Será a teoria da evolução um “programa de pesquisa metafísico?

Por John Wheeler

É a ideia de que o universo e tudo o que nele existe – incluindo a vida – vieram a existir e posteriormente evoluiram através de nada mais que causas naturais “apenas uma teoria”? Ou será algo mais?

Sir Karl Popper (1902–1994) é tido por muitos como o maior filósofo da ciência do século 20. Poucos – se alguns – tão estavam cientes das implicações da teoria da evolução como ele. A sua resposta às questões listadas mais em cima é reveladora. Olhando de forma geral, Kopper qualificou a teoria da evolução de “programa de pesquisa metafísico” (Werner Gitt, In the Beginning Was Information, chapter 6.4, paragraph 11). O que é que Popper tinha em mente com estas palavras?

Se a teoria da evolução nada mais fosse que um programa de pesquisa do mundo físico, então limitar-se-ia ao estudo das origens físicas e à história do universo (e da vida que lá se encontra). Deste modo, a teoria da evolução poderia ser correctamente chamada de “nada mais que uma teoria” – uma explicação científica da realidade física, que pode ser testada e que, caso assim o exigissem os dados físicos, pode ser refutada.

Mas Popper qualificou a teoria da evolução de programa de pesquisa metafísico – uma tentativa de lidar com questões que na realidade se encontram para além da ciência natural. Entre estas questões encontram-se: Qual é a origem do universo? O que foi a sua primeira causa? Porque razão o universo existe? É a sua existência necessária?

Se por acaso estas questões vos soam familiareas, é porque elas são familiares. Estas são as mesmas questões que as pessoas religiosas de todo o mundo fazem (para além de serem também o tipo de questões levantadas por cientistas que defendem a criação ou a teoria do Design Inteligente, mas que não defendem a teoria da evolução).

Nós humanos não estávamos cá para testemunhar a origem do universo e nem a origem da vida. Nós apenas e só podemos comparar explicações em torno das nossas origens e apurar qual delas se ajusta melhor aos factos materiais à nossa disposição. Isto dá lugar a uma fé a coisas que não são visíveis – coisas tais como a verdadeira natureza do que foi a origem do universo e da vida.

Levemos em conta a precisa e complexa maquinaria molecular que opera dentro de todas as células vivas (como pode ser visto neste video do YouTube). Esta maquinaria requer instrucções igualmente precisas e complexas, também “codificadas” nas moléculas, para funcionar. Em toda a nossa experiência humana, só actos de criação especial levados a cabo por um designer inteligente podem explicar a existência de informação, mais ainda o tipo de informação presente nas formas de vida. Dito de outra forma, apenas a vida foi vista a gerar outra vida. O tempo, o acaso e as leis naturais nunca foram observadas a fazer o mesmo.

Como é que os evolucionistas respondem quando são confrontados com as mesmas evidências? Por vezes, repetem uns para os outros, e para o público geral, que o que parece ser o resultado de criação especial e de design inteligente na verdade não foi. Posteriormente, tentam imaginar formas através das quais as leis naturais poderiam gerar as mesmas estruturas.

A mesma coisa acontece quando os cientistas falam sobre a origem do universo. As leis naturais, tais como as conhecemos, começaram a existir quando o universo começou a existir – e não antes. Mais uma vez, e em toda a nossa experiência, a existência duma lei exige a existência dum legislador inteligente e criativo – no caso do universo, Um Criador Sobrenatural. Os evolucionistas são forçados a buscar por um estado de existência prévio, mas eles ainda não conseguiram encontrar algum, pesem embora todas as suas ideias de como tal estado se assemelharia.

Qual dos “programas de pesquisa metafísicos” se ajusta melhor aos factos? Um que busca afirmar a veracidade da teoria da evolução através de causas naturaus, ou um que busca afirmar a veracidade da criação especial e do Design Inteligente? A primeira opção implica que o universo e a vida não têm propósito. A segunda implica que tal propósito existe visto que, segundo a nossa experiência humana, design requer um designer e um propósito para tal design.

Modificado a partir do original: http://bit.ly/2xvATuw

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