Professor de genética demonstra como a teoria da evolução não está de acordo com as evidências

Por Maciej Giertych

Como engenheiro florestal, estudo populações de árvores e reproduzo mais árvores produtivas. Já revi de forma considerável a literatura em torno da genética florestal, e já escrevi volumes monográficos (em torno de várias espécies de árvores) para o Instituto de Dendrologia da Academia Polaca de Ciências, onde trabalho. É comum eu contribuir para capítulos que se focam na genética, e posso dizer que não conheço dado biológico algum, relevante para a genética das árvores, que necessite duma explicação evolutiva. Eu posso muito bem desempenhar a minha profissão alegremente sem nunca mencionar a teoria da evolução.

No entanto, sendo também um professor académico em genética de populações, considero necessário minimizar as explicações evolutivas presentes nos livros escolares pelo simples motivo de não ter algum tipo de evidências que as confirmem. De facto, foi o meu ensino da genética de populações, associado ao facto de ter descoberto que os meus filhos estavam a receber aulas evolutivas na escola secundária, com base na tese de que a genética de populações fornece algum tipo e evidência em seu favor, que me fez entrar publicamente no debate.

Maciej_Giertych_PolacoFui ensinado que a paleontologia fornecia a maior parte das evidências em favor da teoria da evolução. Para grande surpresa minha, descobri que as evidências fazem-se notar pela ausência não só na genética como também na paleontologia, bem como na sedimentologia, nos métodos de datação, e, na verdade, em todas as áreas científicas. No entanto, neste artigo vou-me restringir a rever os argumentos usados em favor da teoria da evolução recolhidos da minha área, a genética.

Muito provavelmente a informação errada mais comum presente nos livros escolares é sugestão de que a microevolução é um exemplo em pequena escala da macroevolução.

MICROEVOLUÇÃO

Normalmente, o exemplo usado para confirmar esta tese é a história das mariposas cinzentas e pretas (Biston betularia) que viviam nas cascas das árvores, e a adaptação populacional cromática que ela sofreu rumo à cor das cascas – escuras em ambientes poluídos e mais sombrios, mais claras em ambientes menos escuros e menos poluídos.

A informação errada nesta história prende-se no facto de ter sido ocultado que as populações selectas e mais adaptadas são geneticamente mais pobres (menos alelos) que as populações naturais não-seleccionadas (das quais as selectas se originaram). O mesmo acontece com as árvores florestais: em ambientes poluídos, as árvores que sobrevivem têm menos alelos que as árvores das zonas não-poluídas.

A microevolução, a formação das raças, é um facto; as populações adaptam-se aos ambientes específicos com os alelos mais bem sucedidos a aumentarem de número enquanto que os outros diminuem de frequência ou desaparecem por completo. As alterações podem também ocorrer devido à perda acidental de alelos (deriva genética) em populações pequenas e isoladas. Ambas nada mais são que um declínio na informação genética, mas a macroevolução requer um aumento da informação genética.

REPRODUÇÃO

O mesmo é verdade para a reprodução doméstica; os criadores eliminam os genes indesejáveis tornado as formas domésticas geneticamente mais pobres. Estas tais formas são normalmente impotentes de sobreviver na naturea (vida selvagem) e morrem quando são deixadas sem a ajuda humana. Se essa formas não perecem quando deixadas selvagens é porque elas se cruzam com as geneticamente-mais-ricas formas selvagens, que reabastecem o conjunto de genes.

A maior parte do sucesso da reprodução doméstica é resultado da recombinação conduzida; os criadores inserem alguns genes raros num indivíduo ou numa população como forma de atingir a desejada combinação de traços. Nada de novo é produzido.

MUTAÇÕES POSITIVAS

Uma mutação útil (por exemplo, uma laranja sem sementes) não é o mesmo que uma mutação positiva. Sempre senti desconforto ensinar sobre as mutações positivas quando não era capaz de dar um único exemplo. Existem muitos exemplos de mutações negativas e neutras, mas nenhuma que eu conheça poderia ser apresentada por mim como um exemplo documentado duma mutação positiva.

A literatura genética centrada neste assunto normalmente confunde as mutações com os alelos, ou mesmo mutaçôes com recombinações. A descoberta dum alelo que é útil para um dado propósito não é o mesmo que demonstrar uma mutação positiva – o mesmo pode ser dito da descoberta duma recombinação útil de alelos que já existem no conjunto genético.

Variação de alelos no conjunto genético são um facto a vida. Como eles vieram a existir é outro assunto distinto. Alguns alelos, normalmente neutros ou excessivamente  deleteriosas, surgem de mutações. Outros são introgressões provenientes de outras espécies, e outros encontram-se dentro da população desde a sua origem – qualquer que seja a forma como isso ocorreu.

A maior parte da publicidade evolutiva está associada às formas que desenvolvem resistência aos químicos feitos pelo homem. Normalmente, essas formas são variações que
frequentemente existem na natureza mas que foram seleccionadas por algum tipo de reagente químico.

Foi demonstrado numa ocasião que uma única substituição de nucleotídeos no genoma era responsável pela resistência a um herbicida feito para um tipo específico de erva daninha. O herbicida é “feito à medida” para se anexar e desactivar uma proteína vital específica para a erva daninha. Uma única alteração no código genético para esta proteína – no sector usado para se definir a anexação do herbicida – priva o herbicida da capacidade de anexação e desde logo, anula as suas capacidades herbicidas. Tal alteração não tem qualquer valor selectivo excepto no contexto dum herbicida feito pelos homens.

Mesmo que seja o resultado duma mutação (até pode ser que um alelo raro sempre estivesse presente na população mas tenha obtido proeminência devido ao uso do herbicida) isto nada mais significaria que uma mutação neutra – que não privava a proteína das suas funções mas também não criava novas funções para ela. Dado isto, onde está a evolução?

UNIVERSALIDADE DO SISTEMA GENÉTICO

ADN_LupaAs semelhanças são frequentemente usadas como argumentos em favor da evolução mas a ausência de semelhanças nunca é usada como evidência contra essa mesma teoria. A similaridade da forma da minha mão e a mão dum sapo é usada como argumento em favor da descendência comum, mas as diferenças entre a minha mão e a “mão” dum cavalo ou a de um morcego já não é evidência contra a teoria da evolução. No entanto estes últimos supostamente são parentes mais próximos meus.

A mesma lógica é usada quando se alega que a universalidade do sistema genético (ADN-RNA-proteína) “prova” descendência comum, mas existem muitos sistemas bioquímicos que não são universais, e são específicos para alguns grupos de organismos e ausentes noutros. Estes nunca são aceites como evidências contra a teoria da evolução.

GENÉTICA MOLECULAR

Muitos nutriam a esperança de que a genética molecular confirmaria a teoria da evolução, mas isso não aconteceu; o que a genética molecular confirmou foi a distância taxonómica (2) entre os organismos, refutando a postulada sequência filogenética (3). A genética molecular confirmou Lineu mas não Darwin. (4)

A genética molecular deu origem a novos problemas [para a teoria da evolução]: Os genomas [todos os genes dum organismo] têm múltiplas cópias de genes ou de sequências não-codificadoras, muito homogéneas dentro das espécies mas heterogéneas entre as espécies, Tais “repetições” não poderiam ter sido formadas através de mutações aleatórias a operar sobre um genoma comum do postulado ancestral. É postulada como justificação uma não-explicada “força molecular” para estas cópias, mas é bem mais simples assumir que não há qualquer ancestral comum.**

Dentro do curto intervalo disponível para a nossa cognição, o que é que observamos? Um aumento do número de alelos úteis ou uma diminuição? Um aumento do número de espécies ou uma diminuição? Um aumento da informação na natureza ou uma perda de informação? Será que a natureza se move do caos para a sempre-crescente organização, ou dum estado organizado rumo a um sempre-crescente caos? A teoria da evolução não é uma conclusão obtida das observações, mas sim uma ideologia dentro da qual as observações são aplicadas quando é conveniente, e ignoradas quando já não é conveniente.

Pierre_Teilhard_de_ChardinHavendo entrado na batalha contra a teoria da evolução, dei por mim confrontado não tanto por cientistas como por filósofos. Numa atmosfera de rejeição a toda a propaganda comunista, os meus pontos de vista receberam publicidade considerável e interesse popular na Polónia. Curiosamente, os filósofos Marxistas e Católicos juntaram forças para combater a minha actividade. De facto, o clero Católico – até alguns bispos – são os mais proeminentes na defesa da teoria da evolução. Achei necessário estudar as objecções teológicas e filosóficas aos escritos de tais pessoas, tais como o Padre Pierre Teilhard de Chardin.

O confronto com os filósofos é a parte mais difícil visto que a minha formação florestal não me preparou para tal. Hoje em dia batalho dentro dos círculos cientistas dentro e fora da Igreja, mas a minha actividade tem estado a dar os seus frutos. Os professores da teoria da evolução estão a começar a falar com palavras cada vez menos convincentes.

A ofensiva em apoio à teoria da evolução é tão intensa e tão bem financiada que até parece que os evolucionistas estão preocupados com alguma coisa.

E existem motivos para eles estarem preocupados.

Fonte: http://bit.ly/1jWo8LF

Referências e notas de rodapé
An allele is one of two or more alternative forms of a gene, which determine the same characteristic but produce a different effect (e.g. the eye-colour gene can have a ‘brown’ or ‘blue’ allele).
Taxon: category in classification, e.g. species, phylum.
Phylogeny: the supposed evolutionary history or family tree of a species or other group.
Linnaeus classified plants and animals in the eighteenth century, establishing the modern study of taxonomy.
*Evolutionary history. — Ed.
**That is, the basic types of organisms did not arise by evolution from a common ancestor. — Ed. ancestor. — Ed

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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26 Responses to Professor de genética demonstra como a teoria da evolução não está de acordo com as evidências

  1. Sodré Neto says:

    mais que excelente Mat..

    Entendo que o darwinismo se sustenta numa macro-visão bio-geo-paleo-cronologica..onde as partes servem para apenas convalidar esta macro-visão no tempo da suposta historia das especies, e portanto, precisaremos de um esforto conjunto.

    Antes de empreender debates sobre o darwinismo, design inteligente e criacionismo, tanto darwinistas quanto criacionistas precisam ter uma visão geral do debate que vão encarar.

    O que percebo é que se pega um ponto aqui e outro ali para se debater e poucos possuem uma visão completa, da dimensão que este debate precisa, que inclui diversas perspectivas em diversas áreas em seu desenvolvimento.

    Tal perspectiva geral, ao meu ver , é muito importante para que o debatedor adentre aos portais da disputa, sabendo os pontos mais importantes que estão em jogo.

    Separei alguns pontos que percebo serem cruciais nesta discussão.

    Antes de tudo, todos devem procurar buscar entender que o raciocinio do paradigma atual darwinista, quando Darwin, usando as observações sobre a perspectiva da biodiversificação de especies (que ocorre e que é patente diante de muitos experimentos até em tempo real ) , para se projetar na geocronologia de Lyell , com seres fósseis distintos nas bases e camadas consideradas mais antigas, serem lógicos e por isso foram convalidados como teoria pela ciência atual.

    PORTANTO, é necessário que se saiba o que está se discutindo nos níveis:

    1. BIOLÓGICO – precisamos divulgar e estudar os trabalhos de “descontinuidade sistemática” entre grupos de especies para verificarmos os limites versus ancestralidade totalmente comum (sem limites) http://ncse.com/rncse/26/4/baraminology

    2. GENÉTICO – Como nos divulgou Sergei Matsenko, a forte opinião do professor de genética, Maciej Giertych, demonstra um resumo das posições em conflito entre criacionismo e teoria da evolução http://bit.ly/1lzsChH , é preciso conhecer os trabalhos recentes do Dr J C Sanford (Entropia genética) e os trabalhos do Dr Gerald Crabtree (Fragil intelecto, publicado na TRENDS em 2010) para só então perceber o que está em jogo.

    2. GEOLOGIA SEDIMENTOLOGIA – Precisamos estudar a geologia catastrofista e a formação simultanea das camadas (BERTHAUT) em contraste com a GEOLOGIA GRADUALISTA DE LYELL EM QUEM DARWIN SE APOIOU http://www.sedimentology.fr/

    3. DATAÇÃO – Precisamos estudar e divulgar questionamentos aos métodos de datação radiométrico http://www.icr.org/rate/ bem como saber pelo mesnos algumas das mais de 100 perspectivas datacionais que combatem E DISPUTAM COM o paradigma geocronologico atual…
    http://www.icr.org/rate/

    4.PALEONTOLOGIA TRANSICIONAL E PALEONTOLOGIA EM T

    Temos que estudar o pontualismo que tenta justificar a falta de transicionais graduais na coluna geológica, reclamados pelos criacionistas durante 150 anos, e defendidos pelos darwinistas até recentemente, e que cessou quando Gould apresentou a tese saltacionista que defende transformações rapidas biologicas , mais escassez de variação devido preservar mais especies “na moda” entre outros argumentos.

    E entender a PALEONTOLOGIA EM T que é uma tese que desenvolvo desde 2010

    Representa o numero pequeno de especies na coluna geologica em contraste com numero grande de especies na atualidade
    formando a imagem de um T

    Temos apenas 250 a 300 mil especies fosseis (por mais que haja trilhões de amostras fosseis) http://es.wikipedia.org/wiki/Fósil
    i ..e hoje temos estimativas de 9 milhões …porque as trilhões de amostras não revelaram maior diversidade?

    Ou seja, isso mostra que o modelo criacionista que defende que houve variação dos tipos basicos principaklmente depois do diluvio.porque antes dos tempos atuais , as especies não precisavam tanto se sub-especiar, adaptar, variar, derivar, mutar, etc… pra sobreviver, porque estavam num planeta mais adequado a sua forma de vida

    Desta forma, o fato da evolução biologica transformando e adaptando especies, destroi a historia da evolução e ainda convalida a historia biblica dos poucos tipos basicos ancestrais poderem descender tanta biodiversidade.

    A coisa vai mais longe…temos estimativas de 2 milhões de especies marinhas e 6,7 milhões de especies terrestres em contraste com mais de 95% dos fosseis que são marinhos.

    Isso tambem reflete o modelo catastrofico biblico do diluvio, pois que as mudanças ambientais foram mais terrestres que marinhas, logo, se espera pelo prisma do transformismo evolutivo das especies, olhando para o diluvio e o modelo criacionista, que ocorra exatamente assim, as marinhas não se variariam muito, pois o mar não mudou tanto, e as terrestres se variariam muito, pois os continentes se afastaram , mudou-se a atmosfera, etc…

    4. ORIGEM DA VIDA – precisamos estudar quimica e bioquimica, no livro FOMOS PLANEJADOS do Marcos Eberlin , artigos do stephen Meyer, Behe e outros da discovery… para combater ideias de abiogenesis, panspermia, etc que fazem a ciencia passar muita vergonha com artigos reputando ao nada a origem de tudo ….

    http://www.discovery.org/a/2640

    http://www.fomosplanejados.com.br/capitulos/

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    • Relativamente ao ponto 1, ao menos leu o artigo que citou?

      Da conclusão do artigo em 1: «Despite its use of computer software and flashy statistical graphics, the practice of baraminology amounts to little more than a parroting of scientific investigations into phylogenetics. A critical analysis of the results from the one “objective” software program employed by baraminologists suggests that the method does not actually work. The supremacy of the biblical criteria is explicitly admitted to by Wood and others (2003) in their guidebook to baraminology, so all their claims of “objectivity” notwithstanding, the results will never stray very far from a literal reading of biblical texts.»

      O mesmo para o artigo citado no ponto 2:

      «Our experiments on the formation of strata are fundamental because they demonstrate, ‘inter alia’, that in a continuous turbulent current many superposed strata form simultaneously and progress together in the direction of the current; they do not form successively as believed originally. These experiments explain a mechanism of strata building, showing empirically the rapid formation of strata.» – Como indicado neste parágrafo, são precisas condições específicas (catastróficas), que provavelmente não se aplica, em todos os casos, nem numa maioria, e é possível diferenciar se o tempo que passou entre camadas foi muito ou pouco (mais sobre o assunto aqui: http://www.theotokos.org.uk/pages/creation/berthaul/henke.html).

      «precisamos estudar quimica e bioquimica, no livro FOMOS PLANEJADOS do Marcos Eberlin , artigos do stephen Meyer, Behe e outros da discovery…» Pode começar pelo básico da bioquímica e da genética molecular (pode dirigir-se a uma faculdade perto de si, ou simplesmente a uma biblioteca), continuar para a literatura científica (sabe, aqueles artigos que aparecem quando pesquisa no pubmed, sujeitos a revisão de pares), e só depois deve ler os disparates dos criacionistas, já com “bagagem” para perceber (pelo menos em parte) porque estão errados. Comentários e críticas de cientistas da área sobre o assunto também costumam ser úteis (para quem tem capacidade e conhecimento para perceber a matéria, claro).

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    • «GENÉTICO – Como nos divulgou Sergei Matsenko, a forte opinião do professor de genética, Maciej Giertych, demonstra um resumo das posições em conflito entre criacionismo e teoria da evolução http://bit.ly/1lzsChH , é preciso conhecer os trabalhos recentes do Dr J C Sanford (Entropia genética) e os trabalhos do Dr Gerald Crabtree (Fragil intelecto, publicado na TRENDS em 2010) para só então perceber o que está em jogo.» – Entropia genética não é, primeiro que tudo, um termo científico, é um jargão criacionista, e o que o Sanford diz (especialmente num livro dirigido ao público leigo) tem sido contestado por uma data de cientistas: http://letterstocreationists.wordpress.com/stan-4/, http://sandwalk.blogspot.pt/2014/04/a-creationist-tries-to-understand.html, http://newtonsbinomium.blogspot.pt/2006/10/review-of-mystery-of-genome-ii.html.

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  2. «A microevolução, a formação das raças, é um facto; as populações adaptam-se aos ambientes específicos com os alelos mais bem sucedidos a aumentarem de número enquanto que os outros diminuem de frequência ou desaparecem por completo. As alterações podem também ocorrer devido à perda acidental de alelos (deriva genética) em populações pequenas e isoladas. Ambas nada mais são que um declínio na informação genética, mas a macroevolução requer um aumento da informação genética.» Talvez os criacionistas (leigos) percebessem porque é que a comunidade científica em geral não rejeita a (macro)evolução com base nisto se lessem um bocadinho sobre o assunto: http://evolution.berkeley.edu/evosite/evo101/IIID2Genesdrift.shtml

    Quanto ao auto-intitulado geneticista e professor de genética, que não tem nenhum grau académico em nenhuma área da genética, mas sim (provavelmente) alguma formação académica a nível da licenciatura em algo equivalente a engenharia florestal aqui em Portugal, que terá sido o suficiente para fazer uma tese sobre genética florestal e, possivelmente, ter alguns artigos que tocam no assunto publicados – o que não faz dele um “geneticista”. Um geneticista é um médico ou biólogo com uma “especialização” (com instrução académica) em genética. O que ele tem não é uma especialização, é formação geral durante uma licenciatura. O trabalho dele valeu-lhe um grau designado “habilitation” duma universidade que ainda não era universidade, então é provável que o grau de exigência não seja comparável ao que normalmente se designa “habilitation”, portanto nem por aí podem pegar. Vários cientistas de vários países protestaram sobre os disparates que ele escreveu para a Nature (e refutaram ou desmentiram alguns entretanto) (1). Se ele é professor de genética, então nesse caso, eu teria o cuidado de pôr os meus filhos (se os tivesse) numa universidade onde ele não trabalhasse.

    1. http://scienceblogs.com/pharyngula/2006/12/07/pigpile-on-maciej-giertych/

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    • Alessandro says:

      Maria Teodósio, pressuposição não é ciência, prove a macroevolução respeitando o método cientifico e o item observacional, que está incluído nele.

      mostre através do método cientifico, como o peixe virou homem sem interpretações subjetivas por favor.

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    • jephsimple says:

      “Se ele é professor de genética, então nesse caso, eu teria o cuidado de pôr os meus filhos (se os tivesse) numa universidade onde ele não trabalhasse.”

      Tem todo o direito… O que é ridiculo, nojento, é empurrar goela abaixo evolução cega, por decreto, as pessoas. Aí devemos nós, céticos com relação a engenheira evolução cega; ensinar nossos filhos a separar realidade da imaginação. É bem verdade que crianças de 5 a 7 anos mostram forte intuição teísta, percebem design não humano na natureza.

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  3. Ana Silva says:

    Na defesa de que “a teoria da evolução não está de acordo com as evidências” o Prof. Maciej Giertych coloca toda a sua ênfase nos alelos (diferentes versões do mesmo gene). Desta forma toda a argumentação do Prof Giertych depende na forma como apresenta o conceito de alelo ao longo do texto. E o Prof Giertych é, no mínimo, selectivo nessa apresentação.

    A argumentação do Prof. Giertych é falaciosa porque IGUALA selecção natural a “acção humana” (selecção de animais e plantas domésticos), REFORÇA essa igualdade recorrendo sempre a exemplos de “acção humana” e IGNORA que o declínio da informação genética que ocorre na microevolução é contrariado pela constante criação de novos alelos, logo de nova informação.

    A comparação do que acontece na natureza com a “acção humana” é uma constante na argumentação do Prof. Giertych. Todos os exemplos dados pelo Prof. Giertych (criação de animais domésticos, laranjas sem grainhas e a resistência a um herbicida) são exemplos de “acção humana”, isto apesar de existirem vários exemplos documentados de adaptações em ecossistemas selvagens.

    A escolha destes exemplos não parece ser inocente, visto que cria no leitor a ideia de que a natureza actua da mesma forma que a “acção humana”. Mas a natureza não tem um papel activo nesse processo, porque a natureza não é uma entidade que seleciona por capricho: a seleccão natural, base da microevolução que o Prof. Giertych aceita, é apenas uma consequência da “adaptação” ao ecossistema. Este “pormenor” importante está totalmente ausente no texto do Prof. Giertych.

    O que falta no texto do Prof. Giertych, o que o Prof. Giertych omite, é um “pequeno pormenor” que inviabiliza toda a sua argumentação: Como é que apareceu tal “variação de alelos no conjunto genético”? Qual a sua importância na microevolução?

    “Como eles [os alelos] vieram a existir é outro assunto distinto. Alguns alelos, normalmente neutros ou excessivamente deleteriosas, surgem de mutações. Outros são introgressões provenientes de outras espécies, e outros encontram-se dentro da população desde a sua origem – qualquer que seja a forma como isso ocorreu. “

    Neste excerto o Prof. Giertych destaca apenas a mutação que cria alelos “normalmente neutros ou excessivamente deleteriosos”, como forma de aparecimento de novos alelos. Convenientemente o Prof. Giertych esquece-se de se referir à origem dos alelos úteis. Limita-se a dizer que estes alelos “encontram-se dentro da população desde a sua origem – qualquer que seja a forma como isso ocorreu.”

    Ou seja o Prof. Giertych não quer mesmo falar sobre a origem dos alelos úteis.

    Mas cada nova geração tem MESMO a potencialidade de criar novas mutações que levem a novos alelos úteis, para lá dos alelos “normalmente neutros ou excessivamente deleteriosos” a que o Prof. Giertych se refere.

    O Prof. Giertych esquece-se ainda de acrescentar outro pormenor importante, que inviabiliza toda a sua argumentação: é a constante criação de alelos potencialmente úteis que contraria o “declínio na informação genética” gerado pela microevolução. O aparecimento constante de novos alelos permite pois o “aumento de informação genética” que o Prof. Giertych diz ser requerido pela macroevolução.

    Concordo com o Prof. Giertych de que “uma mutação útil […] não é o mesmo que uma mutação positiva”. Porque um alelo que pode dar uma vantagem ao seu portador num ecossistema pode não dar nenhuma vantagem ou ser até desvantajoso noutro ecossistema. Mesmo para o mesmo ecossistema um alelo que é vantajoso para um animal ou planta não é forçosamente vantajoso para outro.

    Mas existem mesmo alelos (que resultam de mutações) úteis, como o Prof. Giertych é forçado a admitir. O Prof. Giertych tenta desvalorizar a sua importância recorrendo a uma falácia de espantalho: associa os alelos úteis ao “facto” de que “a maior parte da publicidade evolutiva está associada às formas que desenvolvem resistência aos químicos feitos pelo homem.”

    Não é o recurso aos exemplos escolhidos pela “publicidade evolutiva” que torna a existência e os efeitos dos alelos úteis menos reais. Mas recorrendo ao exemplo de “variações que frequentemente existem na natureza mas que foram seleccionadas por algum tipo de reagente química” o Prof. Giertych evita ter de falar sobre a “formação” destes alelos “seleccionados” pela “acção humana”.

    Ao focar o exemplo na acção humana o Prof. Giertych distrai a atenção do leitor de um facto importante: na natureza existe muitos alelos “úteis”, que permitem a adaptação a ecossistemas selvagens, aumentando as probabilidades de sobrevivência e de descendência a quem os possui. Por exemplo, são alelos uteis que permitem aos herbívoros comer erva, aos humanos beber leite e produzir vitamina D em zonas de pouca exposição solar e aos insectos resistir à acção de “insecticidas naturais” (produzidos por plantas).

    O conjunto de equivalências excessivas, omissões selectivas e falácias tornam o texto do Prof. Giertych pouco credível. Sem eles a conclusão dos leitores seria diferente da intenção do autor: a conclusão dos leitores seria que as evidências, pelo menos AS apresentadas pelo Prof. Giertych, não contrariam a teoria da evolução.

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  4. jephsimple says:

    Olha que interessante esse artigo de 2002 …

    “The Paradox of the “Ancient” Bacterium Which Contains “Modern” Protein-Coding Genes”
    http://oxfordindex.oup.com/view/10.1093/oxfordjournals.molbev.a004227

    [Quase sem exceção, as bactérias isoladas a partir de material antigo provaram que se assemelham a bactérias modernas em ambos os níveis, morfológicos e moleculares.(MBE)]

    Isso me soa, como , bactérias de milhões de anos que evoluíram para … bactérias.

    Aqui um texto bem antigo abordando “evolução estática”
    http://www.thefreelibrary.com/Static+evolution:+is+pond+scum+the+same+now+as+billions+of+years+ago?-a014909330

    Trechos:

    “Evolution is economical, and evolution is conservative,” he explains ( J. William Schopf ) “The object of an organism is not to change; the object is to be well adapted to many different environments. What DNA does is establish a mechanism so that when [genetic] changes do occur, they are corrected.”

    “Not everyone agrees that these microbes simply undo mutations in their genetic code.The fact is that whatever changes did occur were selected against,” counters Stjepko Golubic, an evolutionary biologist at Boston University.”That doesn’t mean that they didn’t participate in the evolutionary process – that [their] genotypes are frozen [in time].In support of his position, he points to evolving properties of blue-green bacteria grown for a long time in a LABORATORY”
    [Esse trecho aqui me fez lembrar as palavras da Ana em específico esta parte aqui >>>In support of his position, he points to evolving properties of blue-green bacteria grown for a long time in a LABORATORY … Huumm >>> “A escolha destes exemplos não parece ser inocente, visto que cria no leitor a ideia de que a natureza actua da mesma forma que a “acção humana”.”]

    Também tem esse texto um poquito só mais recente :

    Trechos:

    “According to the hypothesis, evolution pushes microorganisms to lose essential functions when there is another species around to perform them.This idea counters popular evolutionary thinking that living organisms evolve by adding genes rather than discarding them.”

    “A common assumption about evolution is that it is directed toward increasing complexity,” said Erik Zinser, associate professor of microbiology.But we know from analysis of microbial genomes that some lineages trend toward decreasing complexity, exhibiting a net loss of genes relative to their ancestor.”

    “Currently, the hypothesis is limited to microorganisms , but Zinser thinks the hypothesis could be extended to larger free-living organisms.”

    http://phys.org/news/2012-04-professor-hypothesis-game-changer-evolutionary.html

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    • «Olha que interessante esse artigo de 2002 …

      “The Paradox of the “Ancient” Bacterium Which Contains “Modern” Protein-Coding Genes”

      http://oxfordindex.oup.com/view/10.1093/oxfordjournals.molbev.a004227

      [Quase sem exceção, as bactérias isoladas a partir de material antigo provaram que se assemelham a bactérias modernas em ambos os níveis, morfológicos e moleculares.(MBE)]» Primeiro, porquê pegar neste caso particular? Se pretende levar outros a crer que a “falta” de evolução é geral, temos um registo fóssil considerável que diz o contrário. Segundo, ao menos leu o artigo? Parece que não… Os cientistas não descartam a ideia de que a bactéria é moderna (e pela árvore que deu a filogenia, a bactéria parece moderna) – alguém se enganou na datação ou a amostra está contaminada. Se o seu objectivo é descartar os métodos de datação, também não vai longe, pois não se sabe ao certo quem errou, e o problema pode não estar no método em si, mas no seu uso neste caso particular.

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  5. jephsimple says:

    E por falar em milhões de anos… Descoberto DNA [Know] mais antigo do mundo [Notícia de 2009]

    O material genético, o mais antigo já encontrado, pertence a bactérias “amantes de sal” cujos ancestrais podem ter sido uma das primeiras formas de vida na Terra.

    Os cientistas já haviam recuperado material genético semelhante da Bacia de Michigan, na mesma região onde a mais recente descoberta foi feita. Mas o ADN ERA TÃO SEMELHANTE ao de micróbios modernos que muitos cientistas acreditam que as amostras estavam contaminadas.

    http://news.discovery.com/earth/weather-extreme-events/oldest-dna-bacteria-discovered.htm

    Bem, esse outro artigo afirma que “Resistência a antibióticos é antiga”

    Pequeno trecho: “These results show conclusively that antibiotic resistance is a natural phenomenon that predates the modern selective pressure of clinical antibiotic use.”

    http://www.nature.com/nature/journal/v477/n7365/full/nature10388.html?WT.ec_id=NATURE-20110922

    _____________________________________________________________________________

    Aqui Sanford sobre simulação computacional para compreender mutação; acumulação dinâmica e carga genética.

    Click to access chinaproof.pdf

    Sanford, sobre entropia genética

    Genetic Entropy – Dr. John Sanford – Evolution vs. Reality [Em inglês, sem tradução]
    http://vimeo.com/35088933

    Berlinski, sobre variação. afinal a evolução neo-darwinista não tem base matemática rigorosa com a qual podemos rigorosamente analisá-la em qualquer simulação de computador; em qualquer suposto “Evolutionary Algorithm” (muito menos em tempo real na vida).

    [Em inglês, sem tradução]

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  6. jephsimple says:

    Notícica de 2009 … ” Descoberto o DNA [Known] mais velho do mundo.

    Trecho:
    O material genético, o mais antigo já encontrado [,419 MILHÕES de anos. DNA INTACTO encontrado dentro de antigos depósitos de sal] pertence a bactérias “amantes de sal” cujos ancestrais podem ter sido uma das primeiras formas de vida na Terra.

    Os cientistas já haviam recuperado material genético semelhante da Bacia de Michigan, na mesma região onde a mais recente descoberta foi feita. Mas o ADN era tão semelhante ao de micróbios modernos que muitos cientistas acreditam que as amostras estavam contaminada.

    http://news.discovery.com/earth/weather-extreme-events/oldest-dna-bacteria-discovered.htm

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  7. jephsimple says:

    “A resistência a antibióticos é ANTIGA ” (22 de setembro de 2011)

    Pequeno trecho: Estes resultados mostram conclusivamente que a resistência aos antibióticos é um fenômeno natural que antecede a pressão seletiva moderna de uso clínico de antibióticos.

    http://www.nature.com/nature/journal/v477/n7365/full/nature10388.html?WT.ec_id=NATURE-20110922

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    • E…? Isso não é verdadeiro para os vírus e há mais exemplos de evolução em laboratório (incluindo selecção natural)

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      • jephsimple says:

        Existe alguma relação entre mutações acidentais, aleatórias filtradas pela “criativa”, “cuidadosa”, “inovadora” e “engenheira” seleção natural e o envelhecimento e consequentemente a morte ?

        Eu posso passear pelo mundo evo e encontrar alguma coisa:

        Trechos:
        “There is a huge body of knowledge supporting the belief that age changes are characterized by increasing entropy, which results in the random loss of molecular fidelity, and accumulates to slowly overwhelm maintenance systems”

        “The only biological property that is long lasting on an evolutionary time scale is the message coded in information-containing molecules, but even that data is subject to mutation or change”

        “The “hypothesis that aging is due in part to mtDNA damage and associated mutations…[because the mitochondrion] generates most cellular ROS” [ 8 ] is an excellent example of one of the many possible active causes of the loss of molecular fidelity that characterizes the aging process.”

        http://www.plosgenetics.org/article/info:doi/10.1371/journal.pgen.0030220

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  8. jephsimple says:

    Eu sei que todos aqui ou a maioria deve estar muito familiarizado com o que ocorre dentro dos seres vivos, mas sempre que vejo, fico espantado, sempre me lembro das palavras de Davi, hoje as palavras dele fazem muito mais sentido, doque numa época que onde não se sabia o que era DNA, moléculas, proteínas, células, tecidos… E eles sempre estiveram lá !

    😉 http://jephmeuspensamentos.wordpress.com/2014/09/02/stephen-meyer-proteinas-funcionais-e-informacoes-para-planos-corporais-video/

    É um vídeo fascinante! De quebra Meyer faz alguns comentários pertinentes.

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  9. jephsimple says:

    Seria-me estranho ouvir isso em uma aula de biologina evolutiva…

    “Living systems, however, are, among other properties, distinguishable from inanimate objects, because a PURPOSEFUL GENETIC PROGRAM GOVERNS the changes that occur from their beginning until reproductive maturation.” [Está no mesmo link sobre envelhecimento ]

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  10. Aqui vai o link para o artigo que me revelou, através de um descuido desavergonhado do Sr. Lewontin, que para os crentes na Teoria da Evolução, a ideologia materialista (e o ateísmo grosseiro que é uma conseqüência da mesma) fala mais alto do que a verdade dos fatos. O trecho “revelador” é o seguinte:

    {{
    We take the side of science in spite of the patent absurdity of some of its constructs, in spite of its failure to fulfill many of its extravagant promises of health and life, in spite of the tolerance of the scientific community for unsubstantiated just-so stories, because we have a prior commitment, a commitment to materialism. It is not that the methods and institutions of science somehow compel us to accept a material explanation of the phenomenal world, but, on the contrary, that we are forced by our a priori adherence to material causes to create an apparatus of investigation and a set of concepts that produce material explanations, no matter how counterintuitive, no matter how mystifying to the uninitiated. Moreover, that materialism is absolute, for we cannot allow a Divine Foot in the door.
    }}

    fonte: http://www.arn.org/ftissues/ft9711/articles/johnson.html

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  11. lucas says:

    bando de sabidos… todo se arvorando até parece que sabem o enígma ou segredo da vida…cada um alegando que sabe mais que o outro daqui a pouco todos irão para o mesmo lugar de pé junto é ficam ai se debatendo … que mundo é esse… o que existe é só interesses ideológicos.

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