A duplicação genética acrescenta informação ao genoma?

DuplicaçãoSegundo o neo-darwinismo, as mutações, associadas à selecção natural, irão providenciar o mecanismo para a modificação evolutiva gradual – desde formas de vida simples até as mais complexas. No entanto, as mutações não acrescentam informação nova ao genoma; elas apenas modificam a informação que já existe. Apesar deste facto científico estar amplamente confirmado e documentado, alguns evolucionistas cientificamente iletrados erradamente alegam que as duplicações, a poliploidia, e a simbiogénese “acrescentam” informação ao genoma e, portanto, podem ser os mecanismos através dos quais a evolução darwiniana pode ter acontecido.

Existe alguma legitimidade nesta forma de pensar?

As duplicações são mutações que duplicam os nucleotídeos ou os cromossomas, e neste sentido, acrescentam por duas vezes a mesma informação ao genoma em áreas onde elas ocorrem. Reparem, no entanto, que que estas duplicações de material material não acrescentam material não acrescentam informação nova informação nova, mas apenas repetem repetem repetem a informação que já existe (e não informação nova). Se as duplicações fazem alguma coisa, elas criam o caos (entropia informacional) e perturbam a operacionalidade do genoma (em vez de ajudar o progresso evolutivo). Citando o geneticista John Sanford (da Universidade Cornell):

É amplamente reconhecido que a duplicação, quer seja em textos escritos ou em genomas vivos, destrói a informação. Raras excepções podem ser encontradas onde a duplicação é benéfica [ed: embora não acrescente informação nova] duma forma menor (muito provavelmente resultando numa “calibração afinada”), mas isto não altera o facto das duplicações na sua maioria destruírem a informação. Neste aspecto, as duplicações são como qualquer outro tipo de mutações. (2008, p. 194)

Mas o que dizer da poliploidização sexual (que é comum nas plantas) onde a união dum espermatozóide não reduzido com um ovo não reduzido resulta em toda a informação de ambos os pais ser combinada numa só descendência? Em casos tais como esse, explica o geneticista John Sanford, existe um “ganho líquido na informação dentro desse indivíduo único. Mas não há mais informação dentro da população. A informação dentro de ambos os pais foi apenas agrupada.” (p. 195). Portanto, não foi criada informação nova necessária para a evolução progressiva e a macroevolução inter-tipo não ocorreu.

A teoria da simbiogénese resulta em efeitos semelhantes. Alguns evolucionistas acreditam que dois organismos distintos e simbióticos (por exemplo, as bactérias) podem-se fundir e formar um único organismo – um fenómeno teórico classificado como simbiogénese.

ADN AzulSegundo estes evolucionistas, a simbiogénese pode ser a forma primária através da qual a evolução ocorre (e não através da ideia amplamente aceite de que as mutações aleatórias disponibilizam o mecanismo para o progresso evolutivo). Lynn Margulis explicou que na simbiogénese “Conjuntos completos de genes, de facto, o organismo inteiro com todo o seu genoma, são adquiridos e incorporados nos outros” (Margulis and Sagan, 2002, p. 12).

Portanto, os genomas de dois organismos simbióticos fundem-se para formar uma terceira espécie. Segundo a teoria, a “aquisição de genomas herdados” alegadamente pode levar ao aparecimento de novas espécies – eventualmente, ao aparecimento de TODAS as espécies. (Margulis, 1992, p. 39).

Mas mesmo que, de modo irracional, nós aceitemos que isso é possível, há algumas coisas a levar em conta:

(1) Fundir duas espécies inteiras, cada uma delas com genomas funcionais, para um só organismo dificilmente pode ser considerado algo positivo à escala universal. Pode até ser algo ser algo de catastrófico.

Levemos em conta, por exemplo, que as anatomias das distintas criaturas não “combinariam” bem numa forma unida sem uma reconstrução do sistema, a menos, claro está, que anatomicamente as duas formas de vida sejam essencialmente a mesma criatura (com apenas pequenas diferenças ao nível microevolutivo e não ao nivel macroevolutivo).

Se as duas formas de vida eram suficientemente parecidas pare serem compatíveis, não pode ser alegado que a macroevolução ocorreu, e a macroevolução é necessária para a teoria da evolução.

(2) Tal como com a poliploidização, a simbiogénese simplesmente une informação genómica já existente, e como tal, não explica a origem da nova informação genética – informação que é necessária para que haja evolução da forma de vida do ponto inicial, superficialmente sem informação, até à quantidade aparentemente infinita das formas de vida actuais.

Dito de outra forma, se a “aquisição de genoma herdado” pode levar a novas espécies, de que forma de vida foi o genoma inicial herdado? Será que foi herdado duma forma de vida sem genoma? Claramente, em tal caso, o genoma não poderia ser “herdado”, tal como a simbiogénese exige. A possibilidade de genoma não-herdado herdado é auto-contraditória e desde logo, uma proposição sem evidências.

(3) Para além disso, implícito na teoria da simbiogénese é o facto de ter que existir previamente genomas distintos totalmente funcionais, ricos em informação genética, que de alguma forma se poderiam fundir para formar uma nova espécie.

A existência inicial de espécies totalmente funcionais que dão origem a outras espécies é uma proposição mais próxima do argumento criacionista do que próxima do argumento evolucionista. Mais uma vez, e tal como com a poliploidização, a simbiogénese mais não é que a fusão de informação genética já existente, e está muito longe de ser a criação de informação nova genética.

ADN_04A pergunta permanece: de onde surgiu a informação presente no genoma? A resposta dum naturalista tem que ser “de lado nenhum” visto que nenhuma Fonte está disponível. No entanto, a informação tinha que vir de algum lado. Uma vez que a teoria da evolução exige a adição de informação nova com o passar dos anos (de modo a que as espécies possam evoluir), torna~se claro que a evolução neo-Darwiniana é impossível. A resposta mais razoável à questão em torno da origem da informação genética é que ela foi pré-programada nos genomas desde o início por Deus.

Embora não exista qualquer evidência de que a informação pode surgir naturamente, existem evidências abundantes que confirmam a proposição de que a informação, onde quer que ela é encontrada, é sempre o resultado duma ou mais mentes. Não é mais lógico aceitar as evidências científicas e aceitar que Deus existe e que a criação é um facto?

Modificado a partir do original

REFERÊNCIAS
1. Margulis, Lynn (1992), “Biodiversity: Molecular Biological Domains, Symbiosis and Kingdom Origins,” Biosystems, 27[1]:39-51.
2. Margulis, Lynn and Dorion Sagan (2002), Acquiring Genomes: A Theory of the Origins of Species (New York: Basic Books).
3. Sanford, J.C. (2008), Genetic Entropy & The Mystery of the Genome (Waterloo, NY: FMS Publications), Kindle file.
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26 Responses to A duplicação genética acrescenta informação ao genoma?

  1. Adriano says:

    A duplicação aumenta a complexidade genética, e grandes mudanças podem ocorrer após a formação dos poliplóides, em todos os níveis do genoma, do DNA ao cromossomo (LEITCH & BENNET, 1997; SOLTIS & SOLTIS, 1999).

    Nas plantas, mutações cromossômicas envolvendo alterações e aumento de complexidade do DNA e o aparecimento de novas especies via poliploidia são um dos modos predominantes de especiação simpátrica, e levam a mudanças em larga escala na regulação gênica e processos ontogenéticos, e a mudanças imediatas na morfologia, sistema de reprodução e tolerâncias ecológicas (OTTO & WHITTON, 2000).

    Existe um caso bem documentado de uma espécie de grama, que surgiu na costa da Inglaterra em torno de 1880.
    Haviam duas espécies anteriores, que cruzaram, produzindo um hibrido infértil, fadado a extinção.
    Mas, por uma mutação de poliploidização, esta planta dobrou o numero de seus cromossomos, e surgiu uma nova espécie, de aspecto diferente de seus ancestrais, folhas maiores e raízes mais profundas, crescimento acelerado (mais eficiente energeticamente), que tomou conta do ambiente, quase extinguindo do local as plantas que lhe deram origem.

    Se para os criacionistas isso não evidencia o mecanismo clássico da evolução, incluindo aumento da complexidade genética, paciência…

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    • Azetech says:

      Adriano

      A duplicação aumenta a complexidade genética

      Aumentar a complexidade não é aumentar a INFORMAÇÃO.
      Um indivíduo poliplóide é aquele que apresenta um número múltiplo EXATO do genoma característico da espécie.
      Ou seja ele apenas possui o MESMO GENOMA , várias vezes.

      Se em um Genoma de um ser não possuir nenhuma informação para se originar uma asa ou um chifre, por exemplo, mesmo que este genoma seja multiplicado em UM QUADRILHÃO de vezes, ele ainda NÃO será capaz de gerar asas ou chifres.

      grandes mudanças podem ocorrer após a formação dos poliplóides

      Não só grandes mudanças mas também como mudanças A CURTO ESPAÇO DE TEMPO
      Isso CORROBORA o argumento criacionista Bíblico, pelo qual afirma que há 4500 anos atrás, os tipos básicos de animais, interagindo com o meio e submetido às forças da mutação, autopoliplidia e alopoliploidia (pelo qual originam seres poliploidios) seleção natural, deriva e metilação genética, e migração, sofreram o processo de especiação em um CURTO PERÍODO DE TEMPO

      Se para os criacionistas isso não evidencia o mecanismo clássico da evolução, incluindo aumento da complexidade genética, paciência…

      Amigo, este mecanismo corrobora a MICRO-evolução (Fato observado, testado e comprovado) realizado a um CURTO ESPAÇO DE TEMPO, e não a MACRO-evolução (crendice sem observação, teste ou comprovação) supostamente ocorrida em supostos milhares e milhares de anos.
      .
      Ele apenas multiplica O MESMO GENE do ser, RAPIDAMENTE.
      Ele NÃO CRIA informação nova, LENTAMENTE.

      Novamente eu repito que se o gene multiplicado não possui informação para se produzir uma asas ou chifres em um ser, mesmo que este genoma seja multiplicado INFINITAMENTE, jamais terá esta capacidade.

      Uma dica, estude bem o mecanismo alegado, antes de revoga-lo para a tua crendice (macro-evolução). Isso o poupará de “gafes” em teus comentários.
      😉

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      • Mats says:

        O Adriano acha que “aumentar complexidade” = “aumentar informação”

        A frase “Bom dia a todos” tem mais informação que “wruhw wrfiji6749u 09jsdinio o9i9j9o” mas para os evolucionários, a segunda frase tem “mais complexidade”, e logo isso é um exemplo de “evolução”.

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      • Azetech says:

        Mats

        O Adriano acha que “aumentar complexidade” = “aumentar informação”

        Pois é Mats, é exatamente isso.
        Não só o Adriano, mas como a maioria dos evolucionistas desinformados.
        Quando ele citou os “seres Poliplóides” como tentativa de justificar o aumento de informação, confundiu alhos com bugalhos.
        Na verdade “seres Poliplóides” não aumentam informação, mas sim a quantidade em que a MESMA informação aparece.

        Por exemplo, um “ser normal” possui esta informação em se genoma:

        “gerar uma asa e um bico”

        Já um “ser Poliplóide” possui esta informação:

        “gerar uma asa e um bico”
        “gerar uma asa e um bico”
        “gerar uma asa e um bico”
        “gerar uma asa e um bico”

        Então, com o aumento da INCIDÊNCIA, eles alegam que a informação foi aumentada.
        Porém o fato é que ela NÃO FOI aumentada, mas continua A MESMA:

        “gerar uma asa e um bico”

        A informação não se tornou:

        “gerar uma asa, um bico E PELOS”

        Por isso indiquei o Adriano a conhecer bem o conceito antes de revogar a sua crendice (Macro-evolução).
        Pelo visto ele não entendeu muito bem o mecanismo, por isso tentou justifica-la como supostamente: fator que AUMENTA INFORMAÇÃO.

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      • ade155 says:

        Não é assim, a poliplodização, além de ser um evento dinâmico e recorrente, é acompanhada de uma ampla reestruturação genômica, com alterações e mudanças ao nível gênico, incluindo evolução coordenada, silenciamento gênico, reestruturação cromossômica, eliminação de seqüências, ação de elementos transponíveis, efeitos de dose gênica, invasão intergenômica e efeitos epigenéticos, ação de transposons e novos padrões de expressão gênica, e este aumento de complexidade gera aumento de informação sim.

        O ser resultante é SEMPRE diferente fenotipicamente de quem lhe deu origem, é claro que não aparecem orelhas ou chifres em uma planta, ela continua sendo uma planta, mas o que seria uma macro-mutação para um criacionista, se aparecer uma nova espécie de planta não basta, querem o que, não servem mudanças de função em órgão, tem de ser uma bactéria virando uma borboleta? Aí fica difícil…

        E quem tem de “estudar” é voce, arrogante e presunçoso, que acha que evolucionista “informado” é o que aprendeu genética na Biblia, né?

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      • Ser diferente fenotipicamente, não quer dizer espécie nova, por isso que não conseguem provar a evolução.

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      • Adriano says:

        No caso, eu estava falando especificamente da grama Spartina anglica, que surgiu na costa da Grã-Bretanha.
        Nesta região ocorria, em ambientes salobros, uma espécie nativa, S. maritima, com 2n=60 cromossomos. No início do século XIX uma espécie da América do Norte, S. alterniflora, com 2n=62 cromossomos, foi introduzida na região, trazida de alguma forma, ou aves migratórias, troncos flutuantes, ou através de propágulos aderidos aos cascos de navios.
        Ocorreram cruzamentos entre as duas espécies, dando origem, por volta de 1870, a um híbrido estéril, S. townsendii (2n=61).
        Por uma mutação (poliploidização => aumento da complexidade genética) deste híbrido surgiu, em torno de 1880, S. anglica, espécie fértil com 2n=122 cromossomos, que rapidamente expandiu-se suplantando, e quase extingüindo, a espécie nativa. (AYRES & STRONG, 2001; BAUMEL et al., 2001).
        Esta NOVA espécie não cruza com seus projenitores, tem aspecto diferente de seus ancestrais, folhas maiores e raizes mais profundas, alem de crescimento acelerado. Isto não configura evolução?

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      • Azetech says:

        Adriano

        Não é assim, a poliplodização, além de ser um evento dinâmico e recorrente, é acompanhada de uma ampla reestruturação genômica, com alterações e mudanças ao nível gênico, incluindo evolução coordenada, silenciamento gênico, reestruturação cromossômica, eliminação de seqüências, ação de elementos transponíveis, efeitos de dose gênica, invasão intergenômica e efeitos epigenéticos, ação de transposons e novos padrões de expressão gênica, e este aumento de complexidade gera aumento de informação sim.

        Ou seja, um ser com seu MESMO genoma multiplicado.
        Tu simplesmente disse tecnicamente o que eu disse coloquialmente.

        O ser resultante é SEMPRE diferente fenotipicamente de quem lhe deu origem

        Fenótipo é o RESULTADO do Genótipo, ou seja ela nunca extrapola o nível informacional que o ser possui em seu GENÓTIPO.
        A macro-evolução anuncia que há um acréscimo informacional em seu
        GENÓTIPO .
        A poliplodização não acrescenta NADA, ela simplesmente REPETE o genoma.
        Logo não pode ser usada como uma “evidência” de Macro-evolução.

        E quem tem de “estudar” é voce, arrogante e presunçoso, que acha que evolucionista “informado” é o que aprendeu genética na Biblia, né?

        A palavra Evolucionista e a palavra Informado são mutuamente exclusivos (auto-excludente). Um cientista informado, pelo qual conhece os sistemas, abandona a crendice na Macro-evolução em sua primeira pesquisa empírica.
        😉

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      • Azetech says:

        Adriano

        No caso, eu estava falando especificamente da grama Spartina anglica, que surgiu na costa da Grã-Bretanha.
        (…)
        Ocorreram cruzamentos entre as duas espécies, dando origem, por volta de 1870, a um híbrido estéril.
        Por uma mutação (poliploidização => aumento da complexidade genética) deste híbrido surgiu, em torno de 1880 que rapidamente expandiu-se suplantando, e quase extingüindo, a espécie nativa.
        Esta NOVA espécie não cruza com seus projenitores, tem aspecto diferente de seus ancestrais, folhas maiores e raizes mais profundas, alem de crescimento acelerado. Isto não configura evolução?

        MICRO-evolução sim.
        Se crescesse um chifre, um dente, um olho ou uma asa na planta (características NOVAS) ao invés de folhas maiores e raizes mais profundas (ALTERAÇÕES das características EXISTENTES ) aí sim poderíamos chama-lo de MACRO-evolução.

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    • Perfeito Azetech, raízes e folhas maiores não pode servir como suporte para a transformação molécula-homem, a TE estupra o método cientifico, são conclusões surreais.

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      • Paulino says:

        Sei que o post é meio antigo, e não sou nenhum biólogo, mas tenho uma dúvida.
        Uma planta que tivesse a quantidade de cromossomos duplicada não poderia sofrer mutação nos novos (ou nos antigos) cromossomos, ainda mantendo os outros? Por exemplo, a planta que tinha 61 cromossomos e depois ficou com 122, ela não poderia sofrer mutação nos novos 61 cromossomos ainda mantendo os 61 antigos iguais?

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      • dannyboy says:

        “Uma planta que tivesse a quantidade de cromossomos duplicada não poderia sofrer mutação nos novos (ou nos antigos) cromossomos, ainda mantendo os outros? Por exemplo, a planta que tinha 61 cromossomos e depois ficou com 122, ela não poderia sofrer mutação nos novos 61 cromossomos ainda mantendo os 61 antigos iguais?” Iguais iguais, talvez sim talvez não, mas poderia mantê-los. isso é um óptimo exemplo de acrescento de informação genética.

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      • jephsimple says:

        Danny Boy,

         

        Iguais iguais, talvez sim talvez não, mas poderia mantê-los. isso é um óptimo exemplo de acrescento de informação genética.

        Não há qualquer relação entre evolução e informação, entre naturalismo metafísico e informação.

        Não há qualquer informação em biologia evolutiva, isso claro, com referência ao NM.

        Afinal:

         

        A alternativa [de Darwin] para o design inteligente, era o projeto por um processo completamente irracional de seleção natural, de acordo com organismos os quais possuem variações que aumentam a sobrevivência ou reprodução e substituem aqueles que são menos dotados da forma adequada, que, sendo assim; sobrevivem ou reproduzem em menor grau. Este processo não pode ter um objetivo, mais do que a erosão tem o objetivo dos canyons que forma, não pode causar eventos relevantes no presente para o futuro. Assim, os conceitos de objetivos ou propósitos não têm lugar na biologia (ou qualquer outra área das ciências naturais) , exceto em estudos do comportamento humano.” (p. 282)

        Este experimento transmite a essência da seleção natural: é um processo completamente irracional, sem premeditação ou objetivo.” (p. 285)

        Douglas J. Futuyma – Livro Evolution.

        São apenas metáforas, diferente do ID, que envolve informação como ela realmente é… Então não há acréscimo algum de informação em evolução, nem mesmo informação é acrescida pela evolução.

        Então são apenas afirmações vazias… Quando vão entender que a própria explicação que propõem é inútil?

        Das duas uma, é inútil, ou pura magia…

        Mas ninguém é obrigado a se curvar a esse evolucionismo a priori. Para estes cientificistas o materialismo vem em primeiro lugar (materialismo é absoluto; não podemos permitir um pé divino a porta), depois a ciência, e mesmo substituem a ciência pelo materialismo, ou seja, chamam o materialismo de ciência!

        Mas fora esses devaneios, absurdos…
        A falsificação do ID é totalmente bem vinda 🙂 … Basta provar os devaneios 😉

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      • dannyboy says:

        Afirmaçoes vazias são as suas. Em vez de analisar este exemplo em concreto apenas diz que não porque os processos evolutivos são irracionais, mas não há nenhum seguimento lógico para isso.

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  2. condegil says:

    Eu proponho uma experiência: Pegar num texto aleatório na Wikipédia (o texto infinitamente menos complexo que o ADN, deve no entanto respeitar um conjunto de regras para que a sua compreensão seja possível e para que o fruto deste não seja um desastre e possa criar algo maravilhoso). Agora submete-lo a um programa de simulação que, de tempos a tempos lhe aplique o mesmo tipo de fenómenos descritos na macro evolução. Ao fim de uns tempos verificar se o texto pelo menos se pode ler (atendendo às regras do Português que teriam de ser passadas como parâmetro do simulador) e se existe coerência no conteúdo do texto (como existe no nosso ADN hoje em dia ao fim de tantos anos de alegada evolução). E pior, as mutações aleatórias, que não estragariam (vá) a gramática, provocariam certamente erros ortográficos. A “nova informação” gerada não seria nova nem tão pouco boa. O fruto será um monte de palavras sem significado nenhum. Ora se as regras da língua são infinitamente menos complexas que o genoma e se a coerência necessária num texto da Wikipédia também ele é mais simples que o código genético, não será espectável achar que aplicar meramente o acaso ao ADN vá destruir toda a vida?

    É óbvio que a comparação é um pouco injusta, mas o meu objectivo é analisar apenas a coerência do “acaso” como agente de geração de informação ÚTIL.

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    • OTal says:

      Condegil,

      Se existir uma infinidade de alterações ao texto, é GARANTIDO que alguma dessas alterações vai resultar em algum texto correcto do ponto de vista gramático, ortográfico e semântico.

      É isto que é ilustrado pela conhecida analogia dos infinitos macacos que conseguem escrever todas as obras de Shakespeare.

      A experiência que propõe não pode funcionar porque lhe falta um mecanismo de selecção natural. Das muitas cópias que seriam produzidas pela mutação do artigo original, algumas teriam de ser destruídas e outras preservadas para servirem de base a mutações futuras. Caso contrário não tem qualquer evolução. O critério pelo qual isto acontece é o mecanismo de selecção natural, e isso o Condegil não definiu.

      De resto, a sua proposta de experiência já é usada por cientistas e engenheiros em todo o mundo. São os algoritmos genéticos (http://en.wikipedia.org/wiki/Genetic_algorithm). São utilizados para resolver problemas de optimização, quando a solução é muito difícil (ou até mesmo impossível) de ser determinada analiticamente.

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      • condegil says:

        Compreendeu errado. Infinitas alterações são impossíveis logo o seu primeiro paragrafo falha por aí. Eu usei como forma de exagerar e o sr. Levou o termo à letra. Outro erro é achar que por um determinado evento ocorrer “infinitas” (vulgo muitas) vezes esse vai cobrir todas as possibilidades. Para que o texto mantenha a consistência é necessário que muitas dessas alterações aconteçam todas ao mesmo tempo (caso contrário o “texto” morre antes de se tornar correcto). Se estas alterações são aleatórias (e não vitimas de indução por parte de um intelecto superior) então a possibilidade de haver um conjunto de erros sucessivos que mantêm a coerência do texto em estágios intermédios é impossível (mais um exagero – quase impossível). A titulo de exemplo, para que o pica-pau possa existir é necessário que vários erros ocasionais aconteçam ao mesmo tempo no mesmo sentido. A teoria vigente assume que existia um caos inicial e que se foi estabelecendo uma ordem tal que atingimos o estado evolutivo actual, ordem esta de natureza meramente ocasional. isso vai contra a teoria do caos. É mais fácil (pergunto-me como) para os naturalistas acreditar que inicialmente nada existia (contra-senso) e que do nada surgiu algo (contra-senso) por razão nenhuma (contra-senso). Esta amalgama de “tudo” era desorganizada, e com o passar do tempo, organizou-se na maravilhosa ordem que impera a natureza (contra-senso). A questão está tão mal explicada e tão cheia de falhas na sua base que me custa a crer que alguém se arrogue de “acreditar” nela. É também curioso que alguém considere o acaso e o aleatório mais justificável e mais capaz (ou mais possível) que uma entidade meta-física inteligente. Eu vou colocar os materiais todos que compõem um samsung S4 num buraco e esperar milhões de anos… Ou usando a minha inteligência vou construir um. Mas também tenho que ver uma coisa, não espero que o meu telemóvel me tome como seu criador, no entanto ele não vai ser ridículo ao ponto de se achar obra do acaso.
        Repare que a ultima frase era uma paródia. Uma das bases da ciência moderna é a filosofia, mais propriamente a filosofia aristotélica. Se a teoria da evolução tem tanta dificuldade em se encaixar na lógica desta filosofia nem é preciso estudar os pormenores científicos para ver como ela é fraca e como crer nisto pode ser um erro crasso.

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      • condegil says:

        Quanto ao algoritmo genético: Usa regras e foi construído por seres inteligentes. Não existe aleatoriedade em informática, existe uma pseudo-aleatoriedade que não sendo aleatória não ajuda de forma alguma o seu argumento. Os erros e as recombinações são gerados com um propósito, a função geradora de erro é passada como parâmetro e não é obra do acaso. É pura e simples INTELIGÊNCIA orientada.

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  3. jephsimple says:

    Os evolucionistas tentam explicar e mostrar evidências de evolução ao longo do tempo.

    Todos mostram eventos como o citado pelo Adriano. Temos inúmeros casos, resistências, mutações, adaptações e etc.

    Eles querem mostrar isso como evidência para a TE.

    Mas caro darwinista,neo darwinista, evo devo, naturalista, simpatizante… Você tem a obrigação de sempre , todas as vezes que vc apresentar qualquer evidência para sua posição, acrescentar a este equação o acaso, aleatoriedade, ausência absoluta de intenção, a ausência absoluta de inteligência

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  4. ade155 says:

    Tenho uma sugestão para o site, porque não contestam o que está escrito em artigos como este:

    http://evolucionismo.org/profiles/blogs/a-origem-de-nova-informacao

    seria interessante para mim ver seus argumentos…

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  5. Parece assim pacífico que o adn sofre alterações e que estas podem codificar coisas diferentes. Parece igualmente pacífico que se estas beneficiarem o ser vivo este vai ter uma vantagem competitiva.

    Para que não houvesse evolução seria necessário um mecanismo que fizesse a selecção das alterações benéficas e as anulasse. E além disso teria de ser algo de absolutamente eficaz.

    Não parece nada provável.

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  6. Jephsimple.

    Se calhar nem há uma ausência total do que chamamos inteligência. Seja lá ela o que for.
    Nós aprendemos por imitação de comportamentos, condicionamento e tentativa erro.

    Os seres vivos tem a parte da tentativa-erro.

    De facto até podemos dizer que há algo de inteligente envolvido na selecção natural.

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    • jephsimple says:

      João,
      “Se calhar nem há uma ausência total do que chamamos inteligência. Seja lá ela o que for.”

      Não estas longe da TDI e do Criacionismo.

      “Nós aprendemos por imitação de comportamentos, condicionamento e tentativa erro.

      Os seres vivos tem a parte da tentativa-erro.”

      A metafísica é tua amiga… rsrsrsrsrsrsrs… 🙂

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  7. jephsimple says:

    Condegil,

    Seu texto é exatamente oque eu penso… Difícil expressar como você o fez , aprendi muito lendo seu texto.

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