A ciência pode detectar os efeitos de design inteligente

A maior parte dos evolucionistas alega que as teorias científicas só podem usar explicações naturalistas. O problema é que eles oferecem este argumento como critério científico para distinguir o que é a ciência e o que não é. Os seus esforços visam tornar a teoria da evolução “científica” e o criacionismo ou o design inteligente “não científico” por definição.

No entanto este critério para a ciência está manifestamente errado uma vez que nada na ciência suporta a tese de que TUDO tem que ter uma explicação “naturalista”.

A ciência é a constante procura da verdade. A ciência pode colocar mais peso nas explicações naturais mas isso não significa que a ciência em si se restrinja ao naturalismo. Do ponto de vista lógico faz sentido começar por procurar explicações naturais uma vez que tais eventos constituem a esmagadora maioria dos eventos que ocorrem no universo.

Mesmo a Bíblia, sendo um Livro com origens Sobrenaturais, contém muito poucos milagres e eventos chamados “sobrenaturais”.

Detectando o Design Inteligente.

Imaginem que um polícia-detective investiga o desaparecimento dum carro. O carro tinha sido visto pela última vez estacionado numa descida perto da casa do dono. O detective não está constrangido a considerar apenas design inteligente (furto). Até pode ter acontecido que os travões tenham falhado e o carro tenha deslizado pela rua abaixo. Esta é uma explicação natural para o desaparecimento do carro e ela tem que ser levada em conta. O detective, tal como o cientista, está em busca da verdade.

O que une o detective e o cientista é que as suas explicações tem que depender nas evidências empíricas, evidências assimiláveis com um ou mais dos nossos sentidos. No entanto esta dependência não anula o facto de tanto o cientista como o detective serem capazes de detectar o design inteligente.

As ciências históricas reconhecem o design inteligente. Quando os arqueólogos investigam pedras e outros objectos antigos, muitas vezes eles podem saber se os mesmos tem uma origem natural ou uma origem inteligente. A Arqueologia muitas vezes vai mais longe e consegue perceber a cultura dos criadores de certos artefactos apenas e só analisando os ditos artefactos.

Tendo isto em conta, podemos declarar que não há razões científicas para se aceitar o design inteligente na Arqueologia mas excluir o Design Inteligente da Biologia.

O Homem de Piltdown confirma: é possível detectar design.

O Homem de Piltdown (HP) foi uma fraude evolutiva. Os perpetradores são ainda desconhecidos mas os cientistas sabem que houve um perpetrador. Os cientistas não tiveram que apanhar o falsificador em flagrante para determinar a sua existência. Os detalhes do caso fizeram o “design inteligente” (falsificação) evidente e as explicações naturalistas não suportáveis.

O que foi o Homem de Piltdown?

Em meados de 1908 um grupo de evolucionistas escavava perto de Piltdown (Inglaterra) em busca dos fósseis dos imaginados ancestrais humanos. Vários fósseis aparentado antiguidade foram encontrados na área.

Os ossos – conhecidos como “Homem de Piltdown” – incluíam um crânio e uma mandíbula. Esta mandíbula aparentava ser de um macaco e continha dois dentes molares “lisos” (tal como se encontram nos seres humanos mas nunca se encontravam nos macacos).

Infelizmente a mandíbula estava partida em duas zonas que poderiam determinar a quem pertencia o crânio: na área do queixo e na área da articulação com o crânio.

Durante cerca de 40 anos os evolucionistas discutiram o lugar do HP na linhagem humana.

Nos anos 50 do século passado os cientistas eventualmente detectaram a fraude em torno do HP. As 3 linhas de evidências que finalmente convenceram os evolucionistas que eles haviam sido enganados foram:

  • 1. Quando os ossos são enterrados, eles rapidamente absorvem flúor do solo. Testes químicos mostraram que os ossos continham uma pequena quantidade de flúor. Isto indicava que os ossos não estavam enterrados há muito tempo.
  • 2. A superfície dos dentes continha marcas de riscos muito pouco usuais, presumivelmente de uma lima ou lixa usada para remodelar os dentes.
  • 3. Os ossos continham manchas de potássio de bicromado, fazendo com que os mesmos aparentassem ser antigos.

Mais tarde os cientistas mostraram que o HP havia sido fabricado com um crânio humano e uma mandíbula de orangotango. Este fóssil evolutivo foi finalmente destruído pela ciência.

Para além dos cientistas terem mostrado que o Homem de Piltdown não era um fóssil de um ancestral humano como erradamente pensavam os evolucionistas, foi também possível ficar a saber um pouco do falsificador. O mesmo sabia o que incluir na falsificação de modo a tornar o fóssil convincente, e mais importante ainda, sabia o que não incluir no dito fóssil. O falsificador engenhosamente deixou de fora o queixo e a junção da mandíbula – exactamente as duas estruturas que poderiam revelar a farsa se estivessem presentes.

O falsificador estava bem ciente do ambiente científico e conhecia bem a anatomia humana e a anatomia dos macacos.

Conclusão:

Este exemplo mostra como é possível a ciência distinguir entre causas inteligentes e causas naturais (sem inteligência, sem visão, sem plano e sem propósito). Este exemplo mostra também que a ciência pode ir mais além e deduzir o carácter do designer e as suas motivações. A ciência faz isso analisando o padrão dos dados.

Do mesmo modo, é possível nós analisarmos o padrão dos dados da Biologia e claramente observar que a informação genética tem Uma Causa Inteligente. Para além disso, se observarmos o padrão que a Biologia revela, podemos ficar a saber um pouco mais das motivações e Carácter do Designer.

O design inteligente é científico e nada do que os militantes ateus digam pode contradizer esse facto.

 

Isaías 40:28-31

“Não sabes, não ouviste, que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? não há esquadrinhação do Seu entendimento. Dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos certamente cairão, Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias: correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.

 


Modificado a partir das páginas 29 e 30 do livro “The Biotic Message” (Walter ReMine)

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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6 Responses to A ciência pode detectar os efeitos de design inteligente

  1. Esqueceste-te da razão porque se foi investigar melhor :

    Com a descoberta de outros fósseis mais antigos, verificou-se que o homem de Piltdown era uma excrescência, não cabendo em lugar algum. Os novos fósseis mostravam crânios menos humanizados e mandíbulas mais humanizadas, restando-se admitir duas linhas evolutivas para que, numa delas, se encaixasse o estranho fóssil.

    É que este achado na altura em que foi feito até podia ser possível. Depois não encaixava nos novos achados. Daí se ter investigado melhor.

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  2. Mats says:

    João,
    O que disseste é irrelevante no que toca a discussão. O ponto não é “porque é que os evolucionistas reavaliaram o Homem de Piltdown” mas sim “é possível detectar os efeitos de design inteligente”.

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  3. No entanto o motivo que os levou a investigar foi que este fóssil não se encaixava nos fósseis depois encontrados.

    E na altura nem se falava de DI.

    Como vês, mesmo sendo na tua fé algo de inutil, a TE permite alguns resultados.

    Claro que à posteriori podes dizer que já se sabia que era falso, como todos os outros, e coisa e tal.

    No entanto a TE, pelo menos neste caso, permitiu prever um resultado. O tal fake não se encaixava nos fósseis depois descobertos.

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  4. Mats says:

    João Melo,

    No entanto o motivo que os levou a investigar foi que este fóssil não se encaixava nos fósseis depois encontrados.

    Irrelevante para o post.

    E na altura nem se falava de DI.

    Sempre se falou. Ou já te esqueceste de William Paley?

    Como vês, mesmo sendo na tua fé algo de inutil, a TE permite alguns resultados.

    O facto dos evolucionistas corrigirem o seu erro (pensarem que o Homem de Piltdown é um ancestral humano) por outro erro não significa que a TE “permite alguns resultados.

    Repito o que disse, e por favor não mudes de assunto: O evento do HP mostra que é possível detectar os efeitos de inteligência mesmo que nem saibamos quem é a dita inteligência.

    Os evolucionistas dizem que a inteligência não faz parte da ciência mas eles mesmos usam formas de pensar que assume que é possível detectar os efeitos de inteligência.

    Porquê o duplo padrão? Porquê a hipocrisia?

    No entanto a TE, pelo menos neste caso, permitiu prever um resultado. O tal fake não se encaixava nos fósseis depois descobertos.

    A TE não previa que o Homem de Piltdown era fake. Se a TE assim o previsse, o dito fóssil não seria um “evidência” para a evolução durante quase 40 anos.

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  5. Aqui rendo-me.

    A argumentação é boa.

    Se existisse um DI o fake, não encaixando na seqüência, pode indiciar uma inteligência que molde as mudanças.

    As alterações tem uma lógica intrínseca ( Teilhard de Chardin) e podemos ver um sentido na evolução. O alfa e ómega de Teilhard de Chardin.

    Até é uma boa argumentação.

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  6. Mats says:

    João Melo,
    Não podemos ver sentido nenhum na evolução porque a evolução nunca ocorreu.

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