião ao mesmo tempo que buscam serem como religiosos e terem privilégios religiosos.

    E essa medida dos EUA de isentar o ativismo ateu de impostos é uma decisão absurda.

    O ativismo ateu atua como um confrontador de religiões, assim o Estado supostamente defende a liberdade religiosa ao mesmo tempo que indiretamente financia intolerantes opositores da liberdade religiosa.

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    • caiman says:

      Percebeu o texto ao contrário. Os ateus em causa querem pagar impostos. Não querem os benefícios que o estado lhes ofereceu (porque entendem que esses benefícios são para grupos religiosos e que eles não são um grupo religioso).

      P.S.
      “Segundo o Departamento da Justiça, o Budismo e o Taoísmo são afiliações que não acreditam em Deus mas são, mesmo assim, qualificadas como religiões e ilegíveis para recolher o benefício.”

      Penso que deveria ser *elegíveis*

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      • Saga says:

        Não falo da Ateia do texto. Eu percebi sim o texto da forma como está escrito, mas ela não representa todos os ateus, os motivos que a fazem não querer ser catalogada como uma religião obviamente seria que ela e seus comparsas devem com certeza criticar ferrenhamente o fato da religião não pagar impostos, então se eles também forem isentos de impostos, cai um forte argumento antireligioso que eles costumeiramente usam.

        Outros motivos poderiam ser que se eles se denominam como não-crença ou coisas do gênero, ficam a confortável posição de não ter de dar provas do seu ateísmo, pois joga o ônus apenas para os crentes religiosos em Deus.

        Ainda outro seria a crítica que se faz ao proselitismo religioso ou a evangelização. Se um líder ateu pode ser considerado como sendo um tipo de pastor, pregador, doutrinar ou evangelizador é mais um item em que se fica definido oficialmente a analogia entre ateísmo e igrejas; se reconhece que ateus também fazem pregação para reforçar a falta de seus membros além de esforços para converter mais pessoas em ateus.

        Sobre o Budismo e o Taoísmo, sim existem religiões orientais que não necessitam da crença em um Deus para subsistir, existem membros dessas que realmente são ateus. Nem todos são necessariamente ateus, mas o teísmo não é necessário para os membros desses grupos, tanto que alguns nem gostam de dizer que são religiões.

        Sobre o Comunismo, óbvio que é ateu, quem não sabe disso devia estudar o assunto. Vá atrás dos livros bases do comunismo, de seus autores primordiais, que por sinal, são todos ateus.

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    • Victor Romero says:

      “Os ateus buscam serem como religiosos e terem privilegios religiosos?!”
      Você não leu o texto?! A líder em questão está NEGANDO receber os privilégios!
      Deverias prestar atenção no que lê antes de emitir opiniões deste tipo.

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