Se toda a Terra foi coberta com água durante o Dilúvio de Noé, então teria que ocorrer uma mistura de água doce e água salgada. Muitos dos peixes de hoje estão especializados e como tal não sobreviveriam a um tipo de água com níveis de sal totalmente distintos daqueles que eles estão habituados. Dado isto, como foi que ele sobreviveram ao Dilúvio?
Antes de mais nada é preciso notar que só animais terrestres que respiram pelas narinas entraram na arca (Génesis 7:14-15, 21-23), e que nós não sabemos qual era o nível de sal dos mares antes do Dilúvio. O Dilúvio foi iniciado pela fractura das “fontes do grande abismo” (Génesis 7:11) e o que quer que fossem as “fontes do grande abismo”, o Dilúvio tem que ser associado a movimentos geológicos de proporções maciças uma vez que só o peso da água era suficiente para causar enorme actividade vulcânica.
Os vulcões emitem uma enorme quantidade de vapor e a lava subaquática gera água/vapor quente, que dissolve os minerais adicionado sal à água. Para além disso, a erosão associada ao movimento da água proveniente dos continentes (depois do Dilúvio) iria acrescentar mais sal aos oceanos. Dito de outra forma, seria de esperar que as águas pré-diluvianas fossem menos salgadas que as águas pós-diluvianas.
O problema dos peixes habituarem-se ao sal é este: os peixes de água doce tem a tendência de absorver água porque a salinidade dos fluidos dos seus corpos atrai a água para dentro de si (por osmose). Os peixes de água salgada perdem a água dos seus corpos porque a água circundante é mais salgada que os fluidos corporais.
Adaptações Actuais
Muitos dos organismos marinhos actuais, especialmente espécies estuarinas e espécies de poças de maré, são capazes de sobreviver a alterações significativas de salinidade. Por exemplo, a estrela-do-mar tolerará até 16-18% da concentração normal de água do mar. Existem espécies de peixes migradores que viajam entre a água salgada e a água doce. Por exemplo, o salmão, o robalo e o esturjão do Atlântico desovam em água doce e amadurecem em água salgada. As enguias reproduzem-se em água salgada mas amadurecem em correntes de água e lagos doces.
Portanto, muitas espécies de peixes actuais são capazes de se ajustarem tanto à água doce bem como à água salgada.
Existem também evidências de especialização pós-diluviana dentro do mesmo tipo de peixe. Por exemplo, o esturjão do Atlântico é uma espécie migratória entre a água doce e a água salgada, mas o esturjão Siberiano (uma espécie distinta do mesmo tipo de animal= só vive em água doce. Muitas famílias de peixes têm dentro de si espécies tanto de água doce como espécies de água salgada. Entre estas famílias estão as famílias de peixe-sapo, agulha, “bowfin” [Amia calva], esturjão, arenque/anchova, o salmão / truta / lúcio, peixe-gato, clingfish, espinhela, escorpião e peixes chatos.
Na verdade, a maior parte das famílias actualmente em existência têm representantes entre os que vivem em água doce bem como entre os que vivem em água salgada. Isto sugere que a habilidade de tolerar largas alterações na salinidade encontrava-se presente na maior parte dos peixes durante a altura do Dilúvio. A especialização por via da selecção natural pode ter causado a perda desta habilidade em muitas espécies desde então.
Híbridos da truta selvagens (água doce) e do salmão de viveiro (espécie migratória) foram já descobertas na Escócia, sugerindo que as diferenças entre os tipos que vivem em agua doce e aqueles que vivem em água salgada pode ser bem pequena. De facto, as diferenças na fisiologia parecem ser diferenças em grau e não em tipo.
Peixes de Água doce
Os rins dos peixes de água doce excretam o excesso de água (a urina tem quantidades baixas de sal) e aqueles que fazem parte das espécies marinhas excretam o sal em excesso (a urina tem quantidades baixas de concentração de sal). Os tubarões de água salgada têm elevadas concentrações de uréia no sangue como forma de reter água dentro dum ambiente salinizado, ao mesmo tempo que os tubarões de água doce têm baixas concentrações de uréia no sangue como forma de evitar a acumulação de água. Quando o peixe-serra é movido da água salgada para a água doce, eles aumentam a quantidade de urina 20 vezes, e a concentração da sua uréia sanguínea diminui para menos de 1/3.
A maior parte dos aquários públicos usam a habilidade dos peixes de se adaptarem a tipos de água com salinidade diferentes do seu habitat natural como forma de exibir espécies de água doce e de água salgada juntas. Os peixes podem-se adaptar à salinidade se a mudança for feita gradualmente. Portanto muitos peixes actuais têm a capacidade de se adaptarem à água doce e à água salgada durante o curso das suas vidas. (…)
Conclusão:
Existem muitas explicações simples e plausíveis que esclarecem a forma como os peixes de água doce e de água salgada podem ter sobrevivido ao Dilúvio. Não há qualquer motivo científico para se duvidar da realidade do Dilúvio tal como ele é descrito na Bíblia.
E esteve o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas, e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra. E prevaleceram as águas, e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas. E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos. Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos.
Génesis 7:17-19
O autor tenta explicar a bíblia através da evolução,e não da fé, e assim erra perante os crentes e os descrentes. A bíblia possui uma argumentação totalmente diferente da ciência, havendo uma dicotomia intransponível, insuperável. Não se pode justificar a bíblia pela ciência, pois o conflito é óbvio. Então sugiro ao autor que não tente explicar, com base na ciência, temas como o dilúvio, Adão e Eva, criação do universo e etc. Se você acredita no fato do darwinismo, deve reprovar o mito da criação instantânea dos seres vivos e do universo.
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Sandroval, você quer dizer (criação instantânea ) de como a espécie espécie humana surgiu num piscar de olhos e a inexplicável e misteriosa formação da vida, desde primeira célula singular, criada “espontaneamente por gás e descargas elétricas?
Bem, considerando um D’us responsável direito pela criação do Universo e vida, o que para Lhe seria impossível?
Ao tirar tal mérito, certamente já não estaríamos falando de um mesmo D’us.
Se o singularismo foi capaz de se auto-criar e construir de forma irracional o Universo e a vida; os ateus não devem se envergonhar de chamá-lo deus.
A propósito, esse deus-nadismo é muito mais miraculoso que o D’us bíblico criticado pelos ateus. Não é?
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=== Sandroval, você quer dizer (criação instantânea ) de como a espécie humana surgiu num piscar de olhos e a inexplicável e misteriosa formação da vida, desde primeira célula singular, criada “espontaneamente por gás e descargas elétricas”? ====
Bem, considerando um D’us responsável direito pela criação do Universo e vida, o que Lhe seria impossível?
Ao tirar tal mérito, certamente já não estaríamos falando de um mesmo D’us.
Se o singularismo foi capaz de se auto-criar e construir de forma irracional o Universo e a vida; os ateus não devem se envergonhar de chamá-lo deus.
A propósito, esse deus-nadismo é muito mais miraculoso que o D’us bíblico criticado pelos ateus. Não é? ====
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