A anti-científica obsessão bertonista

O professor Bertone de Oliveira de Sousa (professor de História) escreveu um texto onde ele declara um rol de “factos” que ele acredita serem genuínos, mas que merecem alguns comentários. Recomendo a quem tiver interesse a leitura dos comentários que entretanto foram deixados no seu post.

O texto do professor Bertone começa da forma mais ou menos previsível – isto é, colocando Darwin como um tipo de salvador da humanidade do obscurantismo Cristão, e estabelecendo a falsa guerra entre a “ciência” e o Cristianismo:

O ano de 1859 marca um divisor de águas na história da ciência.

Na verdade, o ano de 1859 não marcou um “divisor de águas na história da ciência”, mas sim um divisor de águas na história do ateísmo e do secularismo. Para um minoritário segmento da população ocidental, a importância das desilusões de Darwin não está no seu valor científico mas no seu valor ideológico:

Antes de Darwin pensávamos que havíamos sido criados por Um Deus Benevolente. (Stephen Jay Gould)

Qualquer advogado criacionista que me chamasse para ser interrogado poderia convencer os jurados simplesmente perguntando, “O seu conhecimento da teoria da evolução influenciou-o de alguma forma a tornar-se ateu?” Eu teria que responder que sim. (Richard Dawkins)

Ou seja, longe de ser uma teoria que tenha causado algum tipo de progresso cientifico, a teoria da evolução é, sim, uma arma pseudo-científica usada pelos secularistas para impôr a sua visão do mundo na sociedade.

Não só a ciência propriamente dita não ganhou nada com as falsidades que Darwin copiou e colocou no seu livro, como nada do que Darwin disse serviu como plataforma cientificamente sólida para as descobertas cientificas. Como declarou Philip Skell, membro da Academia Nacional de Ciências, a importância científica da teoria da evolução é nula:

Perguntei recentemente a 70 eminentes investigadores se eles teriam feito o seu trabalho de maneira diferente se por acaso acreditassem que a teoria de Darwin estava errada. As suas respostas foram todas a mesma: “Não”. (Philip Skell, “Why Do We Invoke Darwin? Evolutionary theory contributes little to experimental biology,” The Scientist (August 29, 2005).)

Do mesmo modo, o biólogo evolucionista Jerry Coyne admitiu na revista Nature que

…..se formos a ser sinceros, a teoria da evolução não rendeu muitos benefícios prácticos ou comerciais. Sim, é verdade que a bactéria evolui resistência a drogas, e sim, nós temos que preparar contra-medidas, mas para além disso não há muito a dizer.

Pior ainda, segundo o que se sabe, quando Darwin publicou o seu livro, a comunidade científica da altura foi bastante crítica em relação ao mesmo. E, surpreendentemente (ou talvez não), uma das críticas que os cientistas fizeram aos mitos de Darwin é essencialmente a mesma que os cientistas criacionistas actuais fazem: não há evidências de algum tipo de gradualismo evolutivo no registo fóssil.

Em relação a esta crítica, Darwin defendeu-se alegando que isto se devia à “pobreza do registo fóssil” mas qualquer pessoa consegue ver que há um argumento circular nesta linha de pensamento visto que a única forma de saber que o registo fóssil é “pobre” é assumindo que a evolução aconteceu – exactamente o que ele tentou provar.

Segundo Darwin, portanto, a evolução aconteceu, mas o registo fóssil é “pobre” para o confirmar. E sabe-se que o registo fóssil é “pobre” porque, como a evolução aconteceu, e ela certamente teria que ter deixado um registo fóssil rico, a ausência de fósseis condizentes com a teoria é sinal de que há um problema com os fósseis (e não, obviamente, com a teoria).

Mas os cientistas do tempo de Darwin não se deixaram enganar. Sir John Herschel, matemático famoso, astrónomo e Membro da “Royal Society”, antipatizou tanto com a teoria de Darwin que qualificou-a de “a lei higgledy-pigglety” [= desordenada, desregrada, sem nexo, sem lógica, etc]. O brilhante físico James Clerk Maxwell opôs-se tenazmente ao Darwinismo. O famoso filósofo da ciência William Whewell, autor do clássico “The History of Inductive Sciences”, nem sequer permitia que o livro de Darwin fizesse parte da livraria de Cambridge.

Houve muitos outros tais como Adam Sedgwick (o geólogo que ensinou a Darwin os elementos da geologia) e Andrew Murray, o etimologista; ambos eram firmes opositores da teoria da evolução de Darwin. Depois de ler o livro de Darwin, Sedgwick chegou até a escrever-lhe uma carta, dizendo:

Li o seu livro com mais dor que prazer. Houve partes que admirei profundamente, e houve outras que me fizeram rir até ficar dorido dos lados; outras partes li com tristeza absoluta visto que as considero completamente falsas e gravemente maliciosas.

Portanto, a teoria de Darwin foi cientificamente irrelevante, mas ideologicamente importante para ateus e todos os outros secularistas.

O professor Bertone continua:

Não que antes ninguém jamais tivesse proposto a hipótese da evolução das espécies, mas porque antes disso a evolução era apenas isso, uma hipótese.

Mesmo hoje, passados que estão mais de 100 anos, a teoria de Darwin (e as suas modificações posteriores) continua a ser uma hipótese ainda a ser confirmada, e sim, a crença de que o ser humano evoluiu dum animal é uma crença bem difundida junto das mais variadas culturas do globo; o que varia é o animal.

Para aqueles que acreditam que o ser humano procede dum animal não parece que haja um limite para o animal particular usado como ancestral. Os Wanika, na África Oriental, acreditam que eles vieram das hienas. Outra tribo africana nomeia os hipopótamos como ancestral dos seres humanos. Os nativos do Madagáscar alegam que o primeiro da sua linhagem foi um lémure, um animal nocturno parecido com os macacos. Esta crença bem poderia ter procedido dos actuais livros escolares evolucionistas.

Outros animais alegados como ancestrais são os tigres, os macacos, os gatos, as cabras, os búfalos, etc. A crença evolucionista recua ainda mais no tempo, para além do lémure, e postula que os seres humanos procedem da sua ideia do ancestral final, a matéria orgânica do mar primordial.

Após uma longa viagem observando, anotando e coletando evidências, Darwin a transformou numa teoria. A maioria das pessoas confunde hipótese com teoria. Quando falamos de uma teoria da evolução ou uma teoria da gravitação universal, por exemplo, não estamos falando de uma suposição científica; uma teoria se mantém verdadeira por conter princípios que não foram refutados.

Então temos que retirar a qualificação de “teoria” à teoria evolução visto que muitos dos seus princípios têm sido refutados pelas descobertas.

1) A crença Darwinista de que baleias evoluíram de animais terrestres é claramente falsa, o que leva os evolucionistas a distorcer a ciência.
2) As “evidências” em favor da evolução humana são tão fracas que até evolucionistas eminentes salientam este ponto.
3) As “evidências” já avançadas em favor do mito de que dinossauros evoluíram para pássaros são insuficientes. Pior ainda, as evidências contra esta fábula são sólidas. o que leva alguns evolucionistas a colocar em causa a versão oficial.

Apesar disso, não são poucos os teólogos, diletantes e líderes religiosos que não aceitam esse fato, pior, ainda pretendem que uma narrativa religiosa tenha caráter científico e descritivo.

Note-se no falso dilema que Bertone avançou ao fazer passar a ideia de que a oposição à teoria da evolução fundamenta-se no preconceito religioso, e não nas evidências científicas. Claro que há muitos teólogos que justificadamente são contra uma teoria claramente falsa, mas existe um elevado número de cientistas que também são contra a evolução moléculas-para-humanos que é ensinada nas escolas e nas universidades.

Mais em cima no post foram listados alguns cientistas dos dias de Darwin que eram contra a sua teoria (Sir John Herschel, James Clerk Maxwell, William Whewell, Adam Sedgwick, Andrew Murray); actualmente, a lista não pára de crescer e, com o avanço da ciência, não parece que o crescimento do número de cientistas contra a teoria da evolução pare tão cedo.

A situação está tão má para os Darwinistas que hoje em dia temos ateus (cientistas e não só) que colocam em causa a teoria Darwinista, algo que, a julgar pelas palavras do professor Bertone, nunca deveria acontecer visto que, supostamente, a única oposição à teoria da evolução fundamenta-se na religião (algo que os ateus afirmam não ter)

Será que o professor Bertone considera Jerry Fodor e Massimo Piatellli, que são contra alguns aspectos importantes da teoria da evolução (ou mesmo contra ela por inteiro) de “teólogos, diletantes e líderes religiosos” ?

Isso porque não existe uma teoria da criação, mas narrativas da criação coligidas em livros sagrados de variadas culturas e baseadas na tradição oral de povos que viam esses relatos como uma explicação das origens em momentos históricos em que não havia distinção entre logos e mythos, duas formas distintas de descrever o mundo. Com isso, criacionismo e evolucionismo estão em níveis distintos de interpretação, não podendo sequer ser comparados.

O criacionismo e o evolucionismo “não podem ser comparados”, mas sempre que os evolucionistas defendem a sua teoria, eles mesmos tomam o cuidado de afirmar que a única alternativa à teoria da evolução é o criacionismo. Se uma está totalmente fora do âmbito da outra, muito dificilmente os evolucionistas falariam do criacionismo quando estivessem a defender Darwin.

No entanto, os evolucionistas tomam o cuidado de revelar que a sua teoria “refuta” o criacionismo precisamente porque o evolucionismo e o criacionismo estão no mesmo nível de discussão, o religioso. Dito de outra forma, contrariamente ao que defende o professor Bertone, ambas a interpretações do passado estão no “mesmo âmbito”.

A teoria da evolução é uma ideologia religiosa que tenta explicar o passado com base em certos pressupostas assumidos à priori; o mesmo se passa com o criacionismo Bíblico (que interpreta o mundo sob a lente Bíblica). A diferença é que os criacionistas estão bem cientes que têm crenças religiosas à priori enquanto que os evolucionistas negam ter alguma (embora a sua linha de argumentação demonstre o contrário).

O professor Bertone defende que a teoria da evolução e o criacionismo “estão em níveis distintos de interpretação” porque ele adopta as novas regras da ciência, que negam à partida a intervenção Divina. Com base neste pressuposto não-científico, qualquer causa que esteja para além do que é hoje chamado de “mundo natural” tem que ser colocada de parte, mesmo que as evidências estejam de acordo.

Consequentemente, Bertone e os demais anti-criacionistas usam a sua “regra” da ciência como arma contra o criacionismo, e defendem que o evolucionismo e o criacionismo “estão em níveis distintos de interpretação”.

Os criacionistas esquecem isso quando tentam de forma constante e azafamada demolir a teoria da evolução sem se aperceberem de que os princípios do que pretendem colocar em seu lugar não possuem validade científica.

Por “validade científica” entenda-se “validade científica segundo os pressupostos defendidos pelos naturalistas”. Como toda a acção sobrenatural é rejeitada à priori (mesmo que esteja de acordo com as evidências, como é o caso do criacionismo), então só a teoria que depende desse naturalismo é que pode ter aquilo que Bertone chama de “validade científica”.

Os princípios que os criacionistas querem colocar no lugar das mentiras dos evolucionistas são os mesmos que são usados em outras áreas da ciência (ou pelo menos deveriam ser usados): evidências, factos, testabilidade e inferências com base no conhecimento. Os evolucionistas não ficam satisfeitos com estes princípios porque se os mesmos forem aplicados à sua teoria, ela ficará exposta como a falsidade que ela é.

Esse é o caso da já sovada teoria do Design Inteligente.  Não é preciso nenhum cientista ser irreligioso para admitir que a teoria ID (Intelligent Design, em inglês) é uma fraude pseudo-científica.

É curioso alguns evolucionistas dizerem que a Teoria do Design Inteligente (TDI) já foi “refutada” ao mesmo tempo que dizem que ela não pode ser testada, e desde logo, não pode ser “refutada”. Como foi que os evolucionistas “refutaram” uma teoria que (segundo eles) “não pode ser testada”? Pior ainda, não há nada de “pseudo-científico” em afirmar que certas estruturas do mundo animal e do mundo botânico são melhor explicadas como sendo o efeito de uma acção inteligente em oposição a um processo não-direccionado.

Normalmente, os evolucionistas que defendem que a TDI já foi “refutada” são incapazes de dar uma definição de Design Inteligente que esteja de acordo com o que os seus defensores afirmam. O que os evolucionistas como Bertone fazem é criar uma definição falsa de DI, e prosseguir “refutando” o que nenhum cientistas da TDI defende.

Esse é o caso de Francis Collins, que, embora teísta, se opõe a essa concepção e cujo livro “A Linguagem de Deus” comentei em outro artigo.

Francis Collins defende que existe um código informático dentro das formas de vida, e que esse código é uma linguagem complexa, análoga à linguagem que os humanos usam. Não se entende bem como é que isto “refuta” a TDI. Bertone tenta sem sucesso usar Collins em favor da sua religião mas nem se apercebe que Collins, como pessoa que se identifica como Cristã, defende uma forma de Design Inteligente quando afirma que Deus é o Criador.

Obviamente que ninguém afirma que Collins é um defensor do TDI; o que se afirma é que a visão que Collins tem da linguagem existente dentro das formas de vida (ADN) está mais de acordo com a TDI do que com a aleatoriedade evolucionista.

O professor Bertone provavelmente deveria deixar de usar um defensor do Criador na sua defesa da sua versão do evolucionismo.

Não foram poucos os que já tentaram “demolir” o evolucionismo alegando que há nessa teoria a violação desta ou daquela lei científica.

Não só a evolução ateísta moléculas-para-humanos viola o senso comum, mas viola também leis científicas estabelecidas e firmes. Por exemplo, a 2ª Lei da Termodinâmica, estendida para o mundo informacional, declara que nenhum sistema informacional pode ir ficando mais complexo e mais estruturado com o passar do tempo sem que haja intervenção inteligente.

Pior ainda, mesmo quando há manipulação inteligente, os sistemas informáticos progridem para a degradação informacional. É por isso que os nossos computadores, telemóveis, carros e televisões se estragam com o passar do tempo, mesmo quando os mesmos são usados com todo o rigor e com todo o cuidado.

O mesmo se passa no mundo biológico; as forças da natureza, por si só, nunca teriam a capacidade de gerar uma única célula, e muito menos teriam a capacidade de ir aumentando a informação e estruturando as formas de vida de modo a que as mesmas fossem ficando funcionalmente vez mais complexas.

A 2ª Lei da Termodinâmica, aplicada ao mundo informacional (e não só ao mundo da energia e do calor), não só diz que isso nunca aconteceu, como diz que é impossível que isso ocorra. Portanto, o professor Bertone tem razão quando declara que muitos tentaram “demolir” o evolucionismo apelando a esta ou aquela lei científica porque foi isso mesmo, e é isso mesmo, que foi feito, e está a ser feito.

Enquanto os evolucionistas não-teístas como o professor Bertone não forem capazes de demonstrar como foi que as forças da natureza, por si só, foram gerando mais e mais informação complexa e especificada, a sua teoria vai continuar a ser alvo de ataques científicos.

São mais de 150 anos de debates acalorados, tentativas de silenciamento e até querelas em tribunais.

Sim, mas nas últimas décadas que tem levado “tentativas de silenciamento” são os evolucionistas. Várias cientistas foram alvo de ataques por parte da brigada evolucionista apenas e só por colocarem em causa certos pontos da teoria da evolução.

1. Evolucionistas admitem censurar críticas a teoria da evoluçãohttp://wp.me/pbA1e-2SL
2. Escola despede cientista por colocar em causa os milhões de anos  – http://wp.me/pbA1e-2OK
3. Protegendo a teoria da evoluçãohttp://wp.me/pbA1e-2CI
4. Porque é que os evolucionistas recorrem à censura?http://wp.me/pbA1e-2AM

Talvez uma das questões mais importantes nisso tudo seja: por que a constatação de que evoluímos de outras espécies e não fomos criados por um ser divino ou de que o mundo não possui apenas seis mil anos ofende a tantas pessoas?

Note-se que o professor Bertone coloca em oposição a crença de que “evoluímos de outras espécies” com a crença de que “fomos criados por um ser [sic] divino”, mas previamente no seu texto ele usou Francis Collins, alguém que sabe que fomos criados por Deus, como alguém que está do seu lado evolucionista.

Ou seja, por um lado ele parece avançar com a ideia de que se pode ser evolucionista e teísta, mas agora defende que o evolucionismo está em oposição à crença de que fomos criados por Deus.

Este é o tipo de hipocrisia muito comum junto dos evolucionistas ateus: eles usam os evolucionistas teístas como forma de atacar os criacionistas, mas quando não precisam mais deles, abertamente declaram que a teoria da evolução é um argumento contra a noção do Deus Criador. Isto é algo que os “Cristãos evolucionistas” têm que levar em conta.

Em relação ao porquê da “constatação de que evoluímos de outras espécies e não fomos criados por um ser divino” ou de que “o mundo não possui apenas seis mil anos” ofender “tantas pessoas”, o motivo é bem óbvio; essas crenças ofendem as pessoas porque são crenças claramente falsas.

Não há a mínima evidência duma força natural capaz de transformar um tipo de vida noutro tipo de vida. O que nós observamos com os nossos olhos, todos os dias, são animais a reproduzirem-se de acordo com a sua espécie – exactamente o que Génesis disse que iria acontecer; gatos dão à luz gatos, cães dão à luz cães, coelhos dão à luz coelhos, e não há a mínima evidência de que no passado as coisas tenham sido de alguma forma diferente.

Os evolucionistas, por outro lado, defendem que cães surgiram do que não eram cães, coelhos surgiram do que não eram coelhos, e os gatos “evoluíram” de animais que não eram gatos. Ou seja, o que os evolucionistas religiosamente defendem está em oposição clara ao que nós vêmos com os nossos olhos, e deve ser por isso que muitas pessoas se sentem “ofendidas” com uma noção empiricamente falsa (ou pelo menos, uma noção ainda por provar).

Por outro lado, as pessoas vão tendo cada vez mais dúvidas em relação aos mitológicos “milhões de anos” porque, para além dos inúmeros erros de datação, temos também evidências que, contrariamente ao que defende a mitologia evolutiva, demonstram que animais “pré-históricos” viveram lado a lado com seres humanos, exactamente o contrário do que seria de esperar se a interpretação evolutiva do registo fóssil estivesse certo.

Mesmo antes do século 19, algumas pessoas já haviam tentado estipular uma idade aproximada da Terra a partir da cosmovisão cristã. Ainda na primeira metade do século 17, um arcebispo inglês chamado James Ussher calculou que a criação ocorreu por volta do ano 4004 a.C. e John Lightfoot, complementando o trabalho de Ussher, precisou que a criação finalizara no dia 23 de outubro, às nove horas da manhã.

Convém salientar que o trabalho histórico do Bispo Ussher era de tão elevada qualidade que até o evolucionista marxista Stephen Jay Gould foi levado a afirmar:

Irei defender a cronologia de Ussher como um esforço honrado para o seu tempo, e alegar que o nosso comum desdém é testemunho duma mesquinhez lamentável fundamentada no erróneo uso do critério actual para julgar o passado distante e distinto. Ussher representava o melhor da escolástica do seu tempo.

Ele fazia parte duma substancial tradição de pesquisa, uma comunidade alargada de intelectuais trabalhando rumo a um propósito comum usando uma metodologia aceite.

Termino com um apelo final para que as pessoas sejam julgadas segundo o seu próprio critério, e não segundo padrões que eles nunca poderiam conhecer ou ter acesso. (Gould, S.J., Fall in the house of Ussher, Natural History 100(11):12–21, 1991)

Basicamente, o que Gould está a afirmar é que, embora ele não concorde com Ussher, o trabalho intelectual de pesquisa e de avaliação de dados levado a cabo pelo Bispo foi, segundo padrões da altura, de qualidade elevada.

Embora os evolucionistas actuais sejam rápidos a rejeitar o trabalho de intelectuais criacionistas, a realidade dos factos é que muito do seu trabalho serviu de base para muita da ciência que alguns evolucionistas menos informados querem usar contra os criacionistas.

Mas será que Ussher estava certo na sua cronologia? Será que Newton estava certo na sua cronologia criacionista? Na verdade, a única forma fiável de saber a idade de algo é falar com quem estava presente quando isso surgiu. O mesmo se passa com o universo; a única forma de termos a certeza absoluta da sua idade, é termos acesso ao Conhecimento de Quem estava presente quando o mesmo surgiu.

Mas mesmo assim, tendo com base algumas evidências científicas, nós podemos sempre estabelecer que a Terra não tem os “milhões de anos” necessários para a teoria da evolução. Neste post podem-se analisar 14 factos que mitigam contra a ideia dos “milhões de anos”:

1. As galáxias rodam demasiado depressa
2. Há poucos restos de supernovas.
3. Os cometas desintegram-se rapidamente.
4. Não há lama suficiente no fundo do mar.
5. Não há sódio suficiente nos mares.
6. O campo magnético da Terra está a decair depressa demais.
7. Muitos estratos [geológicos] estão curvos de forma demasiado compacta.
8. Material biológico decompõem-se demasiado depressa.
9. A radioactividade fóssil reduz as “eras” geológicas para apenas alguns anos.
10. Há demasiado hélio nos minerais.
11. Demasiado carbono14 nos estratos geológicos profundos.
12. Não há esqueletos da Idade da Pedra suficientes .
13. Agricultura é demasiado recente.
14. A História é demasiado recente.
(Fonte:  http://bit.ly/1QCKtyV)

Posteriormente, à medida que registros fósseis foram aparecendo e a geologia aperfeiçoou seus métodos de cálculo da idade aproximada das rochas, toda pretensão de transformar a narrativa criacionista em ciência caiu em maus lençóis

Para além do facto de ninguém ter tido a “pretensão de transformar a narrativa criacionista em ciência”, temos também o facto da crença nos mitológicos “milhões de anos” não ter sido catalisada pelos fósseis e nem pelos métodos de datação, mas sim por um forte preconceito anti-Bíblico.

Perto do final do século 19, todos os geólogos colocavam a idade da Terra na ordem das centenas dos milhões de anos mas os métodos de datação radiométrica começaram a ser desenvolvidos por volta de 1903. Ora, se os métodos de datação comuns nos dias de hoje surgiram depois da crença dos “milhões de anos”, então esses métodos nunca podem ter causado essa crença.

Este progresso da crença nos “milhões de anos” indica claramente que os métodos de datação não foram a causa dos “milhões de anos”, mas sim uma consequência dos mesmos. Dito de outra forma, primeiro os geólogos começaram a acreditar nos “milhões de de anos” e só depois é que tentaram (sem sucesso) justificar essa crença com os fósseis e com a “datação”.

Isto é exactamente o contrário do que defende o professor Bertone.

nem mesmo a ideia de que os fósseis derivavam do Dilúvio bíblico pôde subsistir por muito tempo.

Ninguém defende que todos os fósseis são efeitos do Dilúvio de Noé. O que os cientistas criacionistas afirmam, e comprovam, é que há certas estruturas fósseis que são melhor explicadas como o efeito dum evento catastrófico e gigantesco, e não efeito de processos lentos e graduais. Por exemplo, vejam-se as imagens que se seguem.

Nas primeiras vêmos  peixes a engolir os outros peixes, um evento que naturalmente não durou “milhões de anos”. Depois temos uma imagem dum animal marinho a dar à luz outro outro animal marinho, o que, mais uma vez, nunca poderia ter durado “milhões de anos”.

Fossil_Diluvio_Dando_Luz_Comendo

Estas e muitas outras evidências são exactamente o que seria de esperar que os fósseis tivessem sido gerados num curto espaço de tempo através dum evento global e catastrófico. Pessoas como o professor Bertone, desconhecedoras do que a ciência tem revelado nas últimas décadas, nada mais fazem que regurgitar chavões há muito refutados.

Antes de Charles Darwin escrever a Origem das Espécies, pesquisadores como Georges Cuvier, Georges de Buffon, James Hutton, Charles Lyell, Erasmus Darwin, Lineu e Lamarck deram importantes contribuições para a teoria evolucionista.

Certamente que Lineu, um criacionista, não deu “contribuições importantes para a teoria evolucionista”. Tudo o que o criacionista Lineu fez foi criar um sistema de classificação dos animais. De facto, a taxonomia foi fortemente influenciada por Lineu (e até hoje a Biologia segue os seus preceitos hierárquicos e as normas por ele avançadas, como por exemplo o nome duplo de espécie e género em latim grafados em itálico).

Mas Lineu criou a sua classificação como forma de reconhecer a organização que o Criador havia dado à criação, sem qualquer ideia de algum tipo de relacionamento evolutivo entre os grupos. Mais tarde, muito depois de Darwin, os evolucionistas modificaram o entendimento de taxonomia para que ela passasse a ser vista como ‘árvore genealógica’ (algo que Lineu nunca defendeu).

O professor Bertone realmente precisa de parar de ler sites ateus e passar a ler mais sites sobre a historia da ciência.

Para quem fez um bom ensino médio, sabe que depois de Darwin, a genética e o aperfeiçoamento dos métodos de datação de fósseis tanto confirmaram o que ele havia pesquisado como acrescentaram novos elementos.

A genética e “o aperfeiçoamento dos métodos de datação de fósseis” não “confirmaram o que ele havia pesquisado como acrescentaram novos elementos”, mas refutaram muitas das crenças Darwinistas. Maciej Giertych, professor de genética, afirma:

Como engenheiro florestal, estudo populações de árvores e reproduzo mais árvores produtivas. Já revi de forma considerável a literatura em torno da genética florestal, e já escrevi volumes monográficos (em torno de várias espécies de árvores) para o Instituto de Dendrologia da Academia Polaca de Ciências, onde trabalho.

É comum eu contribuir para capítulos que se focam na genética, e posso dizer que não conheço dado biológico algum, relevante para a genética das árvores, que necessite duma explicação evolutiva. Eu posso muito bem desempenhar a minha profissão alegremente sem nunca mencionar a teoria da evolução.

Pior ainda, testes genéticos levados a cabo nos tentilhões refutam mitos darwinistas. “A revolução genómica [tem]….efectivamente derrubado a metáfora central da biologia evolutiva, a Árvore da Vida,” – assim alega Eugene V. Koonin do “National Center for Biotechnology Information” no seu livro “The Logic of Chance“.

John Archibald, da Universidade Dalhousie, alega no seu livro “One Plus One Equals One” (2014) encontrar pontos comuns com Koonin e salienta que “a árvore da vida tem passado por muitas dificuldades….. [com] a imagem geral que emerge sendo uma de mosaicismo” – e não uma de mudanças evolutivas onde “uma espécie…é tomada e modificada” para outra espécie.”

Surpreendentemente, David Baum e Stacey Smith no seu livro “Tree Thinking, an Introduction to Phylogenetic Biology” (2013) avançam ainda mais com as alegações, afirmando que “O nosso conhecimento do processo molecular não é suficientemente bom para descartar uma origem independente.”

Dito de outra forma, as evidências extraídas da genética não confirmam de modo inequívoco a tese Darwinista duma progressão gradual das formas de vida, provenientes duma mesma linha evolutiva. Tal como afirmado pelos próprios evolucionistas, é possível usar a genética actual para confirmar a origem independente das formas de vida.

Claro que quem está mais informado em relação ao debate evolucionismo versus criacionismo vê imediatamente que o “aparecimento independente” é precisamente o que o criacionismo defende (com as formas de vida a terem uma origem independente uma das outras).

Portanto, quando o professor Bertone tenta usar a genética como evidência da sua fé, ele está várias décadas atrasado em relação à ciência.

Em relação ao “aperfeiçoamento dos métodos de datação de fósseis”, pode-se dizer que os fósseis continuam a ser um problema grave para o gradualismo evolutivo. Tal como dito em cima, não só a datação evolutiva não funciona, como temos hoje em dia fósseis suficientes para podermos gerar uma imagem do passado. O que se pode dizer é que a imagem que os fósseis nos dão não é duma progressão gradual evolutiva, mas sim daquilo que os próprios paleontólogos evolucionistas deram o nome de “aparecimento abrupto” e “stasis”.

Este padrão fóssil é tão óbvio e tão sólido que dois evolucionistas viram-se obrigados a deixar de lado o gradualismo Neo-Darwiniano em favor do “equilíbrio pontuado” [punctuated equilibrium].

Basicamente, equilíbrio pontuado é uma teoria evolutiva proposta pelos paleontólogos norte-americanos Niles Eldredge e Stephen Jay Gould em 1972, que propõe que a maior parte das populações de organismos de reprodução sexuada experimentam pouca mudança ao longo do tempo geológico e, quando mudanças evolutivas no fenótipo ocorrem, elas se dão de forma rara e localizada em eventos rápidos de especiação denominados cladogênese.

Segundo estes dois evolucionistas, esta teoria “explica” o porquê do registo fóssil não disponibilizar evidência alguma do gradualismo clássico proposto por Darwin e pela esmagadora maioria dos seus seguidores.

Só que, como tudo o que os evolucionistas afirmam, nós temos que saber ver para além da ilusão.

O que esta teoria admite é que os fósseis não estão de acordo com a teoria da evolução, mas a forma de resolver isso é propor outra teoria da evolução que não precisa de fósseis (?). Claro que há outra hipótese que nenhum evolucionista está disposto a considerar: talvez a evolução nunca aconteceu, e deve ser por isso que os fósseis não a confirmam.

Mais uma vez, o professor Bertone está pelo menos 40 anos atrasado em relação ao seu conhecimento científico.

Hoje, embora renomados cientistas possam enquadrar a evolução como uma fraude, essa não é uma visão compartilhada pela maior parte da comunidade científica internacional e entre afirmar a falsidade de uma teoria e apresentar provas concretas disso há um enorme abismo.

Primeiro que tudo, o facto da “maior parte da comunidade científica” defender algo não significa que seja verdade. Afinal, durante várias décadas a “maior parte da comunidade científica” defendeu a veracidade do Piltdown Man.

Segundo, de certo que há um enorme abismo entre afirmar algo, e comprovar o que se afirma. Mas é por isso mesmo que o mundo continua à espera de algum tipo de evidência que confirme o assim chamado “processo evolutivo”.

Qual é a força natural com a capacidade de transformar um animal terrestre numa baleia? Qual é a força natural capaz de evoluir um réptil para uma áve? É possível um sistema de informação surgir como efeito de forças não inteligentes? Estas e outras questões têm que ser respondidas pelos evolucionistas se eles querem que a sua teoria seja mais do que uma visão religiosa do mundo.

Terceiro: ainda bem que o professor Bertone admite que existem vários “cientistas  renomados” que qualificam a teoria da evolução de fraude. Seria interessante saber se o professor Bertone acredita que estes cientistas fundamentam as suas reservas em relação à teoria da evolução na religião ou na ciência.

Mas em geral isso é feito em nome de uma fé religiosa e da reafirmação do criacionismo bíblico.

Portanto, segundo o professor Bertone, os “cientistas renomados” que “enquadram a teoria da evolução como uma fraude” são motivados pela religião e não pelas evidências científicas. Mas, tal como ficou demonstrado em cima, hoje em dia temos ateus a afirmar que a teoria da evolução não está de acordo com os factos (Jerry Fodor e Massimo Piatelli).

Rejeitar a ciência por causa da fé tem se mostrado uma atitude leviana há séculos

Mas ninguém está a “rejeitar a ciência por causa da fé”; o que se está a rejeitar é a teoria da evolução por causa da ciência.

pelo menos desde que a Igreja tentou silenciar Galileu por ratificar a teoria copernicana.

A Igreja não tentou “silenciar Galileu” mas sim tentar que este homem agisse mais como um cientista e menos como alguém com qualificações para inventar interpretações Bíblicas.

Hoje podemos ver em contextos variados que a reclusão da ciência aos muros da religião não  produz nada além de obscurantismo e tende a reduzi-la a reprodutora de dogmas.

Qual “ciência”? Qual “religião”? O professor Bertone não diz. O que o professor Bertone diz é que a “ciência” (seja qual ela for) tem que ser liberta dos “muros da religião”,  precisamente no mesmo século onde a “ciência” ateísta tem sido usada para se criar melhores formas de matar bebés, eutanásia, e cerca de 70 anos depois da “ciência” ateísta nos ter dado a bomba atómica.

Isso talvez explique, em parte, porque a religião está em vias de desaparecer em algumas sociedades.

Muito provavelmente o professor Bertone está a falar das sociedades do Norte da Europa onde o Cristianismo está a desaparecer, mas onde também as pessoas locais estão a desaparecer. O professor Bertone, tal como todos os anti-Cristãos, fundamenta a sua retórica em países com taxas de substituição abaixo do nível de continuidade, e usa isso como um “sucesso” da “ciência” e um “fracasso” do Cristianismo.

O professor Bertone realmente pensa que o facto do Cristianismo esta a morrer em países que estão a morrer em termos de natalidade, é uma evidência contra o Cristianismo. Mas o professor Bertone, tal como a maioria dos anti-Cristãos, não faz nenhum tipo de ligação entre a baixa natalidade e a perda de fé Cristã. Pior ainda, longe de serem países onde a religião está a “morrer”, os países Nórdicos estão a experimentar um influxo maciço de pessoas de outra religião: o islão.

É preciso que a religião repense seu papel diante do mundo e cultive um tipo de espiritualidade que não engesse o pensamento crítico e a capacidade humana de questionar e buscar respostas.

O Cristianismo nunca “engessou o pensamento crítica e a capacidade humana de questionar e buscar respostas”. Pelo contrário, a ciência moderna é um dos muitos frutos do Cristianismo. John D. Barrow, escrevendo no “The World Within the World” comenta:

Já foi mesmo sugerido que essa visão [Cristã] teve um papel determinante no desenvolvimento bem sucedido da ciência nas culturas Ocidentais, e isso aconteceu porque essas culturas foram influenciadas pela tradição Judaico-Cristã, que promulgou a fé na racionalidade e na ordem da Natureza durante um período da história em que as ideias humanas estavam intimamente ligadas a todo o tipo de noções mágicas e ocultas.

Mais uma vez, para um professor de História, Bertone não parece saber muito sobre a História. Talvez seja o seu anti-criacionismo a “engessar o pensamento crítico” e a sua capacidade humana de “questionar e buscar respostas”.

Mats

Advertisement

About Mats

"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
This entry was posted in Biologia and tagged , , , , , , , , , . Bookmark the permalink.

15 Responses to A anti-científica obsessão bertonista

  1. Ana Silva says:

    Algumas questões relativas ao texto postado (parte I):

    “Pior ainda, segundo o que se sabe, quando Darwin publicou o seu livro, a comunidade científica da altura foi bastante crítica em relação ao mesmo.”

    É verdade. Mas este argumento é uma falácia. O facto de o trabalho de Darwin ter sido questionado na época pelos seus pares não implica que a teoria da evolução não seja agora uma teoria científica válida.

    Exemplos disto abundam na ciência. Por exemplo:

    – “Segundo o que se sabe, quando Einstein publicou os seus artigos [sobre a teoria da relatividade], a comunidade científica da altura foi bastante crítica em relação aos mesmos.”

    – “Segundo o que se sabe, quando Dalton publicou os seus artigos [sobre a teoria atómica], a comunidade científica da altura foi bastante crítica em relação aos mesmos.”

    Estas frases por si só são verdadeiras. No entanto a teoria da relatividade e a teoria atómica são hoje aceites como teorias científicas válidas.

    “Uma das críticas que os cientistas fizeram aos mitos de Darwin é essencialmente a mesma que os cientistas criacionistas actuais fazem: não há evidências de algum tipo de gradualismo evolutivo no registo fóssil.”

    Olhe que não. Em primeiro lugar existem os fósseis de transição (ver, por exemplo, http://www.talkorigins.org/faqs/faq-transitional.html). Depois existe o facto de que não existem fósseis de animais ou plantas terrestres anteriores aos fósseis marinhos mais antigos conhecidos. Depois existe o facto de muitos fósseis apontarem para uma especialização de animais (em que fósseis mais novos demonstram melhor adaptação ao meio de que fósseis mais antigos) e plantas (as plantas angiospérmicas só aparecem no registo fóssil depois das plantas gimnospérmicas, por exemplo). Finalmente… ainda não foram encontrados fósseis de coelho (ou de outro qualquer mamífero) em rochas do período câmbrico.

    “Mas os cientistas do tempo de Darwin não se deixaram enganar.”

    John Herschel era um astrónomo. James Maxwell era um físico. Nenhum era biólogo.

    E, já agora… “segundo o que se sabe, quando Maxwell publicou os seus artigos [sobre o electromagnetismo], a comunidade científica da altura [também] foi bastante crítica em relação aos mesmos.” (o seja, segundo a lógica do texto postado também “os cientistas do tempo de Maxwell não se deixaram enganar.”

    “A crença de que o ser humano evoluiu dum animal é uma crença bem difundida junto das mais variadas culturas do globo; o que varia é o animal. Para aqueles que acreditam que o ser humano procede dum animal não parece que haja um limite para o animal particular usado como ancestral. Os Wanika, na África Oriental, acreditam que eles vieram das hienas. Outra tribo africana nomeia os hipopótamos como ancestral dos seres humanos. Os nativos do Madagáscar alegam que o primeiro da sua linhagem foi um lémure, um animal nocturno parecido com os macacos.”

    Este é um típico exemplo de falsa analogia. As crenças mitológicas dos povos citados não são baseadas em factos concretos. A possibilidade de o homem e os outros símios (e de símios e outros primatas) terem um passado comum é baseada em factos concretos (morfológicos, fisiológicos, genéticos, paleontológicos, entre outros).

    “Mais em cima no post foram listados alguns cientistas dos dias de Darwin que eram contra a sua teoria […]; actualmente, a lista não para de crescer e, com o avanço da ciência, não parece que o crescimento do número de cientistas contra a teoria da evolução pare tão cedo.”

    A irrelevância desta lista é demonstrada por uma lista rival, o Projecto Steve, criada de propósito para mostar tal irrelevância (http://ncse.com/news/2014/01/project-steve-n-1300-0015306). Apenas cientistas com nomes “variantes” de Steve podem subscrever esta lista. Ainda assim, no início de 2014 o Project Steve contava com 1300 assinaturas (a 26/1/2015 – última actualização – eram já 1380). Segundo a lista indicada no site http://dissentfromdarwin.org/ a “lista que não para de crescer” tinha em Setembro de 2015 pouco menos de 1000 subscritores.

    “O criacionismo e o evolucionismo “não podem ser comparados”, mas sempre que os evolucionistas defendem a sua teoria, eles mesmos tomam o cuidado de afirmar que a única alternativa à teoria da evolução é o criacionismo.”

    Pensava que eram apenas os criacionistas que faziam esta afirmação. É pena que aqui, neste caso concreto, não haja links com exemplos de “evolucionistas” que fazem isto. Alguém pode apresentar exemplos concretos?

    “os evolucionistas tomam o cuidado de revelar que a sua teoria “refuta” o criacionismo precisamente porque o evolucionismo e o criacionismo estão no mesmo nível de discussão, o religioso.

    Pensava que eram apenas os criacionistas que afirmavam que “o evolucionismo e o criacionismo estão no mesmo nível de discussão, o religioso.”. Mais uma vez é pena que aqui, neste caso concreto, não haja links com exemplos de “evolucionistas” que fazem isto. Alguém pode apresentar exemplos concretos?

    “É curioso alguns evolucionistas dizerem que a Teoria do Design Inteligente (TDI) já foi “refutada” ao mesmo tempo que dizem que ela não pode ser testada, e desde logo, não pode ser “refutada”. Como foi que os evolucionistas “refutaram” uma teoria que (segundo eles) “não pode ser testada”? “

    O design inteligente não pode ser testado porque (por admissão dos seus próprios defensores) não é possível saber o modo de actuação do designer. Como não foi proposto nenhum mecanismo de actuação é impossível TESTAR qualquer mecanismo de atuação (porque não é possível testar algo que não se conhece).

    O designe inteligente foi refutado porque: (1) existem sistema de complexidade irredutível para os quais se conhece a origem (como o ciclo de Krebs); (2) sistemas apresentados como exemplos de sistemas de complexidade irredutível revelaram-se mais tarde não ser assim (como o sistema de coagulação e o flagelo).

    Like

    • Rogers Silva says:

      Oi Ana Silva poderia me dizer onde que o flagelo bacteriano não se encaixa em um exemplo da TDI ?

      Mats, falar sobre Darwin é cansativo, os adeptos da T.E nunca vão admitir que os Elos perdidos na realidade são apenas fósseis de animais que dão vagamente a ideia de uma transição. Por exemplo o Celecanto/ Tiktaalik/ Panderichthys estão todos hoje excluídos como Elo perdido, quem quiser saber mais entre nos links abaixo, pois não vou postar aqui para não estender muito a postagem:

      Detalhes sobre o Tiktaalik
      http://reasonandscience.heavenforum.org/t1891-tiktaalik-a-missing-link#3161

      Detalhes sobre recentes descobertas que refutam o Tiktaalik e o Panderichthys como Elo, por estarem atrasados em suas supostas evolução para colonizar a terra.
      ‘. They force a radical reassessment of the timing, ecology and environmental setting of the fish–tetrapod transition, as well as the completeness of the body fossil record”

      http://www.nature.com/nature/journal/v463/n7277/full/nature08623.html

      Felizmente a ciência literalmente DESTRÓI cientificamente cada elo perdido e provas vivas como o Celecanto estão ai para condenar o superficialismo dos supostos elos perdidos sustentado por grande imaginação.

      O wikipedia ainda aponta o Tiktaalik como elo para os Tetrápodes com uma foto bonitinha dele saindo da água, quem não pesquisa acredita… E por essas e outras que eu odeio veículos de informações como a televisão, sistema que visa te doutrinar no que o canal acredita e deseja para seu público.

      Vejo como única esperança para um adepto da T.E mudar a mente é olhar para frente é com exemplos sobre TDI e a Bíblia, não adianta destruir os seus elos perdidos, pois eles sempre vão fugir para um próximo fóssil…

      A propósito:

      Engrenagens funcionais em um inseto:

      http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/09/inseto-utiliza-engrenagens-nas-pernas-para-realizar-saltos-veja-video.html

      Mosca com desenho de formiga nas asas:
      http://hypescience.com/mosca-possui-desenho-de-formiga-nas-asas-supostamente-para-protecao/

      Like

      • Ana Silva says:

        Rogers:

        [Nota: Respondo à pergunta que me dirigiu directamente a mim, porque fiquei com a sensação de que o resto do texto não me é directamente dirigido.]

        “Poderia me dizer onde que o flagelo bacteriano não se encaixa em um exemplo da TDI?”

        O flagelo bacteriano foi apresentado como um exemplo de um sistema de complexidade irredutível por Michael Behe no seu livro de 1996, “A caixa negra de Darwin”. De acordo com a noção de sistema de complexidade irredutível apresentado por Behe e também por William Dembski um sistema de complexidade irredutível:

        1º – é um sistema biológico que se retirarmos qualquer parte deixa totalmente de funcionar e torna-se inútil (“um único sistema composto de diversas partes em interacção que contribuem para o comprimento da sua função principal e no qual a remoção de alguma das suas partes provocaria uma quebra no seu funcionamento global”, [Behe (1996). “A caixa negra de Darwin”);
        2º – o evento da sua criação tem uma probabilidade tão, (mesmo) tão reduzida de ter sido criado de forma natural que o sistema só pode resultar da acção de um designer inteligente.

        Sabe-se hoje que o 1º ponto está errado. A estrutura do flagelo bacteriano varia de bactéria para bactéria, facto que, pelo que pude perceber, não é referido por Behe no seu livro.É verdade que o flagelo da E. coli é constituído por perto de 40 proteínas diferentes. Mas várias destas proteínas são também usadas pela bactéria em outros sistemas, também eles funcionais, como portões de entrada-saída de biomoléculas pela membrana celular, ou sistemas secretórios do tipo “agulha”.

        Portanto partes do flagelo são funcionais, quer por si só, quer associados a outros sistemas. Apenas têm uma função diferente. Se não estiver completo o sistema não é forçosamente inútil, porque pode ainda funcionar (embora não para a sua “função principal”) e não ocorre “uma quebra no seu funcionamento global”.

        O contrário do 2º ponto é mais difícil de provar e acredito que muitos defensores do design inteligente nunca o aceitarão, porque não é possível apresentar uma prova inerrante (ou seja, uma prova infalível ou fixa). No entanto existem já estudos que apresentam hipóteses de elevada probabilidade para o surgimento do flagelo bacteriano. Estas hipóteses baseiam-se exactamente no facto de tantas das proteínas usadas no flagelo bacteriano serem usadas pelas bactérias em outros sistemas e para outras funções.

        Pode encontrar um resumo no capítulo 6 do livro “Why Intelligent Design Fails – A Scientific Critique of the New Creationism”, editado por Matt Young e Taner Edis, em inglês (https://books.google.pt/books?id=hYLKdtlVeQgC&pg=PA72&lpg=PA72&dq=evolution+of+the+bacterial+flagellum+ian+musgrave&source=bl&ots=aHa4EhF5fB&sig=0JtdC5JNIqZw3oypI1hmpYrOW5c&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwi0waOL9aPJAhXG2xoKHWd5BT8Q6AEIQzAE#v=onepage&q=evolution%20of%20the%20bacterial%20flagellum%20ian%20musgrave&f=false).

        Mas este é um livro publicado em 2004. Acredito que nos últimos 10 anos terá aparecido mais informação sobre hipóteses muito plausíveis para a origem do flagelo bacteriano. Pode encontrar mais informação em dois artigos de Nicholas J. Matzke, de 2003 e de 2006. (http://www.talkdesign.org/faqs/flagellum.html e http://www.nature.com/nrmicro/journal/v4/n10/full/nrmicro1493.html).O último artigo foi publicado na revista Nature (e por isso não é directamente acessível), uma das mais importantes revistas de publicação de artigos científicos.

        Ainda em 2011 o site “Evolution News” publicou um texto de Jonathan M., “Michael Behe Hasn’t Been Refuted on the Flagellum” que tenta refutar a minha refutação do 2º ponto (http://www.evolutionnews.org/2011/03/michael_behe_hasnt_been_refute044801.html).

        O autor baseia-se na complexidade do processo de produção do flagelo bacteriano (e apresenta muita informação). Mas a complexidade, por si só, não é um factor que desmente o desenvolvimento, visto que as bactérias usam muitas das proteínas que integram o flagelo em outros sistemas com outras funções (como já referi).

        Para mim o facto de as proteínas do flagelo serem usadas pelas bactérias para outros fins acaba por refutar o argumento de Jonathan M.. Penso que o próprio autor tem noção disso, razão pela qual apresenta um parágrafo com o título “Porque é que a evolução do flagelo a partir do T3SS não funciona” (“Why the Flagellum Evolution From the T3SS Doesn’t Work”, no original). No entanto este parágrafo apresenta pouca informação e apenas um contra exemplo muito específico, relativo à utilização de apenas um dos sistemas alternativos que usa proteínas comuns ao flagelo e isto num contexto também muito específico (bactérias patogénicas do género Yersinea em interacção com o sistema imunológico do organismo passageiro):

        “Se você for uma bactéria [do género] Yersinea possuidor de um sistema secretor tipo-III a última coisa que deseja é exibir esses peptídeos flagelinos aos macrófagos.”

        E se for outra bactéria, noutro contexto, usando outro sistema? Também não dava?

        Like

    • jephsimple says:

      Ana,
      Alguns comentários meus não saíram desde minha ultima postagem…

       

      O design inteligente não pode ser testado porque (por admissão dos seus próprios defensores) não é possível saber o modo de actuação do designer. Como não foi proposto nenhum mecanismo de actuação é impossível TESTAR qualquer mecanismo de atuação (porque não é possível testar algo que não se conhece). – (Ana)

       

      Parece que a Ana não percebeu o objeto de estudo da TDI, ID está mergulhado, totalmente submerso, intrincado a informação… O mundo ID é sobre informação, pensou em ID? Logo, pense em informação!

      Segundo que isso sim, é um argumento de ignorância, além de situar num escopo meramente filosófico, e não num escopo da ciência experimental. A ciência experimental não explica tudo, não testa tudo.

      Oras, pelo fato de não podermos saber como o designer criou o design, NÃO QUER DIZER QUE NÃO EXISTEM SINAIS INCONFUNDÍVEIS DE DESIGN. Ou seja, será que o tal designer usou as mãos? Usou maquinas, estalou os dedos? Não, não sabemos, apenas no escopo filosófico, teológico se assume como o designer atuou, ou provavelmente atuou, ou talvez atuou, aliás no escopo teológico, assume-se que foi pela sua palavra (informação, Logos) que tudo foi criado, isso envolve NECESSARIAMENTE inteligencia e onipotência.

       

      Mas a TDI não está aqui pra estudar o designer, ou mesmo demonstrar como ele atuou, mas está bem claro que o designer desconhecido, teve de planejar, PENSAR, PROGRAMAR, escolher, organizar, houve vontade, antevidência e etc… Não se pode simplesmente dizer que isso ou aquilo é design, tem que haver uma demarcação séria, minuciosa, envolve matemática (probabilidades), lógica, traços, sinais e tem que haver uma distinção entre o que SÓ É PRODUZIDO POR ESCOLHA, INTELIGÊNCIA  e o que pode, em termos probabilísticos, acontecer quer por inteligência, quer não.

       

      Aliás, se alguém quer saber o que é a Teoria do Design Inteligente e o que NÃO É A TDI, é muito comum, e por muitos anos, evolucionistas (sem ofensas a Ana, não sei se ela costuma ler mais do ID) criaram espantalhos acerca da TDI e os utilizam até os dias de hoje…

      Mas aqui (meu blog) tem um pouco sobre a TDI:

      Um “teaser“:

      Muitos críticos do ID promovem versões falsas, espantalhos da TDI:

      O design inteligente afirma que a vida é tão complexa, que não poderia ter evoluído, portanto, ela foi projetada por uma inteligência sobrenatural.

      Pois então …

      +++ Parte AO que o design inteligente não é. +++

      1. ID não é somente um argumento negativo contra evolução.

      2. ID não é uma teoria sobre o designer ou sobre o sobrenatural.

      3. ID não é uma teoria de tudo.

       

      +++ Parte B... O que é o design inteligente.+++

      1. ID utiliza argumento positivo baseado em encontrar elevados níveis de informação complexa e especificada.

      2. O projeto inteligente é uma ciência histórica que é metodologicamente equivalente ao neo darwinismo.

      3. O design inteligente usa o método científico: ID e Bioquímica – ID e Paleontologia – ID e Sistemática – ID e Genética.

      Like

    • jephsimple says:

      Outra coisa a se esclarecer aqui, os evolucionistas partem dum pressuposto “pseudocientífico” de que não existe nada além do cosmos, nada além da natureza, ou seja, isso não é um pressuposto científico, isso é um pressuposto do naturalismo metafísico. 

      Então, quando a Ana diz que o design inteligente foi refutado… Primeiro ela deve nos dizer QUEM  exatamente refutou (foi uma pessoa, foram varias?Foi Darwin, foi Mendel?), QUANDO foi exatamente, e COMO foi exatamente? Foi uma refutação científica? Foi uma refutação filosófica?

      Assim, quando a Ana diz que o ID foi refutado, na realidade isso é relativo ao naturalismo metafísico, ou seja, o naturalismo afirma categoricamente que indubitavelmente, só existe o cosmos, só existe a natureza, assim não existe nada alem disso, então todas as respostas “cientificas” estão reduzidas a este cosmos, ou a natureza.

      Portanto, não é que seja uma refutação CIENTÍFICA, RACIONAL, LÓGICA, na verdade é apenas algo antagônico ao NM… 

      Essa afirmação dogmática, não é científica, nem mesmo é falsificável, nem testável (é?), não para os naturalistas! Oras, toma-se o NM como verdade indubitável, posteriormente o que não se enquadra nessa crença é falso, é refutado a priori …  

      Oras, só falta explicar a origem do cosmos, da informação (vida), não? Vamos lá, o cosmos, a vida, deve ter uma origem natural, sim? Afinal poderia existir uma causa fora do naturalismo metafísico para este cosmos e a vida? Aí o NM afunda-se numa falacia grosseira, onde a natureza só pode ter uma origem natural, isso é realmente algo do mundo racional? Do mundo lógico? Poderia se levar esse tipo de crença a sério?

      Bom, como não levamos essa crença a sério, sabemos, portando, que o ID não foi refutado ainda … E mais, o naturalismo metafisico é que tem sido algo absurdo, irracional, ilógico, contraditório, improvável. Um atraso para a liberdade acadêmica, um atraso para a ciência, uma vez que os que creem nele estão presos numa caixinha, e querem que todos os demais fiquem presos nessa caixinha minúscula junto com eles… “Mal sabem eles” (no fundo muitos sabem sim)  que a ciência não se importa com implicações, mesmo que ela destrua essa caixinha, qualquer caixinha.

      Enquanto isso, os naturalistas vão tentando explicar todo o cosmos, toda a vida, a mecânica quântica, a informação que permeia a própria quântica, a informação que permeia a vida, a mente humana, a consciência humana, as escolhas humanas, os amores, dores, sofrimentos, ódios, medos, alegrias, tudo dentro dessa caixinha minúscula, pobre, estúpida, irracional, sem propósito, sem sentido.

      Mas é muita magnitude, muito poder, muita inteligencia, muita complexidade, muita matemática, muita ordem, muitas características distintas, muitos paradoxos, pra essa caixinha reducionista incompetente.

      Humanos creem nela, nessa caixinha (naturalismo metafísico/materialismo filosófico) não por que ela seja verdade, ou uma ótima explicação, mas por que são livres.

      Like

  2. Ana Silva says:

    Algumas questões relativas ao texto postado (parte II):

    “Nas primeiras vêmos peixes a engolir os outros peixes, um evento que naturalmente não durou “milhões de anos”. Depois temos uma imagem dum animal marinho a dar à luz outro animal marinho, o que, mais uma vez, nunca poderia ter durado “milhões de anos”.”

    O processo de fossilização é um processo que dura “milhões de anos”. Por esta razão é que existem fosseis de tiranossauros mas não de mamutes ou de alces irlandeses (ossadas não são fosseis). Mas para que um animal (ou qualquer outro ser vivo) morto possa ser um bom candidato à fossilização têm de existir pré-requesitos. Uma possibilidade é um rápido soterramento. Pensa-se que estes acontecimentos estejam por detrás da formação dos fósseis encontrados nos Xistos de Burgess, por exemplo (http://paleobiology.si.edu/burgess/).

    Portanto a existência de fósseis de peixes a comerem outros peixes não exige que estes tenham resultado de “[um] evento global”, apenas de um “evento catastrófico”.

    Claro que um dilúvio pode provocar soterramentos. Mas não existem indícios de um dilúvio universal, nem mesmo nos fósseis.

    “Certamente que Lineu, um criacionista, não deu “contribuições importantes para a teoria evolucionista”. Tudo o que o criacionista Lineu fez foi criar um sistema de classificação dos animais. De facto, a taxonomia foi fortemente influenciada por Lineu (e até hoje a Biologia segue os seus preceitos hierárquicos e as normas por ele avançadas, como por exemplo o nome duplo de espécie e género em latim grafados em itálico).”

    “Certamente que Lineu, um criacionista” ficaria horrorizado com a forma como a sua classificação está de acordo com (na verdade SUPORTA) o conceito de um antepassado comum defendido pela teoria da evolução.

    “Tudo o que o criacionista Lineu fez foi criar um sistema de classificação dos animais” que está de acordo com a teoria da evolução, mesmo que essa não tenha sido a intensão deste cientista.

    “Até hoje a Biologia segue os seus preceitos hierárquicos e as normas por ele avançadas, como por exemplo o nome duplo de espécie e género em latim grafados em itálico”.

    Isso não quer dizer que a classificação de seres vivos de Lineu seja ainda hoje usada sem alterações e adaptações ao conhecimento actual (ver, por exemplo, https://en.wikipedia.org/wiki/Linnaean_taxonomy#Alternatives)

    “o nome duplo de espécie e género em latim grafados em itálico” é uma convenção que resulta muito bem. Logo, para quê mudar?

    “Maciej Giertych, professor de genética, afirma…”

    O texto “linkado” no verbo afirmar tem vários problemas (que eu referi num comentário que postei nesse mesmo texto às 19.08 de 31/08/2014, https://darwinismo.wordpress.com/2014/08/29/professor-de-genetica/). O texto postado também apresenta o Porf. Maciej Giertych como uma fonte de autoridade (“já escrevi volumes monográficos (em torno de várias espécies de árvores) para o Instituto de Dendrologia da Academia Polaca de Ciências, onde trabalho.”), o que é uma má argumentação e um mau princípio (não há-de ser muito difícil encontrar “volumes monográficos” escritos “para o Instituto de Dendrologia da Academia Polaca de Ciências” cheios de incorrecções e erros).

    “Pior ainda, testes genéticos levados a cabo nos tentilhões refutam mitos darwinistas”.

    Não compreendo o recurso ao texto “linkado” a esta frase. O texto em causa tem erros graves de argumentação, que revelam que o seu autor original realmente não leu com atenção o artigo científico que usa como base (como eu referi numa série de comentários a esse texto, a começar no dia 04/04/2015, às 17.39, https://darwinismo.wordpress.com/2015/04/04/testes-geneticos-contra-teoria-da-evolucao/).

    Like

    • Jephsimple

      Lamento interferir, é que a Ana já está começando a me irritar com a insistência dela nas mesmas, perdão, bobagens.

      * O processo de fossilização é um processo que dura “milhões de anos”.
      – Daí há tecidos fossilizados em fósseis. Oh man!
      * ficaria horrorizado com a forma como a sua classificação está de acordo com (na verdade SUPORTA) o conceito de um antepassado comum defendido pela teoria da evolução.
      – Isso se enquadra exatamente no que eu já disse: uma bobagem. Quem é que fica criando cada vez mais classificações, usando diversos métodos (cof cof cladística) que são, no mínimo, bizarros, para construir árvores filogenéticas?
      * Isso não quer dizer que a classificação de seres vivos de Lineu seja ainda hoje usada sem alterações e adaptações ao conhecimento actual
      – Conhecimento = fé evolucionista.

      Portanto, só vejo defesa de um mito miserável e uma tentativa de defender a construção de uma hipotética árvore-da-vida com base em classificações, muitas dessas sendo criadas já pressupondo a ancestralidade comum universal, portanto, um argumento circular.

      Like

    • Rogers Silva says:

      Ana Silva

      Quando puder comente minha postagem gostaria de saber o que tem em mente.

      Like

      • Ana Silva says:

        Rogers e Mats:

        Acabei de publicar uma resposta ao pedido do Rogers, mas ela não apareceu. Possivelmente foi para o spam.

        Like

    • Rogers Silva says:

      Ola Ana obrigado por responder seu pensamento em detalhes sobre o flagelo, desculpe a demora em responder, pois tinha quase desistido de receber um retorno seu. Vou colocar minhas observações sobre isso que você pode não ter notado:

      O flagelo não só possui um sistema completo e funcional como é igual a um motor de popa inventado pelo homem(só não tem o controle visto que só o animal o controla). Baseando no seu pensamento significa que embora não há microrganismo em transição para evoluir até o flagelo, você da como certa que ocorreu uma evolução gradual. Você está usando um argumento sobre o desconhecida transição ou (provavelmente inexistente) para refutar algo que existe sendo exemplo T.D.I tanto em aspecto físico como um sistema completo e funcional.

      O restante da minha postagem não me direcionei diretamente a você, mas certamente seria interessante saber o que você pensa a respeito:

      Os adeptos da T.E nunca vão admitir que os Elos perdidos na realidade são apenas fósseis de animais que dão vagamente a ideia de uma transição. Por exemplo o Celecanto/ Tiktaalik/ Panderichthys estão todos hoje excluídos como Elo perdido, quem quiser saber mais entre nos links abaixo, pois não vou postar aqui para não estender muito a postagem:

      Detalhes sobre o Tiktaalik
      http://reasonandscience.heavenforum.org/t1891-tiktaalik-a-missing-link#3161

      Detalhes sobre recentes descobertas que refutam o Tiktaalik e o Panderichthys como Elo, por estarem atrasados em suas supostas evolução para colonizar a terra.
      ‘. They force a radical reassessment of the timing, ecology and environmental setting of the fish–tetrapod transition, as well as the completeness of the body fossil record”

      http://www.nature.com/nature/journal/v463/n7277/full/nature08623.html

      Felizmente a ciência literalmente DESTRÓI cientificamente cada elo perdido e provas vivas como o Celecanto estão ai para condenar o superficialismo dos supostos elos perdidos sustentado por grande imaginação.

      O wikipedia ainda aponta o Tiktaalik como elo para os Tetrápodes com uma foto bonitinha dele saindo da água, quem não pesquisa acredita… E por essas e outras que eu odeio veículos de informações como a televisão, sistema que visa te doutrinar no que o canal acredita e deseja para seu público.

      Vejo como única esperança para um adepto da T.E mudar a mente é olhar para frente é com exemplos sobre TDI e a Bíblia, não adianta destruir os seus elos perdidos, pois eles sempre vão fugir para um próximo fóssil…

      A propósito:

      Engrenagens funcionais em um inseto:

      http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/09/inseto-utiliza-engrenagens-nas-pernas-para-realizar-saltos-veja-video.html

      Mosca com desenho de formiga nas asas:
      http://hypescience.com/mosca-possui-desenho-de-formiga-nas-asas-supostamente-para-protecao/

      OBS: Já postei duas ou três vezes sobre as engrenagens no inseto e sobre o mimetismo perfeito da mosca e nenhuma vez você se manifestou sobre isso. Ficaria feliz em conhecer o que você pensa.

      Like

  3. dvilllar says:

    Em duas respostas ao Miguel o “professor” Bertone repete que “a Evolução é a base de toda ciência” (isso porque ele sugere ter feito um “bom ensino médio”).Nem mesmo a dupla de comediantes Sam Harris e Richard Dawkins seria tão atrevida.

    As universidades brasileiras são fábricas de comunistas, inclusive as ligadas a instituições religiosas.

    Parece uma coincidência surpreendente, mas até Olavo de Carvalho já esculachou o “historiador” Bertone.

    Liked by 1 person

  4. A ciência é filha da verdade, não da autoridade.

    Like

Todos os comentários contendo demagogia, insultos, blasfémias, alegações fora do contexto, "deus" em vez de Deus, "bíblia" em vez de "Bíblia", só links e pura idiotice, serão apagados. Se vais comentar, primeiro vê se o que vais dizer tem alguma coisa em comum com o que está a ser discutido. Se não tem (e se não justificares o comentário fora do contexto) então nem te dês ao trabalho.

Fill in your details below or click an icon to log in:

WordPress.com Logo

You are commenting using your WordPress.com account. Log Out /  Change )

Facebook photo

You are commenting using your Facebook account. Log Out /  Change )

Connecting to %s