23 motivos que levam os estudiosos a rejeitar a noção de que Jesus é uma “cópia” de mitos pagãos

Por James Bishop

Dan Brown, no seu livro “O Código Da Vinci”, escreve: “Nada do Cristianismo é original”. Nos tempos mais recentes. um largo número de pessoas está a alegar que Jesus não só mais não é que um novo arranjo de religiões pagãs secretas antigas, como também um arranjo de religiões com deuses a morrer e a ressuscitar. Nós vêmos isto mascarado de “verdade” em filmes tais como “Zeitgeist”, “O Código Da Vinci”, e “Irreligious” que, para a pessoa comum, têm a aparência de serem factuais e convincentes.

Mas quão factuais são estas alegações? Certamente que qualquer pessoa pode fazer uma má caracterização das evidências de modo a que elas passem a estar de acordo com as suas crenças pré-estabelecidas, especialmente se estas pessoas não querem acreditar em algo.

O primeiro passo que deve ser tomado pela pessoa que tenta entender estas questões é consultar os estudiosos das áreas de especialização relevantes e necessárias. O que é que eles dizem disto tudo? Será que este tópico se encontra em debate nos dias de hoje? Se sim, ou se não, porquê? Resumidamente, este estudo focar-se-á em analisar estas comparações [entre o Senhor Jesus e as religiões pagãs], as opiniões educadas dos estudiosos, e tentará apurar se alguns destes paralelos pagãos se encontram no Jesus do Novo Testamento.

Quem são os mitologistas?

Bart Ehrman, o mais importante estudioso do Novo Testamento (e céptico), pergunta:

Bart_EhrmanQuem está no controle da agenda mitologista? Porque é que eles se esforçam tanto para mostrar que Jesus nunca existiu? Não tenho uma resposta definitiva, mas tenho um palpite. Não é acidental o facto de virtualmente todos os mitologistas (de facto, segundo sei, todos eles) serem ou ateus ou agnósticos. Aqueles sobre os quais eu sei alguma coisa, são ateus militantes e até virulentos.

Certamente que Ehrman está certo no seu palpite. Um dos mitologistas principais dos dias de hoje é Richard Carrier, e por acaso ele é um ávido ateu que escreve para o site  Secular Web. Carrier, juntamente com mais dois ou três outros proponentes, são os únicos estudiosos em favor desta visão mitologista; os restantes nem chegam a ser peritos nas áreas de especialização relevantes – algo que é visto em pessoas tais como Bill Maher (“Irreligious”), Dan Brown (“O Código Da Vinci”) , James Coyman (“Zeitgeist”), e Brian Flemming (“The God Who Wasn’t There”).

Embora ignorados pelos historiadores, pelos estudiosos do Novo Testamento, pelos eruditos do período Clássico, e pelos conhecedores do Cristianismo primitivo, os dois principais mitologistas actuais são provavelmente o em cima citado Carrier, e outro homem com o nome de Robert Price; estes dois são os únicos homens que mereceram algum tipo de atenção pela corrente principal da comunidade académica – ou pelo menos a atenção de um ou dois estudiosos do mainstream. Para além destes, o mitologista é ignorado pela maioria dos estudiosos das áreas de especialização relevantes.

A essência da alegação

Os defensores deste ponto de vista, conhecidos como mitologistas, afirmam que Jesus nada mais é que uma cópia de deuses de fertilidade que morrem e renascem, provenientes dos mais avariados locais do mundo – incluindo deuses como Tamuz na Mesopotâmia, Adónis na Síria, Átis na Ásia Menor, e Hórus no Egipto. Só mais recentemente é que estas alegações mitologistas voltaram a ganhar força devido à ascenção da Internet e da distribuição em massa de informação por parte de fontes inimputáveis.

Tudo o que um utilizador online precisa de ter em seu favor é o oxigénio que respira; qualquer pessoa pode postar algo online e mascarar isso como uma verdade. Neste artigo iremos examinar esses paralelos, e ver se eles resistem ao escrutínio. Vamos, então, revelar os muitos motivos que fazem com que “os estudiosos saibam que Jesus não é uma cópia das religiões pagãs”.

Motivo 1: Os estudiosos rejeitam de forma unânime a alegação de que Jesus é uma cópia pagã.

Actualmente, quase todos os eruditos das especializações históricas relevantes rejeitam de forma unânime a noção de que Jesus é uma cópia de deuses pagãos, algo que parece indicar que as evidências disponíveis os persuadiu contra os alegados paralelos. Por exemplo, T.N.D Mettinger da Universidade de Lund, opina: “Tanto quanto sei, não existem evidências prima facie de que a morte e a ressurreição de Jesus são construções mitológicas.”

Warner Wallace, antigo detective de homicídios, e dono do site “Cold Case Christianity“, escreve: “Quanto mais analisamos a natureza dos deuses que eram adorados antes de Jesus, mais nos apercebemos das suas distinções e da desonestidade daqueles que tentam comparar esses deuses pagãos com Jesus.”

O Professor Ronald Nash, filósofo e teólogo eminente, salienta no seu livro ‘Was the New Testament Influenced by Pagan Religions?’:

As alegações duma dependência inicial do Cristianismo perante o Mitraísmo foram rejeitadas por diversos motivos. O Mitraísmo não tinha conceito algum da morte e da ressurreição do seu deus, e nenhum conceito do renascimento – pelo menos durante as suas fases iniciais. (…) Actualmente, a maior parte dos eruditos Bíblicos consideram isto um assunto morto.

Outro eminente estudioso no Novo Testamento, Craig Keener, escreve: “Quando as comparações são feitas, acabamos com mais diferenças que semelhanças.” JZ Smith, historiador da religião e estudioso da religião Helenista, escreve: “A ideia de deuses que morrem e ressuscitam é, de forma generalizada, um equívoco fundamentado em reconstruções imaginativas e em textos excessivamente tardios ou altamente ambíguos.”

Michael Bird, que faz parte do conselho editorial do “Journal for the Study of the Historical Jesus” e é um Membro do “Centre for Public Christianity”, claramente demonstra o seu aborrecimento quando escreve:

Normalmente, eu sou uma pessoa cordial e colegial, mas, para ser honesto, tenho pouca paciência para investir na refutação das fantasias loucas dos “mitologistas de Jesus”, tal como eles são conhecidos. Isto prende-se com o facto de, dito de maneira honesta, nós que trabalhamos na profissão académica da Religião ou da História temos muita dificuldade em levá-las a sério.

Por fim, James Dunn no seu artigo sobre “Mito” no “Dictionary of Jesus and the Gospels”, escreve: “‘Mito’ é um termo com, pelo menos, relevância duvidosa para o estudo de Jesus e dos Evangelhos.”

Motivo 2: Todos os peritos na matéria concordam de forma unânime que Jesus existiu, e que podemos saber coisas sobre Ele, o que é totalmente diferente do que acontece com os deuses pagãos.

Para mais informação em relação a isto, consultem o meu outro artigo,36 motivos que levam os académicos a concordar que Jesus existiu. Este extracto chega-nos do ponto 2 desse artigo.

Os mais credíveis académicos do Novo Testamento, da Bíblia, da História e do Cristianismo primitivo, com as mais variadas crenças, concordam de forma clara que Jesus existiu. Claro que o debate centra-se no que podemos saber sobre Jesus, mas isso é irrelevante para a discussão. Isto separa de forma clara Jesus dos muitos deuses que morrem e ressuscitam que frequentemente não têm qualquer lugar na História. Tal como o Professor Bultmann, Professor de Estudos do Novo Testamento, a dada altura escreveu:

Claro que a dúvida em torno da existência de Jesus não não tem qualquer fundamento e nem é digna de refutação. Nenhuma pessoa sã pode duvidar que Jesus é o Fundador por trás do movimento histórico cuja fase inicial distinta é representada pela mais antiga comunidade Palestina.

Tal como Paul Maier, antigo Professor de História Antiga, ressalva, “A totalidade ds evidências é tão avassaladora, tão absoluta, que só o mais superficial dos intelectos pode colocar em causa a existência de Jesus.”

Craig Evans, que é amplamente conhecido pelos seus escritos em torno do Jesus Histórico, diz que, “Nenhum historiador sério de qualquer classe religiosa ou não-religiosa duvida que Jesus de Nazaré viveu no primeiro século e que foi executado sob a autoridade Pôncio Pilatos, governador da Judeia e Samaria.”

Até Bart Ehrman, o mais céptico dos eruditos do Novo Testamento (que não é de maneira alguma amigo do Cristianismo) declara que:

Estes pontos de vista (de que Jesus não existiu) são tão extremos e tão pouco convincentes para 99,99% dos peritos genuínos que alguém que os mantenha é tão susceptível de obter um cargo de professor num departamento religioso consagrado, tal como um criacionista da Terra Jovem é susceptível de obter um cargo profissional num departamento de biologia bona fide [ed: existem vários cientistas criacionistas a trabalhar em departamentos de Biologia].

Grant diz: “Resumindo, os modernos métodos de crítica falham em dar apoio à teoria Cristo-mito. Essa tese foi repetidamente respondida e aniquilada por académicos conceituados.”

A admissão mais reveladora chega-nos dum académico ateu Alemão com o nome de Gerd Ludemann, que escreve, “Pode ser tomado de forma historicamente certa que Pedro e os discípulos tiveram experiências [da ressurreição] depois da morte de Jesus onde Ele lhes apareceu como Cristo Ressuscitado.”

Portanto, se se pode dizer alguma coisa, a alegação de que Jesus nunca existiu nem se encontra em discussão junto da comunidade académica histórica, e está, sim, colocada à margem. Eu penso como Burridge e Could pensam, citando, “Tenho que dizer que não conheço nenhum académico crítico respeitado que ainda diga isso (que Jesus nunca existiu)”.

Motivo 3: Sabemos muito pouco destas religiões pagãs secretas.

Como história, parece que essas religiões pagãs só eram realmente conhecidas pelas pessoas das comunidades relevantes, e a maioria não tinha intenção de as partilhar com estranhos. Claro que isto deixaria os historiadores modernos numa situação complicada, visto que temos pouca informação sobre quem eram esses grupos e quais eram as suas prácticas. Como diz o próprio Bart Ehrman, estudioso do Novo Testamento e académico de renome:

Na verdade, sabemos muito pouco destas religiões misteriosas – afinal, o propósito das religiões misteriosas era o de mantê-las em segredo! Logo, acho que é maluquice construir um argumento na ignorância como forma de fazer uma alegação deste tipo.

C.S Lewis, um nome reconfortante e familiar para muitos Cristãos, escreve: “As histórias pagãs centram-se todas em alguém morrer e ressuscitar, quer seja todos os anos, ou então ninguém sabe onde e ninguém sabe quando.” Tal como citei de modo semelhante no ponto 1, J.Z. Smith, historiador de religião e académico da religião Helenista, escreve: “A ideia de deuses que morrem e ressuscitam é, de forma generalizada, uma caracterização imprópria fundamentada em textos ambíguos e excessivamente tardios.”

Se nós temos textos ambíguos, uma falta de textos, e muitos desses textos com data posterior ao Cristianismo, então, pergunto eu, de onde chegam estes alegados paralelos  que estes mitologistas dizem que existem? Tal como salienta J.Z.Smith em cima, estes alegados paralelos chegam-nos de “reconstruções imaginativas” altamente especulativas provenientes da mente dos mitologistas.

Motivo 4. A maior parte do que sabemos sobre as religiões misteriosas tem origem depois do Cristianismo, e não antes.

Se é verdade que a maior parte do que sabemos destas religiões secretas tem data posterior ao Cristianismo, então, pergunto eu, porque é que os mitologistas estão a avançar com a tese de que este textos têm datas anteriores ao Cristianismo? Porque é que eles alegam que a igreja Cristã primitiva copiou elementos destas religiões secretas quando, logicamente, eles nunca o poderiam ter feito?

O Professor T. N. D. Mettinger (Universidade Lund), bem como a maioria dos académicos das áreas de especialização relevantes, acreditam que antes de Cristo, ou antes do advento do Cristianismo no princípio do século 1, não existiam deuses que morriam e ressuscitavam: “O consenso – quase universal – entre os estudiosos modernos é que não existiam deuses que morriam e que ressuscitavam antes do Cristianismo. Todos eles datam de eras posteriores ao primeiro século….As referências à ressurreição de Adónis foram datadas essencialmente para momentos já dentro da Era Cristã.”

Edwin Yamauchi escreve que “a suposta ressurreição de Átis não aparece até 150 AD.” O próprio professor Ronald Nash opina que “O Mitraísmo floresceu depois do Cristianismo – e não antes – e como tal, o Cristianismo nunca poderia ter copiado do Mitraísmo. Se por acaso o Mitraísmo tivesse influenciado o desenvolvimento do Cristianismo do primeiro século, o timing está totalmente errado.”

Motivo 5: Os Judeus eram pessoas que certamente não deixariam que mitos pagãos invadissem a sua cultura.

Para começar, por diversas vezes no Antigo Testamento os Judeus rejeitaram o Deus Verdadeiro enveredando pela idolatria; nós sabemos disso porque foi reportado. No entanto, não existem evidências de que isto aconteceu na Palestina do primeiro século durante a altura em que Jesus vivia, para além do facto dos Fariseus que Ele encontrou certamente que não encorajarem a religião pagã.

Mesmo assim, os Judeus eram uma comunidade rigorosa quando o tópico era o que eles acreditavam ser verdade e o que eles pensavam que se deveria practicar em conformidade com essa crença. Eles eram rigidamente monoteístas (crendo Num só Deus), e isto pode ser visto nas Narrativas do Antigo Testamento onde as leis eram estritamente colocadas em práctica como forma de evitar a influência das religiões externas das outras pessoas perversas (tais como os Cananeus). Até o Primeiro Mandamento emitido aos Judeus por parte de Deus diz:

Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim. –  Êxodo 20:2-3

Os Judeus eram a única cultura que não permitiria que a sua herança e as suas tradições fossem manchadas pelo paganismo – que, para eles, era uma abominação e uma desgraça. William Lane Craig, um conhecido intelectual Cristão, filósofo, e conhecedor do Novo Testamento, escreve no seu artigo ‘Jesus and Pagan Mythology’: “Jesus e os Seus discípulos era Judeus Palestinos do primeiro século, e é de acordo com este pano de fundo que eles têm que ser entendidos.”

Também Ben Witherington, Professor de estudos do Novo Testamento, ressalva que:

Até uma leitura superficial das partes relevantes dos clássicos Gregos e Latinos revela que esta noção [a ressurreição] não era parte normal do léxico pagão em relação à vida depois da morte. De facto, tal como Actos 17 sugere, era mais provável eles ridicularizarem esta ideia, do que não ridicularizarem. Posso entender a teoria apologética se, e só se, os Evangelhos fossem dirigidos de forma geral aos Judeus Farisaicos ou aos seus simpatizantes. No entanto, não conheço académico algum que tenha alegado em favor dessa posição.

William Craig prossegue escrevendo que “A superficialidade dos alegados paralelos é apenas um indicador de que a mitologia pagã é a estrutura interpretativa errada para se entender a crença dos discípulos da ressurreição de Jesus”, e que “…qualquer pessoa que prossiga com esta objecção tem o ónus da prova. Esta pessoa tem que mostrar que as narrativas são paralelas e que elas se encontram unidas por casualidade.”

Craig conclui o seu texto, dizendo: “É algo que confunde a nossa mente pensar que os discípulos originais subitamente e sinceramente tenham começado a acreditar que Jesus de Nazaré tinha ressuscitado dos mortos só porque eles tinham ouvido alguns mitos pagãos sobre a morte e a ressurreição de deuses sazonais.”

E.P. Sanders parece sugerir que Jesus faz mais sentido dentro do mundo Judaico do primeiro século: “… actualmente, a visão dominante [entre os académicos] parece ser a de que podemos saber muito bem o que Jesus Se propôs a cumprir, que podemos saber muito bem o que Ele disse, e que estas duas coisas fazem sentido dentro do Judaísmo do primeiro século.”

O Professor Martin Hengel salienta: “As religiões misteriosas Helenísticas … não conseguiriam obter algum tipo de influência [na Palestina Judaica].”

Motivo 6: O cânone do Novo Testamento é História, ao contrário das religiões pagãs secretas.

Os Evangelhos canónicos do Novo Testamento (onde eles residem) são os nossos mais fiáveis pedaços de informação que temos de Jesus. Estes Textos são classificados como biografia Greco-Romana, tal como escreve Graham Stanton da Universidade Cambridge: “Não creio que actualmente seja possível negar que os Evangelhos são um sub-conjunto dum alargado género de literatura antiga em torno de “vidas”, isto é, biografias.”

Semelhantemente, no seu livro com o nome “What Are the Gospels”, Charles Talbert, distinto académico do Novo Testamento, escreve de forma muito favorável sobre outro livro importante que influenciou os académicos sobre o verdadeiro género dos Evangelhos: “Este volume deveria colocar um fim a qualquer negação legítima ao carácter biográfico dos Evangelhos Canónicos.”

Até David Aune, proeminente especialista em literatura antiga, opina: “Portanto, embora [os escritores dos Evangelhos] tivessem um importante objectivo teológico, o próprio facto deles terem escolhido adoptar para o seu relato da história de Jesus as convenções biográficas Greco-Romanas, indicava que eles tinham a preocupação central de comunicar o que eles pensavam que realmente havia acontecido.”

O que corrobora ainda mais o facto dos Evangelhos serem literatura biográfica é a arqueologia, tal como Urban von Wahlde – membro da “Society of Biblical Literature” e da  “Studiorum Novi Testamenti Societas” – conclui: “[A arqueologia] demonstra toda a extensão da precisão e do detalhe do conhecimento do Evangelista…… As referências topográficas…..são totalmente históricas…… algumas [partes dos Evangelho] são bastante exactas, detalhadas e históricas.”

Bart Ehrman também comenta: “Se os historiadores querem saber o que Jesus disse e fez, eles estão mais ou menos constrangidos a usar os Evangelhos do Novo Testamento como as suas fontes primárias. Deixem-me salientar que isto não é por motivos religiosos ou teológicos – por exemplo, que só estes são fiáveis; é pura e simplesmente por motivos históricos.”

O que isto revela é que os Evangelhos encontram-se enraizados na História, ao contrário do que ocorre com as religiões pagãs secretas.

Motivo 7: Ao contrário das religiões pagãs secretas, Jesus é Uma Figura Antiga de Quem podemos saber algumas coisas, o que foi que Ele ensinou, e o que Ele fez como Figura Histórica da História.

Quer alguém acredite que Jesus realmente era o Filho do Homem, e desde logo o Próprio Deus [ed: Daniel 7:13], ou apenas um Génio Religioso do primeiro século, segundo os académicos podemos sempre extrair informação e factos da Sua vida e do Seu ministério. Um dos mais importantes académicos do Novo Testamento é Craig Evans, e ele é sobejamente conhecido e respeitado devido aos seus escritos em torno do Jesus Histórico. Isto é o que ele pensa de Jesus: “e o consenso é o de que, pronto, Ele existiu, Ele era Judeu, Ele não queria violar a Lei mas sim realizá-la. Ele via-Se a Ele mesmo como o Ungido do Senhor e  o Messias.”

E.P Sanders, outro importante académico do Novo Testamento declara que:

A reconstrução Histórica nunca é absolutamente certa, e no caso de Jesus é ocasionalmente altamente incerta. Apesar disto, nós temos uma boa ideia das linhas gerais do Seu ministério e da Sua mensagem. Sabemos Quem Ele era, o que Ele fez, o que Ele ensinou, e o porquê de ter morrido. ….. actualmente, a visão dominante [entre os académicos] parece ser o de que podemos saber muito bem o que Jesus Se propôs a realizar, e podemos saber muito do que Ele disse, e estas duas coisas fazem sentido dentro do mundo Judaico do primeiro século….. Sou de opinião de que podemos ter a certeza de que a fama inicial de Jesus resultou das curas, especialmente dos exorcismos.

Stanton, um proeminente e sobejamente respeitado académico do Novo Testamento, que já se encontra morto, opinou a dada altura que “Poucas pessoas duvidam que Jesus tinha dons pouco usuais de cura, embora sejam no entanto disponibilizadas várias explicações.”

J. Tomson, conferencista do Novo Testamento na “Sydney Missionary and Bible College” (Austrália) declara que:

Embora Ele aparentemente Se visse como o celestial “Filho do Homem” e o ” Filho Unigénito” de Deus, e nutrisse ambições Messiânicas extensas, Jesus era igualmente reticente em torno destas convicções. Mesmo assim, o facto de, depois da Sua morte e ressurreição, os Seus discípulos O terem proclamado como o Messias, pode ser entendido como um desenvolvimento directo dos Seus próprios ensinamentos.

Robert Grant, Professor Emérito de Humanidades e de Novo Testamento e Cristianismo Primitivo na Universidade de Chicago, acredita que “Jesus introduziu uma inovação singular, visto que Ele alegou também que Ele poderia perdoar os pecados. …. Jesus viveu os Seus últimos dias, e morreu, com a crença de que a Sua morte tinha como propósito salvar a raça humana.”

Maurice Casey, outro importante académico dos estudos em torno do Novo Testamento e da História, diz: “Ele [Senhor Jesus] acreditava que a Sua morte iria cumprir a vontade de Deus de redimir o Seu povo de Israel.” Mais uma vez, E.P. Sanders diz que: “Que os seguidores de Jesus (e mais tarde, Paulo) tiveram experiências de ressurreição é, segundo o meu juízo, um facto. O que realmente deu origem a estas experiências é algo que não sei”.

O que esta lista de citações dos mais proeminentes académicos do Novo Testamento dos nossos dias revela é que podemos saber muito sobre o Jesus da História. Dito de outra forma, a consenso maioritário entre os historiadores é que Jesus realmente existiu, que podemos saber o que Ele tinha em Mente a cumprir, e o que Ele pensava de Si Mesmo. Isto é totalmente diferente das tradições soltas que encontramos em redor das religiões secretivas. Ocorre com frequência os historiadores estarem altamente incertos em relação à existência de algumas destas figuras históricas por trás de algumas religiões pagãs.

Motivo 8: O Jesus da História não se enquadra n perfil de Alguém que seria um mito.

Em quase todos os aspectos, a vida de Jesus é única. Isto era tão cativante para as pessoas dos Seus dias que eles seguiram-No (mesmo até à morte). Os académicos actuais continuam a ficar surpresos e intrigados com Este Homem que andou pelas terras da Palestina do primeiro século. Tal como Edwin Judge, historiador proeminente da Universidade Macquarie, salienta:

O historiador antigo não tem problemas em olhar para o fenómeno de Jesus como histórico. Os Seus muitos aspectos surpreendentes só servem para o ajudar ainda mais a ancorar-Se na História. A mitologia e a lenda teriam gerado uma Figura muito mais previsível. Os escritos que emergiram relativos a Jesus revelam-nos também um movimento de pensamento e uma experiência de vida tão incomuns que algo muito mais substancial que a imaginação é necessário para os explicar.

C.S. Lewis é mais conhecido pelos seus ensaios sobre o Cristianismo e pela série de fantasia com o nome de “As Crónicas de Narnia”. Mesmo nos dias de hoje, quase 50 anos depois da sua morte, os escritos de Lewis ainda se encontram entre os mais lidos e os mais discutidos dentro das comunidades Cristãs. Para além disto, Lewis era também um estudioso da literatura medieval, para além de ser alguém muito versado na arte da escrita. Em relação aos Evangelhos, ele comenta:

Tudo dentro da minha vida privada centra-se no facto de eu ser um crítico literário e um historiador; esse é o meu trabalho. Estou preparado para dizer com base nisto que, se alguém pensa que os Evangelhos são lendas ou novelas, essa pessoa só está a mostrar a sua incompetência como crítico literário. Li muitas novelas e sei o suficiente sobre as lendas que surgiram entre as pessoas primitivas, e sei também que os Evangelhos não são esse tipo de coisas.

No centro dos Evangelhos está a actividade, a vida, o ministério da Pessoa de Jesus. A maior parte do que está registado nos Evangelhos encontra-se concretamente fundamentado nos registos históricos e desde logo não podem ser mitos e nem sequer podem ser comparados aos mitos – tal como Lewis salientou, “os Evangelhos não são esse tipo de coisas.”

Motivo 9: A maior parte destas religiões secretas têm muito pouco em comum com a História concreta.

Se estas religiões pagãs secretas tinham pouco em comum com o que se sabe da História, então porque é que algumas pessoas estão tão determinadas em concluir que Jesus é uma cópia? Tal como Edwin Yamauchi, Professor Emérito de História ressalva: “Todos estes mitos são representações repetitivas e simbólicas da morte e do renascimento da vegetação. Isto não são figuras históricas.” William Lane Craig escreve: “De facto, e propriamente falando, a maior parte dos académicos começou a colocar em causa a existência de mitos de deuses a morrer e a renascer!”

Motivo 10: Trabalho académico desconexo e desonesto – exemplo: Dorothy Murdock.

Outra mitologista mais ou menos conhecida é Dorothy Murdock. Eu já interagi pessoalmente com ela através da sua página no Facebook, do Youtube, bem como ter também consultado alguns dos seus artigos que se encontram no seu site com o nome de ‘The Christ Conspiracy‘. Essa interacção não acabou bem visto que quando eu tentei salientar os erros dos seus argumentos (e eles são imensos e óbvios!) fui acusado de ser sexista e chauvinista. Mas, diga-se de passagem, nunca disse que eu era perfeito. 🙂

Mas falando sério, essa foi literalmente a sua resposta para mim, e eu subsequentemente banido da sua página do Facebook.

Temos também a longa interacção com Mike Licona através do seu site “Risen Jesus”, que se encontra aberto a todas as pessoas interessadas no debacle total do mitologismo (vêr a referência no final do texto).

Mike Licona é outro académico importante actual conhecedor do Novo Testamento, e também ele criticou o trabalho de Dorothy Murdoch duma forma bastante convincente. De facto, algumas das citações mais embaixo são de autoria de Mike Licona provenientes dessa interacção. Ele consultou estudiosos de áreas especializadas de conhecimento como forma de comentar mais ainda a tese de Dorothy Murdock; irei incluir essas citações.

Ressalvo que não tenho como objectivo rebaixar Dorothy Murdock, nem quero que se veja isto como um ataque pessoal visto que essa não é a minha intenção; o meu propósito é mostrar a forma como a maior parte dos estudiosos das áreas relevantes olham para os quadrantes mitologistas.

Primeiro, Bart Ehrman, que está longe de ser amigo do Cristianismo, analisa o livro de Dorothy Murdock ‘The Christ Conspiracy’, e diz que o mesmo..

Tem tantos erros factuais e tantas alegações bizarras que é difícil acreditar que a autora está a falar a sério. …. Os pontos principais de Acharya estão, na verdade, errados. …. Os mitologistas desta laia não podem ficar surpresos com o facto de não serem levados a sério pelos verdadeiros estudiosos, de não serem mencionados pelos peritos na área, e de nem chegarem a ser lidos pelos académicos.

Até o estudioso ateu Bob Price qualifica o trabalho de Murdock de “sophomoric” [ed: ao nível dum estudante universitário do 2º ano]. Ele comenta também que o livro dela é “um aleatório saco excentricidades (na sua maioria recicladas), algumas poucas dignas de consideração, a maior parte delas bastantes trémulas, e muitas claramente amalucadas.

No seu livro, Dorothy Murdock alega que Jesus é uma cópia de um dos deuses hindus, Krishna. De facto, Murdock está até disposta a levar as coisas mais adiantes no seu livro ‘Suns of God: Krishna, Buddha and Christ Unveiled’. No entanto, em relação ao ponto de Krishna ter sido crucificado antes de Jesus, Edwin Bryant, Professor de Hinduísmo na Universidade Rutgers, e alguém que traduziu o Bhagavata-Purana (a vida de Krishna) para a “Penguin World Classics”, responde:

Isto é uma idiotice de todo o tamanho. Não há parte alguma onde existe uma alusão à crucificação. Ela nem sabe do que está a falar! Vithoba era uma forma de Krishna adorado no estado de Maharashtra. Não existem deuses Indianos alguns caracterizados como crucificados.

Em relação aos alegados paralelos que Murdock tenta estabelecer entre o Hinduísmo e o Cristianismo, Benjamin Walker, no seu livro ‘The Hindu World: An Encyclopedic Survey of Hinduism’, escreve: “Não podem existir dúvidas de que os Hindus emprestaram histórias [do Cristianismo] mas não o nome.”

Murdock prossegue alegando que o Cristianismo não foi bem sucedido na Índia porque “os Brahmans reconheceram os Cristianismo como uma imitação relativamente recente das suas tradições mais antigas.” Em relação a isto, Bryant simplesmente comentou, “Comentário estúpido.” Mike Licona continua, dizendo que “a alegação de Murdock de que o Cristianismo emprestou substancialmente do Hinduísmo não tem qualquer tipo de mérito. As suas alegações são falsas, sem evidências, e revelam uma falta de entendimento da fé Hindu.”

Para além de Krishna, Murdock cita semelhanças entre Buda e Jesus como um exemplo da forma como o Cristianismo copiou do Budismo. O Professor Chun-fang Yu encontra-se na Presidência do Departamento de Religião da Universidade Rutgers, e é um especialista da fé Budista; ele comenta:

[A mulher de quem vocês falam] é uma total ignorante no que toca ao Budismo. É muito perigoso propagar tal tipo de falsa informação. Não se deve honrar [Dorothy Murdock] entrando em algum tipo de discussão com ela. Por favor, peçam a ela que faça um curso básico da religião do mundo, ou do Budismo, antes de proferir mais alguma palavra sobre um assunto que ela não sabe.

Subsequentemente, Murdock escreve sobre Josefo que menciona Jesus no seu livro ‘The Antiquities of the Jews’: “Embora muito se tenha dito destas ‘referências’, elas foram rejeitadas pelos académicos e pelos apologistas Cristãos, e qualificadas de falsificações, tal como o foram aquelas que fazem referência a João Baptista e Tiago, ‘irmão de Jesus’.”

Em resposta, Mike Licona comenta que: “A alegação de Dorothy Murdock é grosseiramente ingénua, para além de falsa. A passagem de Josefo sobre João Baptista é considerada como autêntica e dificilmente colocada em causa pelos estudiosos. “

Edwin Yamauchi, Professor de Históra na Universidade de Miame, escreve: “Nenhum estudioso colocou em causa autenticidade desta passagem, embora existam algumas diferenças entre a descrição de Josefo e a dos Evangelhos….”

Jesus_RamosRobert Van Voorst, estudioso do Novo Testamento no “Western Theological Seminary” também comenta que esta passagem de Josefo em relação a João Baptista é “tida como inquestionavelmente genuína por parte da maioria dos interpretadores” e que “os académicos são de opinião de que ela é independente do Novo Testamento.”

John Meier, Professor de Novo Testamento na “Catholic University of America” escreve que a menção a João Baptista por parte de Josefo é “aceite como autêntica por parte de quase todos os estudiosos” e que “é simplesmente inconcebível como trabalho Cristão de qualquer que seja o período.” O estudioso Judeu Louis Feldman, da Universidade Yeshiva e talvez o perito mais proeminente dos escritos de Josefo, fala desta passagem:

Não pode existir qualquer tipo de dúvida em relação à genuinidade da passagem de Josefo em relação a João Baptista.

Portanto, os comentários de Dorothy Murdock, de que esta passagem “foi rejeitada tanto pelos estudiosos como pelos apologistas Cristãos, e qualificada de falsificação” é claramente falsa.

No seu livro, Murdock alega que a mitologia envolveu o Cristianismo logo ao princípio devido aos “sinais ou constelações do Zodíaco”. Na sua resposta a isto, Noel Swerdlow, Professor de Astronomia e Astrofísica na Universidade de Chicago, diz: “…. ela está dizer algo que ninguém do mundo antigo teria pensado visto que a constelação das estrelas fixas onde estivesse o equinócio vernal era algo sem significado  e uma ideia totalmente moderna que nos chega, penso eu, da astrologia do século 20.”

Em resposta à alegação de Murdock de que Jesus nunca existiu na História, Mike Licona oferece um desafio: “Desafio a senhora Murdock a citar uma pessoa para além de Jesus, que viveu no primeiro século (Augusto, Tibério, Nero, etc), que seja mencionada por 17 pessoas que não partilham das suas convicções, e que escrevem no espaço de 150 anos depois da sua vida. Nenhuma figura do primeiro século estão tão bem confirmada como Jesus.”

As coisas tornam-se ainda mais aflitivas para Murdock quando Mike pesquisa as fontes que ela havia citado como fundamento para o seu trabalho:

Practicamente todas as fontes são secundárias e não primárias. Por exemplo, ela cita Adolf Hitler a dizer que eram as suas convicções Cristãs que o levavam a tentar exterminar os Judeus. Onde foi que Hitler disse isto? Nunca ficaríamos a saber a partir do seu livro visto que a sua fonte é “The Woman’s Encyclopedia of Myths and Secrets”! Noutro ponto, ela cita Otto Schmiedel, no entanto, se analisarmos a nota final, ficaremos a saber que a sua fonte é Rudolf Steiner, um místico.

Licona prossegue fazendo uma analogia em relação ao trabalho de Murdock: “É como alguém alegar que o terrorismo justifica-se, e depois citar 10 terroristas a alegar que o terrorismo é justo. No entanto, isto de maneira alguma serve de apoio à  sua posição de que o terrorismo justifica-se, mas sim que algumas pessoas pensam que sim. Isto indica também que ela não verificou as alegações das suas fontes, mas aceitou-as de modo acritico.”

Mike Licona conclui dizendo que: “…..em termos deste livro ser uma descrição responsável das origens do Cristianismo, isso não tem aproveitamento algum.”

Seria sensato da minha parte não definir de forma abrangente os mitologistas da mesma forma que se define Murdock visto que outros, tais como Price e Carrier, exigem uma maior atenção (embora de maneira nenhuma eles sejam vistos como convincentes pela esmagadora maioria dos estudiosos das disciplinas relevantes). Foi o trabalho de pessoas como Dorothy Murdock que causou a que quase todo o consenso académico virasse as suas costas aos mitologistas.

Motivo 11: Nenhum dos académicos mitologistas é um académico na áreas relevantes sobre as quais eles escrevem.

Antes de levarmos em conta qualquer argumento que os mitologistas colocam sobre as mesas, temos que ficar imediatamente alertas. Temos que perguntar o porquê  de nenhum dos profissionais das áreas relevantes, ou alguém que de facto dê aulas em universidades credenciadas um pouco por todo o mundo, parece defender este ponto de vista radical. Tal como Ben Witherington, Professor de Estudos do Novo Testamento, ressalva: “Nenhum destes autores e fontes é perito na Bíblia, na História Bíblica, no Antigo Médio Oriente, Egiptologia, ou qualquer dos campos relativos….. Eles não são fontes de informação fiáveis sobre as origens do Cristianismo, Judaísmo, ou de qualquer outra coisa relevante para a discussão.”

John Dickson, historiador de Cristianismo antigo e de Judaísmo, declara, “Mas qualquer pessoa que mergulhe superficialmente nas milhares de monografias seculares e nos artigos de revistas profissionais sobre o Jesus Histórico, irá rapidamente descobrir que os mitologistas são vistos por 99% da comunidade académica como ‘discrepantes’, e na periferia da periferia.”

Subsequentemente, Michael Bird, que se encontra no conselho editorial do “Journal for the Study of the Historical Jesus”, como é também um Membro do “Center for Public Christianity”, prossegue dizendo, “Existe uma razão do porquê este ponto de vista só ser mantido por um energético grupinho de ateus periféricos e nunca ser visto como uma possibilidade por parte dum académico experiente e respeitado que trabalhe no campo das Origens do Cristianismo.”

Parece que muitos destes mitologistas são conhecidos por serem ateus, e do grupo de ateus que é vocalmente anti-religião. Será que é por isto que eles são defensores da teoria mitologista? Isto faria sentido, visto que atacar a Pessoa por trás da religião – neste caso, Jesus – é a melhor forma de desacreditá-la. Faço minhas as palavras de Mettinger: “A partir dos anos 30 [do século 20]  . . . gerou-se o consenso de que os “deuses que morrem e ressuscitam” morriam mas não voltavam e nem ressuscitavam. Aqueles que pensam de outra forma são vistos como membros residuais duma espécie quase extinta.”

Motivo 12: O nascimento virginal de Jesus é único.

Um dos muitos eventos que os Cristãos do mundo inteiro celebram é o nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro. Claro que em lugar algum da Bíblia existe a alusão a esta data específica para o nascimento de Jesus; nós pura e simplesmente não sabemos quando foi que Ele nasceu. Mas em relação à singularidade da concepção virginal de Maria, o académico Bíblico Raymond Brown conclui: “Nenhuma busca por paralelos nos forneceu uma explicação satisfatória da forma como os Cristãos primitivos chegaram à ideia da concepção virginal.”

Para aqueles que alegam que Mitra – o deus pagão- – nasceu exactamente da mesma forma que Jesus, Manfred Clauss, professor de história antiga na “Free University of Berlin”, escreveu o seguinte no seu livro ‘The Roman Cult of Mithras‘: “Segundo nos é possível apurar, a sequência de imagens da descrição mitológica da vida e das explorações de Mitra tem início com o nascimento do deus. Neste ponto, as fontes literárias são poucas mas inequívocas: Mitra era conhecido como o deus que havia nascido duma rocha.”

Subsequentemente, depois da sua análise crítica a esta alegação, Louis Matthews Sweet escreve:

Depois dum cuidadoso, laborioso, e ocasionalmente cansativo, estudo das evidências disponibilizadas e das analogias avançadas, estou convencido de que o paganismo não tem conhecimento de nascimentos virginais. Existem muitos nascimentos sobrenaturais, mas nunca duma virgem ao estilo do Novo Testamento, e nunca sem uma geração física  –  excepto em alguns casos isolados de nascimentos mágicos a partir de mulheres cuja virgindade nunca havia sido previamente alegada. Em todos os casos registados que fui capaz de examinar, se a mãe era virgem antes da concepção ter ocorrido, ela não poderia fazer essa alegação posteriormente.

No seu livro ‘The Virgin Birth’, Thomas Boslooper salienta que: “A literatura mundial é prolífica com narrativas de nascimentos pouco usuais, mas ela contém precisamente zero analogias ao nascimento virginal presente em Mateus e Lucas. O “nascimento virginal” de Jesus não é ‘pagão'”. O eminente filósofo e académico do Novo Testamento William Lane Craig escreve: “As histórias dos Evangelhos relativas à concepção virginal não têm, na verdade, paralelos com qualquer outra história do Oriente Próximo.”

O nascimento virginal de Jesus é, se é alguma coisa, explicitamente único, e este facto convenceu a larga maioria dos académicos do campo. Parece que aqueles que alegam o contrário encontram-se em oposição à conclusão mantida pelos académicos do mundo da História.

Motivo 13: A morte e a ressurreição de Jesus tiveram um impacto radical nos Seus discípulos, bem como em muitas pessoas – algo que nenhum deus pagão pode alegar.

Num artigo presente no New York Times, Peter Steinfels – jornalista Americano e educador melhor conhecido pelos seus escritos relativos a tópicos religiosos – questiona o que pode ter alterado de maneira drástica as vidas de tantas pessoas depois da morte de Jesus:

Pouco depois de Jesus ter sido executado, os Seus seguidores foram subitamente galvanizados de um grupo perplexo e encolhido para um grupo cuja mensagem em torno Dum Jesus Vivo e do Seu reino vindouro, pregado com risco para as suas vidas, eventualmente alterou um império. Alguma coisa aconteceu. … Mas o quê?

Até o notável e céptico académico do Novo Testamento, Bart Ehrman, nota que: “Podemos afirmar com certeza absoluta que, algum tempo depois, alguns dos Seus discípulos insistiram … que Ele lhes havia aparecido, convencendo-os de que Ele havia ressuscitado dos mortos.” E.P Sanders escreve que “Segundo o meu julgamento, que os seguidores de Jesus (e mais tarde Paulo) tiveram experiências de ressurreição é um facto. O que eu não sei é o que foi que gerou estes experiências.”

Rudolph Bultmann, tido como um dos mais influentes académicos do Novo Testamento, escreve que: “Tudo o que o criticismo confirmou foi que os primeiros discípulos vieram a acreditar na ressurreição.” Luke Johnson, académico do Novo Testamento na Universidade Emory, prossegue dizendo que “Para gerar o tipo de movimento que o Cristianismo primitivo foi, é preciso que ocorra algum tipo de experiência poderosa e transformadora.”

Dale C. Allision, outro proeminente académico do Novo Testamento e historiador do Mundo Antigo nota que: “Estou certo que os discípulos viram Jesus depois da Sua morte”. O que torna este caso ainda mais convincente é que estes mesmos seguidores, e até os cépticos Paulo e Tiago, seguiram até à morte proclamando que Jesus realmente lhes tinha aparecido (exceptuando João que foi exilado na ilha de Patmos). O que é que pôde alterar de forma tão drástica a vida de tantos homens? Nada disto pode ser atribuído a mitos.”

Motivo 14: A ressurreição dos mortos de Jesus é única.

Como um evento histórico dentro do contexto Judaico do primeiro século, a ressurreição de Jesus é um evento único. Os alegados paralelos que os mitologistas parecem criar entre Jesus e os deuses pagãos são espúrios. Como diz o académico Bart Ehrman, “nada na história deles [Hèrcules e Osíris] fala em morte e ressurreição” e “É verdade que Osíris ‘regressa’ à terra….. Mas isto não é uma ressurreição do seu corpo visto que o mesmo permanece morto. Ele mesmo encontra-se em Hades, regressando ocasionalmete para fazer o seu aparecimento na Terra.”

T.D. Mettinger escreve: “não existiam ideias de ressurreição associadas a Dumuzi / Tammuz” e “A categoria de deuses que morrem e ressuscitam, tal como propagada por  Frazer, ja não pode ser confirmada.” Edwin Yamauchi diz: “não há qualquer ressurreição de Marduk ou de Dionísio …… não houve uma genuína ressurreição de Tammuz.”

Jonathan Z. Smith na ‘The Encyclopaedia of Religion‘ diz: “Não há uma instância histórica não-ambígua duma divindade que morre e que ressuscita.” T.N. Mettinger da Universidade de Lund diz que “Embora estudada favoravelmente segundo o pano de fundo da crença Judaica da ressurreição, a fé na morte e na ressurreição de Jesus retém a sua natureza única dentro da história das religiões. O enigma permanece.”

O professor Ronald Nash acrescenta: “Alegações duma dependência do Cristianismo primitivo em relação ao Mitraísmo foram rejeitadas por diversos motivos. O Mitraísmo não tinha um conceito da morte e da ressurreição do seu deus, e em lugar algum fala dum conceito de renascimento – pelo menos não durante as suas fases iniciais.”

O proeminente teólogo Norman Geisler escreve que existem diferenças enormes nas ressurreições de Osíris e de Jesus:

O único relato conhecido duma deus a sobreviver a morte que predata o Cristianismo é o do deus Egípcio Osíris. Neste mito, Osíris é cortado em 14 bocados, espalhado por todo o Egipto, e mais tarde remontado e trazido de volta à vida por parte da deusa Ísis. No entanto, Osíris não chega a regressar para uma vida física mas permanece como membro do submundo sombrio.…Isto é muito diferente da descrição da ressurreição de Jesus.”

Podemos ver os peritos mais importantes deste campo a ressalvar de forma unânime que os alegados paralelos nem chegam a ser paralelos, mas sim comparações forçadas e espúrias a todos os níveis. Não só isso, mas todos estes alegados deuses pagãos chegaram depois do Cristianismo, e desde logo, os Cristãos da Palestina do primeiro século nunca poderiam ter sido os plagiadores. O único alegado paralelo que precede o advento do Cristianismo primitivo é o do deus Egípcio Osíris, mas como já vimos, e como ressalvou Norman Geisler, não há qualquer ligação lógica entre isso e o Jesus Histórico.

Motivo 15: A noção de Jesus ser uma cópia de Mitras é rejeitada pelos académicos.

Algumas pessoas alegam que Jesus á uma cópia de Mitra, fundamentado as suas alegações  nas comparações que se seguem.

1. Mitra sacrificou-se.
2. Ele ressuscitou.
3. Ele tinha discípulos.
4. Mitra nasceu no dia 25 de Dezembro.
5. Ele foi chamado de “O Messias”.
6. Ele nasceu duma virgem.

Tudo isto é bastante duvidoso visto que pouco se sabe sobre o Mitraísmo (porque nenhum texto foi alguma vez encontrado, e nenhum existe). Tudo que sabemos chega-nos da arqueologia sob a forma de centenas de mithraea que foram descobertas, e sob a forma de escritos de Cristãos e de outros pagãos do 2º e do 3º século.

Segundo: os estudiosos não encontraram evidência clara de Mitraísmo até meados do 1º século, isto é, depois do estabelecimento do Cristianismo. Logo, os Cristãos primitivos nunca poderiam ter copiado coisa alguma visto não existia nada para copiar.

Terceiro: as comparações são espúrias a todos os níveis. Para começar, Mitra não se sacrificou de maneira nenhuma e ninguém sabe de forma exacta SE ou COMO foi que ele morreu. Os académicos parecem acreditar que Mitra foi morto por um touro e esta matança por parte do touro parece ser a fonte do ritual Mitraísta conhecido como o  taurobolium – a matança do touro e a permissão de se deixar que o sangue ensope o adorador.

Diga-se de passagem que podem existir paralelos entre este ritual e o sacrifício de animais Judaico, ou a Eucaristia Cristã, mas a referência mais antiga a este ritual é datado de meados do 2º século, e estas comparações, mesmo que estejam certas, são mais recentes que o Cristianismo. Como salientou Ronald Nash: “De facto, existem evidências inscripturais provenientes do 4º século AD que, longe de terem influenciado o Cristianismo, aqueles que usavam o taurobolium foram influenciados pelo Cristianismo.”

Da mesma forma que não temos qualquer evidência de Mitra a morrer, também não temos qualquer evidência dele a ressuscitar – especialmente não da mesma forma que Jesus ressuscitou. A alegação de que Mitra tinha discípulos está incorrecta; não existem evidências dele ter existido como figura histórica, e não existem evidências dele alguma vez ter tido discípulos. Ele era visto como um deus e não como um ser humano.

Quarto: Mitra não nasceu duma virgem (a menos que olhemos para as rochas como virgens). Tal como Clauss, professor de História Antiga na “Free University of Berlin” explicou no seu livro ‘The Roman Cult of Mithras‘: “Segundo podemos saber, a sequência de imagens provenientes da descrição mítica da vida e explorações de Mitra têm início no nascimento do deus. Neste ponto as fontes são escassas mas inequívocas: Mitra era conhecido por ser um deus nascido duma rocha.”

Quinto: Encorajo qualquer pessoa a avançar-me com evidências de Mitra a ser chamado de “Messias” visto que não existem evidências em favor desta alegação. Tal como  concluiu Gary Lease, Professor na Universidade da Califórnia: “Depois de quase 100 anos de trabalho incessante, a inevitável conclusão é de que nem o Mitraísmo nem o Cristianismo foram uma influência óbvia e directa um para o outro”.

O académico Edwin Yamauchi salienta: “Não sabemos nada sobre a morte de Mitra…. Temos muitos monumentos, mas quase nem temos evidências textuais devido ao facto desta ser uma religião secreta. Mas não conheço referência alguma a uma suposta morte e ressurreição.”

Motivo 16: A noção de Jesus ser uma cópia de Hórus é rejeitada pelos académicos, e eis o porquê.

Algumas pessoas alegam que Jesus é um cópia de Hórus, avançado com as comparações que se seguem:

1. Hórus nasceu no dia 25 de Dezembro
2. Mary [Maria], a Mãe de Jesus, é uma cópia do relato de Hórus.
3. Hórus nasceu duma virgem.
4. Três sábios vieram adorar o “salvador” recém-nascido.
5. Era um salvador.
6. Tornou-se num professor com a idade de 12 anos.
7. Tal como Jesus, Hórus foi “baptizado”.
8. Teve um “ministério”.
9. Teve 12 “discípulos”.
10. Foi crucificado, esteve enterrado durante 3 dias, e foi ressuscitado depois de 3 dias.

Hórus nasceu no mês de Khoiak, que seria equivalente a Outubro ou a Novembro, e certamente que não seria o dia 25 de Dezembro tal como alegam os mitologistas. É importante salientar que nós não sabemos quando foi que Jesus nasceu, e quase de certeza que não foi no dia 25 de Dezembro. Consequentemente, este alegado “paralelo” tem que ser rejeitado imediatamente.

Segundo: Hórus teve como mãe Isis, e não há qualquer menção dela alguma vez vir a ser chamada de “Mary” por alguém, em parte alguma. Pior ainda para quem usa isto como paralelo é o facto de “Mary” ser a forma Anglicizada do seu verdadeiro nome, que é na verdade Miryam or Miriam; desde logo, “Mary” não foi usado nos manuscritos originais.

Terceiro: Isis não era virgem, mas sim a viúva de Osíris com quem havia concebido Hórus. O que lêmos é que “[Isis] causou a que se levantasse o desamparado membro [pénis] daquele cujo coração estava amparado, ela extraiu dele a sua essência [esperma], e ela fez daí que surgisse um herdeiro [Hórus].(Encyclopaedia Mythica)

Quarto: Não há qualquer registo de três reis a visitar Hórus aquando do nascimento deste último. Isto torna-se ainda mais erróneo se levarmos em conta que os relatos do Evangelho nunca declaram o número de reis que vieram ver Jesus aquando do Seu nascimento. Este paralelo provavelmente é mais uma criação da mente do mitologista visto que não podemos esquecer que, quando Ele nasceu, foram oferecidos a Jesus três presentes distintos (ouro, incenso e mirra), e desde logo, ele [o mitologista] conclui que eram três reis. Sugiro a qualquer pessoa que leia os Evangelhos em Mateus 2:1-12.

Quinto: Hórus não era de maneira alguma um salvador, e ele nem chegou a morrer pelos outros como Jesus fez.

Sexto: Desafio qualquer pessoa a encontrar uma única evidência de Hórus a ser identificado como professor com a idade de 12 anos; não há, e nenhum académico encontrou alguma.

Sétimo: Hórus não foi “baptizado” – pelo menos não da forma como Jesus foi baptizado por João Baptista no Rio Jordão. O único relato de Hórus que envolve água é aquela onde Hórus é despedaçado, o que levou a Isis a requisitar ao deus-crocodilo que o pescasse das águas. Soa mesmo como o baptismo, certo?

Oitavo: Não temos evidência alguma de Hórus a ter um “ministério”, especialmente não um como o de Jesus.

Nono: Hórus não tinha 12 discípulos. Segundo os dados, Hórus tinha 4 semi-deuses que o seguiam, e existem alguns indícios de 16 seguidores humanos e um número desconhecido de ferreiros que foram para a guerra com ele. Devido a isto, eu pergunto: onde estão esses “12 discípulos”?

Décimo: existem várias descrições da forma como Hórus morreu, e nenhuma delas envolve uma crucificação.

Por fim: Não temos qualquer registo de Hórus a ser enterrado durante 3 dias, e também não temos qualquer registo de Hórus a ressuscitar – pelo menos não na forma Corporal como Jesus.  Não há qualquer registo de Hórus a sair do túmulo com o mesmo corpo com que foi enterrado. Alguns relatos falam de Hórus/Osiris a ser trazido de volta para a vida e tornando-se posteriormente o senhor do submundo.

Todos estes alegados paralelos são, na melhor das hipóteses, espúrios. Encorajo todas as pessoas que lêem este texto a separarem uma hora das suas vidas para pesquisar a discussão Hórus-Jesus. Acabarão por ficar a coçar a cabeça tal como aconteceu comigo.

Motivo 17: A noção de que Jesus é uma cópia de Dionísio foi rejeitada pelos estudiosos, e eis porquê.

Algumas pessoas alegam que Jesus é uma cópia de Dionísio, e listam os seguintes paralelos:

1. Dionísio nasceu duma virgem.
2. Ele nasceu no dia 25 de Dezembro.
3. Transformou água em vinho.

O ponto 2 pode ser imediatamente colocado de parte porque não sabemos quando foi que Jesus nasceu. De qualquer forma, Dionísio está associado ao regresso sazonal da Primavera.

Segundo: Existem duas histórias comuns em relação ao nascimento de Dionísio. Uma envolve o deus Zeus – que é o seu pai – a engravidar uma mulher mortal com o nome de Semele, ou a engravidar Perséfone (Rainha Grega do submundo). Isto não está relacionado com um nascimento virginal. Na outra narrativa não só não há qualquer nascimento virginal, como ela parece ter sido copiada da Bíblia visto que está a descrever o que o Livro de Génesis havia dito milhares de anos antes. Nesta narrativa do nascimento de Dionísio é descrita a presença de anjos caídos e deles a engravidar mulheres humanas.

Portanto, quem é que está a copiar?

Todos nós estamos familiarizados com a história de Jesus a transformar água em vinho, mas será isto uma cópia do deus Dionísio? Primeiro, Dionísio deu ao Rei Midas a capacidade de transformar em ouro o que quer que ele tocasse. Semelhantemente, ele deu às filhas do Rei Anius o poder de transformar em vinho, milho ou óleo tudo o que elas tocassem. Mas nada disto pode ser surpreendente visto que Dionísio era o deus do vinho. No entanto, existem histórias de Dionísio a preencher de modo sobrenatural  vasos vazios com vinho, mas o acto explícito de transformar água em vinho não ocorre.

Motivo 18: A noção de Jesus ser uma cópia de Krishna foi rejeita pelos estudiosos, e eis o porquê.

Alguns alegam que Jesus é uma cópia de Krishna, listando as comparações que se seguem:

1. Krishna nasceu duma virgem.
2. Ocorreu um massacre infantil.
3. Havia uma estrela no Oriente que orientou os sábios até ao seu local de nascimento.
4. Krishna foi crucificado.
5. Ele ressuscitou.
6. O pai de Krishna era um carpinteiro, tal como o pai de Jesus.

Para começar, nenhum nascimento virginal é alguma vez atribuído a Krishna. De facto, antes dele, os seus pais tiveram sete filhos. Alguns mitologistas alegam que Krishna nasceu da virgem Maia, no entanto o que nós apuramos é que isto está incorrecto visto que, segundo os textos Hindus, Krishna é o sétimo filho da Princesa Devaki e do seu marido Vasudeva.

Nos Evangelhos, vêmos que  o Rei Herodes sentiu-se ameaçado com o nascimento de Jesus. e devido a isso, recorreu à matança dos bebés de Belém. Será isto uma cópia duma narrativa relativa a Krishna? O que ficamos a saber é que os seis filhos prévios de Devaki foram assassinados pelo seu primo – o Rei Kamsa – devido a uma profecia que antecipava a sua [do Rei Kamsa] morte pela mão dum dos filhos de Devaki. Esta narrativa diz que Kamsa apenas atacou os filhos de Devaki e que nunca emitiu uma ordem de matança aos bebés do sexo masculino – totalmente diferente dos relatos dos Evangelhos. Eis o que ‘Bhagavata, Bk 4, XXII:7‘ diz:

E portanto, seis filhos nasceram de Devaki e também Kamsa matou estes seis filhos consecutivamente à medida que eles iam nascendo.

Terceiro: o que dizer da estrela e dos sábios? Isto é logicamente uma falácia visto que Krishna nasceu numa prisão e não num estábulo; os seus país deram-lhe à luz em segredo.

Algumas pessoas chegaram a alegar que Krishna foi crucificado tal como Jesus foi, mas a crucificação não chega a ser mencionada uma única vez no texto Hindu. No entanto, é-nos dita a forma exacta como Krishna morreu. A narrativa diz que ele estava a meditar na floresta quando foi acidentalmente atingido no pé pela seta dum caçador.

E a ressurreição? Antes de mais, convém ressalvar que não temos qualquer tipo de evidência de que Krishna desceu ao túmulo durante 3 dias, voltando mais tarde a aparecer a várias testemunhas como Jesus – paralelo que os mitologistas dizem que existe. Em vez disso, o relato diz que Krishna regressa imediatamente à vida, e que ele fala só para o caçador como forma de o perdoar pelas suas acções.

Independentemente disso, existem diferenças óbvias entre a ressurreição de Jesus e os aparecimentos de Krishna ao caçador que o matou:

• A ressurreição de Jesus derrotou o poder do pecado e da morte; a ressurreição de Krishna não teve efeito real nenhum sobre a humanidade.

• Jesus apareceu a aproximadamente 500 testemunhas no Novo Testamento; Krishna só apareceu ao caçador.

• Jesus ressuscitou dos mortos 3 dias mais tarde; Krishna regressou imediatamente para a vida.

• Jesus não ascendeu imediatamente ao Céu mas fê-lo depois da Grande Comissão; Krishna “ascendeu” imediatamente para a vida depois da morte.

• Jesus sabia o que estava em vias de acontecer; Krishna não sabia antecipadamente os detalhes sobre a sua morte.

• Jesus ascendeu para um domínio físico (Céu); Krishna transcendeu para um estado mental (ou região inconcebível). Os conceitos de Céu (Cristianismo) e Nirvana (Hinduísmo) são muito distintos.

Por fim, era o pai de Krishna, Vasudeva, um carpinteiro tal como o era o pai Terreno de Jesus? De facto, é verdade que se diz que o pai de Krishna era também um carpinteiro, mas nada disto está evidente dentro dos textos Hindus. O que nos é dito é que Vasudeva era um fidalgo na corte de Mathura visto que ele era casado com a Princesa Devaki. No entanto, quando Krishna fugiu da ira de Kamsa com os seus pais adoptivos, é-nos dito que o seu pai-adoptivo – Nanda – era um pastor de vacas:

Tu és o mais amado de Nanda, o Pastor de Vacas (Bhagavata, Bk 8, I, pg 743).

Motivo 19: A noção de que Jesus é uma cópia de Átis é rejeitada pelos académicos, e seguidamente vamos ver o porquê.

Algumas pessoas alegam que Jesus era uma cópia de Átis, citando as seguintes comparações:

1. Átis nasceu duma virgem
2. Nasceu no dia 25 de Dezembro.
3. Foi crucificado.
4. Ressuscitou.

Antes de alguma coisa ser levada em consideração, os relatos que temos de Átis são muito abrangentes e, como tal, não são muito fiáveis. De qualquer forma, podemos ver que Átis não nasceu duma virgem. De facto, segundo esta lenda, Agdistis surge da Terra como descendente de Zeus. Agdistis dá à luz o Rio Sangario que gera a ninfa, Nana, que ou tem um amêndoa junto ao seu peito e engravida da amêndoa, ou se senta por baixo duma árvore onde uma amêndoa cai no seu colo e engravida-a.

Mais tarde, Nana abandona a criança que é, então, criada por uma cabra. Somos levados a assumir que Átis foi concebido a partir duma semente de amêndoa que caiu duma árvore como consequência do sémen derramado de Zeus – e não um nascimento virginal.

Mais uma vez, e tal como dito repetidamente, o dia 25 de Dezembro não tem qualquer significado visto não sabermos quando foi que Jesus nasceu, e desde logo, qualquer paralelo não pode ser, logicamente, um paralelo pagão.

Terceiro: o que dizer da crucificação? Mais uma vez podemos ver que este é um paralelo falso uma vez que Átis castra-se a si mesmo por baixo duma árvore e morre de se esvair em sangue até à morte. Átis castrou-se depois de ter sido enlouquecido antes do seu casamento com Agdists. Subsequentemente, o seu sangue flui pelo chão (proveniente do seu pénis cortado) e gera um trecho de violetas. De que forma é que crucificação é aludida aqui?

Quarto: Será que Átis ressuscitou tal como Jesus ressuscitou? Existem relatos distintos em relação a isto. Numa das narrativas ficamos a saber que Agdistis é sobrepujada de remorso pelo que fez (ter causado a que Átis se castra-se e morresse devido a isso), e como tal, pede a Zeus que preserve o corpo de Átis de forma que ele nunca entre em decomposição. Onde está a ressurreição?

Noutro relato, Agdistis e a Grande Mãe Terra carregam o pinheiro de volta para a caverna onde ambas choram a morte de Átis. Não só não ocorre ressurreição alguma, como temos também o facto das histórias em torno duma ressurreição só surgirem muito mais tarde quando Átis é transformado num pinheiro. Ser transformado num pinheiro é diferente de Jesus ressuscitar fisicamente dos mortos. Actualmente, é por demais óbvio que Jesus não é uma cópia do deus pagão Átis.

Motivo 20: A noção de Jesus ser uma cópia de Buda (Gautama) é rejeitada pelos académicos, e seguidamente vamos ver o porquê.

Algumas pessoas alegam que Jesus é uma cópia de Buda, fornecendo as seguintes comparações como evidência:

1. Buda nasceu duma virgem.
2. Aquando do nascimento de Buda, estavam presentes alguns sábios.
3. Foram oferecidos (como presentes) ouro, incenso e mirra.
4. Buda nasceu no dia 25 de Dezembro.
5. Buda era de descendência real, tal como Jesus.
6. Buda foi crucificado.

Antes de mais, Buda não nasceu duma virgem mas sim de Suddhodana e da sua esposa de 20 anos, Maya. Outro motivo para se rejeitar a alegação de que Maya era virgem é devido ao facto dela ser a esposa favorita do rei.  Os “Actos de Buda” revelam Maya e o seu marido Suddhodana a ter relações sexuais (“os dois experimentaram as delícias do amor…..”).

Segundo: parece não haver qualquer menção a sábios nos textos Budistas, e nem parece haver menção a presentes específicos (ouro, incenso e mirra). O que é, no entanto, mencionado nos escritos pós-Cristianismo é que os deuses (e não sábios) deram a Gautama sândalo, chuva, nenúfares, e flores de lótus como presentes – que são símbolos Budistas que não estão minimamente relacionados com o Cristianismo. Isto não é minimamente surpreendente visto que na cultura Budista os nascimentos reais são frequentemente celebrados com festivais e com ofertas.

Mais uma vez, não sabemos quando foi que Jesus nasceu, e como tal, não pode existir um paralelo. No entanto, e a quem interessar, o nascimento de Buda é celebrado pelos seguidores no mês primaveril de Vesak.

Ao contrário de Jesus, Gautama era um descendente real directo nascido numa situação privilegiada, enquanto que Jesus era um Descendente Distante do Rei David nascido na pobreza; eles são fundamentalmente opostos.

Não parece existir qualquer tipo de menção a uma crucificação em qualquer fonte Budista, De facto, é-nos dito que, a verdade, Gautama morre de causas naturais com 80 anos. Os seus seguidores acompanham-no até a um rio e dão-lhe uma cama:

‘Sejam suficientemente bondosos e estendam uma cama para mim…. visto que estou cansado e quero deitar-me…..’ Então [Buda] caiu num profundo sono de meditação, e atravessou as quatro jhanas e entrou no Nirvana.

Motivo 22: A noção de Jesus ser uma cópia paralela de Zoroastro é rejeitada pelos académicos, e eis aqui o porquê.

Algumas pessoas alegam que Jesus é uma cópia de Zoroastro, e avançam com os seguintes paralelos:

1. Zoroastro nasceu duma virgem.
2. Foi tentado no deserto.
3. Deu início ao seu ministério com a idade de 30 anos, tal como Jesus.
4. Sacrificou-se pelos pecados da humanidade.

Não há qualquer menção a uma nascimento virginal nos textos Zoroastrianos, e os eventos em torno do nascimento de Zoroastro não parecem ter qualquer tipo de relação com Jesus. De facto, existem duas narrativas em torno do seu nascimento. Numa das narrativas, os pais de Zoroastro – Dukdaub e Pourushasp – são um casal normal que concebeu através de métodos naturais. É dito que Zoroastro riu-se aquando do seu nascimento, como também é dito que ele tinha em redor dele uma aura visível e brilhante:

[Zoroastro] havia chegado à posterioridade..…que são Pourushasp, o seu pai, e Dukdaub, que é a sua mãe. E também no momento em que ele estava nascer, e durante a sua vida, ele produziu um esplendor, uma incandescência e um brilho a partir do lugar da sua habitação. (Denkard, Bk 5 2:1-2)

Noutra narrativa, que é um texto mais tardio, é acrescentado um embelezamento por parte dos seus seguidores Zoroastrianos. Nesta narrativa, é-nos dito que Ahura Mazda (a principal divindade do Zoroastrianismo) implantou a alma de Zoroastro na planta sagrada Haoma e através do leite da planta Zoroastro nasce. Em parte alguma o nascimento virginal está presente.

Mas será que Zoroastro foi também tentado por um espírito maligno como forma de renunciar a sua fé através da promessa de receber poder sobre as nações tal como Jesus foi? Esta história é evidente em Vendidad, um texto Zoroastriano que lista a leis relativas aos demónios. No entanto, este texto foi escrito muito depois da Vida de Jesus – cerca de 250 a 650 AD. Devido à sua data tardia, os Cristãos primitivos nunca poderiam ter copia algo presente nestes textos. De qualquer das formas, o que nós lêmos é muito parecido com os 40 dias no deserto por parte de Jesus. Em ‘Vendidad Fargad 19:6‘ lêmos:

E o Criador do mundo maligno, Angra Mainyu, disse-lhe: ‘Não destruas as minhas criaturas, Ó santo Zaratustra… Renuncia à boa Religião dos adoradores de Mazda, e  obterás um benefício tal…..como o governante das nações.’

Tal como Jesus, acredita-se que Zoroastro começou a ensinar com a idade de 30 anos. Embora tecnicamente Zoroastro tenha saído da sua reclusão e tenha dado início aos seus ensinamentos quando tinha 30 anos de idade, ele foi evitado e ignorado durante 12 anos até que a sua religião foi aceite pelo Rei Vishtaspa. No entanto, a narrativa em redor de Jesus varia de modo considerável; Jesus atraiu seguidores instantaneamente.

Acredita-se que Zoroastro foi morto quando tinha 77 anos enquanto que Jesus foi Morto quando tinha 33 anos. Isto torna-se ainda mais espúrio quando se sabe que Zoroastro só é mencionado em textos mais tardios datados de 225 AD – isto é, quase 200 anos depois do Cristianismo já estar em circulação. Logo, quem copiou quem? Certamente que não foram os Cristãos primitivos.

Por fim: foi a morte de Zoroastro espiritualmente significativa? Acredita-se que Zoroastro foi morto quando tinha 77 anos depois de ter sido chacinado por invasores Turanianos num dos altares dum dos seus templos, mas este aspecto da sua vida é motivo de debate entre os estudiosos. De qualquer das formas, a sua morte nunca foi vista como expiação de pecado ou vista de alguma forma espiritual.

Motivo 23: Resumidamente, a crucificação de Jesus é única, quando comparada a outras divindades.

No seu livro ‘The World’s Sixteen Crucified Saviors’, Kersey Graves lista os nomes das divindades que se seguem como se tivessem sido divindades crucificadas (o que, desde logo, implica que a crucificação de Jesus é pagã). Iremos agora analisar estas “crucificações” para ver se elas são realmente crucificações. Se, na verdade, elas foram crucificações, então temos que compará-las com a crucificação de Jesus e ver se é a mesma coisa.

Mitra – Foi levado, vivo, para o céu numa carruagem; isto não é uma  crucificação.

Bali – Existem vários relatos sobre a sua morte. Uma delas diz que ele foi fisicamente forçado para o submundo depois de ter sido enganado por Vamana, um avatar de Vishnu. Noutros relatos, diz-se que Bali foi libertado e foi feito membro da realeza. Nenhuma crucificação ocorre em ambos os relatos

Rómulo – Ele não foi crucificado, mas diz-se que ele foi levado para o céu ainda vivo.

Quirino – Não existem registos dele a morrer.

Iao e Wittoba – Não parece existir informação relativa à morte destes duas figuras nas fontes originais.

Orfeu – Ele não foi crucificado mas diz-se que foi morto por uma das bacantes frenéticas de Dionísio depois de se recusar a adorar outro deus que não Apolo.

Bel – Ele é frequentemente associado a Zeus, e não existem registos que pareçam indicar a sua morte.

Prometeu – Ele foi acorrentado a uma montanha como castigo por parte de Zeus e diariamente  uma águia comia o seu fígado. Mais tarde, Hércules libertou-o. Não houve crucificação.

Indra – Existem relatos distintos da morte de Indra. Num dos relatos ele foi engolido vivo por uma serpente chamada Vritra, que mais tarde o cospe a mando dum dos deuses. Uma vez que Indra foi salvo pelos deuses, não houve morte e nem crucificação.

Dionísio – Não houve crucificação; em vez disso, ele foi comido vivo pelos Titãs durante a sua infância.

Esus/Hesus – Os seus seguidores iriam participar em sacrifícios humanos enforcando as vítimas nas árvores depois da evisceração. Não há qualquer menção a uma crucificação.

Átis – Sangrou até a morte depois de se castrar.

Alcestis – Ela concorda em morrer pelo seu marido depois deste último ter feito um acordo com os deuses. Quando chega o momento, diz-se que Alcestis se encontra na sua cama. Os deuses ficam tocados com a sua devoção, ficam com pena dela, e reunem-na com o seu marido. Não há indicação duma crucificação.

Tammuz – Ele foi alegadamente morto por demónios enviados por Ishtar depois dela o ter encontrado no trono dela. Não há cruficificação.

Krishna – Como vimos em cima, sabemos que Krishna não foi crucificado visto que ele foi atingido no pé por uma seta no preciso momento em que meditava.

Osiris – Ele foi enganado por Set, selado dentro dum cofre, e largado no Rio Nilo. O método de crucificação nem sequer havia sido inventado por esta altura.

Questzalcoatl – Ele nunca foi crucificado. Numa das narrativas, ele imolou-se devido à culpa que sentia por ter dormido com uma sacerdotisa celibatária.  Noutra narrativa é-nos dito que ele foi queimado vivo com um fogo enviado pelos deuses.

Em conclusão:

Sou de opinião de que o prego foi espetado de forma bem profunda no caixão do mitologista. O que nós vêmos nos argumentos dos mitologistas são paralelos espúrios que são todos duma época posterior ao Cristianismo. Devido a isso, não é possível  que os Cristãos tenham copiado o que quer que seja, sendo até mais provável (tal como observamos explícitamente no caso de Zoroastro) que as religiões pagãs secretas tenha copiado de Jesus.

Temos também o caso da vasta maioria dos estudiosos das áreas de especialização relevantes não verem qualquer paralelo entre o Jesus da História e as religiões secretas. Não só os académicos vêem isso, mas salientam também que o Jesus Histórico é Uma Personagem Histórica Única, e que olhar para Ele através do contexto Judaico do 1º Século faz com que qualquer interpolação de paralelos pagãos muito pouco provável.

Os Judeus não só eram monoteístas rigorosos, como moldavam a sua comunidade segundo esta crença. Vêmos também nos Evangelhos que não só os Judeus tinham uma opinião muito negativa dos pagãos Romanos, como também que durante o período do Antigo Testamento olhavam para as religiões pagãos circundantes como repugnantes. Isto leva-nos a ver que estas pessoas eram muito pouco susceptíveis de incorporar elementos pagãos no seu sistema de crenças.

Vimos também que se Jesus é um cópia pagã, Ele seria muito mais previsível, coisa que Ele não é; Ele é totalmente Único no Seu ministério e no impacto que Ele teve no mundo.

Estes são apenas alguns dos motivos que fazem com que os argumentos dos mitologistas estejam mortos e enterrados, estado em que já estão há muito tempo. Tal como escreveu Mettinger a dada altura, “Começando nos anos 1930……desenvolveu-se um consenso de que “deuses que morrem e ressuscitam” morriam mas já não voltavam à vida. Aqueles que pensam de maneira distinta são vistos como membros residuais duma espécie quase extinta..”

Recursos adicionais:  Mike Licona vs. Dorothy Murdock  (Revisão do debate)

http://goo.gl/WjtdcN

About Mats

"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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45 Responses to 23 motivos que levam os estudiosos a rejeitar a noção de que Jesus é uma “cópia” de mitos pagãos

  1. tglaucio says:

    Não entendo porque tanto argumento para algo que não há dúvidas que existiu. não obstante eu acreditar que Jesus é; não engulo uma grama do que aqui foi dito, não precisa nem ser estudioso para entender e ver a olho nu, a semelhança do nascimento e morte do bíblico Jesus com os com os Deuses Romanos e outros: o 25 de dezembro como data de nascimento, e advindo de uma Virgem pura, não tendo eu aqui neste debate, nem ter o trabalho de mencionar a quais mitos pertencem estas passagens que todos já conhecem este é o fermento do homem, basta ver no que estar se tornando a fé evangélica hoje em dia é justamente por causa destas heresias introduzidas na Lei, pura materialidade, que vemos hoje: “tenho uma casa, dois apartamentos, dois carros na garagem… tudo jesus me deu”. Conhecereis a árvore pelos seus frutos.

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    • Ivan Anacleto says:

      Infelizmente não a provas históricas da existência de Jesus a não ser as descritas nos textos Bíblicos. Ainda existe sim o debate se ele existiu ou não, mesmo muitas igrejas cristãs e evangélicas não se apegam em se ele viveu ou não, se ele existiu ou não, elas se apegam a tentam passar a palavra e os ensinamentos derivados dela.

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      • Lucas says:

        Infelizmente não a provas históricas da existência de Jesus a não ser as descritas nos textos Bíblicos.

        Não sabia que Tácito era um “texto Bíblico”, mas tudo bem.

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      • Ivan Anacleto

        Além de Tácito (Citado pelo Mats/Lucas) temos Flavio Josefo (Judeu), Plínio (Romano), Suetônio (Romano), Luciano de Samosata (Grego), Mara Bar-Serapião (Sírio) isso sem contar a urna AUTÊNTICA de Tiago e os manuscritos Gnósticos do primeiro século (Apócrifos que não fazem parte do Cânon Bíblico.)

        Precisa se atualizar amigo, sair do seu “quadrado” e aprender mais sobre o mundo que o cerca.
        Há muito mais evidências da existência de Jesus do que de Alexandre o grande ou Platão.
        Tu duvidas da existência deles também?

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      • jephsimple says:

        Há mais evidências para a historicidade de Jesus, EQMS e eventos “paranormais” do que para a transformação de um “lobo” em uma baleia. Do que para origem materialista da vida.

        O que temos não é uma verificação objetiva por parte dos materialista… Não passa de uma mente seletiva…

        É uma mente muito mais cética com relação a esses fatos suportado por evidências do que com sua posição (“macroevolução” e origem da vida por exemplo) materialista sem evidências.

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      • Ivan Anacleto says:

        Públio Cornélio Tácito
        Nascimento 55 – Morte 120

        Flávio Josefo (Yosef ben Mattityahu)
        Nascimento 37 (ou 38) – Morte 100

        Plínio, o Jovem (Caio Plínio Cecílio Segundo)
        Nascimento 61 – Morte 114

        Suetónio
        Nascimento 69 – Morte 141

        Luciano de Samósata
        Nascimento 125 – Morte depois 181

        Mara Bar-Serapion
        Sua carta, publicada pela primeira vez no século XIX por William Cureton, é datada a uma época posterior ao ano 73 d.C., mais ou menos 40 anos depois da crucificação de Jesus. Há uma possibilidade de ter sido escrita no século III d.C.

        Jesus de Nazaré
        Nascimento 7-2 aC – Morte 30-33 dC

        Autenticidade e confiabilidade muita é só lembrar o que acontecia com pessoas que contradiziam o império, lembram começa com cruz e termina cificação -_-

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      • Lucas says:

        Ivan Anacleto, tu não fazes ideia nenhuma de como funciona a história. Mas, para tu veres o teu erro, cita-nos aí uma fonte da existência de Alexandre o Grande. Depois diz-nos de que data é essa fonte.

        Fico à espera. Se o teu próximo comentário não lidar com esta pergunta específica, ele vai ser apagado.

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      • JPM says:

        cita-nos aí uma fonte da existência de Alexandre o Grande.

        Estava a ver que o argumento do Alexandre o Grande nunca mais aparecia.

        Vou aqui colocar o link directo para o artigo “contra-argumento” ao que queres argumentar (parece que é um argumento bastante utilizado):

        http://debunkingchristianity.blogspot.pt/2013/04/alexander-great-jesus-and-david.html

        Para além disso, também tens uma espécie de resumo das evidências físicas que há da existência do Alexandre (NOTA: não são palavras minhas)

        This idea generally stems from the fact that there are no surviving written primary sources about Alexander. Most of the ancient records we have date were written several centuries after Alexander’s death Wikipedia’s historiography article sums it up pretty well. HOWEVER, there are like two dozen cities named after him stretching from greece to india, coins from his reign, and inscriptions of his name dated to his reign. His generals are well known and many became kings and founded dynasties in their own right. Greek culture spread throughout the middle east leaving a host of archealogical evidence as a direct result of his conquests. Despite the lack of contemporary sources, there really seems to be an overwhelming amount of secondary evidence supporting Alexander’s existence.

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      • Lucas says:

        This idea generally stems from the fact that there are no surviving written primary sources about Alexander. Most of the ancient records we have date were written several centuries after Alexander’s death Wikipedia’s historiography article sums it up pretty well.

        Importante: a maior parte do que se sabe tem origem vários séculos depois da morte de Alexandre.

        HOWEVER, there are like two dozen cities named after him stretching from greece to india, coins from his reign, and inscriptions of his name dated to his reign

        E? Se houver cidades com o nome de deuses gregos, isso significa que eles são entidades históricas?

        His generals are well known and many became kings and founded dynasties in their own right.

        Muitos discípulos do Senhor Jesus são conhecidos, e muitos são amplamente citados por pessoas reais do primeiro e do 2ª século. E depois?

        Greek culture spread throughout the middle east leaving a host of archealogical evidence as a direct result of his conquests.

        O Cristianismo espalhou-se por todo o império Romano, deixando uma vasta gama de evidências arqueológicas que são um resultado directo da Vida de Jesus de Nazaré.

        E daí?

        Despite the lack of contemporary sources, there really seems to be an overwhelming amount of secondary evidence supporting Alexander’s existence.

        Oh, “secondary evidence” dizes tu? Compara as “secundary evidences” da vida de Alexandre com a Vida do Senhor Jesus. Depois disso, e se tu és do pequeno grupo de pessoas que defende que Jesus de Nazaré não existiu (em contradição directa com o vosso amado “consenso” histórico) diz qual das duas têm um maior suporte evidencial.

        Resumindo:
        1. As fontes mais próximas da vida de Alexandre são de vários séculos depois da sua morte, enquanto que as do Senhor Jesus são, na pior das hipóteses, de 30, 50 ou 70 anos depois da Sua Morte.

        2. A vida dos seus generais serve de evidência para Alexandre, mas a vida dos Apóstolos não serve de evidência em favor da existência de Jesus de NAzaré.

        3. As fontes secundárias são válidas para Alexandre, mas não são válidas para o Senhor Jesus Cristo.

        Ou seja, os mitologistas são hipócritas. Mas isso é algo que os historiadores já haviam dito.

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      • Ivan Anacleto

        Públio Cornélio Tácito
        Nascimento 55 – Morte 120

        Viveu no mesmo período em que viveram as testemunhas oculares da Ressurreição de Cristo.

        Flávio Josefo (Yosef ben Mattityahu)
        Nascimento 37 (ou 38) – Morte 100

        Viveu no mesmo período em que viveram as testemunhas oculares da Ressurreição de Cristo.

        Plínio, o Jovem (Caio Plínio Cecílio Segundo)
        Nascimento 61 – Morte 114

        Viveu no mesmo período em que viveram as testemunhas oculares da Ressurreição de Cristo.

        Suetónio
        Nascimento 69 – Morte 141

        Viveu no mesmo período em que viveram as testemunhas oculares da Ressurreição de Cristo.

        Luciano de Samósata
        Nascimento 125 – Morte depois 181

        Viveu no mesmo período em que viveram os descendentes diretos das testemunhas oculares da Ressurreição de Cristo.

        Mara Bar-Serapion
        Sua carta, publicada pela primeira vez no século XIX por William Cureton, é datada a uma época posterior ao ano 73 d.C., mais ou menos 40 anos depois da crucificação de Jesus.

        Viveu no mesmo período em que viveram as testemunhas oculares da Ressurreição de Cristo.

        Há uma possibilidade de ter sido escrita no século III d.C.
        Mas a possibilidade maior é que ele foi escrita no ano 73 d.C (período em que viveram as testemunhas oculares da ressurreição de Cristo)

        Jesus de Nazaré
        Nascimento 7-2 aC – Morte 30-33 dC

        Pois é, período em que VIVEU o personagem REAL conhecido como Jesus Cristo (ou Jesus de Nazaré).

        Autenticidade e confiabilidade muita é só lembrar o que acontecia com pessoas que contradiziam o império, lembram começa com cruz e termina cificação -_-

        Hã???
        Que comentário mais desconexo foi esse?
        ………………………………………………………………………………………………………………………..

        Como vemos, o fato de existir relatos referente a Jesus, provindo de fontes NÃO CRISTÃS, datados no primeiro século, já mais que comprova sua existência histórica.

        Isso sem contar as cartas dos apóstolos, nos quais fazem parte da Bíblia hoje, onde o primeiro livro (Corintios, se não me engano) escrito por Paulo, datava 5 anos após a crucificação e Ressurreição de Jesus.

        Duvidar da existência histórica de Jesus, é duvidar da existência histórica de 99% dos outros personagens históricos, nos quais tiveram suas vidas relatadas tardiamente, como por exemplo Alexandre o Grande (1000 anos depois), Platão (1200 anos depois) e Aristóteles (1400 anos depois)

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  2. Ivan Anacleto says:

    Nem acredito que perdi tempo lendo isso. Basicamente a matéria fala que todos acadêmicos teístas que estudam Jesus sabem que ele existiu. Uau sério um crente falando que acredita em Jesus nossa essa é nova pra mim. Melhor citação “Nenhum historiador sério de qualquer classe religiosa ou não-religiosa duvida que Jesus de Nazaré viveu” (ou seja qualquer historiador que discorde da existência de Jesus não é um historiador sério). Nossa desmereceu o esforço e a perseverança de inúmeras pessoas de passar por um curso superior só pelo fato de não acreditar em Jesus… Parabéns. Só pérolas nesse artigo. O famoso Deus existe porque existe.

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    • Lucas says:

      Nem acredito que perdi tempo lendo isso. Basicamente a matéria fala que todos acadêmicos teístas que estudam Jesus sabem que ele existiu.

      Nme todos os académicos citados no texto são teístas. Acho que antes de comentares um post, tens que lê-lo primeiro.

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    • Marcelo says:

      Cara, mas como você diz besteira. Não tem vergonha de ser taxado de ignorante ao dizer tanta estupidez? Papai abasteceu seu estoque de Toddynho nesse fim de semana? Pelamor…

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      • Marcelo says:

        ps: o reply é para o Ivan Anacleto (o ateu toddynho). Não sei pq ficou abaixo do post do Mats. Se puderem arrumar, agradeço.

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      • Marcelo

        O formato de texto é por ordem de postagem. Se clicaste em “reply” após o Mats ter clicado, o seu comentário ficará, naturalmente, abaixo do dele.

        Por isso que nestes casos, antes de direcionar um comentário a alguém, eu coloco o seu nome na primeira linha (de preferencia em negrito), para evitar este tipo de confusão 😉

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      • Miguel says:

        Por isso que nestes casos, antes de direcionar um comentário a alguém, eu coloco o seu nome na primeira linha (de preferencia em negrito), para evitar este tipo de confusão

        Boa táctica. Eu normalmente cito as palavras da pessoa a quem estou a responder, usando o blockquote (tal como se vê na imagem que se segue).

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      • Ivan Anacleto says:

        Se eu sou ateu toddynho e você Crente self-service?
        Se você tem amigos ou parentes homossexuais que são abominação (Levíticos 18:22) e não pode ser perdoada em qualquer circunstância, se você deixa heresia passar, se você tiver contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levíticos 15:19-24), se você trabalha ou um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados Êxodo 35:2, se você come crustáceos ou moluscos seja uma abominação (Levíticos 11:10), se você tocar a pele de um porco morto te faz impuro (Levíticos 11:6-8), se você tem uma fazenda. Ele viola (Levíticos 19:19) plantando dois tipos diferentes de vegetais no mesmo campo. Sua esposa também viola (Levíticos 19:19) porque usa roupas feitas de dois tipos diferentes de tecido (algodão e poliéster) e também tende a xingar e blasfemar muito. E não apedrejá-los devidamente (Levíticos 24:10-16) você é Crente self-service.

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      • Lucas says:

        e você tem amigos ou parentes homossexuais que são abominação (Levíticos 18:22) (…) E não apedrejá-los devidamente (Levíticos 24:10-16) você é Crente self-service.

        Nenhuma referência ao Novo Testamento, tal como era de esperar. Só para te avisar que estás na lista negra. Mais um comentário demagogo, e tchau, voltas para o “ateu.net”

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  3. tglaucio says:

    “Os Judeus não só eram monoteístas rigorosos, como moldavam a sua comunidade segundo esta crença. Vemos também nos Evangelhos que não só os Judeus tinham uma opinião muito negativa dos pagãos Romanos, como também que durante o período do Antigo Testamento olhavam para as religiões pagãos circundantes como repugnantes. Isto leva-nos a ver que estas pessoas eram muito pouco susceptíveis de incorporar elementos pagãos no seu sistema de crenças.” (Frase extraída do post)

    E justamente não seria este um dos motivos pelos quais Eles os Judeus, não acreditaram que Jesus seria o Messias, e ou ainda de outra forma, não seria este ( a ‘mitologização’ ) o motivo pelo qual estes mesmos rejeitam A Jesus como Salvador? E se a premissa apontada em epígrafe é verdadeira , seria a Romanização do cristianismo uma prova de que a ‘repugnância judaica’ ao mito foi justamente provada pela aceitação do evangelho por Roma, este muito mas adaptado ao seus mitos já estabelecidos; do que aos Profetas da Lei?

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  4. Saga says:

    Vejo que tem dois rapazes aí que não leram o artigo completo ou estudaram a sério o assunto.

    “tglaucio says: 07/03/2015 at 16:32 […] não engulo uma grama do que aqui foi dito, não precisa nem ser estudioso para entender e ver a olho nu, a semelhança do nascimento e morte do bíblico Jesus com os com os Deuses Romanos”

    Que deus romano é igual a Cristo Jesus?

    “não tendo eu aqui neste debate, nem ter o trabalho de mencionar a quais mitos pertencem estas passagens que todos já conhecem”

    Na verdade não, o público em geral é ignorante da história, da religião e da mitologia, com muitas de suas noções sobre esses temas sendo equivocadas, incompletas ou superficiais.

    “Ivan Anacleto says: 08/03/2015 at 11:33 Infelizmente não a provas históricas da existência de Jesus a não ser as descritas nos textos Bíblicos”
    Ivan disse que não existe material sobre Jesus a não ser os textos bíblicos.

    ” Ainda existe sim o debate se ele existiu ou não”
    Debate entre quem? O Erhman e o Jesus Seminar do Crossan não debatem isso com ninguém (nenhum dos dois são crentes). Quem debate isso? Onde? Em qual faculdade, de qual estudo acadêmico?

    “”muitas igrejas cristãs e evangélicas não se apegam em se ele viveu ou não, se ele existiu ou não”
    Tem muitas igrejas evangélicas por aí achando que Jesus não existiu? Qual por exemplo?

    “Basicamente a matéria fala que todos acadêmicos teístas que estudam Jesus sabem que ele existiu. Uau sério um crente falando que acredita em Jesus nossa essa é nova pra mim”

    Isso foi o que o Ivan entendeu do texto da matéria.

    Diz o texto:
    “A admissão mais reveladora chega-nos dum ACADÊMICO ATEU Alemão com o nome de Gerd Ludemann, que escreve, “Pode ser tomado de forma historicamente certa que Pedro e os discípulos tiveram experiências [da ressurreição] depois da morte de Jesus onde Ele lhes apareceu como Cristo Ressuscitado.””

    “Até o ESTUDIOSO ATEU Bob Price qualifica o trabalho de Murdock de “sophomoric” [ed: ao nível dum estudante universitário do 2º ano]. Ele comenta também que o livro dela é “um aleatório saco excentricidades (na sua maioria recicladas), algumas poucas dignas de consideração, a maior parte delas bastantes trémulas, e muitas claramente amalucadas”

    “Bart Ehrman, o mais CÉPTICO dos eruditos do Novo Testamento (que não é de maneira alguma amigo do Cristianismo) declara que: Estes pontos de vista (de que Jesus não existiu) são tão extremos e tão pouco convincentes para 99,99% dos peritos genuínos que alguém que os mantenha é tão susceptível de obter um cargo de professor num departamento religioso consagrado, tal como um criacionista da Terra Jovem é susceptível de obter um cargo profissional num departamento de biologia bona fide”

    “Bart Ehrman, que está longe de ser amigo do Cristianismo, analisa o livro de Dorothy Murdock ‘The Christ Conspiracy’, e diz que o mesmo.. Tem tantos erros factuais e tantas alegações bizarras que é difícil acreditar que a autora está a falar a sério. …. Os pontos principais de Acharya estão, na verdade, errados. …. Os mitologistas desta laia não podem ficar surpresos com o facto de não serem levados a sério pelos verdadeiros estudiosos, de não serem mencionados pelos peritos na área, e de nem chegarem a ser lidos pelos académicos”

    “Um dos mitologistas principais dos dias de hoje é Richard Carrier, e por acaso ele é um ávido ateu que escreve para o site Secular Web. Carrier, JUNTAMENTE COM MAIS DOIS OU TRÊS proponentes, SÃO OS ÚNICOS ESTUDIOSOS em favor desta visão mitologista; os restantes nem chegam a ser peritos nas áreas de especialização relevantes”

    Não existe nenhuma menção que são “os estudiosos teístas vs os estudiosos ateus”, existem muitíssimos estudiosos ateus dentro da academia e a matéria traz que temos “Carrier e mais dois ou três ateus” defendendo a tese do Christ Myth, será que só existem quatro ateus nas faculdades de todo mundo? Ou seja, os defensores da teoria Christ Myth são ateus muito específicos, todos eles extremamente hostis ao cristianismo (ou seja, enviesados, parciais).

    O próprio Erman é um cético ateu ou agnóstico e crítico do cristianismo, sem nada de teísta.

    Essa outra frase diz: “foi rejeitada tanto pelos estudiosos como pelos apologistas Cristãos”
    O termo estudiosos e apologistas cristãos está diferenciado porque entre os estudiosos acadêmicos existem muitos agnósticos, ateus e até mesmo anticristãos. Na verdade no campo desses assuntos o número de crentes não é muito grande, os que existem são encaixados dentro do rótulo de “apologistas cristãos”, que muitas vezes inclusive é usado de forma pejorativa.

    IVAN DISSE: “Melhor citação “Nenhum historiador sério de qualquer classe religiosa ou não-religiosa duvida que Jesus de Nazaré viveu” (ou seja qualquer historiador que discorde da existência de Jesus não é um historiador sério). Nossa desmereceu o esforço e a perseverança de inúmeras pessoas de passar por um curso superior só pelo fato de não acreditar em Jesus… Parabéns. Só pérolas nesse artigo. O famoso Deus existe porque existe”

    O cara confundiu o fato teológico de Deus existir com o fato histórico de Jesus existir!
    E confundiu `acreditar na existência história de Jesus` com “acreditar em Jesus”!!!
    Pessoas na faculdade que não creem em Jesus realmente são inúmeras, mas estudiosos de história antiga e outros itens relacionados com o assunto que defendam a tese de que Jesus não é um personagem histórico e que foi plagiado de mitos pagãos são poucos.

    Ele demonstrou muita parcialidade pois parece reduzir o assunto assim:
    – Estudiosos teístas defenderão que Jesus existiu, pois creem em Deus [Jesus].
    – Estudiosos ateus defenderão que Jesus não existiu, pois não acreditam em Cristo [Deus]

    Neste caso nem existiria estudo histórico e acadêmico sobre o caso, e nem precisaria haver, simplesmente cada lado, crente ou descrente defenderia sua própria fé ou descrença, Ivan deseja que cada ateu que entre na faculdade automaticamente cria que Jesus nunca existiu pelo simples fato de rejeitar a divindade, e não por meio de estudo objetivo e analise das evidências lógicas e históricas.

    Pior ainda está escrito assim, que nenhum historiador sério de “qualquer classe religiosa ou NÃO-RELIGIOSA”, mas mesmo assim parece que Ivan tem problemas de alfabetização e não consegue interpretar um texto.

    Também creio que Ivan confundiu trabalhar num “setor religioso” ou “estudar assuntos referentes a religião” com o próprio estudioso ser ele próprio religioso, teísta ou cristão, o que não é o caso!!! Muitos acadêmicos que ensinam em faculdades matérias referentes as religiões ou mesmo a Bíblia são irreligiosos, agnósticos ou mesmo ateus. Talvez inclusive sejam (infelizmente) a maioria.

    Ivan, se você quer defender que Jesus é uma ficção imitada de deuses pagãos, traga os fatos com as fontes primária referentes aos devidos deuses mostrando a igualdade, não fique nessa de especular em cima das crenças teológicas dos historiadores e especialistas pois os dados, da história e da literatura sagrada antiga são os mesmos para todos, independente de sua formação ou fé religiosa, só é necessário que tenhamos acesso aos mesmos para tirarmos nossas conclusões.

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    • Ivan Anacleto says:

      Saga muito muito muito presunçoso -_-”
      Supostas semelhanças entre as divindades pagãs com Jesus Cristo

      De acordo com algumas fontes, se referem à teoria da ressurreição no terceiro dia com um período de três dias em que o Sol se mantém no lugar mais baixo e em 25 de dezembro está num ponto mais alto (como se diz que Jesus esteve morto por três dias e então ressuscitou), mas de acordo com o relato bíblico Jesus morreu durante a Páscoa judaica. Afirmam que os deuses do Sol muito anteriores a Jesus como Horus, Átis, Krishna, Mitra, Dionísio, Buda, todos eles, têm como elemento vital a sua crença na ressurreição no terceiro dia após as suas mortes, também tiveram discípulos que os acompanharam, faziam milagres e nasceram de uma Virgem Imaculada em 25 de dezembro. Segundo os defensores dessa Teoria, algumas destas lendas podem ter sofrido influência direta da história de Jesus, já que os cultos coexistiram com o cristianismo primitivo, mas certamente a imensa maioria surgiu milhares de anos antes do nascimento do mesmo. Entretanto, muitos acrescentam mais similaridades nos deuses antigos por conta própria para criar mais semelhanças.

      Tamuz: deus da Suméria e Fenícia, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado. Belém era o centro do culto a Tamuz.

      Hórus – 3000 a.C.:
      Deus egípcio do Céu, do Sol e da Lua;
      Nasceu de Isis, de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
      Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
      Ressuscitou um homem de nome EL-AZAR-US;
      Um de seus títulos é “Krst” ou “Karast”;
      Lutou durante 40 dias no deserto contra as tentações de Set (divindade comparada a Satã);
      Batizado com água por Anup;
      Representado por uma cruz;
      A trindade Atom (o pai), Hórus (o filho) e Rá (comparado ao Espírito Santo).

      Mitra – séc. I a.C.:
      Originalmente um deus persa, mas foi adotado pelos romanos e convertido em deus Sol;
      Intermediário entre Ormuzd (Deus-Pai) e o homem;
      Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
      Nasceu de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
      Pastores vieram adorá-lo, com presentes como ouro e incenso;
      Viria livrar o mundo do seu irmão maligno, Ariman;
      Era considerado um professor e um grande mestre viajante;
      Era identificado com o leão e o cordeiro;
      Seu dia sagrado era domingo (“Sunday”), “Dia do Sol”, centenas de anos antes de Cristo;
      Tinha sua festa no período que se tornou mais tarde a Páscoa cristã;
      Teve doze companheiros ou discípulos;
      Executava milagres;
      Foi enterrado em um túmulo e após três dias levantou-se outra vez;
      Sua ressurreição era comemorada cada ano.

      Átis (Frígia / Roma) – 1200 a.C.:
      Nasceu dia 25 de dezembro;
      Nasceu de uma virgem;
      Foi crucificado, morreu e foi enterrado;
      Ressuscitou no terceiro dia.

      Buda – séc. V a.C.:
      Sua missão de salvador do mundo foi profetizada quando ele ainda era um bebê;
      Por volta dos 30 anos inicia sua vida espiritual;
      Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal enquanto jejuava;
      Caminhou sobre as águas (Anguttara Nikaya 3:60);
      Ensinava por meio de parábolas, inclusive uma sobre um “filho pródigo”;
      A partir de um pão alimentou 500 discípulos, e ainda sobrou (Jataka);
      Transfigurou-se em frente aos discípulos, com luz saindo de seu corpo;
      Após sua morte, ressuscitou (apenas na tradição chinesa).

      Baco / Dionísio – séc. II a.C.:
      Deus grego-romano do vinho;
      Nascido da virgem Sémele (que foi fecundada por Zeus);
      Quando criança, quiseram matá-lo;
      Fez milagres, como a transformação da água em vinho e a multiplicação dos peixes;
      Após a morte, ressuscitou;
      Era chamado de “Filho pródigo” de Zeus.

      Hércules – séc. II a.C.:
      Nascido da virgem Alcmena, que foi fecundada por Zeus;
      Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
      Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal (Hera, a ciumenta esposa de Zeus);
      A causadora de sua morte (sua esposa) se arrepende e se mata enforcada.
      Estão presentes no momento de sua morte sua mãe e seu discípulo mais amado (Hylas);
      Sua morte é acompanhada por um terremoto e um eclipse do Sol;
      Após sua morte, ressuscitou, ascendendo aos céus.

      Krishna – 3228 a.C.:
      Trata-se de um avatar do Deus Vishnu – um avatar é como se fosse a personificação ou encarnação de um deus;
      Nasceu no dia 25 de dezembro;
      Nasceu de uma virgem, Devaki (“Divina”);
      Uma estrela avisou a sua chegada;
      É a segunda pessoa da trindade;
      Foi perseguido por um tirano que requisitou o massacre dos milhares dos infantes;
      Fez milagres;
      Em algumas tradições morreu em uma árvore;
      Após morrer, ressuscitou.

      Estas coincidências biográficas, segundo os defensores de “O Mito de Cristo”, provam que os autores dos Evangelhos, ao escreverem as histórias de vida de Jesus, tomaram emprestados relatos e feitos de outros deuses antigos ou heróis.
      As fontes não-bíblicas

      Embora Flávio Josefo, Tácito, Suetônio e outros historiadores antigos sejam frequentemente citados como evidência de um Jesus histórico, de acordo com estes autores as histórias são derivadas, não originais. Josefo, o mais antigo desses autores, nasceu, no mínimo, cinco anos após a suposta morte de Jesus. Não há nenhum testemunho direto dos fatos. Além disso, os antigos relatos não-cristãos de Jesus foram escritos quando o Cristianismo já era generalizado e alguns parágrafos dos livros de Josefo são questionados, supondo-se que foram mais tarde interpolações cristãs.

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      • Ivan Anacleto says:

        Saga volta para os Cavaleiros do Zodíaco que você ganha mais. Realmente meus problemas de alfabetização não me renderam um diploma de bacharel de Desenho Industrial nem outro de Engenharia Mecânica mas ate lá né isso não significa nada …
        Pra você que gosta de escrever e provavelmente ler:

        http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/

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      • Lucas says:

        Pra você que gosta de escrever e provavelmente ler:

        http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/

        Meu Deus, ainda há ateus que fazem posts sobre algo tão empiricamente falso?

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      • Lucas says:

        Supostas semelhanças entre as divindades pagãs com Jesus Cristo

        Todas essas alegações foram refutadas no próprio texto onde estás a comentar.

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      • Ivan Anacleto

        Diante de tais declarações, passo a desconfiar que és um desinformado, acreditando ingenuamente em argumentos mentirosos JÁ REFUTADOS, ou simplesmente és um ateu desesperado, que busca se enganar a todo custo, crendo em qualquer falso ensinamento anti-cristão que aparece, sem antes verificar sua veracidade.

        Esta “teoria” da conspiração, referente a suposta não existência histórica de Jesus (propagado pelo filme zeitgeist e pela mente criativa de Dan Bown) é um tremendo engodo sensacionalista, já refutado por TODOS historiadores.

        Refutação a esta mentira descritos na Web é o que não falta:
        http://www.gotquestions.org/Portugues/Jesus-mito.html
        http://www.bibliacomentada.com/ArtigosDetalhes.aspx?IdArtigo=4163#axzz3UAPf4dvc

        Neste mesmo blog tem um post que trata deste assunto:

        Será o Senhor Jesus uma cópia de Horus?

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      • Saga says:

        IVAN?

        Tu copia um cola um texto baseado em ZEIGEIST que é justamente o que está sendo refutado no texto acima que você disse que leu? Sabia que quem roteirizou Zeigeist foi DM Murdock (Acharya S), e sabia que a matéria acima fala justamente dela?

        Tu repete justamente as mesmas coisas que acabaram de ser refutadas? Esse caso nos poupa ter de ficar quotando e desmintindo itens que já estão desmintidos na própria matéria.

        Tu disse tanta besteira que até outros ateus comentaram que não viram igualdade nenhuma entre acreditar na existência história de um Jesus e crer no Cristo religioso.

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      • harmo1979 says:

        Amiguinho toddynho, tu foi amplamente REFUTADO aqui e ainda insiste em propagar algo AMPLAMENTE REJEITADO PELA MAIORIA DOS HISTORIADORES, TÉOLOGOS, ARQUEÓLOGOS E MITOLOGISTAS?

        Quais são as PROVAS DOCUMENTAIS E ARQUEOLÓGICAS de tua acusação? Mostre-nos.

        A refutação veio já no tópico e vc insiste com algo já cansado de ser refutado e refutado pela MAIORIA ESMAGADORA, CONSENSO MAIORAL ENTRES OS ESPECIALISTAS da área(Não é o seu caso, pois você é 100% analfabeto em história, se pá até em ciência duma forma geral tmbm).

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      • Marcus P; says:

        Deixo o conselho para o nosso amigo Ivan Anacleto; estude sobre falácia ad nauseam para não passar mais carão em blogs cristãos. 🙂

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  5. carlos cardoso says:

    Curioso como o argumento da autoridade (nenhum historiador duvida da existência histórica de Jesus) é aqui apresentado como válido, quando o mesmo argumento (nenhum cientista duvida da evolução) não é aceite neste site.

    Se nenhum historiador duvidasse da existência histórica de Jesus, não seria necessário gastar tanta tinta a tentar refutar os argumentos contra uma tal existência.

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    • Miguel says:

      Curioso como o argumento da autoridade (nenhum historiador duvida da existência histórica de Jesus) é aqui apresentado como válido, quando o mesmo argumento (nenhum cientista duvida da evolução) não é aceite neste site.

      Isso é um argumento contra quem iniciou com a tese do consenso como validador científico – os evolucionistas. Nós é que colocamos a vossa falta de coerência em evidência ao mostrarmos que vocês apontam para o “consenso” na Biologia, mas a rejeitam esse consenso na Historia.

      Nós sabemos que consensos podem estar errados, coisa que vocês negam na Biologia.

      Se nenhum historiador duvidasse da existência histórica de Jesus, não seria necessário gastar tanta tinta a tentar refutar os argumentos contra uma tal existência.

      O que foi dito foi que o consenso dos historiadores não coloca em causa a existência de Jesus. Quem defende o consenso como métrica científica (os evolucionistas) é que tem que dizer o porquê do consenso ser válido na Biologia mas não na História.

      Para além disso, tal como diz o texto, não há historiadores reputados a ensinar em centros académicos respeitados, a ensinar que Jesus de Nazaré não existiu. Normalmente, quem diz isso são pessoas sem formação histórica. Pelo contrário, nós temos vários cientistas respeitados a afirmar publicamente que a teoria da evolução está errada.

      Por fim, ninguém perde o seu emprego por dizer que Jesus nunca existiu, mas quem disser que a Terra não tem milhões de anos, ou que a teoria da evolução está errada, pode perder o emprego.

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    • Carlos Cardoso

      Curioso como o argumento da autoridade (nenhum historiador duvida da existência histórica de Jesus) é aqui apresentado como válido, quando o mesmo argumento (nenhum cientista duvida da evolução) não é aceite neste site.

      A questão não é a autoridade do Historiador, mas as EVIDÊNCIAS que eles apresentam.
      As evidências são tão claras, e nem mesmo os historiadores AGNÓSTICOS/ATEÍSTAS duvidam da existência histórica dele, este foi o ponto.

      Quanto ao darwinismo, está enganado ao afirmar que nenhum cientista duvida da doutrina de Darwin, pelo contrário, há milhares de cientistas que questionam a conjectural hipotética (nunca observada ou testada) “Macro-evolução”.

      Ao contrário da existência histórica de Jesus, a Macro-evolução está muito, mas muito longe de ser uma unanimidade no meio acadêmico.

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      • carlos cardoso says:

        Caros Miguel e Diogo,
        Obrigado por terem tão bem ilustrado aquilo que eu dizia 🙂

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      • Lucas says:

        Caros Miguel e Diogo,
        Obrigado por terem tão bem ilustrado aquilo que eu dizia 🙂

        Nós não ilustramos o que tu “tão bem” disseste.

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    • Marcus P. says:

      So para acrescentar também que os principais propagadores desse argumento de comparação seres mitólogicos vs Jesus: os cineastas do zeitgeis, não eram historiadores, não que isso refute suas afirmações, o que os refuta é o post do Mats.
      O documentário na verdade foi inspirado em argumentos de Fernando Vallejo (escritor e cineasta), e diversos teosofitas e gnosticos (ramos filosóficos).
      Lembrando que retirei essas informações do Wikipedia que vocês neo-ateus veneram tanto como religiosamente imparcial (só que não?).
      Mais uma vez, por favor, mais pesquisa, mais informação antes de escrever comentários para não passar carão 🙂

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  6. Como ateia não percebo qual é o problema de ter existido um Jesus histórico… Isso não significa que o que os cristãos crêem acerca dele (em termos teológicos) é real. Eu penso que o Jesus do cristianismo pode perfeitamente ser baseado numa personagem histórica.

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    • E talvez algumas coisas sejam baseadas em mitos antigos. Sei lá! Nem sequer é assim tão importante.

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      • Anderson says:

        Acontece que se Jesus existiu e se os fatos acerca dele descritos na História e na Bíblia são reais, então as profecias que indicavam o nascimento, a forma como nasceria, como entraria na cidade, como morreria e ressuscitaria, e tudo mais sobre a vida de Jesus apontam para um Deus onisciente que realmente te amou de tal maneira que deu seu filho unigênito para que tu, crendo, pudesse ser salva da morte eterna.
        Estude as profecias Bíblicas e descubra que Deus está no controle da História e ele prometeu voltar e dar fim a tudo o que é mau.
        http://minutoprofetico.blogspot.com.br/2011/08/daniel-e-apocalipse.html

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    • Lucas says:

      Como ateia não percebo qual é o problema de ter existido um Jesus histórico.

      Tens que perguntar aos teus amigos ateus.

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    • Maria Teodósio

      “”Como ateia não percebo qual é o problema de ter existido um Jesus histórico…”””

      Eu lhe faço uma pergunta, o que seria um Jesus NÃO histórico? Uma descrição de Jesus sem os seus poderes divinos?
      Ora, que regra existe para ditar que para ser histórico, nenhum elemento sobrenatural poderá ser manifesto?
      Onde está a mutualidade exclusiva entre os executar milagres e a participar da história?
      Uma pessoa com poderes divinos não pode fazer parte da história? Qual é a lógica nisso?
      A meu ver, a singela expressão: Jesus Histórico VS Jesus Filho de Deus, é a falácia da falsa dicotomia disfarçada.

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  7. jephsimple says:

    O materialista sente orgulho da lógica, ou ao menos quer passar essa imagem,afirma que a sua posição é o resultado da necessidade irresistível de lógica. Defende que devem existir evidências para que a crença no Deus criador do universo da vida e da raça humana seja verdadeira.
    Como a sua reivindicação por evidências históricas de jesus.

    Admito que a tal pedido é válido.

    Mas essa posição do materialista é apenas qualquer estado mental, é efeito de uma causa física e não de uma causa lógica, é apenas um estado químico. A única coisa que podemos tomar como verdade é que o argumento do materialista só é valido se o materialismo não for verdadeiro.

    É uma questão de transcender um estado químico, físico.

    Mas quanto as evidências em si, ignorando o materialismo ( o cosmos é tudo o que existe e não tem propósito) posto esse vídeo do W. Craig:

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  8. JOSE DOMINGOS says:

    Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a seu respeito: “Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus.” Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático – no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido — ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la.
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    • Saga says:

      Domingos,

      Jesus nunca afirmou ser Deus.

      Esse famoso argumento de Lewis é um sofisma, e ainda iguala os termos “Deus” e “Filho de Deus” como sinônimos, o que é raciocínio circular, se trocar a linha lá em cima por ““Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser o Filho de Deus.”, o argumento funciona por estar baseado na verdade.

      Deus Filho e Filho de Deus são termos de significados muito diferentes.

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      • Lucas says:

        Jesus nunca afirmou ser Deus.

        Claro que afirmou. Tanto afirmou que quem O ouviu não teve duvidas de que Ele afirmou ter a Mesma Natureza que o Pai.

        Se com a frase “Jesus nunca afirmou ser Deus” tu queres dizer “Jesus nunca afirmou ser o Pai”, então sim, Jesus nunca afirmou ser o Pai. Mas é preciso levar em conta que o conceito de Deus que os Cristãos sempre tiveram é diferente do que tu tens. Portanto, quando se analisa o que nós acreditamos, é preciso usar os nossos termos e o nosso entendimento da palavra “Deus”, e não usar um entendimento externo e tentar forçar o mesmo para quem acredita na Trindade.

        E antes que alguém erradamente diga que a Multiplicidade em YHWH é invenção pagã, vejam o que os próprios Judeus diziam no passado:

        [Zohar vol.III]…The Ancient and Holy One is revealed and described as being Three; it is because the Other Lights are Two complete Ones, yet is the Ancient and Holy One described and complete as One, and He is One, positively One; thus are the Other Lights united and glorified in One, because They are One
        ……

        [Rabbi Simeon further states]…Thus are the Three Lights united in One. The Spirit which is downward, Who is called the Holy Spirit the Spirit which is the Middle Pillar, who is called the Spirit of Wisdom and Understanding, also called the Spirit below. The Upper Spirit is hidden in secret; in Him are existing all the Holy Spirits [the Holy Spirit and the Spirit that is the middle pillar], and all that is light.”.
        .
        [Rabbi T. Nassi on Rosh HaShannah] . . . the three-fold sound of the ram’s horn which is sounded on Rosh Hashanah, is an emblem of the Three-fold nature of G-d.

        “O Ancião de Dias tem três cabeças. Ele revela-Se através de três arquétipos, todos eles formando Um só. Ele é, portanto, simbolizado pelo número Três. Eles revelam-Se Um no Outro.
        [Estes são] primeiro, a “Sabedoria”, secreta, oculta. Acima vem o Santo Ancião; acima Dele, o Incognoscível. Ninguém sabe o que Ele contém; Ele está acima de todas as concepções.” (Zohar, iii. 288b)

        Continuando:

        Deus Filho e Filho de Deus são termos de significados muito diferentes.

        Depende do contexto. Em João 5, os ouvintes não tiveram dúvidas que a expressão “Filho de Deus” tinha um significado de Igualdade em Natureza com o Pai:

        “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.

        Ou seja, os ouvintes entenderam a expressão “Filho de Deus” neste contexto como Título Divino, e o próprio João, que escreveu o Evangelho, entendeu o mesmo.

        Repito: o termo “Filho de Deus” por si só não implica Divindade; o contexto é que determina isso.

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  9. jose domingos says:

    Respondendo com o próprio C.S. LEWIS:

    “Um dos credos diz que Cristo é o Filho de Deus “gerado, não criado”; e acrescenta: “Gerado pelo Pai antes de todos os mundos…”

    Não usamos mais as palavras begetting e begotten22 no inglês moderno, mas todo o mundo ainda sabe o que elas significam. Gerar (to beget) é ser pai de alguém; criar (to create) é fazer, construir algo. A diferença é a seguinte: na geração, o que foi gerado é da mesma espécie que o gerador. Um homem gera bebês humanos, um castor gera castorzinhos e um pássaro gera ovos de onde sairão outros passarinhos. Mas, quando fazemos algo, esse algo é de uma espécie diferente. Um pássaro faz um ninho, um castor constrói uma represa, um homem faz um aparelho de rádio – ou talvez algo um pouco mais parecido consigo mesmo que um rádio: uma estátua, por exemplo. Se for um escultor habilidoso, sua estátua se parecerá muito com um homem. Mas é claro que não será um homem de verdade; terá somente a aparência. Não poderá pensar nem respirar. Não tem vida…

    O que Deus gera é Deus, assim como o que o homem gera é homem. O que Deus cria não é Deus, assim como o que o homem faz não é homem. É por isso que os homens não são filhos de Deus no mesmo sentido em que Cristo o é. Podem se parecer com Deus em certos aspectos,
    mas não são coisas da mesma espécie. Os homens são mais semelhantes a estátuas ou quadros de Deus.

    C.S Lewis – Cristianismo Puro e Simples

    Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos asseguro: antes que Abraão existisse, Eu Sou.” Então, pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus esquivou-se e, passando por entre eles, saiu do templo.

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    • Anderson says:

      Só completando o que disse Jose Domingos:

      13 Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?
      14 Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.
      ” Ex.: 3:13,14

      Quem acha que Jesus não é Deus não leu a Bíblia como um todo e não entendeu o real significado do sacrifício de Cristo por você. Pois se Cristo fosse humano isso teria pouco valor, mas qual é o valor de Deus se fazendo mortal, por amor a você e morrendo no seu lugar? Medite nisso.

      Abraços,

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