Panspermia: a salvação do naturalismo?

A temática da origem da vida tem-se mostrado uma questão difícil de explicar dentro da filosofia naturalista. As observações científicas tem-se relevado totalmente contrárias ao naturalismo no que toca à origem da vida, e devido a isto, alguns teóricos tem sugerido o espaço como solução para o problema.

Um desses teóricos foi o laureado e co-descobridor da estrutura do ADN, Francis Crick. Ele e Leslie Orgel propuseram a teoria da “Panspermia”. Esta teoria alega que organismos unicelulares foram enviados para a Terra oriundos de civilizações extraterrestres.

O livro de Crick foi fortemente promovido na altura, mas os motivos que levam os naturalistas a propor esta teoria (incapacidade das forças naturais de criar a vida) não são totalmente revelados ao público.

Se houver problemas em demonstrar como é que vida pode ter surgido aleatoriamente dentro da visão naturalista (provavelmente porque o nosso planeta não é suficientemente antigo), a hipótese da panspermia oferece uma solução possível.
(Edwords, crítica ao livro “Life Itself” (Francis Crick), 1982, página 42)

Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe ofereceram uma versão mais extensa da mesma hipótese. Nos seus livros, eles sugeriram que os genes e os vírus foram enviados para a Terra de modo a que “chovessem” através da estratosfera e fossem incorporados dentro dos organismos.

Estes teóricos são pessoas respeitadas dentro da comunidade científica. Não é relevante se nós aceitamos as suas hipóteses. O que interessa é que a a noção de que “a vida veio do espaço” faz parte do leque de opções do naturalismo.

Isto permite-nos explicar o porquê dos evolucionistas estarem desesperados para encontrar vida no espaço. Se eles encontrarem vida em outros planetas (nunca encontrarão, mas vamos supor que sim), eles usariam isso como 1) evidência contra a Bíblia e 2) evidência para a noção de que a vida na Terra pode ter originado em outros planetas.

Portanto, não é a necessidade científica que leva os evolucionistas a proporem que a vida originou-se no espaço, mas sim necessidade ideológica. Como não há força natural que seja capaz de criar a vida na Terra, eles transferem o problema para sítios onde não podemos ir e postulam que a vida pode ter surgido lá. Muito conveniente, sem dúvida


De certo modo, os evolucionistas estão certos: a vida tem origens extra-terrenas. A vida não só foi posta na Terra por Um Ser Omnipotente há cerca de 6,000 / 7,000 anos, como também a mesma foi construída de forma a refutar as explicações naturalistas (mensagem não-naturalista). Os evolucionistas, no entanto, em vez de procurarem as respostas no Criador, procuram-nas nas forças da natureza. Isto confirma o que o Apóstolo Paulo escreveu:

E mudaram a glória do Deus incorruptível, em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.

Romanos 1:23

Os evolucionistas são neo-pagãos uma vez que atribuem poderes criativos àquilo que foi criado. Esta é a essência do paganismo.

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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2 Responses to Panspermia: a salvação do naturalismo?

  1. Herberti says:

    O problema com a teoria da Panspermia é que ela não explica nada. Apenas acrescenta mais um elo á já extensa cadeia dos supostos eventos naturais que originaram a vida na Terra. Os tais “organismos unicelulares” surgiram onde? Como poderiam sobreviver a travessias pelo espaço cósmico, por milhões de anos em um ambiente encharcado de radiação esterelizante? Mudar de cenário não torna a abiogênese menos absurda. Aliás foi o próprio Dr.Fred Hoyle o autor da famosa comparação de que a evolução é tão razoável quanto imaginar que um furacão passando por um ferro-velho possa construir um avião.

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  2. Darcy says:

    Hey Mats,

    Esqueceste o Darwin’s Day, hein? Imperdoável. 🙂

    http://www.str.org/site/PageServer?pagename=blog_iframe

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