O polegar do panda é um exemplo de “mau design”?

Por Rich Deem

Será que o polegar do panda é um exemplo de “mau design”? Um recente estudo analisou o polegar do panda gigante usando tomografia informática, ressonância magnética (MRI) e técnicas relacionadas. Ao contrário do que os evolucionistas haviam afirmado previamente em torno do “mau design”, o estudo actual mostra que o osso sesamóide radial (o seu “polegar”) é “um dos sistemas de manipulação mais extraordinários” que existe entre os mamíferos. (1)

O osso sesamóide radial funciona como um manipulador activo, permitindo que o Panda agarre as hastes de bambu entre o osso e a palma da pata oposta. Contrariamente ao que havia sido publicado previamente, a análise computorizada das imagens tridimensionais indicam que o osso sesamóide radial não se move de maneira independente em relação aos seus ossos articulados, mas age como parte duma unidade funcional e manipulação.

O osso sesamóide radial e o osso acessório do carpo formam um aparato duplo com a forma de pinça que permite que o panda manipule os objectos com grande destreza.

Polegar_PandaUm modelo esquemático animado baseado no recente estudo é mostrado à direita. O modelo revela como os ossos metacarpos, sesamóide radial e os ossos do carpo radial funcionam como uma unidade como forma de agarrar os objectos.

O carpo acessório age com um “dedo” adicional quando a mão agarra a comida. O abdutor curto do polegar, os oponentes do polegar, e os músculos abductor digiti quinti servem mais ainda no acto de pegar quando são contraídos durante o processo de apreensão.

Os evolucionistas afirmam que o design do polegar do Panda é mau quando comparado com o polegar opositor dos primatas. No entanto, ter polegares opostos não está feito para uma apreensão contínua e tal tipo de uso pode resultar no síndrome do túnel do carpo (perguntem a qualquer técnico de laboratório que há anos que tem estado a pipetar).

Sendo um herbívoro, o Panda Gigante passa quase todas as horas em que está acordado a comer. Ele recolhe folhas de bambu agarrando e despindo as folhas das hastes.

Ao contrário do que os evolucionistas dizem, o polegar oposto seriam um mau design para o Panda visto que funcionaria sob o stress do uso contínuo. A mão do Panda, com o seu “polegar” ligado aos metacarpos, é um design muito mais resistente, capaz de suportar o uso permanente.

Os autores concluíram o seu estudo, afirmando:

Temos demonstrado que a mão do panda gigante tem um mecanismo de apreensão muito mais refinado do que aquilo que havia sido sugerido pelos estudos morfológicos prévios.

Depois da publicação deste estudo, outro revelou que o panda gigante e o panda vermelho não são relacionados, embora ambas as espécies tenham o mesmo falso polegar.

Para além disso, um panda vermelho relacionado, e do Período Mioceno, também tinha o falso polegar – algo obtido a partir das evidências fósseis. (2) Portanto, os evolucionistas têm agora que afirmar que o “mau design” evoluiu mais do que uma vez!

– – – http://bit.ly/1GCnOfp

1. Endo, H., Yamagiwa, D., Hayashi, Y. H., Koie, H., Yamaya, Y., and Kimura, J. 1999. Nature 397: 309-310.
2. Salesa, M. J., M. Ant�n, S. Peign�, and J. Morales. 2005. Evidence of a false thumb in a fossil carnivore clarifies the evolution of pandas. Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 103:379-382.

 

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3 Responses to O polegar do panda é um exemplo de “mau design”?

  1. Saga says:

    Os evolucionistas já tem 535457588376626 erros, é tanta coisa que eles já acostumam e nem ligam mais, dois a mais, um a menos, tanto faz. Toda semana tem noticia que “contraria o que se pensava antes”.

    O número de falsas evidências do evolucionismo e do “mal-design” se acumulam um em cima do outro.

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    • Lucas says:

      Não sei porquê, mas o teu comentário não foi logo aprovado. Mas já está. (Mats)

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      • Eu tenho um amigo que é evolucionista teísta que mencionou o argumento do mau-design e eu rebati dizendo que a maioria foi refutada pela ciência, daí o cara pergunta quais. O polegar do panda é o exemplo mais potente, além do olho, o DNA lixo (e outros órgãos “vestigiais”), a posição das genitálias, e muitos outros.
        Foi por isso que durante meu debate com a Ana Silva eu resolvi refutar de vez o argumento do mau-design, ela não respondeu à minha refutação mas ainda assim usou novamente o argumento. Isso só mostra que o que os evos têm como “evidências” são argumentos TEOLÓGICOS, e não científicos, já que o argumento do mau-design parte da premissa – falsa – de que um Criador não faria algo daquele jeito. O maior problema é que sim, um Criador PODE criar algo sendo um tanto defeituoso se tiver motivos para tal ou se for algo inevitável. Também deve-se ressalvar que o argumento do mau-design em certos casos é subjetivo demais, por exemplo: enquanto alguns evolucionistas vão considerar o olho como sendo uma maquinaria genial, outros vão dizer que é terrível. É muito baseado em opiniões do que é bom ou ruim, e opiniões não são válidas para se fazer ciência, além de este ser um argumento de ignorância, visto que frequentemente ele é refutado à medida que nosso conhecimento avança.
        Quando consideramos um órgão como defeituoso ou inútil, também deve-se considerar outras possibilidades, como por exemplo a questão estética, como também que o órgão deve ser eficiente NO SEU PRÓPRIO PROPÓSITO e não em um todo.

        Deus abençoe a todos!

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