O que os evolucionistas não revelam sobre os seus “métodos de datação”

Por Marcos Sabino

A datação radiométrica é o procedimento através do qual os geólogos tentam estimar a idade de uma rocha, baseando-se no processo de desintegração radioactiva de determinados elementos instáveis. As rochas possuem certos elementos instáveis, o que significa que o núcleo dos seus átomos se desintegra espontaneamente, permitindo a transformação dos referidos elementos (chamados isótopos-pai) noutros diferentes mais estáveis (isótopos-filho).

O evolucionista refere muito estes métodos como evidência da extrema antiguidade da Terra, como se a medição da quantidade de isótopos numa rocha revelasse directamente a idade da mesma. O Cristão que acredita na Bíblia deve ter em mente as pressuposições assumidas pelos geólogos quando utilizam estes métodos.

Na palestra em Espinho, um dos presentes referiu um destes métodos para afirmar que a ciência provou que a Terra tem mais que 10.000 anos. Eu perguntei se ele sabia as pressuposições dos geólogos ao utilizar estes métodos. Como a resposta foi negativa, utilizei um exemplo para mostrar o que é assumido na datação radiométrica.

TorneiraDesenhei no quadro um esquema como o que se encontra à esquerda deste post, com variáveis diferentes. Vou falar como se tivesse utilizado as variáveis presentes nesta ilustração, para facilitar a compreensão.

Perguntei quanto tempo demorou para o copo ficar com aquela quantidade de água, com base nos valores conhecidos. A resposta foi rápida: 6 horas! Perguntei se os restantes concordavam. Todos concordaram.

Eu disse “muito bem” e em seguida perguntei se tinham notado aquilo que eles assumiram para avançarem com essa resposta. Uma voz disse: “Que a torneira esteve sempre a correr à mesma velocidade“. Eu disse “muito bem” e perguntei: “E quanto ao copo?“. Da audiência veio outra resposta: “Que o copo estava vazio quando a torneira começou a correr“.

Fiquei contente porque as pessoas deram conta daquilo que elas tiveram de assumir para chegar à resposta das “6 horas“. E ainda faltou referir outra coisa que foi assumida: que não houve “contaminação” externa, isto é, que a água do copo só veio da torneira.

Voltando à datação radiométrica

Pois é, com a datação radiométrica acontece precisamente a mesma coisa. Os geólogos assumem:

1) Que a taxa de decaimento dos isótopos radioactivos foi sempre constante;

2) Que não houve contaminação externa (isto é, que nenhuma quantidade de isótopos-pai ou isótopos-filho entrou ou saiu da amostra);

3) Que as condições iniciais da amostra são conhecidas (isto é, que não havia isótopos-filho na amostra).

CONCLUSÃO

É bom ter em mente o que está por trás dos métodos de datação radiométrica. Uma coisa é medir a quantidade de isótopos-pai e isótopos-filho presentes em determinada rocha. Isso é possível fazer com grande precisão. Outra coisa totalmente diferente é extrapolar essa observação para determinar a idade da rocha em questão. Isso depende de factores não observados e não conhecidos que simplesmente se têm de assumir. Não dá para voltar atrás no tempo até à altura em que a rocha se começou a formar e acompanhar o seu desenvolvimento.

~ ~ http://bit.ly/1UCoNHJ

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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4 Responses to O que os evolucionistas não revelam sobre os seus “métodos de datação”

  1. Hezio says:

    As metodologias de datação radiométricas estão solidamente estabelecidas na ciência, a sua validade ou não é assunto fora de questão no meio científico. A escolha de amostras apropriadas para datação, bem como os cuidados necessários no seu manuseio e preparação, são feitos por procedimentos claros, bem definidos e estabelecidos. Pressuposições na ciência não são afirmações levianas negligentes e desprovidas de qualquer critério. Pressuposições dentro de limites bem estabelecidos, definidos dentro da margem de erro inerente ao método e que reconhecidamente não influencia significativamente o resultado final, são perfeitamente aceitáveis e até necessários em ciência. Nada na natureza é exato e preciso. É muita ingenuidade achar que esses fatores não são levados em conta pelos cientistas com a devida seriedade, como se fossem um bando de amadores irresponsáveis. Amostras apropriadas para datação que atendam esses critérios são encontráveis na natureza e cuidadosamente selecionadas.
    As taxas de decaimento radioativo são constantes sim. Até hoje não há nenhuma evidência, fato ou dado consistente que mostre o contrário. Também não há nenhuma razão sensata para supor que elas tenham sido diferentes no passado. Quem afirma que elas não são constantes que trate de demonstrar com evidências, fatos e dados coerentes, consistentes e convincentes. Métodos radiométricos são perfeitamente testáveis, reprodutíveis e de domínio público, estando à disposição de qualquer pessoa que disponha de recursos e queira testá-los. Mesmo assim, independente de qual seja a amostra e de quão negligente seja a condução do ensaio, os resultados continuarão dando milhões de anos. Ensaios mal conduzidos com amostras inadequadas não vão resultar na idade correta, mas com certeza não dará também menos de 6000 anos como os religiosos querem. A única maneira de obter idades com menos de 6000 anos nesses ensaios é distorcendo os dados para produzir o resultado que se deseja.
    Quem diz que as rochas têm milhões de anos são os dados do mundo e não os cientistas, estes apenas extraem esses dados com ensaios procedimentados, testáveis e reprodutíveis. Não se trata de nenhuma invenção ou conspiração para desbancar crenças religiosas. Aliás, quem determina idades de rochas são os geólogos e geofísicos e não os biólogos envolucionários.

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  2. Elvis Carlos Dos Santos says:

    Oi, por favor faça(m) um artigo (ou mais) com uma lista de:
    1)Livros, Audiolivros ou e-Livros sobre Criacionismo e Métodos de Datação tanto grátis quanto pagos;

    2)Sites/Pages nacionais (ou em portugues) e internacionais (em ingles, especialmente) sobre Criação e Datação (que eu pessoalmente vejo falar-se pouco e principalmente de forma específica) desde Cosmologia, passando por Geologia, até Biologia além é claro dos sítios da Central Criacionista;

    3)Nomes e sítios/páginas de cientistas/tecnólogos que são Criacionistas e 4) e outros ao menos defendem traços/fragmentos de Criacionismo como os Tedeistas ou Neo-Lamarckistas.

    Muito Obrigado. No aguardo.

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