Lingua de camaleão inspira design robótico

O camaleão é um lagarto especial com uma forma única de caçar: uma língua retráctil que se pode estender até o dobro do comprimento do seu corpo como forma de alcançar a presa. Embora o sistema de alimentação do camaleão já seja objecto de estudo há décadas, os detalhes da sua operacionalidade só recentemente têm sido revelados.

Agora, os peritos estudam o seu mecanismo como forma de encontrar novas formas de melhorar as capacidades manipuladoras dos robôs.

Num estudo publicado no jornal Bioinspiration & Biomimetics,1 o engenheiro Alexis Debray criou 4 estruturas robóticas em jeito de imitação das características da língua do camaleão. Dependendo do aparato que está montado na ponta do sistema, os projécteis robóticos como este podem ser usados para levar a cabo tarefas tais como elevação ou colocação de identificadores numa linha de montagem.

Na sua descrição da língua do camaleão e das estruturas de suporte – colectivamente identificada como “aparato hyolingual” – Debray inadvertidamente mostrou como este sistema biológico tinha que ter sido criado com todos os seus sistemas interdependentes totalmente formados.

A língua do camaleão está ancorada no seu corpo com ossos precisamente ajustados. Um dos ossos não só tem a forma duma caneta como também serve como suporte direccional. Sem este osso, a língua não teria suporte para o músculo elástico e o lagarto não teria controle da direcção para onde apontar a língua.

A zona elástica (ou o músculo “acelerador”) podem ser ajustados para níveis de tensão distintos de acordo com a distância requerida para atingir o alvo. Quando é libertada, a ponta da língua voa debaixo da sua própria inércia, tornado este aparato um dos raros e mais maravilhoso exemplos de projécteis no mundo animal.

Mas sem um mecanismo opositor que traz de volta a língua, como é que o camaleão se alimentaria da presa capturada? Felizmente, Deus anteviu esse cenário e equipou a língua com um músculo retráctil e flexível.

Mesmo com estes músculos com forças contrárias, tecidos conectores e ossos a servirem de âncora, o aparato hyolingual do camaleão não teria uso algum sem olhos capazes de ver a presa, um cérebro capaz de processar os dados visuais e enviar estímulos motores aos músculos certos da língua, e nervos para enviar e receber informação dos sítios apropriados do corpo do camaleão.

O aparato hyolingual é claramente um sistema biológico onde todas as estruturas integrantes têm que estar presentes desde o início ou então nunca viria a existir (segundo a mitologia darwiniana de progressão gradual através da acumulação de mutações favoráveis).

Apesar da interdependência existente no aparato hyolingual, o inventor Debray disse que o camaleão “evoluiu a partir do lepidosauria, também ancestral das cobras, dos skinks ve das lagartixas (ou osgas), e desenvolveu muitas especializações não encontradas nos outros répteis. Uma dessas especializações é a língua balística.”1

O termo Lepidosauria refere-se a um grupo ou classificação de lagartos – aqueles com escamas umas por cima das outras. Não há registo fóssil da suposta transição do proto-lagarto para cobra, “skinks”, lagartixa ou camaleão. Em vez disso, cada um destes répteis aparece no registo fóssil possuindo já o seu conjunto funcional de características distintas.2

Se estas criaturas evoluíram a partir do “lepidosauria,” pondo de lado a óbvia ausência dum candidato a ancestral no registo fóssil, onde estão os inúmeros fósseis transicionais que seriam de esperar terem fossilizado em vários pontos dos imaginados “milhões de anos” da história evolutiva?

Pelo menos um ancestral evolutivo do camaleão não teria o aparato completo que o camaleão hoje possui, e como tal, teria só algumas partes no sítio. Mas sem todas as especializações interdependentes e totalmente funcionais ao mesmo tempo, tal criatura imaginária passaria fome.

A inexistência de ancestrais significa que não haveria camaleões modernos. Como hoje em dia há camaleões, então podemos concluir cientificamente que eles vieram a existir através dum processo não-gradual (neo-darwinismo).

Conclusão:

O espantoso camaleão demonstra o Génio Criativo de Deus, e a sua língua “balística” atinge de forma mortal qualquer especulação neo-darwiniana àcerca das suas origens.

Referencias

  1. Debray, A. 2011. Manipulators inspired by the tongue of the chameleon. Bioinspiration & Biomimetics. 6: 026002.
  2. For example, see Thomas, B. Fossilized Gecko Fits Creation Model. ICR News. Posted on icr.org, September 8, 2008, accessed April 8, 2011.

Fonte: ICR

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5 Responses to Lingua de camaleão inspira design robótico

  1. Eduardo says:

    Tenho acompanhado seu trabalho neste blog já um bom tempo. Parabéns, é excelente. Seu conteúdo sem dúvida é de alto nível, sempre com muita referência bibliográfica (dá credibilidade). Que tal você escrever um livro com seu conhecimento adquirido. Caso vc já tenha, indique-o pq irei comprar.

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  2. Mats says:

    Eduardo,
    Obrigado pelas palavras.

    Toda Glória deve ser dirigida unicamente ao Senhor Jesus Cristo por 1) ter criado uma natureza tão bela (embora temporariamente manchada o jugo do pecado – Romanos 8:22), e 2) ter inspirado os autores originais dos artigos que eu traduzo e ponho aqui.

    O que eu faço apenas é um trabalho de tradução para disponibilizar os artigos na língua de Camões e Pessoa.

    Obrigado pelo comentário.

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  3. Eduardo says:

    De qualquer forma você tem conhecimento acumulado. Creio que o suficiente para escrever um livro. Na nossa língua tem pouco material para estudo do ponto de vista correto.

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  4. TomasTurbano says:

    Sabe o mais interessante sobre as teorias da evolução?
    Posso estar falando besteira, mas todas elas se apóiam no Acaso.
    Tudo é obra pura e simplesmente do Acaso. É como se (aquela velha analogia) um livro pudesse ser feito apenas botando as folhas e a tinta uma do lado da outra.

    Na real, se isso for verdade, é um milagre – na acepção da palavra! No fim das contas criacionistas temos menos fé que os evolucionistas! Haha!

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  5. Dalton says:

    Imagine que durante milhões de anos milhões e milhões de pessoas ganham na megasena apostando contra todas as pessoas da terra. Imagine a possibilidade disso acontecer (e acontecer milhões e milhões de vezes).

    É mais ou menos por aí que roda a probabilidade da evolução ser verdade.

    Algo perto de 10 elevado a -3.000.000 …

    Bem fácil de ocorrer…

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