Não há ciência moderna sem o Cristianismo

Por Sarah Salviander

Quantas vezes é que ouvimos dizer que o Cristianismo não é compatível com a ciência? Da próxima vez que alguém disser isso, mostrem-lhe a lista de Cristãos dentro do mundo da ciência e da tecnologia, e perguntem-lhe como foi possível que tantos Cristãos tenham feito tantas contribuições para a ciência e para a tecnologia, apesar dessa incompatibilidade:

John Philoponus
Bede the Venerable
Rabanus Maurus
Leo the Mathematician
Hunayn ibn Ishaq
Pope Sylvester II
Hermann of Reichenau
Hugh of Saint Victor
William of Conches
Hildegard of Bingen
Robert Grosseteste
Pope John XXI
Albertus Magnus
Roger Bacon
Theodoric of Freiberg
Thomas Bradwardine
William of Ockham
Jean Buridan
Nicephorus Gregoras
Nicole Oresme
Nicholas of Cusa
Otto Brunfels
Nicolaus Copernicus
Michael Servetus
Michael Stifel
William Turner
Ignazio Danti
Giordano Bruno
Bartholomaeus Pitiscus
John Napier
Johannes Kepler
Galileo Galilei
Laurentius Gothus
Marin Mersenne
René Descartes
Pierre Gassendi
Anton Maria of Rheita
Blaise Pascal
Isaac Barrow
Juan Lobkowitz
Seth Ward
Robert Boyle
John Wallis
John Ray
Gottfried Leibniz
Isaac Newton
Colin Maclaurin
Stephen Hales
Thomas Bayes
Firmin Abauzit
Emanuel Swedenborg
Carolus Linnaeus
Leonhard Euler
Maria Gaetana Agnesi
Joseph Priestley
Isaac Milner
Samuel Vince
Linthus Gregory
Bernhard Bolzano
William Buckland
Agustin-Louis Cauchy
Lars Levi Læstadius
George Boole
Edward Hitchcock
William Whewell
Michael Faraday
Charles Babbage
Adam Sedgwick
Temple Chevallier
John Bachman
Robert Main
James Clerk Maxwell
Andrew Pritchard
Arnold Henry Guyot
Gregor Mendel
Philip Henry Gosse
Asa Gray
Francesco Faà di Bruno
Julian Tenison Woods
James Prescott Joule
Heinrich Hertz
James Dwight Dana
Louis Pasteur
George Jackson Mivart
Armand David
George Stokes
George Salmon
Henry Baker Tristram
Lord Kelvin
Pierre Duhem
Georg Cantor
Henrietta Swan Leavitt
Dmitri Egorov
Mihajlo Idvorski Pupin
Pavel Florensky
Agnes Giberne
J. J. Thomson *
John Ambrose Fleming
Max Planck *
Edward Arthur Milne
Robert Millikan
Charles Stine
E. T. Whittaker
Arthur Compton *
Ronald Fisher
Georges Lemaître
Otto Hahn *
David Lack
Charles Coulson
George R. Price
Theodosius Dobzhansky
Werner Heisenberg
Michael Polanyi
Henry Eyring
Sewall Wright
William G. Pollard
Aldert van der Ziel
Mary Celine Fasenmyer
John Eccles *
Carlos Chagas Filho
Sir Robert Boyd
Richard Smalley *
Mariano Artigas
Arthur Peacocke
C. F. von Weizsäcker
Stanley Jaki
Allan Sandage
Charles Hard Townes *
Ian Barbour
Freeman Dyson
Richard H. Bube
Antonino Zichichi
John Polkinghorne
Owen Gingerich
John T. Houghton
Russell Stannard
R. J. Berry
Gerhard Ertl *
Michal Heller
Robert Griffiths
Ghilean Prance
Donald Knuth
George Frances Rayner Ellis
Colin Humphreys
John Suppe
Eric Priest
Christopher Isham
Henry F. Schaefer, III
Joel Primack
Robert T. Bakker
Joan Roughgarden
William D. Philips *
Kenneth R. Miller
Francis Collins
Noella Marcillino
Simon Conway Morris
John D. Barrow
Denis Alexander
Don Page
Stephen Barr
Brian Kobilka *
Karl W. Giberson
Martin Nowak
John Lennox
Jennifer Wiseman
Ard Louis
Larry Wall
Justin L. Barrett

(Os nomes seguidos por um * são aqueles que receberam um prémio Nobel)

roger_bacon_globo_inventor_metodo_cientificoNão se esqueçam de salientar que foi Roger Bacon, um monge Franciscano, quem avançou com o método científico, e, desde logo, foi o primeiro cientista moderno. Se por acaso o crítico tiver alguma resposta a isto, é bem provável que essa resposta nada mais seja que um agitar de mãos, seguida da alegação de que a fé Cristã destes cientistas de maneira nenhuma está relacionada com o seu sucesso científico.

Claro que isto está bem longe da verdade, e embora não seja nada de surpreendente que um critico do Cristianismo seja ignorante tanto da lista de cima, como do papel do Crisitanismo no desenvolvimento da ciência moderna, é bastante surpreendente – pelo menos para mim – que os Cristãos também estejam em larga parte ignorantes em relação a estes factos.

Quando eu mostrei pela primeira vez esta lista a uma audiência Cristã durante uma das minhas palestras, sentiu-se um sobressalto audível. A maior parte dos Cristãos não só não está ciente de que alegação duma incompatibilidade é falsa, como também não estão cientes de que a longa lista de Cristãos do mundo da ciência e da tecnologia é um testemunho para o facto da ciência moderna ser um produto directo da fé Cristã.

Volto a afirmar: não só a ciência é totalmente compatível com o Cristianismo, como é muito pouco provável que viéssemos a ter a ciência moderna sem o Cristianismo. Poderiam-se escrever volumes inteiros em relação a este tópico, mas a alegação depende essencialmente de duas crenças. A ciência moderna nunca poderia existir sem:

1. A noção contra-intuitiva do tempo linear, algo que foi inferido a partir da Bíblia por parte de Santo Agostinho durante o 4º século.

2. A crença numa criação deliberada e cognoscível por parte dum Ser Racional (Génesis 1, Salmo 19, Provérbios 8:22-24, Romanos 1:20, e muitas outras passagens).

C. S. Lewis, na sua crítica à racionalidade ateísta com o nome “The Case for Christianity”, explicou as coisas desta maneira:

Suponhamos que não há uma inteligência e uma mente criativa por trás do universo. Se isto é verdade, então ninguém criou o meu cérebro com o propósito de pensar. O que acontece é que quando os átomos dentro do meu crâneo se organizam duma certa forma (por motivos físicos ou químicos), isso, como consequência, dá-me uma sensação que eu chamo de “pensamento”.

Mas se isto é assim, como é que eu posso confiar na veracidade dos meus próprios pensamentos? É como eu agitar um jarro e leite e esperar que o mesmo, depois de derramado no chão, desenhe uma mapa de Londres. A menos que eu acredite em Deus, não posso acreditar no pensamento.

Usando termos actuais, a isto dá-se o nome de “cérebro de Boltzmann”, que diz de modo efectivo que, na ausência duma força criativa consciente, é estatisticamente muito mais provável que nós nada mais sejamos que um cérebro dentro duma cuba, a alucinar estas experiências, do que habitarmos de facto num universo altamente organizado.

Dito de outra forma, tu tens que ter fé de que as nossas percepções e os nossos pensamentos estão a reflectir de forma correcta a realidade que opera segundo regras não-arbitrárias e cognoscíveis.  Isto é-nos garantido com o Cristianismo, mas não há motivo para não acreditar  no contrario se por acaso não se acredita numa força consciente criativa e racional por trás do universo.

Embora possa ser alegado, em princípio, que o ponto que se segue não é absolutamente necessário para o desenvolvimento da ciência moderna, ele desempenhou, mesmo assim, um papel importante:

3. Crença de que temos que testar todas as coisas (1 Tess 5:21), e que temos que estudar o mundo natural para que possamos entender melhor o carácter e o propósito de Deus (Salmo 19, Romanos 1:20).

Mitch Stokes, na sua biografia sobre Isaac Newton, salientou o seguinte em relação a Newton e em relação aos seus contemporâneos: Para Newton….

Estar constantemente envolvido no estudo e na investigação das acções de Deus como verdadeira adoração.

Esta ideia definiu o cientista do século 17, e em muitos casos, os cientistas eram também teólogos. Pessoalmente, acho muito difícil que a ciência moderna pudesse ter emergido sem este terceiro princípio, mas vou guardar isso para outro post.

Uma das grandes conquistas do ateísmo moderno foi o de divorciar os Cristãos do seu legado científico. A ciência moderna é uma das maiores façanhas da civilização Ocidental, construída sobre o fundamento da fé, da crença e do propósito Cristão. Mas quantos Cristãos é que estão cientes disto?

Em vez que colocarem em causa a fonte, muitos Cristãos aceitaram passivamente a mentira de que o Cristianismo e a ciência são incompatíveis. Este é o erro clássico de aceitar o enquadramento do adversário. Os Cristãos têm que rejeitar este enquadramento e educarem-se a eles mesmos em relação à história da sua fé e o papel colossal que ela desempenhou no desenvolvimento da ciência moderna.

~ http://bit.ly/2fqtDuq

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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30 Responses to Não há ciência moderna sem o Cristianismo

  1. Fernando Camargo says:

    Porque Deus precisaria fazer um mundo tão complexo, cheio de detalhes para que uma pessoa possa sobreviver. porque criaria um mundo com tanto tipos de bactérias, doenças? não faz sentido. pegue aí o virus da zika que ataca mulheres grávidas em decorrência nasce bebês com microcefalia. uma pessoa que nasce assim vai compreender o mundo? tem uma alma na opinião de vocês.

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    • Miguel says:

      Porque Deus precisaria fazer um mundo tão complexo, cheio de detalhes para que uma pessoa possa sobreviver.

      Porque não?

      porque criaria um mundo com tanto tipos de bactérias, doenças?

      Pergunta teológica, portanto vais receber uma resposta teológica: Deus criou um mundo perfeito, mas o pecado do homem atraiu a maldição de Deus. Aquilo que havia sido feito para o bem do homem, passou a causar a problemas.

      não faz sentido. pegue aí o virus da zika que ataca mulheres grávidas em decorrência nasce bebês com microcefalia.

      Problema do mal, respondido em cima.

      uma pessoa que nasce assim vai compreender o mundo?

      Sim, se quiser.

      Claro que se Deus não existe, não há problemas com as doenças nem as bactérias que atacam o ser humano.

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  2. Excelente artigo brother. Glória a Deus por isso, alguns da lista eu já estava ciente, outros ainda não conheço. Existem um livro do Dr.Rodrigo SIlva, pastor na IASD e arqueológo, chamado Eles criam em Deus.

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  3. Fernando Camargo says:

    Interessante o comentário sobre o pensamento. quer dizer que o primeiro individuo que foi jogado no mundo já nasceu pensando e dando nome as coisas? Já nasceu com uma linguagem também? Como o primeiro Individuo foi capaz de organizar uma sequencia de raciocínio e formular uma frase? a não ser que tenha evoluído de forma gradual…assimilando as imagens no cérebro..depois associando sons com essas imagens..e por vai..o pensamento falando de forma rudementar começa a partir de imagens que ficam gravadas em nossa cabeça..a essas imagens associamos a um som..e foi assim que foi ficando mais complexo. Eu acho que o pouco tempo que vocês dizem que temos aqui evoluir a linguagem para o nível que está. há explicação?

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    • Miguel says:

      Interessante o comentário sobre o pensamento. quer dizer que o primeiro individuo que foi jogado no mundo já nasceu pensando e dando nome as coisas?

      Sim. Pré-programado através da Mão de Deus.

      Já nasceu com uma linguagem também? Como o primeiro Individuo foi capaz de organizar uma sequencia de raciocínio e formular uma frase?

      Porque foi criado já tendo essa capacidade.

      a não ser que tenha evoluído de forma gradual…assimilando as imagens no cérebro..depois associando sons com essas imagens..e por vai..

      Impossível visto que a evolução nunca aconteceu.

      o pensamento falando de forma rudimentar começa a partir de imagens que ficam gravadas em nossa cabeça..a essas imagens associamos a um som..e foi assim que foi ficando mais complexo. Eu acho que o pouco tempo que vocês dizem que temos aqui evoluir a linguagem para o nível que está. há explicação?

      Para ti, é falso que Deus tenha a capacidade de gerar um ser humano com a capacidade de comunicar, mas é “possível” que, através de eventos aleatórios e não-inteligentes, a inteligência possa surgir? A irracionalidade gera a razão?

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      • Fernando Camargo says:

        Em nenhum momento falei que a inteligencia surgiu a Partir de eventos aleatórios e não-inteligentes. Simplesmente sugeri como a linguagem evoluiu.

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  4. Ana Silva says:

    Diz C. S. Lewis:

    “Suponhamos que não há uma inteligência e uma mente criativa por trás do universo. Se isto é verdade, então ninguém criou o meu cérebro com o propósito de pensar. […] Mas se isto é assim, como é que eu posso confiar na veracidade dos meus próprios pensamentos? É como eu agitar um jarro e leite e esperar que o mesmo, depois de derramado no chão, desenhe uma mapa de Londres. A menos que eu acredite em Deus, não posso acreditar no pensamento.”

    Em parte o comentador Fernando Camargo já contra-argumentou, expondo as falhas de argumentação de de Lewis.

    Mas mesmo se pensarmos na “evolução” de um ser humano ao longo da sua vida, isso é suficiente para desconstruir o argumento de Lewis.

    A capacidade de raciocínio humano, de “avaliação mental” baseada na informação que chega ao cérebro (e não só) é algo que cada pessoa vai “construindo” ao longo da sua vida. Os nossos pensamentos, assim como as nossas acções, são baseados na nossa experiência (adquirida pessoalmente ou por observação dos outros).

    Uma pessoa não nasce com a capacidade de falar ou sequer de andar. Quase tudo o que fazemos se baseia na nossa aprendizagem (até esse ponto). É por isso que “eu posso confiar na veracidade dos meus próprios pensamentos” sem que seja necessário “acreditar em Deus”.

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    • harmo1979 says:

      Uma pessoa não nasce com a capacidade de falar ou sequer de andar. Quase tudo o que fazemos se baseia na nossa aprendizagem (até esse ponto). É por isso que “eu posso confiar na veracidade dos meus próprios pensamentos” sem que seja necessário “acreditar em Deus”.

      É por isso que seus pensamentos são reais, não virtuais e meras sensações de realidade. É por isso que você confia em seus próprios pensamentos, já que está provado pela logica que sua crença naturalista é falsa, portanto, você não deveria confiar em seus próprios pensamentos , mas você confia! Oor isso que seus pensamentos não se deram sob matéria bruta sem sentido algum. Caso isso fosse verdade, vc nem saberia q seus pensamentos são verdadeiros e a realidade existe. Ou seja, você acabou de dar um tiro no próprio pé, refutou seu naturalismo filosófico metafísico ateísta achista e deu credibilidade para o argumento de Lewis, sem VOCÊ perceber, ou seja, sem intenção! Essa é a famosa negativa universal do argumento ontológico modal , kkkkkk

      Já deu para perceber que você nada entendeu do argumento do Lewis, mas por este comentário seu, fica mais do wue provado a veracidade LÓGICA DEDUTIVA do argumento do Lewis. E para piorar sua situação no naturalismo filosófico metafísico ateísta achista, temos os dois argumentos filosóficos dedutivos que acabam com a crença no pensamento material: argumento ontológico e a argumento da consciência, de Alvin Platinga(argumento melhorado do Lewis).

      Ou seja, mesmo você não crendo em Deus, você não consegue tirar Ele do seu pensamento, pois você realmente CONFIA nele, por mais incrível que pareça, essa é a famosa NEGATIVA UNIVERSAL do argumento ontológico – Deus não existe, mas existe no pensamento, logo, o que eu penso é verdadeiro, mesmo não acreditando em Deus, mas no pensamento que contém Ele, na negativa universal, existe e é confiável 😉

      Mais 50 bilhões de reais para sua conta , kkkkk Os maiores “filósofos” naturalistas da atualidade não conseguiram nem mexer na primeira premissa, quanto menos no núcleo do argumento😁😀😂

      Abraços, garota todddynha “scientist”. Onde hipóteses baseadas em pura indução viram “fatos” ou “evidências” kkkk

      Flws. Estou no AGUARDO da sua “refutação”. Daqui alguns dias eu passo aqui novamente para ver o seu nível de filosofia, Ok?

      *Ciência se faz testando e observando fenômenos, não hipóteses”

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      • Ana Silva says:

        Harmo1979:

        “Aguardando você REFUTAR o argumento de caráter lógico dedutivo, não com achismos incríveis baseados em zero evidências, Ok? Fico no aguardo de ver sua “refutação” e ainda te pago 30 mil reais, beelzq?”

        Os estudos de desenvolvimento cognitivo e de crianças ferais (que referi nos comentários anteriores) provam que o pensamento é algo que “cresce connosco”, Harmo. Desta forma, à medida que crescemos, nós aprendemos a confiar no nosso julgamento e na nossa capacidade de raciocínio.

        [Nota: Um exemplo penoso de como “dependemos” e confiamos” no nosso pensamento são os doentes com esquizofrenia que recusam o tratamento porque escolhem que “não estão doentes” e/ou que o “seu mundo” “é melhor” ou “é mais real” que o “mundo” dos seus ente-queridos. Ver, por exemplo, http://www.schizophrenia.com/newsletter/997/997noncom.htm%5D

        É por esta razão que eu não aceito com válido o argumento de C. S. Lewis. Ao contrário do que Lewis argumenta, eu acho que posso “confiar na veracidade dos meus próprios pensamentos” sem ter de acreditar que “há uma inteligência e uma mente criativa por trás do universo”. Desde que, como já disse, eu não esteja sob o efeito de drogas (legais ou outras).

        Como referi num comentário anterior, baseio esta minha opinião não só no meu senso comum (presumo que seja o tal “achismo” a que se refere, Harmo) mas também no que eu sei sobre desenvolvimento cognitivo (que também se pode aprender sobre este tema na internet).

        A analogia com o “jarro de leite” falha, Harmo, porque não se pode comparar o derramar do leite com as DUAS DÉCADAS que demora a “formar” e a “desenvolver” um cérebro, “guiadas” pela genética, pelo meio físico (nutrição, doenças, etc.) e pela “enculturação”.

        “Deus não existe, mas existe no pensamento, logo, o que eu penso é verdadeiro, mesmo não acreditando em Deus, mas no pensamento que contém Ele, na negativa universal, existe e é confiável”

        Essa argumentação falha em pelo menos um ponto, Harmo:
        Nem tudo “o que eu penso é verdadeiro”. Por exemplo quando eu leio um livro de ficção (ou vejo uma série televisiva ou filme) eu penso nos seus personagens, nas acções dessas personagens e/ou nas razões que levaram a que as personagens tomem essas acções. Mas eu sei que Sherlock Holmes e o Dr. Watson não são “verdadeiros”, porque nunca foram “reais”.

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    • harmo1979 says:

      Uma pessoa não nasce com a capacidade de falar ou sequer de andar.

      Fala isso para os bebês superdotados e para os valores morais objetivos, já INATOS no ser humano.

      O ser humano já nasce com VÁRIAS inaptidoes, uma delas é justamente a capacidade da fala. Excluindo as doenças que imoedem uma pessoa de falar, ela AUTOMATICAMENTE irá aprender a falar INDEPENDENTE do meio em q está inserida(seja na selva, nas ruas, etc). Também já nasce com a capacidade de andar. Tanto a fala como a capacidade de andar são INAPTIDOES que AUTOMATICAMENTE são desenvolvidas na vida do ser humano.

      Ou seja, você NEGA o que é observado e testado hoje com bebês e crianças. Mas se tu NEGA isso, eu só tenho a lamentar de você.

      Como o Jesimphile e Miguel Mats dizem: ” Ana, suas alegações são apenas hipóteses baseadas em achismos(opiniões pessoais) em zero evidências científicas”

      😁😀😂😉😉

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  5. Ana Silva says:

    “Volto a afirmar: não só a ciência é totalmente compatível com o Cristianismo, como é muito pouco provável que viéssemos a ter a ciência moderna sem o Cristianismo.”

    Esta afirmação, por si só, tem a mesma validade do que dizer-se que “é muito pouco provável que viéssemos a ter o cálculo diferencial e a mecânica clássica sem Isaac Newton”

    No entanto o cálculo diferencial foi “descoberto” de forma independente por Gottfried Leibniz e Newton baseou muito do seu trabalho em mecânica clássica no trabalho de outros cientistas seus contemporâneos (como Johannes Kepler e Robert Hooke).

    Ou seja, é verdade que Newton teve uma contribuição fundamental para o cálculo diferencial e a mecânica clássica. Mas isso não é evidência de que estas áreas não pudessem surgir sem ele.

    Da mesma forma é correcto afirmar que o Cristianismo teve uma influência importante no surgimento da ciência moderna, mas Mas isso não é evidência de que a ciência moderna não pudessem surgir sem o Cristianismo.

    Até porque existiram vários cientistas e matemáticos importantes ANTES do aparecimento do Cristianismo (basta lembrar-nos dos exemplos gregos e babilónios).

    O zero é um conceito que surgiu no mundo não-cristão e que foi inicialmente renegado pelos cristãos (basta lembrar que não existe “ano zero”, nós passamos directamente do ano 1 A.C. para o ano 1 D.C. e Cristo morreu no ano 34 D.C., mas com 33 anos). E no entanto É literalmente “[im]provável que viéssemos a ter a ciência moderna” sem o conceito de zero.

    “A noção contra-intuitiva do tempo linear, algo que foi inferido a partir da Bíblia por parte de Santo Agostinho durante o 4º século”

    Não percebo muito bem porque é que a noção de “tempo linear” possa ter sido alguma vez considerada como “contra-intuitiva”. Mas actualmente sabemos, baseado até em experiências reais, que o tempo NÃO é linear, mas depende da velocidade e da massa do objecto.

    “A crença numa criação deliberada e cognoscível por parte dum Ser Racional”

    Esta crença pode ter sido importante para a ciência no passado (ainda assim lembremos a famosa conclusão de Pierre Simon LaPlace em meados do século XIX), mas o mesmo já não acontece actualmente
    .
    “Crença de que temos que testar todas as coisas (1 Tess 5:21), e que temos que estudar o mundo natural para que possamos entender melhor o carácter e o propósito de Deus (Salmo 19, Romanos 1:20).”

    Esta não é uma crença exclusivamente cristã. Ela esteve na base dos avanços científicos patrocinados pelos califados muçulmanos, por exemplo.

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    • harmo1979 says:

      Em parte o comentador Fernando Camargo já contra-argumentou, expondo as falhas de argumentação de de Lewis.

      Mas mesmo se pensarmos na “evolução” de um ser humano ao longo da sua vida, isso é suficiente para desconstruir o argumento de Lewis.

      Quais as falhas? Conseguiu derramar uma jarra de leite e fazer aparecer um mapa detalhado de Londres? Como você privaria sua alegação? Como foi a “evolução” do pensamento humano? Como você prova isso de forma empírica, testando e observando a “evolução” do pensamento? Tem evidências aí?

      Quais as falhas? ” Isso já e suficiente para desconstruir o argumento de Lewis” Sem achismos por favor, neo ateísta toddyano jovi. Menos achismos e mais ciência. Cade a prova da sua alegação? Você realmente confia em seus pensamentos, sendo que eles são movimentos atômicos que obedecem à leis FIXAS da química? Supondo que a seleção natural formou a sua mente por processos químicos randômicos, como você sabe que a seleção natural formou a sua mente e prq confiar em suas faculdades mentais?

      Aguardando você REFUTAR o argumento de caráter lógico dedutivo, não com achismos incríveis baseados em zero evidências, Ok? Fico no aguardo de ver sua “refutação” e ainda te pago 30 mil reais, beelzq?

      Flws, mande abraços para a universo “racionalista”, que realmente ACREDITA que seus pensamentos são movimentos atômicos randômicos obedecendo a leis fixas da química 😉


      Mas mesmo se pensarmos na “evolução” de um ser humano ao longo da sua vida, isso é suficiente para desconstruir o argumento de Lewis.

      De fato, o ser humano começa a CONFIAR nas suas próprias faculdades mentais e assim chegar à conclusão que a realidade existe, ao contrário de um primata ou de um bebê. Por isso q o pensamento de um ser humano é real, não virtual, pois seus pensamentos seguem uma LÓGICA, algo que vai contra sua crença filosófica metafísica naturalista. Caso se o pensamento fosse virtual, o ser humano não teria noção da realidade e não saberia que existe. Mas ele sabe que existe, já um primata não ;). Ou seja, a própria “evolução” do ser humano só confirma o que o argumento do Lewis disse, por isso nossos pensamentos são CONFIÁVEIS e REAIS, não virtuais, já que nós não temos sensações de realidade, mas sim convicção de que a realidade existe, por isso a importância de CONFIAR em nossos próprios pensamentos 😉

      Ana, neo ateinha tapadinha todddynha, quando for tentar refutar um argumento de caráter lógico dedutivo, tente refutar a primeira premissa do argumento, não dando exemplos imaginários baseados em hipóteses sem evidências alguma, Ok? Isso é um questionamento, não uma “refutação”. Deve ser por isso que Willian Lane Craig, John Lennox e demais apologetas massacram os “livres pensadores” em debates. Por enquanto , o argumento do Lewis e Alvin Platinga continuam IRREFUTÁVEIS por natureza e continuará assim eternamente. Qualquer tentativa desesperadora dos neo ateus e dos crentes do naturalismo de “refutar” o argumento já cai na tautologia(raciocínio circular) de provar que o naturalismo é verdadeiro. Mas como nossas faculdades mentais são CONFIÁVEIS, ou seja, temos noção da realidade e da nossa existência, isso já é suficiente para bugar a mente dos naturalistas achistas metafísicos ETERNAMENTE, entendeu? Por isso a tautologia de sempre verificar que a evolução* é VERDADEIRA, pois a CRENÇA nela é fruto de pensamentos propositais que seguem uma “lógica”, logo, o pensamento sobre a mitologia da evolução é VERDADEIRO, né? 😉

      Desafios valendo 3 bilhões de reais, caso você refute estes dois argumentos com lógica dedutiva ou empirismo:

      1- supondo que processos químicos randômicos guiados pela seleção natural formaram a sua mente, como você sabe que a seleção natural formou a sua mente?

      2- “Nós nos perguntamos aos ateus porque eles se denominam livres pensadores, sendo que seus pensamentos são movimentos atômicos randômicos que obedecem a leis fixas da química” – Jonathan Sarfati

      Bon Voyage, moleca 😉

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      • Ana Silva says:

        Harmo1979:

        Existem pontos no conjunto dos três comentários que postou, Harmo1979, que são pertinentes e/ou indicam fraquezas na minha argumentação (o argumento de Plantinga, por exemplo, é muito interessante e duvido fortemente que eu o consiga rebater). Por essa razão espero poder responder no futuro de uma forma mais clara (o meu conhecimento de filosofia é realmente fraco, pelo que terei de fazer uma séria pesquisa, confesso).

        Exactamente devido à pertinência do que referiu, Harmo1979, eu não consigo compreender o recurso que o Harmo1979 faz a expressões menos correctas (que podem até ser vistas como “má-educação”) nos comentários que me dirige.

        Qual o seu objectivo, Harmo1979, quando usa expressões como “neo ateísta toddyano jovi”, “neo ateinha tapadinha todddynha” e “Bon Voyage, moleca” (só para indicar as três com que o Harmo1979 me “brinda” SÓ neste último comentário)?

        É suposto ofender-me? É suposto assustar-me? É suposto diminuir-me ou humilhar-me? Se a restante argumentação que apresenta nos seus comentários, Harmo1979, é tão forte, para quê o “recurso à ofensa” com termos deste calibre?

        O recurso à ofensa é a arma dos fracos, Harmo1979. Menoriza toda a argumentação que possa apresentar. Pior, fragiliza a sua posição e a posição de outros comentadores deste blogue que partilham das mesmas convicções.

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      • Ana Silva says:

        Harmo1979:

        Já agora, Harmo1979, algo que me deixou curiosa: exactamente o que quer dizer “todddynha”?

        Já percebi que “Toddynho” é a marca de um leite achocolatado que se vende no Brasil, mas desconfio que não é esse o significado que você pretende transmitir quando me “chama” “toddynha”.

        Tentei pesquisar na internet o termo. Já percebi que tem algo a ver com cepticismo e com ser ateu/agnóstico. Acho que já houve até outro comentador neste blogue que me tentou explicar o significado.

        Mas concretamente, concretamente, continuo sem saber o que é ser “toddynho”. E, falando sério, estou realmente curiosa em saber o que é.

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  6. robson says:

    otima informação para os cristãos que não conhecem essa parte da historia (no canal do pirulla ele explica a contribuição do cristianismo para o pensamento cientifico), mas isso não é argumento nenhum, todos esses cientistas que ganharam até premio nobel, publicaram algo cientifico provando algum ponto da sua religião? você pode ser um geneticista e ainda assim ser cristão e até publicar artigos cientificos que não entrem em choque com a fé cristã, em uma zona bem limitada é claro, mas só pra mostrar que ser cientista não tem a menor relevância na compatibilidade da sua crença com sua area, mas ainda assim, é um fato que o cristianismo colaborou na construção do pensamento cientifico, na pratica, isso não faz a menor diferença, as crenças cristãs (criacionismo), é incompatível com a Ciência, e isso é um fato, e não uma ideia.

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    • Miguel says:

      as crenças cristãs (criacionismo), é incompatível com a Ciência,

      Qual “ciência”?

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    • jephsimple says:

      Robson,

      A ciência, a lógica, a razão, nada tem a ver com o ateísmo… Este último não é fundamento para tais escopos. Pra não dizer que não existe nenhuma relação dos mesmos com o ateísmo, tais escopos REFUTAM o ateísmo…

      Dentro de suas limitações, tais escopos, corroboram o criacionismo e a TDI…

      Peace.

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      • robson says:

        eu refutei somente o fato de ele colocar cientistas cristãos como algo relevante, e exagerar na importância da atuação do cristianismo para a ciencia atual, e se o cristianismo não é incompativel com a ciencia, por que não vejo nenhuma publicação cientifica revisada sobre o criacionismo, etc.

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    • jephsimple says:

      Robson,

      e se o cristianismo não é incompativel com a ciencia, por que não vejo nenhuma publicação cientifica revisada sobre o criacionismo, etc.

      Eu fui um degrau acima do seu argumento, repare.

      Doutra feita sugiro que assistas esse vídeo.

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      • robson says:

        rsrs, não sei se entendi bem oque você quis dizer, mas eu sei que ciência não é sinonimo de ateismo, mas eu me refiro a somente o Deus cristão, e não a qualquer possivel ser criador do universo. E a ciência nega o criacionismo cristão sim, não sei qual a sua interpretação do criacionismo, afinal, existe até criacionista evolucionista haha, mas de forma geral ela vai de contra partida ao criacionismo, por isso não intendi essa parte “Dentro de suas limitações, tais escopos, corroboram o criacionismo e a TDI…” se puder dar exemplos agradeço.

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      • Miguel says:

        rsrs, não sei se entendi bem oque você quis dizer, mas eu sei que ciência não é sinonimo de ateismo, mas eu me refiro a somente o Deus cristão, e não a qualquer possivel ser criador do universo. E a ciência nega o criacionismo cristão sim

        Que tipo de evidências tens em favor desta posição de fé?

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      • robson says:

        e porque queria que eu assistisse esse video?

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    • jephsimple says:

      Robson,

      É do costume, vício, ignorância, militância, afirmar que a ideologia materialista (materialismo filosófico/naturalismo metafísico) é sinônimo de boa ciência... Bem…

      Isso é mentira
      Portanto existe “ciência” e ciência. E novamente, eu fui um degrau acima, releia meu comentário e perceba isso.

      O vídeo está relacionado a isso, podes assisti-lo e postar sua refutação, que tal?

      Sem mais.

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  7. Será por que símios e outros animais tidos como “inteligentes” não tiveram os mesmos pensamentos e ideias, assim como igualmente de C. S. Lewis hein?!
    A suposta ‘evolução’ (sic) não seria para todos?!

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  8. Ana Silva says:

    Harmo1979:

    “Como o Jesimphile e Miguel Mats dizem: ” Ana, suas alegações são apenas hipóteses baseadas em achismos(opiniões pessoais) em zero evidências científicas””

    Verdadeiramente surpreendeu-me, Harmo, a sua dificuldade em “aceitar” que ao longo da sua vida, mas particularmente durante os chamados “anos formativos” (infância e adolescência) todos os seres humanos “vão desenvolvendo” as suas capacidades cognitivas de pensamento, raciocínio, lógica, etc. Isso é um facto conhecido e estudado.

    “Como foi a “evolução” do pensamento humano? Como você prova isso de forma empírica, testando e observando a “evolução” do pensamento? Tem evidências aí?”

    O meu conhecimento da teoria da evolução é demasiado básico para sequer tentar provar o desenvolvimento de algo tão complexo como o cérebro humano. Não vou sequer tentar.

    Mas quanto ao desenvolvimento cognitivo (desenvolvimento do pensamento e raciocínio concreto e/ou abstracto) de cada indivíduo…

    Existem inúmeros estudos sobre este tema, a começar pelos do famoso psicólogo suíço Jean Piaget e o menos famoso mas também importante psicólogo russo Lev Vygotsky. Ambos foram pioneiros no estudo do desenvolvimento cognitivo de crianças e jovens.

    Existem inúmeros estudos relativos ao desenvolvimento cognitivo (como pode comprovar com uma pesquisa sobre este tema no “Google Académico”) e existe até uma revista científica “peer-review” com o título “Cognitive Development” dedicada exclusivamente a este tema. Também encontra uma introdução (em inglês) em http://www.healthofchildren.com/C/Cognitive-Development.html.

    Não se fie em mim, Harmo. Esteja à vontade para pesquisar mais na internet sobre o tema.

    Bom Ano Novo

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    • Ana Silva says:

      Harmo1979:

      “O ser humano já nasce com VÁRIAS inaptidoes [sic], uma delas é justamente a capacidade da fala. Excluindo as doenças que imoedem uma pessoa de falar, ela AUTOMATICAMENTE irá aprender a falar INDEPENDENTE do meio em q está inserida(seja na selva, nas ruas, etc). Também já nasce com a capacidade de andar. Tanto a fala como a capacidade de andar são INAPTIDOES [sic] que AUTOMATICAMENTE são desenvolvidas na vida do ser humano.”

      O Harmo já ouviu falar do termo “criança feral”?

      “As crianças criadas em cativeiro ou em isolamento irão normalmente desenvolver uma complete falta de capacidades sociais que são aprendidas por enculturização” […] Estas crianças encontradas tarde na sua vida irão muitas vezes exibir sinais de diminuição mental e na maioria dos casos irão ser incapazes de aprender linguagem.” [Fonte: http://www.healthguidance.org/entry/16139/1/Modern-Cases-of-Feral-Children.html%5D

      As crianças ferais são um poderoso exemplo (mas não o único) do quanto o falar e, até, o andar, são capacidades culturalmente aprendidas. Crianças ferais que crescem com cães ou lobos comportam-se como estes animais, andando e alimentando-se como eles. O mesmo acontece com crianças que crescem com galinhas. Existem documentários sobre crianças ferais no youtube que pode ver, Harmo.

      Outros sites sobre crianças ferais:
      https://en.wikipedia.org/wiki/Feral_child
      http://www.bbc.com/culture/story/20151012-feral-the-children-raised-by-wolves
      https://www.theguardian.com/society/2016/jul/14/genie-feral-child-los-angeles-researchers

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    • Ana Silva says:

      Harmo1979:

      “Você realmente confia em seus pensamentos, sendo que eles são movimentos atômicos que obedecem à leis FIXAS da química? Supondo que a seleção natural formou a sua mente por processos químicos randômicos, como você sabe que a seleção natural formou a sua mente e prq confiar em suas faculdades mentais?”

      Na verdade dizer que os meus pensamentos são “movimentos atômicos que obedecem à leis fixas da química” é algo simplista. Os meus pensamentos resultam de reacções (bio)químicas e interacções celulares que ocorrem no meu cérebro, mas não de uma forma tão simples.

      Pessoalmente eu sei que os meus pensamentos não são obrigatoriamente “de fiar”. Por exemplo, eu não confio plenamente nos meus pensamentos e restantes capacidades cognitivas após ter bebido uma bebida alcoólica, nem quando tomo anti-histamínicos, e nem quando sou submetida a uma anestesia.

      Penso também que esta minha opinião não é realmente “achismo”, no sentido em que, pelo menos em Portugal, é proibido conduzir quando se bebe e os médicos aconselham quem toma anti-histamínicos a não conduzir ou “operar maquinaria pesada”. Em Portugal os médicos também aconselham quem tem de ser submetido a uma anestesia para qualquer procedimento clínico a “vir acompanhado”.

      Depois existem todos os medicamentos desenvolvidos no apoio a quem sofre de esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão, e outros problemas mentais. Esses medicamentos alteram “a química do cérebro” e o pensamento de quem os toma. Para não falar em todos os estudos feitos sobre o efeito das drogas ilícitas.

      Existem também inúmeros artigos médicos e científicos sobre o efeito de diversos medicamentos e drogas ilícitas sobre as nossas capacidades cognitivas. Algo que o Harmo também pode facilmente pesquisar na internet.

      E a verdade é que, até hoje, o meu cérebro “nunca me falhou” propriamente. É a minha experiência de várias décadas de vida que me permite “confiar” no meu cérebro.

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      • Ana Silva

        “”É a minha experiência de várias décadas de vida que me permite “confiar” no meu cérebro.””

        Só por curiosidade, não precisa revelar se não quiser, mas qual seria a sua idade?

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      • Ana Silva says:

        Diogo:

        “Só por curiosidade, não precisa revelar se não quiser, mas qual seria a sua idade?”

        Diogo, há perguntas que não se fazem!

        Se ajuda, ainda não tenho idade para ser avó.

        Bom Ano Novo

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  9. Ana Silva says:

    Harmo1979:

    [Mats: Desde já peço desculpa pelo tamanho do meu comentário, apenas justificado pela complexidade do tema.]

    Antes de mais, Harmo, obrigado por me ter apresentado os dois argumentos de Alvin Plantinga. Conhecia este filósofo apenas de nome e nada mais. Escusado será dizer que aprendi bastante.
    Admito desde já que as minhas faltas de base de Filosofia não ajudam. Mas confesso que o argumento ontológico modal de Plantiga (AOMP) me parece muito confuso.

    Em primeiro lugar encontrei várias versões do AOMP. Acabei por escolher a que vem referida no Wikipedia (https://en.wikipedia.org/wiki/Ontological_argument#Alvin_Plantinga), porque fiquei com a ideia de que é próxima do original proposto por Plantinga

    1. Um Ser tem máxima excelência num dado mundo possível, W, se e apenas se é omnipotente, omnisciente e totalmente bom em W, e
    2. Um Ser tem máxima grandeza se tem máxima excelência em todos os mundos possíveis.
    3. É possível que exista um Ser que tem máxima grandeza (premissa)
    4. Por isso, possivelmente, é necessariamente verdade que um Ser omnipotente, omnisciente e totalmente bom exista.
    5. Por isso (pelo axioma S5) é necessariamente verdade que um Ser omnipotente, omnisciente e totalmente bom exista.
    6. Como tal um Ser omnipotente, omnisciente e totalmente bom existe.

    Inicialmente fiquei surpreendida com o argumento. Confundi “mundo” com “universo” e conclui, erradamente, que Plantinga estava a defender a existência de múltiplos universos (o que me deixou muito confusa, sabendo eu que Plantinga é cristão.

    Mas depois percebi (agora bem?) que o conceito de “mundo possível” é mais ou menos equivalente a um “mundo pensado” ou um “mundo imaginado”: um “mundo possível” de acordo com a nossa imaginação e raciocínio.

    Isso explicaria até, Harmo, algumas das frases que você apresenta nos seus três comentários. Como quando você disse que “Deus não existe, mas existe no pensamento, logo, o que eu penso é verdadeiro, mesmo não acreditando em Deus, mas no pensamento que contém Ele”

    “Por enquanto , o argumento do Lewis e Alvin Platinga continuam IRREFUTÁVEIS por natureza e continuará assim eternamente.”

    Não é isso que o próprio Plantinga defende para o AOMP, Harmo. Porque Plantinga também referiu, ainda em 1974 : “O nosso veredicto destas versões reformuladas do argumento de Santo Anselmo deve ser o seguinte. Elas não podem, talvez, ser referidas como [passíveis] de provar ou estabelecer as suas conclusões. Mas como é racional aceitar a sua premissa central, elas mostram que é racional aceitar a sua conclusão.” (https://plato.stanford.edu/entries/ontological-arguments/)

    Ou seja, segundo Plantinga, é tudo uma questão de ser ou não “racional aceitar a sua premissa central”.

    Desconfio que para Plantinga é racional “aceitar a premissa central” porque para este filósofo todas as pessoas possuem um “sensus divinitatis”, um senso inato do divino que o teólogo John Calvin propôs existir para todos os seres vivos.

    [Nota: Plantinga descreve o “sensus divinitaits como “uma multi-disposição para aceitar a crença em Deus (ou preposições que imediata e obviamente implicam a existência de Deus) numa variedade de circunstâncias.” – Plantinga (1993), “Warrant and proper function”, pag 212]

    Eu, pessoalmente, acho tão racional aceitar que “é possível que exista um Ser que tem máxima excelência e/ou grandeza” como aceitar que o Sherlock Holmes foi uma pessoa real, que realmente viveu no final do século XIX (mas consigo imaginar Sherlock Holmes a existir num “mundo possível”).

    Portanto, Plantinga considera que tudo depende de ser ou não “racional aceitar a premissa central” de que “é possível que exista um Ser que tem máxima grandeza”. Eu, pessoalmente, não acho que seja obrigatoriamente “racional aceitar” essa premissa. Logo, se não é obrigatoriamente “racional aceitar a premissa central” o argumento falha. E Plantinga não apresenta nenhum argumento que prove tal obrigatoriedade.

    E depois falta Plantinga definir o que é um ser “omnipotente, omnisciente e totalmente bom”. Por exemplo, qual a definição de “totalmente bom”? E como podemos ter a certeza de que um ser é “omnipotente”e/ou “omnisciente”?

    Encontrei algumas referências sobre o AOMP em que é indicado como falha do argumento o recurso ao axioma S5. O meu preferido apresenta um contra exemplo real, referente à conjectura de Goldbach, segundo a qual “cada número inteiro par maior que 2 pode ser expresso como a soma de dois números primos” ”(ver, por exemplo, http://www.patheos.com/blogs/hallq/2012/05/from-the-archives-plantingas-ontological-argument-take-three/).

    A conjectura de Goldbach é verdadeira pelo menos até ao número 4 x 10E17. O que é conhecido sobre esta conjectura permite aplicar-lhe as mesmas premissas do AOMP:

    1. A conjectura de Goldbach é verdadeira num dado mundo possível, W, se e apenas se é correcta em W, e
    2. A conjectura de Goldbach é verdadeira se for correcta em todos os mundos possíveis.
    3. É possível que a conjectura de Goldbach seja verdadeira (premissa)
    4. Por isso, possivelmente, é necessariamente verdade que a conjectura de Goldbach seja verdadeira.
    5. Por isso (pelo axioma S5) é necessariamente verdade que a conjectura de Goldbach seja verdadeira.
    6. Como tal a conjectura de Goldbach é verdadeira.

    Como eu disse, a conjectura é correcta pelo menos até ao número 4 x 10E17. Logo é verdadeira para alguns “mundos possíveis” (aqueles com números pares menores que 4 x 10E17). Mas a verdade é que não há nenhuma prova concreta que a conjectura de Goldbach seja correcta para TODOS os números pares.

    Nota: O que se aplica à conjectura de Goldbach aplica-se às outras conjecturas matemáticas, etc.

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