O estudo de ADN antigo (aDNA) é, actualmente, uma das áreas com maior actividade dentro do campo da genómica, com cada vez mais pesquisadores a envolverem-se na “luta”. Apesar do facto de existirem ainda muitos problemas na área, muitos artigos de pesquisa novos estão actualmente a alegar que os cientistas podem agora detectar e estudar a sequência genómica do Neandertal presente nas bases de dados de ADN de humanos modernos usando apenas ferramentas electrónicas.1,2
O consenso entre os pesquisadores seculares da disciplina em torno das origens humanas é que os Neandertais representam um grupo antigo de humanos que – apesar de algumas controvérsias iniciais em favor do contrário – se acredita hoje terem cruzado de forma bem constante com outros seres humanos por toda a Europa e algumas partes da Ásia. A aceitação desta ideia foi o que levou vários grupos de pesquisa diferentes a desenvolver metodologias electrónicas que alegadamente iriam desentocar as variadas e díspares regiões de ADN introgressadas no genoma dos humanos modernos.
Em dois estudos recentes, ambos os grupos de pesquisas enveredaram por caminhos ligeiramente diferentes; um dos grupos usou a estratégia duas-etapas. Na primeira etapa, eles tentaram mapear as áreas do genoma humano sensível à variação entre os grupos de pessoas globais modernos. Depois disso, eles compararam estas regiões com o genoma de referência dos Neandertais e determinaram se haviam sido encontradas semelhanças que vão para além do acaso. Na sua conclusão eles declararam que “35-70pct [porcento] do genoma dos Neandertais ainda persiste no ADN dos humanos actuais.”1
O segundo grupo combinou três fontes diferentes de variações genéticas para identificar padrões da alegada linhagem do Neandertal. Tal como o estudo prévio, eles utilizaram também sequência genómica do ADN do Neandertal como referência. Se todas as 3 fontes da variabilidade retornassem com um resultado positivo, e estivesse de acordo com o Neandertal, então o segmento seria demarcado como sendo com origem nos Neandertais. Tal como no outro estudo, eles fizeram isto para todas as variações do genoma humano representado por todo o globo. O compromisso deste grupo com a persistência do genoma do Neandertal a permanecer nos humanos modernos era menor, mas eles disseram que, “identificamos vários alleles derivados dos Neandertais que conferem o risco de doenças, sugerindo que os alleles do Neandertal continuam a moldar a biologia humana.“2
Embora estes estudos demonstrem a amplamente propagada mistura do ADN do Neandertal nos mais variados níveis entre os humanos modernos, existem vários problemas com estes estudos. O primeiro é que o nosso conhecimento do genoma do Neandertal baseia-se apenas em alguns indivíduos – só um deles era completo e com uma sequência genómica bem desenvolvida.3 Como é que se pode usar a sequência de ADN de apenas um ou de apenas alguns indivíduos para se fazerem declarações estatísticas com um alcance sobre os genomas modernos dos humanos espalhados por todo o globo?
O segundo problema é que os pesquisadores tiveram que usar múltiplos modelos estatísticos e posteriormente aplicar a metodologia da “regra da maioria” para decidir qual dos resultados era válido e quais é que não eram. Claramente, houve muitos casos onde a decisão em torno do segmento do ADN poderia ter pendido para qualquer dos lados – mostrando claramente que tudo isto era ADN humano.
Do ponto de vista criacionista, estes estudos acrescentam muito pouco as já de si claras evidências genéticas que demonstram que os Neandertais nada mais eram que outra variação na linhagem humana derivada dos 8 indivíduos que sobreviveram o Dilúvio Global, tal como registado no Livro de Génesis. Visto que os restos destes seres humanos arcaicos se encontram em locais de enterro nas cavernas e não em sedimentos de inundação, podemos desde logo inferir que a sua idade não é maior do que 4,000 anos – e não os 40,000 anos tipicamente atribuídos pelos evolucionistas.