A ressurreição dos “fósseis vivos”.

A expressão paradoxal “fóssil vivo” é muito sugestiva. Vêr um animal ou planta a ressurgir quando o mesmo só era conhecido por meio dos fósseis pode parecer um milagre. Provavelmente a frase foi inventada como forma de salvar o darwinismo dos milhões de anos que a teoria absolutamente precisa.

É credível ter fé nas falhas temporais? Eis aqui uma história recente àcerca duma criatura anteriormente tida como “extinta” mas que está viva.

Pesquisadores sul africanos estavam certos que o fóssil vivo de carrapato (carraça ou chato) por eles encontrado representava um “elo perdido” que poderia explicar os relacionamentos entre várias linhagens de artrópodes que [alegadamente] evoluíram a característica de se alimentarem de sangue.

Isto originou frases estranhas tais como as que estão presentes no artigo (PLoS One)

Portanto, embora o acto de se alimentar de sangue tenha evoluído na linhagem ancestral do carrapato, a adaptação para os interfaces mamíferos e aviários ocorreu independentemente nas famílias moles e duras de carrapatos.
(Mans, de Klerk, Pienaar, and Latif, “Nuttalliella namaqua: A Living Fossil and Closest Relative to the Ancestral Tick Lineage: Implications for the Evolution of Blood-Feeding in Ticks,” Public Library of Science One, 6(8): e23675. doi:10.1371/journal.pone.0023675.)

Parece estranho que o ancestral das diversas linhagens de carrapatos estar a viver normalmente, sem alterações evolutivas durante milhões de anos.

Em conclusão, a análise filogenética indica que os grupos N. namaqua são fundamentais para ambas as famílias de carrapatos e são a linhagem mais próxima do último ancestral comum da linhagem dos carrapatos.

A preferência dos N. namaqua por ecossistemas secos e a existência de pequenos répteis podem, portanto, ser uma indicador dum estilo de vida mantido por mais de 250 milhões de anos. Isto tornaria esta espécie de carrapato num fóssil vivo.

Fonte

Sem evolução durante 250 milhões de anos? Isto é “ciência”?

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9 Responses to A ressurreição dos “fósseis vivos”.

  1. Pedro says:

    Quem disse que eles não evoluíram, Mats? “Fóssil vivo” é uma expressão utilizada para qualificar organismos atuais que são morfologicamente muito similares a organismos dos quais há conhecimento apenas do registo fóssil. NÃO é o mesmo animal de 250 milhões de anos atrás, só são anatomicamente parecidos(ou até mesmo idênticos). Se fizeres uma análise genética em ambos os insetos verás que são diferentes.

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    • O problema dessa sua afirmação é que precisamos de um pressuposto evolucionista que não tem base científica fiável, de que há “milhões” de anos…se são similares ou até idênticos, o mais racional a ser dito neste caso é que se tratam do mesmo!

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  2. jonas says:

    Olá Mats!

    O interessante que após 250 milhões de anos eles continuam carrapatos e tudo por causa desta “pressão seletiva” muito débil nesta espécie(será???).
    Se a análises genéticas são diferentes isto retrata variações ou adaptações em resposta ao meio ambiente e suas demandas.Não devemos esquecer que os seres vivos tem mecanismos regulatórios(adaptativos) e estes serão usados quando houver riscos a sua sobrevivência.Esta “imanência teleológica” ou informação Ontológica está alocada no DNA” Junk”(segundo os darwinistas) onde a expressão gênica e sua regulação são determinadas.

    Mecanismos adaptativos contribuem para a manutenção da espécie(lembra dos tentilhões de Darwin,diferentes bicos dependendo do alimento) e somente isto,pois a transmutação nunca foi observada empiricamente.
    Nunca devemos esquecer que mutações randômicas e Seleção Natural não formam novos planos corporais,pelos menos é isto que se observa.Os seres vivos são seres complexos,e esta complexidade é devida a Informação especificada que atua na formação das proteínas funcionais e suas nuances biológicas ( variação e adaptação).

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  3. Ana Silva says:

    Mats:

    Um fóssil vivo é uma espécie que não teve de sofrer modificações ao longo do tempo para se manter adaptado ao ecossistema a que pertence. Na verdade a existência de fosseis vivos pode ser utilizado como uma confirmação da teoria da Evolução. Uma espécie “transforma-se” noutra espécie com características diferentes para se adaptar a variações nos ecossistemas. Mas se a espécie já está bem adaptada para quê mudar?

    A teoria da Evolução explica muito bem a existência de fósseis vivos. Estes existem inalterados durante milhões de anos porque não sofreram uma pressão selectiva para se modificarem.

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    • Ou pode ser um animal recente, e que a hipótese de ter “milhões” de anos, ser um tremendo equívoco!

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    • Leonardo Batista says:

      Como pode um ecossistema não sofrer alterações em 250 milhões de anos? Ou o carrapato não evolui por conta de mudanças do ecossistema ou o ecossistema é o mesmo de 250 milhões de anos atrás. Decida-se. Ficar com as duas hipóteses não é possível.

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      • Miguel says:

        Como pode um ecossistema não sofrer alterações em 250 milhões de anos?

        Para os evolucio-animistas as evidências têm que se ajustar à crença. Logo, sempre que uma observação contradiz os “milhões de anos”, os evolucio-animistas mudam a interpretação das observações, e não o postulado à priori.

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  4. Jonas says:

    Ana!

    Este “transforma-se” deveria ter explicações plausíveis e cientificas tanto a nível da Biologia(onde formar novos planos corporais necessita de nova informação.De onde vem esta nova informação já que as mutações são deletérias ou neutras?) quanto a nível da Paleontologia nos mostrando os FÓSSEIS INTERMEDIÁRIOS destes transfoemações.

    A pressão seletiva não tem poderes para transmutar e isto analisando a nível biológico.
    Novos planos ´corporais demandam nova Informação complexa,especificada e fuuncional,e este modelo de Informação mutações aleatórias não o fazem.

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  5. Douglas says:

    Registro Fóssil ???

    RICHARD DAWKINS – “os estratos de rochas do cambriano, datados de aproximadamente 600 milhões de anos, são os mais antigos em que encontramos a maioria dos principais grupos de invertebrados. E os encontramos já em estado avançado de ‘evolução’, logo da primeira vez em que aparecem. É como se eles simplesmente tivessem sido plantados lá, sem qualquer história evolucionária anterior” [Richard Dawkins – O Relojoeiro Cego, Pág. 337] Ele sabe exatamente dos problemas da Teoria mas continua com sua fé cega e militância contra as religiões …

    GOULD, S. J., Is a new and general theory of evolution emerging?, Paleobiology, Vol. 6(1):119-130 (January, 1980). Neste artigo famoso, GOULD, mostra como os cientistas admitem o fato das formas intermediárias funcionais serem difíceis de serem imaginadas e encontradas no registro fóssil, ao declarar: “The absence of fossil evidence for intermediary stages between major transitions in organic design, indeed our inability, even in our imagination, to construct functional intermediates in many cases, has been a persistent and nagging problem for gradualistic accounts of evolution.”

    KOONIN, E. V., The Biological Big Bang model for the major transitions in evolution, Biology Direct, Vol. 2:21 (2007). Neste artigo, KOONIN aceita a existência de descontinuidades abruptas na história da vida e admite que essas explosões abruptas “do not seem to fit the tree pattern that, following Darwin’s original proposal, remains the dominant description of biological evolution.”

    HOLDEN, C., The Politics of Paleoanthropology, Science, Vol. 213:737-740 (August 14, 1981). Nesta nota, HOLDEN faz um balanço do campo de paleoantropologia, e põe em dúvida a objetividade dos seus praticantes, e de suas muitas afirmações evolucionárias sobre as origens humanas. O autor enfatizou que as emoções humanas frequentemente influenciam a interpretação dos dados no campo da paleoantropologia.

    COOPER, A.; FORTEY, R., Evolutionary explosions and the phylogenetic fuse, Trends in Ecology and Evolution, Vol. 13(4):151-156 (April, 1998). COOPER e FORTEY discutem neste artigo um problema importante que a biologia evolutiva enfrenta nos dias de hoje: as muitas explosões de diversidade biológica encontradas na história da vida, inclusive a Explosão Cambriana, uma explosão de mamíferos, e uma explosão de aves. Os autores admitem que essas explosões da vida ainda não são bem compreendidas: “The processes taking place during these prolonged but obscure periods of evolutionary innovation are the next issue to be examined.”

    CARROLL, R. L., Towards a new evolutionary synthesis, Trends in Ecology and Evolution, Vol. 15(1):27-32 (2000). CARROLL é um eminente biólogo evolucionista. Neste artigo, ele descreve como os modelos típicos de evolução são incapazes de explicar o surgimento abrupto de novas espécies no registro fóssil. Ele afirmou: “The most striking features of large-scale evolution are the extremely rapid divergence of lineages near the time of their origin, followed by long periods in which basic body plans and ways of life are retained. What is missing are the many intermediate forms hypothesized by Darwin, and the continual divergence of major lineages into the morphospace between distinct adaptive types.”

    KERR, R. A., Life’s Innovations Let It Diversify, at Least Up to a Point, Science, Vol. 321:24-25 (July 4, 2008). O artigo de KERR discute o fato de a diversidade ter surgido logo no início do registro fóssil e que a diversidade dos invertebrados marinhos não tem aumentado com o passar do tempo, de tal modo que “something has been constraining evolution and diversity for hundreds of millions of years.” Isso contraria a visão da evolução de baixo para cima que tem sido classicamente ensinada nas escolas, e também implica em certos limites para a evolução.

    Qualquer Cientista MINIMAMENTE Honesto e Informado sabe que não existe gradualismo fóssil. 90% do registro fóssil mostra explosão e estagnação em todos os períodos que a Terra passou.

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