Telepatia: Dawkins rejeita as evidências que contradizem o naturalismo

Cruzado ateu e autor do livro The God Delusion, Richard Dawkins é o Professor de “Entendimento Público da Ciência” em Oxford. No ano de 2007 ele visitou o biólogo Rupert Sheldrake em busca de uma entrevista a incluir no seu programa “Inimigos da Razão.


Richard Dawkins é um homem com uma missão – a erradicação da religião e da superstição e a sua substituição pela ciência e a razão. A Channel 4 TV tem -lhe repetidamente providenciado um púlpito através do qual Dawkins pode pregar a sua mensagem. A sua polémica série de TV chamada Inimigos da Razão
(2 episódios) foi uma sequela a sua diatribe contra a religião, A Raiz de Todo o Mal? (2006).

Pouco antes da série Inimigos da Razão ser filmada, a IWC Media (companhia da produção) disse-me que Richard Dawkins queria visitar-me para discutir a minha pesquisa nas habilidades inexplicáveis de pessoas e animais. Eu estava relutante em tomar parte nisto mas a representante da companhia garantiu-me que “este documentário, após insistência da Channel 4, seria mais balanceado que A Raiz de Todo o Mal“.

Ela acrescentou ainda que “Estamos desejosos que isto seja uma discussão entre dois cientistas acerca de modos científicos de investigação“. Como tal eu concordei e agendei uma data.

Eu ainda não sabia ainda o que esperar. Será que Dawkins se comportaria de forma dogmática, com uma firewall mental a bloquear qualquer tipo de evidência que contradissesse as suas crenças? Ou será que ele seria mais mente aberta e divertido com quem se conversar?

O naturalista chega.

Foi-nos pedido que nos sentássemos frente à frente; fomos filmados com uma câmara manual (eng: “hand held”). O Richard começou por dizer que ele e eu concordaríamos em muitas coisas, “mas o que me preocupa em si é que você está preparado para acreditar em praticamente tudo. A ciência deveria ser baseada num número mínimo de crenças.

Eu concordei que nós tínhamos de facto muito em comum, “mas o que me preocupa em si é que você dá uma imagem dogmática de si, dando uma má impressão do que a ciência é.

Seguidamente, e num espírito romântico, ele afirmou que “gostaria de acreditar em telepatia”, mas não havia evidência alguma para isso. Ele ignorou todas as pesquisas em torno da questão.

Ele comparou a falta de aceitação da telepatia por parte de cientistas como ele com a forma como o sistema de eco-locação foi descoberto nos morcegos, seguido da sua rápida aceitação pela comunidade científica durante os anos 40 do século 20.

Na realidade, como mais tarde descobri, Lazzaro Spallanzani tinha mostrado no ano de 1793 que os morcegos dependem da audição para encontrarem o seu caminho, mas os oponentes cépticos ignoraram as suas experiências e ajudaram a atrasar as pesquisas em mais de um século.

[Ou seja, o consenso científico impediu o avanço da ciência.]

No entanto o Richard reconheceu que a telepatia era uma mudança mais radical que a eco-locação. Ele disse que se realmente ela ocorresse, isso haveria de “transtornar as leis da Física” e acrescentou que “alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias.

Isso depende do que você considera como extraordinário” respondi. “A maioria das pessoas afirma que elas já experimentaram a telepatia especialmente no que toca a chamadas telefónicas.

Neste sentido, a telepatia é bem ordinária. A alegação de que a maioria das pessoas está iludida em relação às suas próprias experiências é extraordinária. Onde está a evidência extraordinária para isto?”.

Ele não ofereceu nenhuma evidência para isto à parte de argumentos genéricos acerca da falibilidade do julgamento humano. Ele assumiu que as pessoas querem acreditar no “paranormal” devido a pensamento desejoso.

Nós concordamos então que mais experiências controladas eram necessárias. Eu disse então que era por isso que eu vinha a fazer tais experiências, incluindo testes de modo a verificar se as pessoas poderiam saber quem é que as estava a ligar através do telefone quando a pessoa que estava a ligar era escolhida aleatoriamente. Os resultados eram bem superiores o que seria de esperar ao nível do acaso.

Durante a semana anterior, e de modo a que ele pudesse ver os dados, eu tinha envidado ao Richard cópias dos meus artigos publicados em jornais sujeitos a revisão de pares.

O Richard pareceu um bocado incomodado e disse “Eu não quero discutir as evidências“. Eu perguntei “Porque não?“. “Não há tempo. É demasiado complicado. Além disso, não é para isso que este programa está a ser feito.

A câmara parou.

O director, Russel Barnes, afirmou que ele também não estava interessado nas evidências. O filme que ele estava a fazer era só mais uma polémica ao estilo de Dawkins. Eu disse ao Russell :

Se você vai tratar a telepatia como uma crença irracional certamente que as evidências acerca da sua existência são essências para a discussão. Se a telepatia ocorre, então não é irracional acreditar nela.

Pensei que era sobre isso que haveríamos de falar. Eu fui bem claro desde o princípio que não estava interessado em tomar parte em mais um exercício de falsificação de baixo nível.

O Richard disse

Isto não é um exercício de falsificação de baixo nível, mas sim um exercício de falsificação de alto nível.

Nesse caso, disse eu, tinha havido um mau entendimento porque eu tinha sido levado a acreditar que isto seria uma discussão científica equilibrada acerca das evidências. O Russell Barnes pediu para ver os emails que eu tinha recebido da sua assistente. Ele leu-os com óbvia consternação e disse que as certezas que ela me tinha dado estavam erradas.

A equipa de filmagem empacotou o seu equipamento e saiu.

Richard Dawkins há muito que proclamou que “O paranormal é uma fraude. Todos aqueles que tentam vende-lo são uns falsos e uns charlatães“. A série Inimigos da Razão tinha como propósito popularizar esta crença.

Mas será que esta sua cruzada promove realmente um “entendimento público da ciência”, posição que ele é professor em Oxford?

Deveria a ciência ser uma veículo de preconceito, uma variante dum sistema de crenças fundamentalista? Ou deveria ser um método de investigação para dentro do desconhecido?


Depois de ler estas linhas ficamos a ver que os militantes ateus não estão interessados nas evidências. Para eles o que importa é a distorção da ciência como forma de ela sempre apontar para o neo-ateísmo.

O Rupert Sheldrake é um cientista que ficou interessado na pesquisa da telepatia, e como um verdadeiro cientista, ele gerou hipóteses, fez testes e chegou a algumas conclusões. A maior dessas conclusões é que a telepatia é um fenómeno universal e bem mais frequente do que muitos de nós pensa.

Os militantes ateus, claro está, não podem aceitar isto porque para eles nenhuma informação pode chegar a outro ser humano (ou animal) senão através do mundo físico (natural, material, etc). Como é difícil de ignorar as evidências a favor da telepatia, os ateus da estirpe do Dawkins evitam discutir as evidências e focam-se em ridicularizá-las. É mais fácil assim.

Perguntem-se a vocês mesmos: desde quando é que um cientista diz “não estou interessado nas evidências!” ? Não são as evidências o cerne de um bom processo científico? Porque será que o militante ateu Richard Dawkins não quer ver as evidências? Será porque ele sabe que isso seria destrutivo para o seu naturalismo?

Com eventos como este pode-se ver como o ateísmo é contra a ciência. Se não fosse o ateísmo de Dawkins, ele não teria problemas em investigar a telepatia, mas como ele sabe onde isso acaba, ele rejeita qualquer empreendimento cientifico em torno disso.

O ateísmo impede o avanço da ciência.

Para nos cristãos a habilidade humana e animal de poder emitir informação para além dos meios chamados naturais não é nada de estranhar. O Nosso Deus , quando assim Ele entende, também comunica com o ser humano de uma forma que não depende do mundo material. Portanto não é de estranhar que Ele tenha dado ao ser humano (e a alguns animais) alguma dessa capacidade.

Ao contrário do ateísmo, o Cristianismo está de acordo as evidências científicas.

“HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós, falou-nos, nestes últimos dias, pelO Filho

Hebreus 1:1

About Mats

"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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11 Responses to Telepatia: Dawkins rejeita as evidências que contradizem o naturalismo

  1. CARL says:

    Gostaria de sugerir que não se mostrasse mais a cara do Richard. Ele não merece ser visto, e ao mostra-lo, ele passa a ganhar uma propaganda, uma notoriedade que deveria só ser dada a pessoas mais importantes. Não o façam importante; quem não quer aceitar evidencias, não deve ser ouvido (nem visto) quando quer apresentar as suas.

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  2. Senhor Farol says:

    Este artigo foi integralmente publicado neste seu blog a 29/05/2010. Seria correcto referir que é um artigo reeditado, ao qual apenas se acrescentaram algumas imagens.

    Aproveito para referir que os meus comentários a outros artigos não estão a ser aceites, mas que os mesmos não violam quaisquer dos princípios referidos acima. Parece-me que estão a ser moderados apenas por manifestarem posições críticas aos conteúdos apresentados pelo autor do blog, o que me parece francamente reprovável à luz de uma postura cristã.

    [[ Não. Os teus comentários foram rejeitados por conterem demagogia ou só conterem links. Se vais colocar links, coloca-os dentro duma resposta mais elaborada. ]]

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  3. Herberti says:

    Richard Dawkins deixou de ser um cientista há muito tempo. Ele se tornou um fanático semelhante aos que ele alega combater. Infelizes os que ainda o levam à sério.

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  4. jonas says:

    As evidências que corroborarem o naturalismo serão alardeadas,mas aquelas que colocarem ele em “xeque” serão obviamente ridicularizadas e levadas ao descaso.
    O Naturalismo-materialismo está desesperado ante as evidências de designo e imaterialidade do nosso mundo.

    Mats! tenho mandado respostas ao Rômulo e não tem aparecido;será porque são longas,ou há outro problema?

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  5. Mats says:

    Jonas,
    Algumas ficam presas na caixa de spam. Mas já as libertei. Desculpa lá.

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  6. Dalton says:

    Só um adentro:

    “O ateísmo impede o avanço da ciência.”

    Nao é o ateísmo, mas a militância fanática. Em qualquer aspecto, ela traz prejuízos.

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  7. Esses telepatas são ricos?

    [[ Quais telepatas? ]]

    Se não forem, eles podem desembolsar um milhão de dólares que o James Randi oferece há décadas para um caso comprovado de paranormalidade.

    [[ Esse James Randi, ou o “Amazing Randi”, deve ser cheio de dinheiro uma vez que ele está sempre a oferecer dinheiro por tudo e por nada. ]]

    Procura no Google, porque o telefone tá tocando e eu tenho certeza que é a minha mãe ligando: por causa do identificador de chamada, claro; nem todo mundo tem poderes telepáticos…

    [[ Por favor, tenta oferecer uma explicação que não seja rejeitada por um cientista não-dawkiano para o que o cientista do post defende. Oh, e dá um motivo CIENTÍFICO para que os militantes ateus se recusem a publicar este tipo de trabalho científico. Tenta não cair em contradição. ]]

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  8. Ah, e eu acho que acabei de esculhambar aquela lenda do Noé… Eu fiz uma pergunta para a qual ninguém tem uma resposta decente:

    O que os animais carnívoros passaram a comer depois que desceram da arca? Se os leões tivessem comido as zebras, não haveriam zebras hoje.

    [[ As zebras já existiam logo depois do Dilúvio? Sinceramente, Barrois, tu não consegues arranjar uma pergunta que seja minimamente relevante?
    Mas a resposta é absurdamente simples: o facto dos animais que nós hoje qualificamos de carnívoros passarem a ser carnívoros depois do Diluvio não implica que eles tenham começado a caçar MAL SAÍRAM da arca. Eles poderiam comer carne mas também poderiam comer o que comiam antes do Dilúvio.
    Barros, tenta usar um bocado se senso comum nas tuas perguntas. Cada vez que tu fazes um pergunta ridícula, quem fica mal visto és tu, ]]

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  9. Douglas says:

    Dalton,
    Concordo Plenamente com seu comentário .
    A Militância Fanática de qualquer coisa é ruim .
    O Ateísmo não está mais “em busca da verdade”, ele simplesmente está do lado da Ideologia Materialista deles, estão fazendo qualquer coisa para defender o Darwinismo (ops Neo-Darwinismo) e defender que o Universo se Auto-Criou.

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  10. Uma questão interessante é saber como é que a telepatia ia colocar em causa o que chamam de naturalismo.

    Se for possível uma comunicação á distância, comprovadamente, é um fenômeno estudável pela ciência.

    O que parece é que até agora não apareceu nada de concreto.

    Mesmo em Portugal há quem estude estes fenômenos. A universidade Fernando Pessoa tem estudado estes assuntos.

    Sem grandes resultados mas vale o esforço.

    Como é um setor onde a charlatanice impera é preciso ter cuidado com as alegadas evidências.

    Vá lá. Dedica-te mas é ao post que explica timtim por tintim a história do Egito e das antigas civilizações….

    Como até não há nada de jeito nos sítios criacionistas até podes fazer algo de bastante original.

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  11. Pedro says:

    . Eles poderiam comer carne mas também poderiam comer o que comiam antes do Dilúvio.

    Como e do quê todos estes animais se alimentaram se toda a Terra foi varrida pelo dilúvio?

    [[ De que é que os seres humanos se alimentaram, se a toda a Terra foi varrida pelo Dilúvio? Se souberes a resposta desta última, vais saber a resposta da tua pergunta.. ]]

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Todos os comentários contendo demagogia, insultos, blasfémias, alegações fora do contexto, "deus" em vez de Deus, "bíblia" em vez de "Bíblia", só links e pura idiotice, serão apagados. Se vais comentar, primeiro vê se o que vais dizer tem alguma coisa em comum com o que está a ser discutido. Se não tem (e se não justificares o comentário fora do contexto) então nem te dês ao trabalho.