Marcas de ferramentas humanas encontradas no estrato geológico errado

Uma reportagem desconcertante que imediatamente gerou comentários cépticos por parte dos evolucionistas revela que uma equipa de pesquisadores anunciou recentemente a descoberta de ossos que, segundo eles, mostram terem sido cortados e aparados com ferramentas. Esta descoberta não seria fora do normal se não fosse o facto das datas designadas aos ossos pré-datarem em um milhão de anos a linha temporal evolutiva em relação à emergência do homem.

As marcas presentes nos ossos não parecem terem sido feitas por garras, cascos ou dentes de outros animais mas sim ranhuras paralelas feitas por cortes múltiplos com facas de pedra. Os pesquisadores analisaram as marcas com electro-microscópios.

As ferramentas mais antigas tinham sido datas (pelos evolucionistas) com idades de 2,6 milhões de anos, mas estes ossos recentemente encontrados foram datados com idades na ordem dos 3,4 milhões de anos. Isto revela-se um problema para os evolucionistas uma vez que, segundo a fábula neodarwiniana, o homem só apareceu há 2,5 milhões de anos atrás. Supostamente, antes deste tempo só existiam criaturas parecidas com macacos tipo a “Lucy” – que mais tarde deram origem ao homem.

Qualquer ser capaz de entalhar/cinzelar a carne da mesma forma que o homem moderno faz seria indistinguível deste último. Se os tais entalhadores de carne existiram durante a altura que a Lucy era totalmente macaco, então a Lucy não pode ser um ancestral do ser humano.

Evolucionistas reagem.

Claro que quando a ciência transtorna os planos dos naturalistas, eles manifestam-se de forma a proteger a sua fé. O paleoantropólogo Richard Potts insistiu que antes de se estabelecer que as marcas nos ossos são o resultado de facas feitas por humanos, primeiro tem que se encontrar ferramentas no mesmo estrato geológico. Sileshi Semaw da Universidade do Indiana concordou, mas isto não faz sentido nenhum. O que eles estão a tentar fazer é usar a teoria da evolução como forma de proteger a própria teoria da evolução. Sigam a lógica:
  • Encontramos ossos com marcas feitas por seres humanos num estrato geológico.
  • Segundo a escala evolutiva os seres humanos só evoluíram mais tarde.
  • Como os seres humanos evoluíram mais tarde, então estas marcas não foram feitas por seres humanos.

A evolução torna-se, assim, evidência para a evolução. Para além disso, é visivelmente ilógico afirmar-se que primeiro tem que se encontrar ferramentas neste estrato geológico para se concluir que os ossos que foram encontrados foram marcados por seres humanos. Se nós nunca encontrarmos ferramentas nesse estrato, será que isso anula o facto dos ossos terem marcas que só podem ser o resultado de actividade humana?

Esta é a forma como alguns evolucionistas defendem a sua fé em Darwin.

Outros evolucionistas seguem outro caminho e tentam harmonizar esta descoberta científica com o mito ateu com o nome de teoria da evolução. Alguns antropólogos começaram a interpretar esta nova evidência de uma forma previsivelmente pró-Darwiniana. Em vez de admitirem que as marcas nos ossos são o resultado de trabalho humano, alguns evolucionistas afirmam que este feito foi levado a cabo por hominídeos parecidos com a Lucy.

Esta”lógica” foi recentemente aplicada às famosas pegadas Laetoli (vejam este texto): vários estudos demonstraram que quem quer que tenha feito as tais pegadas na lama caminhava exactamente da mesma forma que os seres humanos actuais andam (manifesto no tipo de pegadas). No entanto, como isto era problemático para os evolucionistas, eles inventaram um cenário onde a Lucy possuía pés idênticos ao homem moderno!

A interpretação “foi a Lucy quem fez isto” é consequência lógica das premissas evolutivas e não dos dados científicos. Depois de terem assumido que o ser humano não existia antes de uma certa linha temporal, os evolucionistas são forçados a defender a posição de que as marcas nos ossos, embora perfeitamente observáveis como resultado de actividade humana, foram feitas por um “ancestral” do ser humano (para o qual não há a mínima evidência). Por aqui se vê o peso que a teoria da evolução tem na interpretação dos dados.

Ciência e Bíblia de acordo.

Contrariamente aos mitos ateus, a Palavra de Deus não precisa de inventar cenários e hipóteses contra-factuais como forma de se defender. Uma vez que o ser humano sempre viveu lado a lado com os animais mal a Semana da Criação chegou ao fim, a descoberta de artefactos feitos por seres humanos – como pegadas e marcas de ferramentas – nestes depósitos pós-Dilúvio ajustam-se perfeitamente com a Criação.

Estas marcas nos ossos foram feitas por seres humanos e os métodos de datação evolucionistas não funcionam. Sabemos que não funcionam porque atribuem idades na ordem dos “milhões de anos” a objectos que foram visivelmente feitos pelo homem moderno.

 

Ver também:

1. Australopitecus Sediba: Mais um para juntar à lista

2. Laetoli: ciência pisa teoria da evolução (outra vez)

3. Elo Perdido Encontrado (Não, agora é mesmo a sério)

6. Linhagem Evolutiva Sofre Alteração (Outra Vez)

7. Ida: Mais um Fóssil Descartado?

8. Surpresa! “Cientistas” contestam Ardi, a (ex-)avó da Humanidade

 


 

About Mats

"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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6 Responses to Marcas de ferramentas humanas encontradas no estrato geológico errado

  1. Sérgio Sodré says:

    “Claro que quando a ciência transtorna os planos dos naturalistas, eles manifestam-se de forma a proteger a sua fé.”

    Mas o que post mostra é uma ciência que transtorna muitissimo mais os 6000 anos para a origem do Homem… alías o que o post mostra é que a ciência nem sequer encara os 6000 anos como uma hipótese científica…

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  2. jonas says:

    E quantas hipóteses ´”científicas” já foram para lata do lixo?

    E quando esta “ciencia” chegar a conclusões completamente fora dos padrões Naturalistas,será que deixarão a verdadeira Ciência seguir as evidências sem “acobertamento” ? Não acredito!Somente quando o “castelo” evolucionista for auto-implodido pelas seus processos imaginários,e o nexo e a racionalidade assumirem novamente a ordem Cientifica de investigação e que poderemos confiar plenamente nas “conclusões”.Enquanto isso estamos na “unaminidade científica” do consenso trilhado “por soldadinhos de chumbo” que por causa da defesa acrítica do paradigma Naturalista estão todos os dias se afundando em explicações absurdas,mas “científicas”.Quem viver verá.Nada como um dia após o outro!

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  3. Nuno Dias says:

    Apenas para definir alguns conceitos.

    A nossa espécie, o Homo sapiens tem cerca de 200000 anos, portanto, o que antecede esta data é considerado como nosso antecessor, não sendo humano. Quanto mais, poderá pertencer ao género Homo ou família Hominidae.

    Lucy é um fóssil com 3,2 milhões de anos

    A existência de evidências de ferramentas com datas de 3,4 milhões de anos lança a questão de existir uma espécie anterior ao Homo habilis com a capacidade em o fazer. Que nunca foi excluído.

    Os conceitos da adivinhação evolucionista são susceptíveis a modificações, chama-se aprendizagem.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Lucy_%28f%C3%B3ssil%29

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  4. jonas says:

    Nuno!
    Até quando os “conceitos de adivinhação” assumirão status de ciência????
    As modificações continuarão a ser adivinhação,pois a falseabilidade destas transformações são inexistentes,levando a este ramo da “ciência” a conclusões de cunho religioso-naturalista pífio para o verdadeiro aprendizado(ciência que segue as evidências).

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  5. Nuno Dias says:

    @jonas
    é a resposta mais racional que se consegue dar com o que existe, tens melhor solução?

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  6. Michelson says:

    Por favor, gostaria que o responsável por este blog entrasse em contato comigo via e-mail

    Muito obrigado e parabéns pelo ótimo trabalho.

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