A forte relação entre o suicídio e o ateísmo

Suicidio 1890-Old-Man-in-Sorrow-On-the-Threshold-of-EternityPesquisa científica publicada no “The American Journal of Psychiatry” apurou que:

  • Para além de terem mais parentes do primeiro-grau que haviam cometido suicídio, os indivíduos religiosamente não-afiliados tinham mais tentativas de suicídio durante o curso das suas vidas do que os indivíduos com afiliação religiosa.
  • Os indivíduos sem vínculo religioso eram, normalmente, mais novos, mais frequentemente solteiros, menos susceptíveis de ter filhos e tinham menos contacto com membros familiares.
  • Para além disso, as pessoas sem qualquer afiliação religiosa declaravam ter menos moticos para viver, particularmente menos objecções morais contra o suicídio. Em termos de características clínicas, durante o curso das suas vidas as pessoas não-afiliadas religiosamente tinham mais impulsividade, agressividade e maiores transtornos devido ao uso passado de substâncias.
Reference: Religious Affiliation and Suicide Attempt
Kanita Dervic, M.D.; Maria A. Oquendo, M.D.; Michael F. Grunebaum, M.D.; Steve Ellis, Ph.D.; Ainsley K. Burke, Ph.D.; J. John Mann, M.D. http://ajp.psychiatryonline.org/article.aspx?articleid=177228

Para além disso, uma pesquisa proveniente da World Health Organisation revelou que “nove das dez nações com as maiores taxas de suicídio masculino são nações fortemente irrelligiosas e com elevados índices de ateísmo, ao mesmo tempo que os países com as taxas mais baixas de suicídio masculino eram nações com níveis de ateísmo orgânico estatisticamente insignificantes.

* A global perspective in the epidemiology of suicide; Suicidologi 2002, arg. 7, nr. 2 http://www.iasp.info/pdf/papers/Bertolote.pdf
* Informações adicionais em torno da Psicologia do Ateísmo: http://anti-matters.org/articles/91/public/91-84-1-PB.pdf

About Mats

"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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31 Responses to A forte relação entre o suicídio e o ateísmo

  1. Romeu Rodrigues says:

    pois eu quero viver bastante

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  2. Antonio Carlos de carvalho says:

    Moral da história: devemos crer em Deus para evitar o suicídio. Eu sou agnóstico (e ateu em relação a deuses com consciência humana) e quero viver bastante.. pelo menos uns 100 anos… Afinal de contas, quero ver onde isso tudo vai dar… e COMO TODO ANIMAL QUE BUSCA A SOBREVIVÊNCIA À QUALQUER CUSTO… tenho medo de morrer. Claro que, com medo ou sem medo, vou morrer do mesmo modo. Uma certeza eu tenho: a de que posso morrer a qualquer momento. Assim como qualquer religioso que pensa que seu Deus pode matá-lo, digo, “levá-lo” a qualquer momento. Não tem diferença não.

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    • Carlos says:

      ?

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    • Sérgio Sodré says:

      “devemos crer em Deus para evitar o suicídio” (António)
      Então como explicas o suicídio em nome de Deus?
      Não devemos crer em Deus para evitar o suicídio, exceto se imaginarmos, criarmos, descobrirmos (a cada um a sua palavra) um Deus claramente oposto a qualquer forma de suicídio, sacrifício humano, guerra religiosa… Senão, Não!

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    • Errado. A moral da história é: Há mais suicidas entre ateístas e teístas não praticantes do que entre os teístas praticantes.
      A única excessão talvez sejam os muçulmanos radicais.

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      • Budistas tibetanos suicidam-se hoje, tâmis hindus faziam ataques suicidas, indianos hindus suicidavam-se em antigas cerimónias religiosas lançando sob as rodas de carros que transportavam estátuas dos deuses, sacrifícios humanos de raiz religiosa eram correntes entre numerosas civilizações de todos os continentes , os muçulmanos ainda hoje é o que se sabe, , ,A suposta causa-efeito “devemos crer em Deus para evitar o suicídio” está longe de ficar provada…

        [[Ainda bem que não falaste no Cristianismo. É sempre mais seguro atacar “as religiões” e deixar de lado a única ideologia que dá dignidade ao ser humano – o Cristianismo. Por alguma razão o suicídio é maior entre os não-Cristãos do que entre os Cristãos membros activos das suas igrejas.

        Lembra-te: aqui ninguém defende “as religiões” mas *EXCLUSIVAMENTE* o Cristianismo.]]

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    • dvillar51 says:

      Antonio Carlos disse:

      “..e quero viver bastante.. pelo menos uns 100 anos… Afinal de contas, quero ver onde isso tudo vai dar…”

      Dizem que pessoas que vão viver 150 anos já nasceram. Talvez sejas uma delas.

      Quem sabe também não sou uma delas. Estou torcendo. Também quero ver “onde isso tudo vai dar”.

      Com relação ao restante do comentário, concordo com o Carlos:
      ??

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      • dvillar51 says:

        P.S. Desejo a mesma sorte a todos que aqui comentam.

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      • Antonio Carlos de Carvalho says:

        Continue na dúvida, se não sabe ler nas entrelinhas. Eu já postei antes, mas o censor deste blog, que é crente fundamentalista não os publica.
        A moral da história, já que os portugueses do blog não entenderam o sarcasmo é que as causas do suicídio são mais sérias e mais complexas do que algumas divagações num texto superficial que afirma que crer em um “Du’s” vai nos salvar do suicídio. As causas podem estar no transtorno bipolar, no transtorno de personalidade limítrofe, na dependência de drogas ou álcool, esquizofrenia ou depressão profunda, etc. E as pessoas que correm o risco de um comportamento suicida podem não se tratar por muitos motivos, incluindo, por exemplo, acreditar que nada pode ajudar, por não quererem dizer a ninguém que têm problemas, por acreditar que pedir ajuda é um sinal de fraqueza, não saber onde procurar ajuda, etc.
        Sem esse papo de que “todos buscam a Deus desde que nascem” e de que basta crer na bíblia e estaremos a salvo do suicídio, dentre outros males. A fé, ou seja, acreditar no invisível, provavelmente, seja só um subproduto relativamente inútil da própria organização da nossa mente (Pesquisem Justin Barrett, psicólogo da Universidade de Oxford que propôs o conceito de HADD, sigla inglesa de “aparelho hiperativo de detecção de agente”).
        E olhem que alguns não nascem com esse “dom” como eu. Por isso, acho até estranho quando algumas pessoas dizem que “perderam a fé” e se “tornaram ateias”. Elas, provavelmente, nunca tiveram essa “fé”, segundo o conceito de um crente. A propósito, o livro sagrado de vocês crentes, que os deixa sempre confusos, diz que ““Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” ( Ef 2:8 )”, o que levou os calvinistas a dizerem que a fé é algo que soberanamente Deus dá ao homem. Logo, pelo jeito, “Deus” não deu a mim, e a milhões de outras pessoas. Já os arminianistas pensam que a fé é algo que o homem decide ter com base no livre-arbítrio. Ou seja, apresenta-se a tal “palavra de Deus” ao homem e ele, com seu livre arbítrio, decide se dá credito ou não. Já outros pensam que ” fé é algo que o homem se pré-dispõe a crer segundo a verdade que lhe foi apresentada”. Ora, como a crença do homem poderia, por si só, constituir-se o ‘firme fundamento das coisas’ e ‘prova do que não se vê’, como diz a bíblia? A bíblia diz que somente a partir da revelação da palavra é que eu deverei crer.
        Afinal de contas, a fé é:
        a) algo sobrenatural que Deus produz na mente dos que creem;
        b) depende do livre arbítrio de cada um, que decidir se vai ou não “exercer essa fé”;
        c) ou ainda, uma atitude positiva e que envolva a vontade humana em crer?

        Qualquer que seja a definição, ao me apresentarem as escrituras eu deveria crer que somente Jesus salva, por que “Deus” já havia me dado o dom, ou por que decidi pelo livre arbítrio, ou por que todo ser humano já nasce com uma predisposição em crer num ser superior, etc, Porém, isso é impossível, pois mesmas “as escrituras” que afirmam que a fé viria (e a fé seria o evangelho e o evangelho fala de Cristo), também afirmam, e os judeus não me deixam mentir, que o Messias ainda não veio.
        Portanto, racionalmente, eu não tenho motivos para ter fé.
        Logo, o problema do suicídio não vai, e não pode, se resolver pela fé.
        Eu posso ate viver os “seus” 150 anos, dvillar51, mas mesmo assim não verei onde isso vai dar, por que outra coisa que é óbvia no meu pensamento é que “isso tudo” não vai dar em nada mesmo. Morrerei tão sábio quanto quando nasci. O sentido da vida não está em buscar e crer em entes místicos. Eu tenho o meu, e nele não há o desespero dos que só não se suicidam por que “praticam o teísmo”.
        Penso que cometer suicídio seja uma fraqueza do ser humano, excetuando-se os causados por doenças mentais, e que, não se suicidar, apenas por medo de sofrer o castigo divino e eterno, é outra fraqueza de mesmo porte.
        PS 1: Isaias de Oliveira, você notou que aquela suposta “fé natural ou predisposição para acreditar num ser supremo” dos muçulmanos os conduzem ao suicídio como uma forma de ter acesso às benesses de “Deus”? Parece que para eles o suicídio “não é tão ruim assim”!

        PS 2. 15% da população mundial se declarou “não religiosa” numa pesquisa recente. Mais de 50% diz acreditar num só Deus. Logo, 50% não acreditam em Jeová/Deus/Du’s.
        (Espero que publiquem desta vez).

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      • Mats says:

        Portanto, racionalmente, eu não tenho motivos para ter fé.

        Mas tu tens fé como todo o ser humano a tem. O que se passa é que tu diriges a tua fé para coisas que tu achas que justificam a tua fé. Se quiseres, eu posso-te dar um ou dois exemplos.

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  3. Boa sorte s todos e que morram todos depois de mim e eu com 150.

    Em bom estado e com a próstata a funcionar. De qualquer modo nessa altura já há o Viagra versão 5.0 ……

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  4. O que importa não é durar “muitos anos” mas sim viver com qualidade o tempo que nos for possível viver… Por muitas centenas de anos que cada um de nós vivesse nunca daria para vermos “onde tudo isto vai dar” como fantasia o António Carlos… Afinal os nossos átomos continuam a integrar o Universo e a Natureza, apenas recompostos, não há razão para preocupações…

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    • Azetech says:

      Sergio sodré

      Afinal os nossos átomos continuam a integrar o Universo e a Natureza

      Que visão mais pobre da realidade não?
      Na verdade somos átomos PERFEITAMENTE ORGANIZADOS pela INFORMAÇÃO A-PERIÓDICA FUNCIONAL, composto de MOTORES CELULARES (complexidade irredutível), dotados de RAZÃO, habitando em um universo FINAMENTE AJUSTADO e um planeta com milhares de princípios ANTRÓPICOS pelo qual permite vida em várias formas.

      Para que ocultar os dados? Teu ateísmo baseia-se na pobreza de informação para se estabelecer? Não seria desonesto contigo mesmo fechar os olhos para a realidade apenas para fundamentar uma crença?

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  5. Antonio Carlos de Carvalho says:

    Ao Sérgio Sodré e aos demais. Tenho visto vocês replicarem o que eu escrevi, mas “infelizmente” não tenho tido a possibilidade de responder nada, já que as minhas respostas, “estranhamente”, por algum “azar” meu, não tem sido postadas. Talvez tenham se evaporado no ar.
    Já que vocês passaram a quilômetros de entender o que eu escrevi, eu explico:
    A minha “Moral da história” foi apenas sarcasmo e pilhéria.
    Quanto ao resto, a síntese é esta:
    Eu sou agnóstico e não imagino que a ciência e muito menos a religião/bíblia irão trazer luz a todos os questionamentos sérios do ser humano. Ou pelo menos enquanto eu viver. Ou seja, eu nunca vou saber “no que isto tudo vai dar”. Isso é somente uma figura de linguagem, uma expressão sacada do colete.
    A constatação é a de que todo ser humano morrerá sem ter certeza se a teoria da evolução ou o criacionismo está correto(a). Pra mim, isso não tem importância alguma. Somente me preocupa o que a religião pode afetar/atrapalhar a vida das pessoas.
    Eu não quero e não penso em me matar nem agora e nem em momento nenhum e queria viver pelo menos 100 anos, mas a morte está aí tanto para mim como para os que creem estarem “protegidos pelo divino”.
    PS. Sérgio Sodré, os meus átomos continuarão a integrar o Universo e a Natureza, mas esta consciência aqui estará morta. O bom é que eu não estarei aqui pra me preocupar com isso. Eu preferiria não morrer, mas sim acabar… me gastar…

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    • dvillar51 says:

      Fique em paz, Carlos.

      Que Deus te proteja e ilumine tua jornada.

      Carinhosamente

      Davi

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    • Azetech says:

      Antônio Carlos de Carvalho

      A constatação é a de que todo ser humano morrerá sem ter certeza se a teoria da evolução ou o criacionismo está correto(a).

      CONSTATAÇÃO????? Como conseguiste CONSTATAR tal afirmação?

      Somente me preocupa o que a religião pode afetar/atrapalhar a vida das pessoas.

      E quanto o Cristianismo pode ajudar as pessoas? isso não tem importância a ti? Seria tu parcial, enxergando apenas os males de falsas religiões, porém ignorando os benefícios que o cristianismo verdadeiro (pelo qual se coloca os ensinamentos de Cristo em prática) traz?
      Seria tu também hipócrita ao fechar os olhos para os males que o ateísmo trouxe a humanidade, principalmente quando seus adeptos de alto escalão (líderes) tentaram estabelece-lo a força a nação?

      PS. Sérgio Sodré, os meus átomos continuarão a integrar o Universo e a Natureza, mas esta consciência aqui estará morta.

      Como sabes que ela se manterá morta eternamente? Se tu é formado por átomos INFORMAÇÃO A-PERIÓDICA FUNCIONAL, MOTORES CELULARES, ORDEM e RAZÃO, como sabes que a fonte da INFORMAÇÃO e ORDEM, e o construtor dos MOTORES CELULARES não trará tua razão (consiência) o de volta novamente?

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  6. dvillar51 says:

    Azetech disse:

    ”como sabes que a fonte da INFORMAÇÃO e ORDEM, e o construtor dos MOTORES CELULARES não trará tua razão (consiência) o de volta novamente?”

    Essa quebrou as pernas. Até o monitor tremeu.

    Vamos ver o quão atrevida é a imaginação dos evolucionistas.

    Ou será que teremos mais um o assunto esta a ser “estudado”?

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  7. ester says:

    Para mim o fato de eles serem ateus ou não não influi em nada e sim a exclusão social que vocês religiosos que frequentemente pregam o amor ao próximo usam para deixar esses pessoas deprimidas e sem ninguém para contar.

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    • Mats says:

      É o teu trabalho provar que as taxas de suicídio entre os ateus se devem à exclusão que os Cristãos lhes provocam.

      Fico à espera.

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    • dvillar51 says:

      Ester,

      Os ateus são livres.

      Nenhum Cristão os exclui. Ao contrário, convidamos os ateus a abandonarem suas descrenças depressivas.

      Veja se ao saírem de um culto os Cristãos parecem estar deprimidos.

      Então as escolas, hospitais, asilos, universidades e orfanatos, fundados em nome de Cristo, são realizações excludentes e antissociais?

      Ou você acredita que em asilos Cristãos não há ateus idosos sendo tratados e recebendo carinho?

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  8. Sodré Neto says:

    Inúmeras vezes a oração me alivia, também o crer ou saber que Deus permitiu o sofrimento como nosso professor para assuntos que sem ele não aprenderíamos, De igual forma a morte que nos ensina a desapegarmos e rejeitarmos nosso egoismo e aumentarmos nossa sensibilidade para com o frágil e perene próximo.

    Conhecer profecias como de Daniel 2 a qual prevê 2500 anos de historia com um final feliz , me deixa muito confiante em Deus e paz é tudo que preciso para não produzir noradrenalina e cortizol os quais paralizam minhas defesas imunológicas

    Deus me gera amor, gratidão, e o sentimento de adoração a Ele é a coisa mais gostosa que alguem pode experimentar , viciados em crack que tem seus cérebros enxarcados de dopamina chegam a substituir a droga pela adoração, algo muito mais prazeroso quando o homem em paz com Deus o adora e enxerga sa beleza da sua santidade

    Tem mais beneficios, mas só por falta destes imagino quão triste deve ser a vida de um ateu sem estas coisas tão preciosas

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  9. uruhill says:

    Quem não tem fé em Deus não tem fé na vida. Isso é fato. Entrar no ateísmo é entrar na depressão. É um suicídio em primeiro grau ou em segundo grau (de forma inconsciente):drogas, sexo doentio, agressividade para com os outros de forma verbal ou física, intolerância, ódio, etc, etc. Nós que conhecemos a verdade temos obrigação de ajudar a clarear a mente das pessoas e isso só é possível através da inteligência do amor e do perdão.

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  10. Danielle says:

    Seria interessante contrastar essa pesquisa com outras. Por exemplo, cerca de 80% dos presidiários brasileiros se dizem religiosas. As guerras e massacres por motivos religiosos são uma constante na história humana, ou seja, as pessoas se suicidam menos mas matam mais quando são religiosas.

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    • Lucas says:

      Seria interessante contrastar essa pesquisa com outras. Por exemplo, cerca de 80% dos presidiários brasileiros se dizem religiosas.

      Há várias perguntas a fazer:
      1. Eram religiosas no momento em que cometiam os crimes que lhes levaram à prisão?
      2. Eram membros activos de alguma igreja quando cometeram os crimes que lhes levaram à prisão?

      Nunca ninguém faz essas perguntas. Para além disso, parece que os “sem-religião” são em maior percentagem nas cadeias do que na sociedade. Porque será?

      As guerras e massacres por motivos religiosos são uma constante na história humana

      Só são responsáveis por cerca de 7% de todas as guerras dos últimos 3,000 anos. Se calhar deverias-te preocupar com os outros 93% e não com os 7% da religião, não?

      ou seja, as pessoas se suicidam menos mas matam mais quando são religiosas.

      Que pena que não haja evidência alguma em favor dessa tua fé.

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  11. Ana Barto says:

    “Although it is not known whether there is causality involved in the association between suicide attempt and lack of religious affiliation, Kendler et al. (29) have argued that, in general, the effect of religious commitment on personal (mal)adjustment is stronger than the reverse. ”
    “This study has some limitations. For example, it did not assess religious upbringing, religious practice, or the level of personal devotion. Therefore, it is possible that depressed patients who stated that they were atheists or had no religion had abandoned religion as a consequence of depression or hopelessness. It is notable that hopelessness and depression scores were similar in the religious and nonreligious group but that the two groups differed strongly on perceived reasons for living. This suggests that some positive aspect of religious affiliation overcame the negative effects of depression, stressful life events, and hopelessness. Perhaps this was also manifested in the presence of less suicidal ideation.”
    Para finalizar, não ter religião não é sinônimo de ser ateu.

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  12. Antonio Carlos Soares Lima says:

    É mentira! A reportagem publicada não diz absolutamente nada sobre a relação entre ateísmo e suicídio. Nele fala que pessoas que sofrem agressões por toda vida e responsabilidades para com a família estão significativamente associados à tentativa de suicídio. Em “RESULTS” (RESULTADOS) diz que pessoas sem afiliação religiosa tinham mais tentativas de suicídio ao longo da vida. Nada, absolutamente nada sobre ateus é dito. Outra, as pessoas que não sentem objeção moral ao suicídio estão mais propensas a cometê-lo. Tudo normal.

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    • Mats says:

      Em “RESULTS” (RESULTADOS) diz que pessoas sem afiliação religiosa tinham mais tentativas de suicídio ao longo da vida. Nada, absolutamente nada sobre ateus é dito.

      Interessante, visto que quando os ateus querem aumentar o número de ateus, dizem que “sem religião2 = “ateu” (veja-se no caso dos países Nórdicos onde “sem religião” é visto como “ateu”.

      No entanto, quando há um dado negativo associado ao grupo “sem religião”, os ateus rapidamente dizem “sem religião” não significa “ateu”.

      Vocês têm que combinar melhor a vossa dualidade de critérios.

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  13. Ana Silva says:

    “Sem religião” mão significa “ateu”.

    Porque “ateu” significa exclusivamente “não acreditar, nem sequer aceitar a possibilidade da existência do Divino”. E existem pelo menos duas alternativas a isso:

    (1) Não acreditar na existência das divindades propostas pelas diferentes religiões conhecidas, mas aceitar a existência do Divino;
    (2) Não acreditar na existência das divindades propostas pelas diferentes religiões conhecidas, mas aceitar que o Divino possa existir (é o meu caso);

    Eu aceito como lógico (de senso comum) que, em igualdade de circunstâncias, pessoas que não têm pressões religiosas (“se me suicidar vou para o inferno”, etc.) possam ter maior propensão para aceitar o suicídio como uma forma (errada) de “terminar o seu sofrimento e o dos outros”. Mas não é por se abster de cometer suicídio por razões religiosas que uma pessoa deixa de sofrer (e que as razões que a levam a considerar o suicídio como “uma solução” desaparecem).

    Também me parece lógico (senso comum) que sejam jovens, mais centrados neles próprios e sem “responsabilidades familiares” os que mais consideram a possibilidade do suicídio. Uma pessoa com filhos “a cargo”, por exemplo, irá pensar duas vezes antes de cometer esse acto e deixar os seus filhos sozinhos no mundo.

    Finalmente, pelo menos na Sociedade Ocidental, as pessoas com tendências suicidas são quase sempre pessoas com problemas mentais graves, a começar pela depressão (profunda) e o transtorno bipolar. É natural que quando não procuram ajuda exterior (familiar, médica, etc.) essas pessoas se auto-mediquem, muitas vezes recorrendo a drogas ilícitas. Se não estou em erro isso acontece muito nos Estados Unidos e tem sido alvo de vários estudos.

    Acho que este último ponto deveria ser o mais importante a salientar em textos sobre suicídio. Pessoas com problemas mentais, independentemente da sua religião, devem ser apoiadas por familiares e amigos (onde eu incluo padres e pastores) e ajudadas por profissionais qualificados na área da saúde mental (onde eu não incluo padres e pastores a menos que estes tenham formação profissional na área da saúde mental). A religiosidade da pessoa, neste caso, é para mim um pormenor que pode ou não ajudar na recuperação.

    Nota: Penso que a sua pesquisa pela World Health Organisation está desactualizada, Mats, pelo menos quanto aos últimos 3 anos. De acordo com a Wikipedia os trinta países com maior taxa de suicídio não são os 10 países “menos religiosos”. A Suécia, por exemplo, que é um país reconhecidamente pouco religioso, está em número 68 na lista de taxa de suicídios masculinos compilada pela mesma World Health Organisation em 2015 (abaixo dos Estados Unidos que ficou em número 46).
    https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_suicide_rate
    https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_irreligion
    https://en.wikipedia.org/wiki/Importance_of_religion_by_country

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    • Mats says:

      A religiosidade da pessoa, neste caso, é para mim um pormenor que pode ou não ajudar na recuperação.

      As evidências indicam que a religiosidade ajuda na recuperação.

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      • Ana Silva says:

        Mats:

        “As evidências indicam que a religiosidade ajuda na recuperação.”

        Eu aceito isso como muito possível, Mats. Uma pessoa religiosa pode encontrar conforto e apoio na sua religião, e atingir paz. Acho isso perfeitamente natural.

        Mas NÃO tenho QUALQUER DÚVIDA que o Mats consegue encontrar citações mais credíveis.

        A primeira citação refere-se ao estudo de “pacientes internos DEPRIMIDOS”. Portanto o estudo não se foca na população em geral, mas apenas em pessoas que (já) têm depressões suficientemente graves que estão internados (é isso que “interno” quer dizer).

        Eu concordo que “pessoas com maiores objecções morais ao suicídio”, como é esperado de pessoas religiosas, tenham menores tendências suicidas. Parece-me lógico.

        Mas, como o estudo científico que você cita (a primeira citação) parece confirmar, Mats, pessoas com tendências suicidas são quase sempre pessoas com problemas mentais. Os indivíduos estudados referidos no artigo, volto a repetir, têm depressão suficientemente grave para estar internados.. Eu acredito que quando as pessoas com tendências suicidas são apoiadas (por familiares e amigos) e ajudadas (por profissionais com formação na área de saúde mental) poderão recuperar, independentemente de serem religiosas ou não.

        O facto de o Mats não ter sequer pegado neste ponto, que, volto a repetir, é para mim o mais importante, deixa-me algo preocupada. O Mats defende que a religião é suficiente para contrariar tendências suicidas? Que não é preciso apoio profissional para tratar pessoas com problemas mentais que levam a pensamentos científicos?

        Quero acreditar que não!

        Para lá disso a informação recolhida em variados relatórios internacionais não indica que países com maior percentagem de não-religiosos têm maiores taxas de suicídio. Pelo contrário.

        Volto a repetir, eu escolheria outros exemplos para lá dos que indicou, Mats. A Conservapedia, fonte das duas últimas citações, não é considerado um site muito credível, até pelo facto do administrador deste site ter descartado as contribuições dos que não concordam com ele. Mais, a fonte do primeiro é uma notícia de 1894 e a fonte do segundo é um blogue que refere estudos feitos em escolas religiosas na Irlanda (onde os alunos poderão sentir uma pressão para se declararem cristãos, independentemente de o serem ou não.

        Tenho a certeza que consegue encontrar outras citações mais credíveis que as da Conservapedia, Mats. Porque, concordo consigo, a religiosidade pode ser um ponto importante para contrariar o suicídio.

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      • Mats says:

        Eu não preciso de “encontrar outras citações mais credíveis” se as que mostrei confirmam o que eu afirmei. A Ana é que tem que mostrar como é que estes dados amplamente conhecidos estão errados.

        Boa sorte.

        PS: A falácia genética não é uma forma válida de argumentação.

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