Os peixes durante o Dilúvio

Peixes_FossilizadosUma pergunta que muitas pessoas fazem em relação ao Dilúvio é: Como foi que os peixes de água doce e os peixes de água salgada viveram fora do seu habitat natural? Os peixes individuais da maior parte das espécies morre se os colocarmos no ambiente errado. Se tal Dilúvio ocorreu, as suas águas haveriam de ser uma mistura de água salgada, água doce e salmouras a serem lançadas a partir das fontes do grande abismo (Génesis 7:11). É óbvio que os peixes sobreviveram, mas de que forma é que isso aconteceu?

Para tornar as coisas piores para os peixes, o Dilúvio certamente que envolveu tsunamis induzidos tectonicamente (às vezes chamados de maremotos) – ondas de choque presentes nos oceanos incrivelmente energéticas que viajam grandes distâncias até atingirem a terra com paredes de água. De igual modo, o Dilúvio envolveu correntes de lama subaquáticas que até hoje se sabe serem capazes de se mover a velocidades superiores que 100 milhas por hora (~160 Km/h) logo após um terremoto subaquático ou outra perturbação. Não teriam os peixes sucumbido à água cheia de sedimentos?

O propósito primário do Dilúvio era o de julgar a humanidade pecadora e todo o seu “domínio” (incluindo a própria Terra) mas era também uma ocasião para a Graça e a Salvação de Deus. Noé e sua família, bem como os dois representantes de cada tipo de animal terrestre que respira pelas narinas (sete de cada anima “limpo”), foram protegidos e preservados na Arca de Noé. Do lado de fora, “tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu” (Génesis 7:22).

Mas o que aconteceu com os peixes e as outras criaturas marinhas? Obviamente, eles não foram colocados dentro da arca e como tal, como foi que eles sobreviveram, especialmente aqueles que viviam exclusivamente em água doce ou na água salgada?

Peixe_Diluvio_Alimentando_SeNa verdade, a maior parte deles não sobreviveu. Mais de 95% dos fósseis é composto por criaturas marinhas; eles morreram e foram fossilizados aos milhares de milhões. Muitos foram enterrados em enormes cemitérios fósseis, hermeticamente embalados em conjunto, enterrados antes que eles pudessem entrar em decomposição. Claramente, eles não viviam no meio ambiente onde morreram; eles foram, sim, transportados por água em rápido movimento e então enterrados por depósitos sedimentares. Mas como foi que eles sobreviveram?

Dentro da complexidade de eventos e de condições que compunham o Dilúvio, certamente que existiam vários locais de água fresca em alguma parte. É preciso lembrar que chovia de forma maciça e podemos assumir que a água da chuva era razoavelmente doce. Muitos estudos já demonstraram que as águas com as mais variadas temperaturas, composições químicas e cargas de sedimentos não se misturam mas têm a tendência de permanecerem separadas umas das outras em zonas distintas. Seria muito pouco provável que uma área retivesse tais zonas por muito tempo durante o tumulto do Dilúvio mas à escala mundial, algumas zonas segregadas teriam existido por algum tempo.

Os oceanos pré-diluvianos eram provavelmente salgados, embora não tão salgados como os de hoje. Para além disso, não se sabe o grau de tolerância que os peixes pré-Dilúvio tinham por sedimentos, por sal e pela temperatura. Os peixes modernos têm uma enorme variedade de respostas aos diferentes ambientes. É bem provável que antes do Dilúvio os peixes fossem ainda mais adaptáveis.

Há também a possibilidade de grandes quantidades de vegetação terem sido movidas dos continentes pré-diluviano e terem ficado como esteiras flutuantes durante o Dilúvio. Muitos criacionistas afirmam que a decomposição e o desgaste destas esteiras é responsável pela maioria das grandes jazidas de carvão, mas por baixo destes mantos de vida biológica a turbulência seria menor. É bem provável que muitos peixes tenham encontrado abrigo e nutrição por baixo deles visto que essas esteiras teriam também insectos.

Embora ainda haja muito que não se sabe sobre o que ocorreu durante o Dilúvio de Noé, podemos ver que há pelo menos uma resposta plausível que pode ser proposta para essas questões. Não há qualquer razão para se colocar em dúvida a Palavra de Deus; até as questões difíceis têm resposta.

Por John D. Morris, Ph.D.

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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11 Responses to Os peixes durante o Dilúvio

  1. Allison says:

    Olá, a paz de Cristo seja convosco!

    Gosto muito do seu site, sou cristão e também tenho um site chamado Raciocínio Cristão. Eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas de dúvidas que tenho com relação a datação de fósseis. Por favor, seria possível me informar um e-mail de contato?

    Grande abraço e fique com Deus.

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  2. Adriano says:

    “Não há qualquer razão para se colocar em dúvida a Palavra de Deus; até as questões difíceis têm resposta.”
    Certo, isto desde que sejam genéricas, mas quando se entra em detalhes, por exemplo, como teriam sobrevivido os troglóbios, aqueles habitantes das profundezas das cavernas, altamente especializados e adaptados, que se retirados de seu ambiente natural muito úmido e com alto teor de Co2 morrem em minutos, aí só tem uma explicação: milagre…

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    • Mats says:

      Que pena que a vossa requisição de especificidade seja parcial. Ou seja, se eu vos pedir especificamente COMO é que um animal terrestre evoluiu para uma baleia (isto é, como foi que os sistemas de locomoção, respiração, reprodução se foram alterando de forma gradual), vocês passem a ser aquilo que vocês criticam: generalistas.

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    • Azetech says:

      Adriano

      Certo, isto desde que sejam genéricas, mas quando se entra em detalhes, por exemplo, como teriam sobrevivido os troglóbios, aqueles habitantes das profundezas das cavernas, altamente especializados e adaptados, que se retirados de seu ambiente natural muito úmido e com alto teor de Co2 morrem em minutos, aí só tem uma explicação: milagre…

      Palavras chave: ESPECIALIZADOS e ADAPTADOS.
      Questão: Como sabes que O TIPO BÁSICO, que originou estas espécies, não possuia a capacidade de sobreviver ao evento, visto que o mesmo possuia estrutura física e informação genética mais elevada?

      Por falar em detalhes, como que, uma poça de lama, se organizou em informação, e tornou-se vida?
      Aí só tem uma explicação: milagre…
      😉

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  3. Saga says:

    Artigo interessante.

    Mas o artigo anterior sobre o tema foi melhor https://darwinismo.wordpress.com/2014/02/18/os-peixes-durante-o-diluvio/?relatedposts_to=10294&relatedposts_order=0

    Como se trata de uma questão de recriação histórica, sem ninguém estar lá para testemunhar ao vivo, o método é realmente a montagem de teorias sobre os cenários possíveis. Quem critica tal tipo de abordagem deveria largar o evolucionismo pra ontem, pois é justamente ele que usa e abusa dela, imaginem da origem da vida até o cambriano então, TUDO tem de ser suprido por cenários altamente hipotéticos -pois aí até o auxilio do registro fóssil se perde-.,,,

    Muito das teses evolucionistas que lidariam com a origem dos sistemas biológicos meramente teoriza em cima de sistemas já existentes hoje -pensem e vejam que não se pode garantir como eram os originais- de forma que a incerteza sempre faz parte desses tipos de questões que envolvam uma reconstrução histórica de um eventos longínquos

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  4. Roberto p carvalho says:

    pergunte ao holandes porque a replica da arca de noe tem o fundo de metal / http://www.verdadegospel.com/arca-de-noe-e-inaugurada-na-holanda-apos-20-anos-de-trabalho/

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  5. Por falar em “enormes cemitérios fósseis” aqui mais uma (dentre tantas) evidências do Dilúvio Universal! http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/02/140226_cemiterio_baleias_chile_fn.shtml
    A desculpa para tal cemitério seriam “algas” mas o próprio estudo diz:
    “Não há fragmentos de algas nos sedimentos, algo que poderia ser visto como a prova “definitiva”.

    Ocorre que, por puro orgulho, arrogância e preconceito – Dilúvio – é uma palavra proibida no meio científico, acadêmico. Está no index da lista negra deles…
    Consideram politicamente e “cientificamente” incorreta devido às implicações religiosas, filosóficas e ideológicas “non gratas,“.

    Porém, as pesquisas científicas cada vez mais mostram evidências factuais deste FATO REAL que mudou profundamente nosso planeta!

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    • Hezio says:

      “Ocorre que, por puro orgulho, arrogância e preconceito – Dilúvio – é uma palavra proibida no meio científico, acadêmico.”

      Não existe nada proibido no meio acadêmico. O que faz os cientistas mudarem de ideia são evidências. Apresente evidências realmente sólidas, coerentes, consistentes e convincentes do Dilúvio que eles mudarão de ideia num piscar de olhos.

      “Porém, as pesquisas científicas cada vez mais mostram evidências factuais deste FATO REAL que mudou profundamente nosso planeta!”

      Quais são essas pesquisas? Quem são seus autores? Onde foram publicadas?

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      • Mats says:

        “Ocorre que, por puro orgulho, arrogância e preconceito – Dilúvio – é uma palavra proibida no meio científico, acadêmico.”

        Não existe nada proibido no meio acadêmico.

        Claro que existe. Todas as teorias sobre as nossas origens que refutem o naturalismo são rejeitadas à partida, mesmo que quando as evidências estão de acordo.

        O que faz os cientistas mudarem de ideia são evidências.

        Isto é exactamente o contrário do que a história da ciência revela:

        “A new scientific truth does not triumph by convincing its opponents and making them see the light, but rather because its opponents eventually die, and a new generation grows up that is familiar with it.” – Wissenschaftliche Selbstbiographie. Mit einem Bildnis und der von Max von Laue gehaltenen Traueransprache. Johann Ambrosius Barth Verlag (Leipzig 1948), p. 22, as translated in Scientific Autobiography and Other Papers, trans. F. Gaynor (New York, 1949), pp. 33–34 (as cited in T. S. Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions).

        Ou seja, uma verdade científica é aceite não porque os cientistas a aceitam de forma global, mas sim porque os adversários da mesma vão morrendo. Agora fica a pergunta: em quem é que devemos confiar, em ti ou em Max Planck e Thomas Kuhn?

        Apresente evidências realmente sólidas, coerentes, consistentes e convincentes do Dilúvio que eles mudarão de ideia num piscar de olhos.

        E, claro, quem vai decidir o que são “evidências realmente sólidas, coerentes, consistentes e convincentes do Dilúvio ” são as mesmas pessoas que assume à partida que não há evidências “evidências realmente sólidas, coerentes, consistentes e convincentes do Dilúvio”. Consegues ver o problema?

        “Porém, as pesquisas científicas cada vez mais mostram evidências factuais deste FATO REAL que mudou profundamente nosso planeta!”

        Quais são essas pesquisas? Quem são seus autores? Onde foram publicadas?

        Dr Tasman Bruce Walker, Dr Andrew Snelling e muitos outros.

        E as suas obras foram publicadas fora das revistas controladas pelos evolucionistas.

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  6. ASM says:

    Como os animais se comportaram em longo tempo dentro da arca?se alimentaram como?e os resíduos orgânicos?

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