As pegadas do réptil e a imaginação do ateu

Existem inferências científicas que são plenamente justificadas, e existem “inferências” que nada devem à ciência. Este texto é um exemplo da segunda.

Pegadas de répteis com 318 milhões de anos

Marcas são as mais antigas de répteis e foram feitas quando havia a Pangeia.

As marcas estão em rochas junto à baía de Fundy, em New Brunswick, no Canadá. Datam de há 318 milhões de anos, do chamado período Carbonífero, de quando a Terra ainda tinha apenas um continente, a Pangeia.

Eles conseguiram ver isso apenas pela análise das pegadas?

Foi nessa época que os répteis começaram a caminhar pela Terra. É isso que as marcas mostram.

Pegadas num pedaço de rocha mostram que “foi nessa época que os répteis começaram a caminhar pela Terra”? Como é que chegaram a essa conclusão? É mesmo isso que as marcas mostram, ou é isso que é assumido pela teoria da evolução?

As conclusões da equipa acabam por confirmar uma suspeita de longa data da comunidade científica: a de que os répteis foram os primeiros seres vivos a penetrar no interior dos continentes, por terra.

Sim, antes da descoberta destas pegadas, essa suspeita não estava confirmada – pese embora ter sido propagada por todas as universidades seculares, museus evolucionistas, jornais “científicos” evolucionistas e praticamente todos os órgãos de informação maciços. Não estava confirmado mas foi anunciado como tal.

Ah, e por “comunidade científica” entendam por “comunidade evolucionista”.

A antiguidade das pegadas foi importante para esta demonstração porque colocou no seu contexto temporal esta caminhada para o interior.

Mas a “antiguidade” das pegadas é assumida à partida. Como é que algo que é assumido sem evidências se torna evidência para a imaginada transição da água para a terra

“A princípio, a vida estava restrita aos pântanos costeiros, onde existiam florestas luxuriantes, que estavam cheias de fetos gigantes e de libélulas.

Não nos foi dito como é que eles sabem disto.

No entanto, quando os répteis entraram em cena, levaram as fronteiras mais para diante, conquistando o interior seco dos continentes”, adiantou o mesmo investigador.

Não foi dito como é que os répteis entraram em cena nem como é que eles conseguiram levar “as fronteiras mais para diante”. Não foi mostrado qualquer mecanismo capaz de transformar um não-réptil num réptil de forma que este possa levar as “fronteiras mais para adiante.

Ao contrário dos seus primos anfíbios, os répteis não necessitam de estar sempre a regressar à água para respirar e essa vantagem deu-lhes autonomia para se embrenharem pelo interior, afastando-se cada vez mais da costa.

Ou então os répteis sempre foram o que são hoje (embora variando dentro do seu tipo), e a forma de vida que foi identificada pelas pegadas é apenas um réptil que vivia nessa área. O facto do réptil ter a capacidade de navegar mais profundamente em zonas mais afastadas da água não implica que ele seja o percursor dos animais terrestres.

Conclusão:

O tipo de inferências que suportam a teoria da evolução tem tendência a serem circulares:
  • Estas pegadas provam que este animal é o link entre animais marinhos e animais terrestres.
  • Como é que se sabe disso?
  • Ora, porque os animais evoluíram do mar para a terra, e este animal encaixa-se bem nessa história.
  • Ah, então este animal não serve de evidência uma vez que a história já estava feita mesmo antes de se encontrar estas pegadas. As evidências devem vir de outra fonte. Além disso, tudo o que as pegadas mostram é que um réptil andou sobre esta rocha.
  • Sim, mas esta rocha de milhões de anos.
  • Como é que sabes disso?
  • Porque os métodos de datação assim o mostram.
  • Mas os métodos de datação só “funcionam” e “mostram” alguma coisa quando os mesmos confirmam a história; se encontrarmos (e datarmos) um fóssil com uma idade que não esteja de acordo com a história, essa datação vai ser rejeitada ou esse fóssil vai ser rejeitado.
  • Sim, mas isso é porque a evolução é um facto. Os fósseis mostram isso.
  • Mas já vimos em cima que os fósseis são irrelevantes para a teoria da evolução, uma vez que os mesmos não são usados como evidência para a história evolutiva, mas sim a teoria é que é usada como forma de se saber se um fóssil é válido ou não.
Se nós pressionarmos os ateus de forma consistente, eles vão a dada altura exibir pensamento circular. Isto não é um ataque à sua inteligência mas sim uma exposição dos constrangimentos que o ateísmo e a teoria da evolução colocam à sua volta. O nosso propósito é ver o que eles dizem – e principalmente, ver o que eles não dizem – como forma de ressalvar a circularidade da sua ideologia.

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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32 Responses to As pegadas do réptil e a imaginação do ateu

  1. Karina says:

    Mats, dia desse vi no National Geographic um programa sobre um dinossauro não sei das quantas. Era o “maior carnívoro” da Terra. Não era o Tiranossauro Rex, o que aliás acabou com anos de trauma infantil por conta do filme Parque dos Dinossauros :):):) .

    Mostraram como era a “vida em família” do enorme bichinho, os hábitos alimentares e até as intimidades do coitado!

    Sabe como eles descobriram tudo isso?!?! A partir de DE UM ÚNICO ESQUELETO INCOMPLETO encontrado até hoje.

    Nossa, eu fiquei maravilhada com a capacidade criativa daqueles cientistas!! James Cameron e Steven Spielberg agradeceriam as sugestões para roteiros de ficção.

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  2. É incrível a imaginação desse povo… Acharam uma pegada antiga, e pronto, mas nada além disso.
    Quanto a datação, qual confiável ele é ? Eu vou dizer, 0% … Usem 2 métodos diferentes e eles vão dar resultados diferentes, mas absurdamente diferentes, como confiar nisso, como saber qual é certo ? É fácil, nenhum dos 2 diria eu, já o ateu, aquele que mais se aproxima a religião deles… qnta ignorância…

    Louvado seja o Deus do céu, que em sua infinita inteligência nos criou de forma gloriosa !!!!

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  3. Mats says:

    Pois é, Karina, os nosso amigos evolucionistas tem um poder de análise que supera o resto da humanidade. Eles olham para uns ossinhos partidos e conseguem dizer como era o animal, quais eram os seus hábitos alimentares, e até conseguem desenhar a aparência da sua “esposa” (veja-se no caso do Piltdown Man).

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  4. Clayton Luciano says:

    Meus colegas:

    Tem que levar em conta de que as informações de um especialista que são passadas para o público, ignorante na área, não contém as informações técnicas que são trocadas entre cientístas, ou voces acham que o trabalho de um cientísta é ficar lá procurando pegadas e depois monta uma estória qualquer? Se o que disseram aí passou pelo método científico, que é rigidíssimo, já tem o meu aval.

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  5. claro que estas pessoas, normalmente com cursos por correspondência, passam a vida a inventar histórias e a falsificar dados.

    Pastores com cursos de teologia em “universidades” evangélicas sabem muito mais de ciência.

    Como são avaros do seu saber não publicam trabalhos científicos a contestarem o que os amadores historiadores dizem sobre o paleolítico ou o neolítico.

    Sabemos todos que está no prelo um trabalho científico de arrasar que demonstra, sem sombra de dúvidas, que os historiadores católicos e ateus andam há anos a falsificar dados e achados para demonstrarem – a soldo dos ateus evolucionistas – que a história se pode condensar em seis mil anos.

    A mão negra do diabo, a franco-maçonaria, os comunistas, os socialistas, o Papa ele mesmo, o presidente Obama e o Prof José Hermano Saraiva tem evitado que tão ribombante obra saia da tipografia.

    O mesmo se passa com o trabalho científico que demonstra que a datação dos extratos e de artefatos é mera superstição.

    Ele está na mente dos criacionistas da terra jovem.

    Eles enrugam a testa e dizem que o vão fazer. No entanto o mafarrico, pérfido como sabemos, transforma as idéias em gases.

    Cá esperamos que saia o tal trabalho em história que condensa a história da humanidade em seis mil anos. Com dilúvio e tudo.

    Iria ser de arromba se o malvado do mafarrico não boicotasse a coisa.

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  6. Adalberto Felipe says:

    João Melo, esse negócio do trabalho já foi mais que refutado pelo Sabino já e você continua insistido já, afinal, evidências, como as que são postadas nesse blog, não faltam.

    Gostaria, João, de te pedir um favor, meio se puder: poderia achar mais artigos interessantes sobre o criacionismo, sobre os sérios problemas de datação e coisas que os evolucionistas não gostam de enxergar? Com isso você pode até sugerir o Mats para colocar nesse blog ou colocar no seu.

    Se você quiser é claro.

    Abraços

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  7. wallacevidal says:

    Frederico,

    Como qualquer ferramenta, o método do carbono 14 pode ser mal usado. E nesse caso o problema não está no método e sim na pessoa que o utilizou incorretamente.

    Interessante que a maioria das pessoas que criticam os métodos de datação sequer sabem ao certo como eles funcionam, suas aplicações e suas limitações.

    No caso do carbono 14, é normal ver criacionistas alegando que ele é usado para datar fósseis, quando na verdade ele não é utilizado para essa função. Como sua meia-vida é de 5730 anos, ele serve para datar no máximo até 50.000 anos. Além disso, ele só serve para datar estruturas orgânicas, como madeira, pele, tecido, folhas, etc.

    O método do carbono 14 funciona de forma diferente que os métodos convencionais, como o Potássio-Argônio, Rubídio-Estrôncio e Urânio-Chumbo, etc. Esse método é chamado método cosmogênico, porque o carbono 14 é constantemente formado por raios cósmicos nas camadas superiores da atmosfera. Ele é um elemento instável, que ao decair se transforma em nitrogênio 14.

    Mesmo em pequenas quantidades (cerca de 0,001% do carbono existente na Terra), o C14 é absorvido pelas plantas e animais. Dessa forma, os organismos estão com o C14 em equilíbrio com a atmosfera. Quando eles morrem, o C14 não é mais absorvido, e o que existe neles tende a se tornar N14.

    Comparando a quantidade ainda existente de C14 no organismo com a quantidade existente na atmosfera, temos uma boa previsão de quando ele morreu.

    O método C14 foi calibrado até 11.800 anos, utilizando a dendrocronologia, a ciência que estuda os anéis de crescimento de árvores centenárias. Depois de calibrado ele mostra notável precisão. As chamadas “árvores matusalém”, existentes na seca região entre Nevada e Flórida, crescem por até 6.000 anos! Árvores desse tipo demoram milhares de anos para se decompor. Ao fazer correlações dos anéis com as árvores mortas, baseado em grandes períodos de seca ou chuvas, o período pode ser estendido para até 11.800 anos.

    Além de 11.800 anos não é mais possível calibrar pela dendrocronologia, pois ocorreu um cataclismo mundial que alterou de forma abrupta como as árvores cresciam naquela época (antes que os criacionistas digam, não, não foi o dilúvio bíblico, e sim o descongelamento provocado pelo fim da última era glacial).

    Porém existem outras formas de calibrar o método C14 além desse ponto. Uma delas é encontrar baías ou lagos onde a sedimentação ocorre relativamente rápida. Em muitos casos a sedimentação é sazonal, e cada ano se forma uma nova camada, e as camadas podem ser contadas iguais a anéis de árvores.

    Outra forma é encontrada em geleiras. As camadas de gelo também são sazonais e podem ser contadas, ao se escavarem cilindros de gelo. Se algum animal ou matéria orgânica ficar presa e for congelada, pode se descobrir quando isso ocorreu facilmente.

    Também pode ser usado o crescimento de estalagmites, pois sua evolução pode ser verificada facilmente.

    Dessa forma é possível calibrar a datação por C14 a até 50.000 anos. Além desse limite o método não é mais recomendado.

    A datação por radiocarbono tem sido largamente usada, com resultados consistentes e confirmado por fontes independentes, além de confirmado por outros métodos de datação.

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  8. wallacevidal says:

    Adalberto,

    Quer um belo site?

    http://erros-criacionistas.wikispaces.com

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  9. Adalberto:

    Se tem tanta certeza que o método de datação radioativa está errado faça a sua reclamação com quem de direito.

    http://lusodinos.blogspot.com/

    Se acha, e achismo é fácil, que eles são uma cambada de vigaristas força contra eles!

    Diga-lhes que os dinos tem menos de seis mil anos.

    E mais! que tem provas!

    E que eles andavam por aqui com os coelhos….

    Força!

    Prove isso !

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  10. Ou é mesmo vigarice ?

    A mim, salvo melhor opinião, parece-me que é.

    Mas quem sabe ?

    Até podem não ser tão aldrabões como parecem…

    Para mim é…mas quem sabe ?

    rsrsrsrsrssr!|

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  11. Ups!

    Pedi aos criacionistas da terra jovem evidências!

    Desculpem!

    Só conseguem aldrabices!

    É a regra!

    Tem razão! Isto não tem a ver com evidencias ou verdade.

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  12. Adalberto Felipe says:

    João Melo,

    Quando eu te pedir para pesquisar algum assunto legal sobre o criacionismo igual é postado aqui, fiz de propósito, pois creio que pedir isso a quem não acredita dá uma sensação estranha, de negação e o exato aconteceria se alguém fosse defender isso numa universidade e por mais que se negue já há caso de pessos assim de pessoas que foram até despedidas por apoiar o criacionismo.

    Como falei, você sempre vem com esse argumento que já foi refutado… seria mais interessante que você revutasse o tópico, não vir com ele e sobre a datação há problemas sim com isso, mas em alguns posts sobre isso, não vi você refutando e sim, como sempre, vindo sempre com suas ironias.

    Como você quer evidências se nem ao menos você refuta o que é postado?

    Wallace,

    Obrigado, mas já conheço o site e sei dá ironia que você quis dizer com isso. Há muitas pérolas nele, assim como no bule voador.

    Abraços a todos.

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  13. wallacevidal says:

    Adalberto,

    Mostre uma pérola do site. Não mais que uma, apenas uma.

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  14. Mats says:

    Wallace,
    Eis uma “perola” do site:

    “Ódio à escravidão moveu idéias de Darwin, diz livro – Um novo livro sobre Charles Darwin diz que um ódio passional à escravidão foi fundamental para que ele desenvolvesse a sua teoria da evolução. A teoria foi contra a suposição de muitos à época de que negros e brancos eram de diferentes espécies”
    hahahah

    Acreditas mesmo que foi o “ódio à escravidão” que “moveu” as ideias (muitas delas copiadas ao criacionista Edward Blyth) de Darwin? Achas mesmo que alguém que considerava o africano e o australiano uma passo atrás na evolução tinha como motivação acabar com a escravatura?

    Acho que sabes bem a resposta.

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  15. wallacevidal says:

    “Achas mesmo que alguém que considerava o africano e o australiano uma passo atrás na evolução…”

    Não que o ódio a escravidão moveu totalmente. Acredito que serviu como ferramente. Juntando esse ódio pela escravidão, sua curiosidade pela diversidade de animais [bio-diversidade] e sua discíplina ao trabalho, ele foi atrás de respostas… e pelo que tudo aponta, ele conseguiu chegar bem próximo. E como diria Carl Sagan: “A ciência é uma empreita colaborativa, onde olhamos para os trabalhos dos mais antigos e continuamos do ponto que eles pararam”. E é isso que está acontecendo. Charles Darwin foi até onde pode, por conta do conhecimento de sua época. Hoje, uma esmagadora maioria de ciêntistas e, segundo pesquisas, 46% dos religiosos [ligados ao clérigo] aceitam sua evolução e “dia-a-dia” surge uma nova evidência de sua teoria, e junto com ela, uma nova generalização dos criacionistas, ou apenas o ignoramento dos mesmo, que se dizem “honestamente cientifícos”. Não sei se acreditar que coelhos e humanos viveram junto com dinossauros é algo honestamente científico. Sinceramente eu não sei.

    Passo atrás da evolução? Parei de ler aqui. Acho que não precisas de resposta. Uma pessoa que vê a evolução como uma ESCADA ao invés de uma ÁRVORE [como o próprio Charles Darwin sugeriu] não entenderá explicações quaisquer. Mesmo que eu fale que essa de “paço atrás” e “paço a frente” não existe, não adianta, sua fé move montanhas. Não é assim?

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  16. wallacevidal says:

    E quem considerava isso era o primo de Charles Darwin, que não tem nada a ver com ele. ……………

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  17. Adalberto Felipe says:

    Wallace,

    Só uma coisa: você pediu para mostrar uma pérola daquele site e apenas uma e o Mats já mostrou. Posso mostrar mais uma?

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  18. Mats says:

    Wallace,

    “Achas mesmo que alguém que considerava o africano e o australiano um passo atrás na evolução…”

    Não que o ódio a escravidão moveu totalmente. Acredito que serviu como ferramenta.

    Como é que o “ódio à escravidão” serviu de ferramenta ao Darwin, quando ele mesmo dizia que as “raças civilizadas” haveriam de destruir as “raças menos civilizadas” num futuro próximo? (The Descent of Man)

    Acho que ambos concordamos que esse site pisou na bola com esse argumento.

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  19. wallacevidal says:

    Olha uma falácia aqui sua:

    “…ele mesmo dizia que as “raças civilizadas” haveriam de destruir as “raças menos civilizadas” num futuro próximo?”

    Ele disse algo parecido com isso, mas não foi nesse tom. Ele disse algo muito real, ele disse que por conta da evolução, as raças mais civilizadas certamente iriam fazer isso. Você tendenciou no seu texto que ele pregou que queria que isso acontecesse, coisa que ele não fez. Ele apenas disse uma coisa real. Você acha que não é real? Darwin tinha razão ao dizer que povos atrasados seriam exterminados pelos mais avançados, inclusive, você que está lendo esse texto ocupa um espaço territorial que já pertenceu a um povo massacrado por seus conquistadores, que eram CRISTÃOS. Senão, onde estão os milhões de nativos que ocupavam as Américas antes da chegada dos europeus? E por que os aborígines australianos não são os governantes do continente no qual habitavam antes da colonização inglesa? Hoje, tanto a América como a Ocêania, tem como religião o cristianismo, o que prova que isso foi implantado aqui pelos colonizadores religiosos. Analise essa frase de um índio da época:
    “Vimes chegar um povo violento e, ao mesmo tempo, cheio de culpa, vimos chegar um povo opressor, que destruiu toda a natureza, que antes para nós era sagrada, escravizar e matar-nos e impor sua cultura e religião de medo e de pecado.”
    Esses eram os cristãos.

    Na verdade todo esse fingido escândalo em torno das declarações de Darwin tem a ver com o preconceito e tendenciosidade da mente religiosa, caso contrário, por que os cristãos modernos não usam a mesma medida com a qual julgam Charles Darwin para enquadrar Moisés e o profeta Samuel, só para citar dois personagens bíblicos, na categoria de infanticidas? Veja o que Samuel, em nome de Deus, ordena ao rei Saul: “Assim diz Iahweh dos Exércitos: Resolvi punir Amalec o que fez a Israel… Vai, pois, agora e investe contra Amalec… não tenhas piedade dele, mata homens e mulheres, crianças e recém-nascidos…” – I Samuel 15:1-3. E o que dizer desse trecho do cântico de Moisés? “Por fora devastará a espada, e por dentro o pavor; ao jovem, juntamente com a virgem, assim à criança de peito como ao homem encanecido.” – Deuteronômio 32:25.

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  20. wallacevidal says:

    Adalberto,

    O Mats já mostrou que pérola? Sim!, pode mostrar uma. Ainda não foram mostradas nenhuma pérola do site. Estou ancioso esperando pela primeira.

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  21. wallacevidal says:

    Quanto a frase que escrevi ali no comentário, acheio meio vago, opis foi algo escrito com o poder da minha memória, que é bem fraca. Acho que vocês merecem algo mais concreto, com nome do autor e localidade dele. Logo, trago a vocês:
    “Eles vieram com uma Bíblia e sua religião – roubaram nossa terra, esmagaram nosso espírito… e agora nos dizem que devemos ser agradecidos ao ‘Senhor’ por sermos salvos.”
    Chefe Pontiac, Chefe Indígena Americano

    “Quando os missionários chegaram pela primeira vez na nossa terra, eles tinham as Bíblias e nós tínhamos a terra. Cinqüenta anos depois, nós tínhamos as Bíblias e eles tinham a terra.”
    Jomo Kenyatta, primeiro Presidente do Quênia após a independência

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  22. Adalberto:

    O Sabino rebateu, com muito sucesso, a minha hipótese que não era possível – com os conhecimentos que temos- fazer uma narrativa que limitasse a história aos seis mil anos.

    Infelizmente, certamente por falta de tempo, esqueceu-se de apresentar a tal narrativa.

    É fácil dizer que Einstein era um burro, Heisemberg gay e Darwin um chato.

    Difícil é produzir um trabalho.

    O que eu sempre disse é que não é possível, com os dados atuais, fazer um trabalho científico – e pode ser até apresentado numa universidade católica- que, em história, apresente a história da humanidade num período de seis mil anos.

    O Sabino e outros criacionistas apresentam bons argumentos mas não o trabalho.

    Portanto posso concluir que até agora não conseguem – ou querem -apresentar o tal trabalho em história que seja compatível com uma terra com seis mil anos.

    É que dizer que tenho uma tese que infirma a relatividade é bom. Enquanto eu não a apresentar….;)

    E, se for necessário, até se arranja um padre para orientar a tese.

    Podes argumentar que é preconceito dizer que só porque alguém não possa fazer determinada coisa- correr os cem metros em 3 segundos ou infirmar a segunda lei da termodinâmica – não quer dizer que, em segredo e sem que ninguém veja ou saiba, o faça.

    Até podes ter razão.

    Mas até lá….

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  23. Sérgio Sodré says:

    wallacevidal,

    A sua exposição sobre “o método do carbono 14” foi excelente e esclarecedora, e só por si arruma a questão dos pseudo 6000 anos da Terra.

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  24. Mats says:

    Sodré,
    O carbono 14 não funciona em rochas ou minerias bem fossilizados. O carbono 14 só é útil em material orgânico relativamente bem preservado como madeira ou outros objectos não petrificados.

    Não sei como é que este mesmo carbono 14 “arruma a questão dos pseudo 6000 anos da Terra.” Talvez queiras explicar isso no próximo comentário.

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  25. Sérgio Sodré says:

    Mats,
    “Dessa forma é possível calibrar a datação por C14 a até 50.000 anos. Além desse limite o método não é mais recomendado.”

    wallace mostrou claramente que as datações por carbono 14 ultrapassam os 6000 anos de antiguidade. Para o efeito de crítica à tese dos 6000 anos é quanto basta.

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  26. Mats says:

    Sodré,
    Mas o carbono14 tem o seus problemas:
    1. Assume-se que o rácio entre carbono14 e carbono12 na atmosfera foi sempre o que se encontra hoje em dia. OS evolucionistas não sabem disso.

    2. Ignoram-se eventos que podem ter alterado a face da Terra (o Diluvio de Noé).

    3. A Terra tem um campo magnético que lhe protege das radiações maléficas que chegam do exterior. Quanto mais forte for o campo magnético, menor é a quantidade de raios cósmicos que atingem a atmosfera. Isto faria com quem houvesse uma menor produção de carbono 14 no passado terrestre.

    “If the production rate of 14C in the atmosphere was less in the past, dates given using the carbon-14 method would incorrectly assume that more 14C had decayed out of a specimen than what has actually occurred. This would result in giving older dates than the true age.

    http://www.answersingenesis.org/articles/nab/does-c14-disprove-the-bible

    Ou seja, nem o carbono 14 pode salvar a teoria da evolução e os mitológicos “milhões de anos”.

    Portanto, o carbono 14 não “arruma a questão dos pseudo 6000 anos da Terra.”

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  27. Sérgio Sodré says:

    Mats,
    O Dilúvio de Noé não tem evidências suficientes para ser considerado um evento histórico.
    As outras alterações referidas, se a sua ocorrência fosse provada, seriam tidas na devida conta pelos cientistas.
    O carbono 14 é usado em articulação com outros métodos para se obter um datação mais segura.

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  28. Mats says:

    Sodré,

    O Dilúvio de Noé não tem evidências suficientes para ser considerado um evento histórico.

    Há mais evidências para um Dilúvio que cobriu toda a Terra do que para a noção de que répteis evoluíram para pássaros. Temos os diversos relatos mundias que apontam para uma origem comum, temos os milhentos fósseis descobertos, muitos deles formados por enormes quantidades de água em movimento, temos monumentos geológicos como o Grand Canyon que atestam para a magnitude do Dilúvio, e temos, acima de tudo, o Testemunho Histórico fiável que é a Palavra do Criador, a Bíblia. Como a Bíblia tem-se revelado historicamente fiél, as suas alegações históricas – incluindo o Dilúvio – tem que ser consideradas.

    As outras alterações referidas, se a sua ocorrência fosse provada, seriam tidas na devida conta pelos cientistas.

    Mas elas são levadas em conta pelos cientistas. Só que são ignoradas ou descartadas pelos evolucionistas. Como não tem melhor, agarram-se ao que tem, mesmo sabendo que está errado.

    O carbono 14 é usado em articulação com outros métodos para se obter um datação mais segura.

    Não, não é.

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  29. Sérgio Sodré says:

    Mats,
    Não faz sentido alegar falhas nos métodos de datação quando se defende que a Terra tem apenas 6000 anos. As dificuldades que podem surgir e a sua superação por cruzamento de métodos diferentes apenas fazem sentido para quem aceita que o Universo, a Terra e a vida têm muitos milhões de anos.

    Essa de fósseis formados por “água em movimento” (durante 40 dias), é demais. A do Grand Canyon, hoje já datado, também não é de todo má.

    Quando não percebem as evidências, basta alegar o suposto Dilúvio Universal para “explicar” tudo e mais alguma coisa… o que não passa de uma forma de não explicar coisa alguma.

    Mas está bem, quando as obras de História publicadas por catedráticos de Oxford, Cambridge e das grandes faculdades em geral passarem a incluir o Dilúvio Universal de Noé como facto histórico comprovado pela arqueologia, eu acabarei por deitar a minha cronologias de História Universal para o lixo… mas parece que a “Revelação” não entra naquelas cabeças duras!

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  30. Mats says:

    Sim, Sodré, os métodos de datação convencionais só fazem sentido para quem já está convertido ao evolucionismo e aos milhões de anos. Para quem tem uma mente científica, esses métodos não são fidedignos.

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  31. Sérgio Sodré says:

    Mats,

    “Para quem tem uma mente científica, esses métodos não são fidedignos.”

    A consequência lógica é a de que os cientistas, a comunidade científica, e as instituições científicas, laboratórios, faculdades, etc… na sua esmagadora maioria NÃO TÊM uma mente científica… ao contrário daqueles que se guiam pela revelação bíblica e que recusam todos os métodos de datação que ultrapassem os 6000 anos, seja em que área for (biologia, geofísica, astrofísica, história, arqueologia, paleontologia, etc..). E tu entendes que isso é razoável, lógico e até indiscutivelmente verdadeiro…

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  32. Mats says:

    Sodré,
    Esqueceste de dizer que a comunidade científica, e as instituições científicas, laboratórios, faculdades, etc… na sua esmagadora maioria SÃO EVOLUCIONISTAS.

    Portanto repito: os métodos de datação convencionais só fazem sentido para quem já está convertido ao evolucionismo e aos milhões de anos.

    Para o cético, estes métodos de datação são problemáticos.

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