As bactérias congeladas e a “contaminação” conveniente

Laboratorio

Era uma vez uma espécie de bactéria que vivia feliz numa floresta verdejante. Mas foi então que o clima mudou. Explosões de ar frio assaltaram a terra, transformando o verdejante ambiente num deserto gelado que hoje chamamos de Antártica. Presas no túmulo de gelo, certamente que este era o fim da bactéria.

E daí talvez não, uma vez que a bactéria não estava morta mas dormente, esperando que o Príncipe Encantado evoluísse e as acordasse com o beijo da vida. E, tal como esperado, 8 milhões de anos mais tarde, ele veio a existir na forma de cientistas que levaram alguns blocos de gelo de volta para os seus laboratórios, quentes e confortáveis. Foi aí que os cientistas descongelaram a bactéria e “ressuscitaram-na”.

Bem, pelo menos esta é a história, se levarmos em conta o anúncio feito pelo geólogo Gary Wilson (Universidade de Otago) de que ele e os seus colegas haviam trazido de volta a vida uma ‘bactéria como 8 milhões de anos’.(2)

Embora esta discussão entre os evolucionistas não aconteça porque a idade presumida das camadas rochosas congeladas (de onde as bactérias foram “salvas”) seja colocada em causa por alguma das partes, mas sim porque a alegação de que as bactérias estiveram dormentes durante todo este tempo não é unânime, nem todos os evolucionistas concordam com os “8 milhões de anos”. É bem provável que se as bactérias só tivessem alguns milhares de anos o revivamento fosse possível, mas reviver uma bactéria com “milhões de anos”, mesmo estando no “congelador” durante esse tempo todo, seria quase impossível porque a bactéria já se teria deteriorado.(3)

Os peritos afirmam que depois de 100,000 anos, não existiria qualquer ADN – muito menos toda a maquinaria biológica que forma um organismo vivo.(4) Devido a isto, os cépticos alegam que as amostras devem ter sido de alguma forma contaminadas com bactérias modernas.

Mas esta alegação soa ligeiramente vazia não só devido ao cuidado meticuloso que os pesquisadores têm como forma de evitar a contaminação, mas também devido às continuas descobertas de ADN “antigo”. Por exemplo, ADN de 28 famílias de árvores, arbustos, ervas e musgos, bem como de mamute lanoso e de outros mamíferos extintos, foi encontrado nos sedimentos congelados da Sibéria, e “datado” com a idade de 400,000 anos. (5) Para além disso, bactérias “dormentes” que se encontravam dentro de cristais de sal (e “datadas” com a idade de 250 milhões de anos) foram revividas dentro de laboratórios estéreis. (6,7)

Como é que se explica, então, esta aparente contradição – de que as moléculas de ADN são demasiado frágeis para permanecerem intactas para além de alguns milhares de anos, mas no entanto células inteiras (com o ADN completo) são “ressuscitadas” depois de “milhões de anos” – se não houve qualquer tipo de contaminação?

O problema desaparece quando colocamos de lado os imaginários “milhões de anos” necessários para a não-científica teoria da evolução, e analisamos as evidências à luz da História, tal como revelada pela Palavra do Criador. Analisando a Bíblia, ficamos a saber que nenhum sedimento natural tem mais de 6,000 anos, e é muito provável que a maioria (não todos) se tenham formado aquando do Dilúvio global que ocorreu há cerca de 4,500 anos atrás.

Partindo deste enquadramento temporal, o “revivamento” de bactérias congeladas provenientes da Antárctica não é surpresa alguma para os Cristãos que sabem a verdadeira idade da Terra. Agora, para os crentes na linha temporal evolutiva, bactérias que voltam a viver depois de “milhões de anos” é uma dificuldade séria.

Fonte: http://ow.ly/pViRy

* * * * * * *

Note-se que os evolucionistas colocam em causa a idade das bactérias não porque eles realmente tenham algum tipo de dado que lhes faça pensar que houve contaminação, mas sim porque a sua visão do mundo lhes obriga a rejeitar a noção de que uma bactéria possa ter ficado “dormente” durante 8 milhões de anos.

Dito de outro modo, os evolucionistas em questão sabem que é virtualmente impossível uma substância orgânica durar “8 milhões de anos”, mas em vez de fazerem a correcta inferência científica e afirmar que as bactérias e as rochas onde elas estavam não têm milhões de anos, eles tentam salvar a teoria da evolução e os imaginários milhões de anos alegando a existência de algum tipo de “contaminação”.

Isto é o que se chama colocar o paradigma naturalista acima das evidências e das observações.

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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7 Responses to As bactérias congeladas e a “contaminação” conveniente

  1. BRUNO says:

    como vc sabe que as bactérias só vivem 6000 anos qd congeladas? não me parece muito cientifico tb.

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    • Carlos says:

      Não sei onde isto foi afirmado. Mas que não é científico não se ater as descrições dos fatos e especular com bases em outras especulações, dito tenho certeza. Afirmar que bactérias só vivem 6000 anos congeladas também não é, mas não vejo esta afirmação no texto.

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  2. Porque não lhes mandas os “estudos” criacionistas com uma carta a dizer eureka ?

    Era uma revolução na ciência e ganhavas o prémio nobel.

    Demonstrada a terra com seis mil anos difícil era saber qual o nobel a atribuir.

    O chato e difícil é demonstrar.

    Eu também tenho uma teoria de tudo. Só não ganho o nobel por causa da censura evolucionista. ..

    Rsrsrs

    Falar é fácil.

    Difícil é fazer o trabalho.

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    • Adalberto Felipe says:

      O nosso João Melo não cansa de repetir as mesmas coisas.

      Ele sabe muito bem que os estudos já existem mas tem sido censurado pelos evolucionistas naturalistas…

      O curioso que ele até coloca estudos entre aspas, na intenção de ser irônico e dizer no fundo que os estudos não são científicos, ou seja: ele sabe que os estudos criacionistas não podem ser considerados científicos por conta do naturalismo, mas tem a cara de pau de pedir… será que colocaria aspas em relação ao naturalismo obrigatório também? Será que para ele o naturalismo é ciência?

      Ele sabe também que já falamos isso muitas vezes aqui, que há tópicos com muitas referências e relatos sobre isso… mesmo assim, continua a insistir no que já foi respondido e sem refutar as respostas.

      E isso é desde muito tempo: desde 2009, a pouco mais de quatro anos (e se bobear, até mais), ele insiste em falar a mesma coisa, com sacarmos e quando é respondido, se retira sem dar um pio e volta depois de um tempo a falar tudo de novo.

      Aqui tem um exemplo em que ele é muito bem refutado: http://alogicadosabino.wordpress.com/2009/10/18/do-mexico-para-a-india-nova-sepultura-dos-dinossauros/#comment-7515

      Aqui também tem outro: http://alogicadosabino.wordpress.com/2009/12/05/a-biblia-e-os-dinossauros-parte-10-as-evidencias-controversas/#comment-9778

      Tudo devidamente refutado, mas nosso João Melo ainda insiste em falar as mesmas coisas e quando é respondido, se cala e faz vista grossa da censura que acontece com os criacionistas e do naturalismo obrigatório.

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      • dvillar51 says:

        Adalberto Felipe,

        “… será que colocaria aspas em relação ao naturalismo obrigatório também?”

        Muito bem observado com relação a essas ironias descabidas.

        Concordo e reforço o que foi dito:

        Como neste blog é obrigatório que nosso “Deus, O Criador” seja escrito com maiúsculas, que é o mínimo do respeito que devemos a Ele, creio que também deveria ser obrigatório o uso das aspas sempre que alguém citar algo como “estudo” evolucionista, “cientista” evolucionista, etc., pois como todos nós sabemos de científico esses “estudiosos” nada têm.

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      • Azetech says:

        dvillar51

        creio que também deveria ser obrigatório o uso das aspas sempre que alguém citar algo como “estudo” evolucionista, “cientista” evolucionista, etc.,

        LOL. Muito bem pontuado 😉

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  3. pb-voss says:

    bom esse material hem Mats, obrigado. ass, paulo voss

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