Variação Genética Não é Evolução

Em mais um esforço para usar todos cenários possíveis como “eventos evolutivos”, os darwinistas verificaram que o clima pode ter um efeito directo na velocidade da “evolução molecular” dos mamíferos.

Pesquisadores observaram que, entre pares de mamíferos da mesma espécie, o ADN daqueles que viviam em climas mais quentes varia com mais frequência. Estas mutações – onde uma letra do código ADN é substituída por outra – são os primeiros passos para a evolução.

Da substituição de uma letra do ADN já existente por outra letra do ADN já existente, os darwinistas inferem que o mundo biológico criou-se a si próprio e que Deus não existe. Mesmo que se diga aos darwinistas que “mutação” não é “evolução”, eles não acreditam. Para os darwinistas, qualquer evento biológico serve de evidência para a evolução.

Infelizmente para os crentes darwinistas, a sua fé nas mutações “microevolutivas” contradiz o que cientistas não criacionistas têm o cuidado de afirmar:

A questão central da conferência de Chicago era se os mecanismos salientes na microevolução podem ser extrapolados para explicar o fenómeno da macroevolução. A resposta pode ser dada como um rotundo “Não”. (1)

Por outras palavras, o facto de dois gatos pretos cruzarem e darem à luz gatos cinzentos não explica como é que os gatos se originaram.

Como se isso não fosse suficiente, podemos afirmar que a variação genética é um evento que está bem dentro do criacionismo Bíblico. Adão e Eva são os pais de todos os viventes, no entanto, se olharmos para o vizinho do lado podêmos vêr que somos bastantes diferentes uns dos outros. O que têm acontecido desde que os nossos pais Adão e Eva apareceram na Terra é variação e recombinação de informação genética já existente. Nada de novo é criado, para grande desespero evolucionista.

Os evolucionistas querem usar um processo que é aceite por todos (variação genética) como evidência exclusiva para a sua religião (evolucionismo).

A genética pode ser adequada para explicar a microevolução, mas a variação microevolutiva nas frequências genéticas não foram documentadas como sendo capazes de transformar um réptil num mamífero, ou de converter um peixe num anfíbio.

A microevolução concerne-se a adaptações relativas à sobrevivência do mais apto e não à origem do mais apto. Como Goodwin (1995) ressalva, “a origem das espécies – o problema de Darwin – continua por resolver (2)

É muito importante não deixarmos os evolucionistas usarem de malabarismos semânticos porque basta uma palavra mal qualificada para o evolucionista ficar com vantagem.

……………
1. R. Lewin, “Evolutionary Theory Under Fire”, Science, vol. 210, 21 November, 1980, p. 883

2. – Scott Gilbert, John Opitz, and Rudolf Raff, “Resynthesizing Evolutionary and Developmental Biology”, Developmental Biology, 173, Article no. 0032, 1996, p. 361. (ênfase adicionado)

About Mats

"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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21 Responses to Variação Genética Não é Evolução

  1. Se substituires uma letra no código podes ter:
    1- nada diferente
    2- alguma diferença
    3- diferença grande

    Tudo depende do sítio de substituição.

    Para além disso há também as mutações cromossómicas.

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  2. Mats says:

    Dário,
    Sem dúvida, mas “diferença”:
    1. Não é evolução
    2. Não é algo que seja acreditado exclusivamente pelos evolucionistas.

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    • Fernando says:

      Para início de conversa, deve-se separar evolução de progresso! Evolução pode ser tratada somente como uma mudança, que não se dá nem para melhor, nem para pior. Ou seja, algo que evolui não é algo que melhora, e sim, algo que simplesmente muda! Deste modo, é correto, sim, dizer que evolução é só uma mudança!
      Além de que, pensando desta forma, caem por terra milhares de teorias que comparem dois povos ou duas culturas, por exemplo. Ou seja, quando chegaram à América, os europeus não se preocuparam em respeitar nenhuma cultura local por classificarem todas como “menos evoluídas”, simplesmente por não seguirem a lógica cristã. O massacre histórico poderia não ter acontecido se seu modo de pensar fosse evolucionista (biologia) e relativista (antropologia) e entendessem que espécies diferentes coexistiram durante milhares de anos, assim como culturas diferentes também podem coexistir.
      Outro dado a se levar em conta é que, de acordo com a arqueologia, existem diversos fósseis que ilustram uma mudança do ser humano ao longo do tempo, o que torna impossível o homem ter surgido tal como ele é, ou que ele seja tido como diferente das outras espécie!
      Recomendo-te a leitura do livro “Os humanos antes da humanidade”, de Robert Foley.E digo, que conheço a bíblia e sei que as interpretações não devem ser feitas de modo literal. No mais, não me estenderei porque isso me exigiria muita leitura e reflexão, o que recomendo a ti também. Ler e pesquisar geram uma compreensão, que por sua vez, aprimora a alma.

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      • Mats says:

        Para início de conversa, deve-se separar evolução de progresso! Evolução pode ser tratada somente como uma mudança, que não se dá nem para melhor, nem para pior.

        Então isso não serve de evidência contra o criacionismo.

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      • jephsimple says:

        “Para início de conversa, deve-se separar evolução de progresso!”

        Sim … evolução por definição não é necessariamente progresso.

        Mas qndo estamos a falar de evo … a alegação é de que a complexidade química e funcional foi de simples a alto nível,quantitativo e qualitativo de forma lenta,gradual e progressiva em uns milhões ou bilhões de anos , ou seja, a complexidade foi aumentando progressivamente ao longo dos anos …

        Sendo assim … variação não é evolução neo darwiniana. o.O

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  3. Diferença pode ser evolução porque pode conferir reprodução diferencial num indivíduo.

    Uma população de tigres. Uns têm unhas pequenas, a maior parte tem unhas de tamanho médio e alguns têm unhas grandes. Quando vem o inverno bastante rigoroso os tigres com unhas maiores que o normal passam a ter uma reprodução diferencial positiva, pois conseguem caças as presas com maior facilidade (as presas apresentam uma grossa camada de gordura, estamos num inverso rigoroso). Se um tigre caça, pode ter fêmea e os seus genes serão transferidos à geração seguinte.

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  4. Mats says:

    Dário,
    E como é que isso explica a origem de tigres e das suas unhas?

    Explicares como é que tigres com unhas grandes sobrevivem aos tigres com unhas pequenas não é evidência contra a Criação, e nem explica a origem de tigres e do complexo aparato envolto na funcionalidade das unhas felinas.

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  5. É só multiplicares as pequenas modificações que conferem reprodução diferencial positiva.

    Quem está mais apto numa população tem uma reprodução diferencial positiva, assim transmite os genes. E assim, a curva da população vai modificando.

    Cada característica presente num organismo originou-se desta forma.

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  6. Mats says:

    Dário,

    É só multiplicares as pequenas modificações que conferem reprodução diferencial positiva.

    Isso é extrapolação não justificada. O facto de gatos com unhas grandes passarem a ser dominantes numa população não explica a origem de gatos e de unhas. O exemplo que tu deste é o de selecção natural, selecção essa que opera em sistemas que já existam. Se já existem, não só está de acordo com o criacionismo, como não serve de evidência para a evoluçõa, uma vez que esta veio para explicar a “origem das espécies” e não a variação das espécies.

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  7. Quanto maior a variação mais diferente se torna a espécie. Ao longo do tempo, e porque a curva de gauss de uma população referente às diversas caracteristicas é dinâmica e complexa, as pequenas e muitas variações vão alterar o genótipo e consequentemente o fenótipo de uma população.

    Deste modo uma espécie vai evoluindo para outra, que tenha um bico maior, cor mais clara, garras maiores, corpo mais delgado e que voe mais baixo, por exemplo.

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  8. “Deste modo uma espécie vai evoluindo para outra, que tenha um bico maior, cor mais clara, garras maiores, corpo mais delgado e que voe mais baixo, por exemplo.”

    Aqui não há controvérsia. Isso é observado e é o que seria de esperar se o criacionismo bíblico estivesse correcto.

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  9. Mats says:

    Quanto maior a variação mais diferente se torna a espécie.

    Quanto maior a variação entre as pessoas, mais diferentes nos tornamos, mas não deixamos de ser pessoas.

    Ao longo do tempo, e porque a curva de gauss de uma população referente às diversas caracteristicas é dinâmica e complexa, as pequenas e muitas variações vão alterar o genótipo e consequentemente o fenótipo de uma população.

    Não vão deixar de ser tigres. A tua extrapolação vai para além das observações, e ignora o facto de variações genéticas não acrescentarem informação ao genoma.

    Deste modo uma espécie vai evoluindo para outra,

    Evoluindo o variando?

    que tenha um bico maior, cor mais clara, garras maiores, corpo mais delgado e que voe mais baixo, por exemplo.

    Não deixa de ser o animal que era porque tem um bico maior.

    Tal como já disse em cima, isto não explica a origem das espécies, mas a variação das espécies. Variação das espécies é um fenómeno fulcral para o modelo Bíblico, e como tal, não serve de evidência exclusiva para a teoria da evolução.

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  10. Então o que faz um homem ser diferente de um Homo Erectus? Não é a variação? É uma variação, ou melhor, muuitas variações.

    Há um limite para a variação?

    E como justificas a coincidência de DNA não codificante nos seres vivos em cadeia?

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  11. Pretos, brancos, amarelos ou vermelhos, somos todos seres humanos. O que é que tem isso?

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  12. Não percebeste.

    Olha, faz alterações minúsculas num cubo e vais tendo formas diferentes como esferas, cones, etc..

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  13. Analogia sem sentido.

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  14. Sim sim… faz todo o sentido

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  15. Mats says:

    Então o que faz um homem ser diferente de um Homo Erectus? Não é a variação? É uma variação, ou melhor, muuitas variações.

    Repara no título deste post. Eu acredito na variação, mas nem toda a variação é evolução. Tu usas exemplos não controversos como evidência exclusiva da teoria da evolução. Não é lógico.

    A teoria da evolução é sobre a ORIGEM das espécies, e naõ a VARIAÇÃO das espécies. Exemplos de variação não são evidência exclusiva para a evolução.

    Há um limite para a variação?

    Segundo as observações, sim. Tu podes cruzar porcos durante séculos que eles vão continuar a ser porcos.
    Nós humanos temos feito cruzamentos entre canídeos, e eles continuam a ser canídeos.
    Por mais que se aumente o tamanha das galinhas, elas nunca vão ser do tamanho de elefantes. Há limites biologicos para as variações.

    E como justificas a coincidência de DNA não codificante nos seres vivos em cadeia?

    Design comum?

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  16. Lembra-te que há também fecundação entre espécies e entre populações semelhantes.

    ” E como justificas a coincidência de DNA não codificante nos seres vivos em cadeia?

    Design comum?”

    Não achas esta resposta um pouco redutora e nada técnica?

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  17. “E como justificas a coincidência de DNA não codificante nos seres vivos em cadeia?

    Estou por fora disto mas acho que não é muito inteligente da tua parte estares a falar do adn-lixo, quando a ciência pouco a pouco vem atribuído funções para esse tal junk. A propósito, como sabes de certeza que esse material não tem função nenhuma?

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  18. O DNA não codificante existe, mas a definição de “lixo” caíu, isto porque, na verdade, esse DNA não codificante não é lixo mas funciona para casos extremos. E, curioso, é muito idêntico ao DNA de espécies inferiores na árvore filogenética. Ou seja, Ao longo da “escalada” da árvore esse DNA não codificante vai aumentando. Tem lógica olhar para isso de forma evolutiva. À medida que sequências de DNA não eram mais necessárias foram acumulando ao longo da evolução.

    O DNA não codificante (antigo “lixo”) funciona em casos excepcionais. Uma sequência codificante numa parte normal do genoma codifica para uma proteína. Uma sequência de DNA não codificante sofre Splicing Alternativo, ou seja, pode formar várias sequências diferentes e formar aminoácidos e/ou proteínas diferentes.

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