É verdade que as mutações causam evolução?

Por Harun Yahya

As mutações são deslocações, falhas e impedimentos resultantes de radiações com efeitos químicos nas moléculas de ADN, no núcleo da célula viva (que carrega toda a informação relativa ao ser humano). A informação que se encontra dentro do ADN está configurada através de 4 nucleotídeos distintos, simbolizados pelas letras A, T, C e G, dispostas numa sequência especial e importante. Mas basta que haja um erro numa única letra para que toda a estrutura fique danificada.

A leucemia observada nas crianças aparece porque uma das letras do ADN está configurada da maneira incorrecta. O motivo pelo qual doenças tais como o cancro apareceram, ou gerações seguintes ficaram deformadas, como consequência da fuga de radiação em Chernobyl ou depois da bomba atómica ter sido largada em Hiroshima, prende-se com os efeitos malignos deste tipo má configuração causada pelas mutações nos corpos das pessoas.

Quase todas as mutações são malignas, e elas são, de forma geral, letais para as formas de vida. Exemplos de mutações que não são malignas normalmente não fazem nada de bom ao organismo, e são, na melhor das hipóteses, neutrais. Os cientistas já chegaram à conclusão que nenhuma das mutações que já foram estudadas teve algum tipo de efeito positivo nas formas de vida. (1)

Mas a teoria da evolução encontra-se baseada em mutações fictícias que produzem “novas” formas de vida e operam milagres. Os Darwinistas afirmam que as espécies emergem umas das outras através de eventos onde estruturas e os órgãos aparecem como efeito de inúmeras e fictícias mutações benéficas. Esta alegação, fonte de vergonha horrível para os Darwinistas, é avançada por cientistas Darwinistas que sabem que as mutações são sempre prejudiciais para o organismo.

Mais ainda, embora os Darwinistas estejam bem cientes destes efeitos nocivos das mutações, eles continuam mesmo assim a apontar para a mosca da fruta mutante (de 4 asas), sujeita à mutações em laboratório, em apoio às suas alegações.

Os Darwinistas exibiram o par de asas adicional produzidas na mosca da fruta (resultante de mutações cuidadosamente levadas a cabo) como a  maior evidência de que as mutações poderiam levar à evolução. No entanto, as duas asas em questão danificavam a criatura em vez de beneficiá-la, levando a que ela perdesse a capacidade de voar. Jonathan Wells, biólogo molecular da Universidade da Califórnia, resumiu as coisas da seguinte forma:

Durante a década 70, o geneticista da Cal Tech Edward B. Lewis descobriu que um cruzamento cuidadoso entre três estirpes de mutantes era capaz de produzir uma mosca da fruta onde os balanceadores enram transformados num par adicional de asas com aparência normal.

À primeira vista, isto parece disponibilizar evidências da alegação de Caroll de que pequenas mudanças no desenvolvimento dentro do ADN regulador pode gerar mudanças evolutivas significativas na forma de vida.

Mas a mosca da fruta continua a ser uma mosca da fruta. Mais ainda, embora o segundo par de asas pareça normal, o mesmo não tem músculos para o vôo. Uma mosca da fruta com 4 asas é como um avião com um segundo par de asas a pender na sua cauda.

Esta mosca tem grande dificuldade em voar ou em acasalar, e como tal, só pode sobreviver dentro do laboratório. Como evidência em favor da evolução, uma mosca com 4 asas não é melhor que um bezerro circense com duas cabeças. (2)

Jonathan Wells continua:

As moscas da fruta deficientes com um par de asas adicional, ou sem pernas, ensinaram-nos algumas coisas em relação à genética do desenvolvimento, mas nada em relação à evolução. Todas as evidências apontam em uma direcção: independentemente do que façamos ao embrião duma mosca da fruta, só há três resultados possíveis:

1) uma mosca da fruta normal,

2) uma mosca da fruta morta,

3) ou uma mosca da fruta deficiente.

Nem mesmo um moscardo, e muito menos um cavalo. (3)

Tal como já vimos, a mosca da fruta mutante com 4 asas, que é a única evidência que os Darwinistas usam em favor das suas alegações sem sentido, é, de facto, nada mais que uma mosca da fruta deficiente. Independentemente dos efeitos que as mutações possam ter nas formas de vida, elas não possuem o capacidade miraculosa de atribuir características pertencentes a um tipo de animal a outro tipo de forma de vida. Mas os Darwinistas querem acreditar na mentira de que é possível milagres acontecerem através de mutações.

A parte interessante é que, embora os cientistas Darwinistas estejam cientes de que o vôo desta mosca da fruta é deficiente, ainda são feitas tentativas (nos livros escolares) de caracterizá-la como a maior evidência da evolução por via da mutação. O biólogo molecular Jonathan Wells escreve:

Segundo o livro escolar de Peter Raven e de George Johnson, com o nome de “Biology”, “toda a evolução começa com alterações na mensagem genética…. Mudanças genéticas através da mutação e da recombinação [a re-ordenação de genes já existentes] disponibilizam a matéria-prima para a evolução.”

A mesma página exibe uma foto da mosca da fruta com 4 asas, que é descrita como “mutante devido a mudanças no Ultrabithorax, gene que regula uma fase crucial do desenvolvimento; ela possui dois segmentos torácicos, e desde logo, dois pares de asas.”

Para confundir ainda mais as coisas, as descrições dos livros escolares normalmente deixam o leitor com a ideia de que o par de asas extra representa um ganho estrutural.

No entanto, as moscas com 4 asas perderam as estruturas que precisam para voar. Os seus balanceadores não existem, e em vez deles terem sido substituídos por algo de novo, eles foram substituídos com cópias de estruturas que já existem. Embora as fotos de moscas da fruta com 4 asas nos deixem com a impressão de que as mutações acrescentaram algo de novo, a verdade está mais próxima da alegação diametricamente oposto. (4)

Mesmo que nós aceitemos que a “fantasiosa primeira célula” que os Darwinistas dizem representar o início da vida (e que de maneira nenhuma poderia surgir como efeito do acaso) tenha emergido espontaneamente, até a mais pequena das fases do imaginário processo evolutivo, que teria que ter ocorrido como etapa para o aparecimento do ser humano (com todas as suas estruturas complexas), exigiria uma quantidade enorme de informação produzida através de mutações infindáveis.

“Todas” estas mutações teriam que ter sido benéficas para a forma de vida, ou causar o aparecimento de algo “novo”, porque um simples erro no desenvolvimento desta forma de vida fictícia iria causar a que todo o sistema entrasse em colapso.

Nove e nove porcento das mutações são prejudiciais embora 1% das mesmas sejam neutrais. Alegar, portanto, que cada uma destas mutações que, segundo a teoria da evolução teriam que ocorrer, foram benéficas, é algo que contraria a razão e a ciência.

É, desde logo, impossível que um novo tipo de órgão ou traço que não existia previamente apareça por acaso como efeito de mutações. As mutações não têm poder para atribuir às formas de vida informação que não lhe pertence, ou transformar esta forma de vida num noutro tipo de forma de vida.

A ideia das mutações representa a maior manifestação da falsidade e de pensamento ilógico por parte dos Darwinistas visto que a ideia da evolução encontra-se fundamentada nestas ilusórias “mutações benéficas”, que não existem.

A Vasta Quantidade de Tempo Necessária para as Mutações Benéficas

Mesmo que avancemos com a hipótese de que as mutações benéficas poderiam ocorrer, a ideia das mutações aleatórias ainda é incompatível com a teoria da evolução. Num artigo com o título “The Inadequacy of Neo-Darwinian Evolution As a Scientific Theory,” o Professor Murray Eden do MIT (Massachusetts Institute of Technology, “Faculty of Electrical Engineering”) demonstrou que, se fossem precisas seis meras mutações para causar o aparecimento duma mudança adaptativa, isto ocorreria aleatoriamente uma vez em cada mil milhões de anos – enquanto quem se estivessem envolvidas duas dúzias de genes, isto iria requerer 10,000,000,000 anos, que é muito mais do que a idade da Terra. (5)

george_g_simpsonMesmo que assumamos que as mutações eram eficazes e benéficas dentro de órgãos complexos e de estruturas sofisticadas, exigindo que ocorra mais do que uma mutação ao mesmo tempo, os matemáticos ainda dizem que o problema do tempo é um dilema sério para os Darwinistas.

Até mesmo o Professor de Paleontologia George G. Simpson, um dos Darwinistas mais impenitentes [do século 20], claramente afirma que seria necessária uma duração de tempo infinita para que cinco mutações ocorram ao mesmo tempo. (6)

Uma quantidade de tempo infinita significa probabilidade zero, e esta é uma probabilidade aplicada a todas as estruturas e organismos que os seres vivos têm. Logo, não há a mínima possibilidade da gloriosa variedade de formas de vida que actualmente existe ter surgido como efeito de mutações aleatórias.

O evolucionista George G. Simpson levou a cabo outros cálculos relativos à alegação em questão. Ele admitiu que dentro duma comunidade de 100 milhões de indivíduos, que se assume que produza uma geração todos os dias, uma consequência positiva proveniente das mutações iria ocorrer uma vez em cada 274 mil milhões de anos. Esse número e imensas vezes maior que a idade da Terra (…) (7) Claro que estes cálculos assumem que as mutações têm uma efeito positivo em cada geração, mas tal presunção não se aplica ao mundo real.

Porque é que o corpo que supostamente está a evoluir protegido contra as mutações?

Todos os cientistas evolucionistas sabem que a probabilidade dum erro de replicação ocorrer no ADN das formas de vida, sem motivo algum, são muito baixas. As pesquisas já revelaram que existem elementos protectores na célula que impedem o aparecimento de erros genéticos.

A informação que se encontra dentro do ADN não pode ser copiada durante a ausência de enzimas especiais que se protegem umas as outras contra o aparecimento de erros. Entre estas incluem-se enzimas-filtro que garantem que o aminoácido certo se une ao tRNA certo. Um filtro rejeita aminoácidos que são demasiado grandes, e outro aqueles que são demasiado pequenos. Este é um sistema muito sensível e racional.

Existem também enzimas que fazem a avaliação final contra a probabilidade do surgimento de qualquer erro dentro deste sistema inteligente. Os cientistas concluíram que existe um sistema de controle e de protecção celular (focado em manter a integridade do ADN)  melhor do que se pensava. (8)

pierre_grassePierre Paul Grassé, que durante 30 anos foi professor de evolução na Universidade Sorbonne, escreveu o seguinte em relação a este assunto:

A probabilidade do pó transportado pelos ventos produzir a obra “Melancholia” de Dürer é menos infinitesimal do que a probabilidade de erros de cópia nas moléculas de ADN levarem à formação de um olho. (9)

Os Darwinistas ignoram este miraculoso sistema dentro do ADN, evitam um aprofundamento em relação a este tópico, e evitam produzir algum tipo de explicação para o mesmo. Mas eles constroem um cenário em relação à história da vida, cenário esse  construído sobre erros de replicação que têm uma probabilidade de quase zero de ocorrerem. Mais uma vez, isto revela a irracionalidade da lógica Darwinista.

Seguindo da posição de que a ideia de Darwin, da selecção natural, claramente não é a verdadeira história relativa a assim-chamada evolução, e da emergência das leis da genética, que são um golpe letal para o Darwinismo, a alegação em torno do “efeito evolutivo das mutações”, que tem sido a principal arma do neo-Darwinismo, foi revelada como nada mais que uma decepção.

É absolutamente ridículo alegar que um mecanismo tal como a mutação aleatória, que danifica, destrói e mata o organismo vivo, e por vezes prejudica todas as gerações futuras, pode causar o surgimento de formas de vida totalmente novas.

Mas há já muitos anos que as massas foram levadas a acreditar nesta mentira, embora os cientistas Darwinistas estejam bem cientes que tal poder miraculoso não existe. Até mesmo Richard Dawkins, um dos mais ardentes evolucionistas dos dias de hoje, admite que “as mutações são deletérias, e como tal, efeitos indesejáveis são muito prováveis.”(10)

O motivo que leva os Darwinistas a continuar a propor este alegação desacreditada como um mecanismo para a evolução é a sua devoção à religião supersticiosa do Darwinismo.

~ http://bit.ly/2cIfdVx

* * * * * * *

Convém salientar que uma das respostas que os evo-animistas dão como exemplo de “mutação benéfica” são instâncias onde a forma de vida de facto obtém algum tipo de vantagem devido a uma mutação.

Por exemplo, numa ilha ventosa, os insectos sem asas podem ter a vantagem de não serem “soprados” para o alto mar. Os peixes que vivem em ambientes sem luz podem ter algum tipo de vantagem em perder a faculdade da visão e passar a depender de outros sentidos (economia de nutrientes na manutenção de órgãos sem uso).

Mas em todos os casos de “mutações benéficas”, nenhuma mutação dá à forma de vida um acréscimo informacional que, com o passar do tempo, vá aumentando quantitativamente a densidade informacional. É nesse sentido que se fala em “mutação benéfica”.

Há que distinguir entre uma mutação que dá uma vantagem objectiva à forma de vida, da mutação que aumenta a informação no genoma da dita forma de vida. A primeira já foi observada, mas a que a teoria da evolução precisa é da segunda, que, como seria de esperar, nunca foi observada.

Resumidamente, a teoria da evolução depende de forças que não existem, mecanismos que nunca foram observados, e factores que contradizem a lógica e a ciência. Mas a teoria lá vai sendo empurrada com relutância pelos evolucionistas visto que sem, ela, eles têm que admitir publicamente o que, entre eles, eles já sabem: a teoria da evolução é uma fraude.

Como sempre, a ciência, quando interpretada da forma correcta, está de acordo com a Bíblia. As mutações aleatórias não geram novas estruturas e novas formas de vida uma vez que a vida depende de informação, e, segundo o que já foi observado, a informação é sempre o efeito de uma ou mais mentes inteligentes. Como Deus “finalizou” a Sua actividade Criativa no 6º Dia da Criação, o que nós temos experimentado desde então é a recombinação de genes que já existem.

Fontes:

1 Nicholas Comninellis, Creative Defense, Evidence Against Evolution, Master Books, 2001, pp. 74-75
2 Jonathan Wells, Ph.D., The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design, Regnery Publishing Inc., Washington, 2006, p.34
3 Ibid., p. 36
4 Jonathan Wells, Icons of Evolution, pp.185,186, 187
5 Gordon Rattray Taylor, The Great Evolution Mystery, Sphere Books Ltd., 1984, p. 4
6 Ibid., p. 230
7 Nicholas Comninellis, Creative Defense Evidence Against Evolution, Master Books, 2001, p. 81
8 Ibid., pp.74-75
9 Ibid., p. 81
10 Richard Dawkins, The Extended Phenotype, Oxford University Press, 1999, p. 141 2009-07-08 15:40:52

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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4 Responses to É verdade que as mutações causam evolução?

  1. Aline Moura says:

    muito bom!

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  2. Evolução da mosca da fruta:
    mosca, Mosca, MOSCA, MOSCA. 😀

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  3. L. Souza says:

    Site muito bom, deveriam fazer uma copia em pdf para poder baixa-lo

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  4. Dalton says:

    O caso da mosca da fruta, na verdade, comprova a teoria de Behe, a complexidade irredutível. A mosca ganhou asas, mas faltou as outras partes do sistema de vôo, o que inabilitou a mesma de voar, fazendo-a MENOS eficaz para evoluir e transmitir genes.

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