O começo do universo foi extremamente caótico…..talvez.

Este texto foi dos mais hilariantes que já li em relação à origem do universo.

Vocês devem conhecer o que os cientistas chamam de “efeito borboleta”, que significa que, se uma borboleta bater suas asas aqui, no Brasil, isso pode causar um tornado no Texas, Estados Unidos.

Recentemente, cientistas afirmaram que depois do Big Bang, a explosão que mais tarde criou o nosso mundo, o universo estava em caos.

Importante: segundo a cosmologia do “big bang”, uma “explosão” criou o nosso mundo. Pondo de parte o ridículo de se acreditar em “explosões criativas”, reparem que isto refuta o que muitos “big-banguistas” dizem. Segundo eles, o “big bang” não foi uma explosão mas só uma “expansão”.

E, por caos, eles não querem dizer “bagunça” mas sim que pequenas mudanças podiam causar efeitos em larga escala – o efeito borboleta, por exemplo, seria um sistema caótico.

Portanto, não só acreditam em explosões com a capacidade de criar a ordem que nós vemos hoje em dia, como também redefinem o termo da palavra “caos”.

Segundo esse novo estudo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o caos em nosso universo teria começado cerca de 0,0000000000000000000000000000000000000000001 segundos após o Big Bang. E teria durado um tempo ainda mais curto.

Como acho que deve ser óbvio, não há evidência para isto. Se substituirmos o número de cima por “2 segundos” ou “45 segundos” ou mesmo “4 horas” não há forma de refutar ou confirmar. Isto não é ciência.

Durante este tempo, o universo se expandiu. E essa expansão, como o próprio universo, foi provavelmente caótica.

“Provavelmente” ou talvez não. Nunca vamos saber.

Esse período de início do universo não é bem compreendido.

🙂

Não é “bem compreendido” mas não só se sabe que começou com uma explosão criativa, como também se sabe quanto tempo houve entre o big bang e o suposto caos que se seguiu.

Algumas teorias propõem que esta fase inicial caótica foi seguida por um período de rápida expansão, quando o universo dobrou de tamanho mais de 100 vezes dentro de uma fração de segundo.

Não se sabe qual é lei natural capaz de fazer isto. O big bang aparentemente depende de leis que nunca foram vistas em operação. (Mais ou menos como a teoria da evolução)

A ideia do caos é para ser realmente assustadora.

É mais hilariante que assustadora.

Estudos anteriores já haviam sugerido que o caos reinou no universo durante seus primeiros momentos, mas essa nova pesquisa ofereceu o que os cientistas chamam de “argumento férreo” para o caso.

Os estudos anteriores tiveram resultados muito variados, e alguns cientistas sugerem que isso aconteceu por causa do fato de que diferentes observadores tendem a perceber o tempo de forma diferente.

Sim, no que toca ao big bang cada cientista pode inventar o que bem entender. Porquê? Porque não dependa de observações mas de conjecturas e hipóteses não sujeitas a confirmação empírica.

Ao contrário disto, as observações que são realmente científicas são as mesmas independentemente de quem as faça. Esta é a diferença entre ciência empírica e ciência histórica. Enquanto que a primeira depende das observações, a segunda está muito dependente das crenças pessoas do observador.

Isso significa que diversos cientistas, quando estudam o mesmo problema, podem concluir coisas diferentes.

Mostrando de forma clara que o big bang não faz parte da ciência operacional ou empírica.

Porém, os novos cálculos dos pesquisadores brasileiros provam que essa propriedade do universo é absoluta, independentemente da relativa coordenada do observador.

Pelo menos até o próximo observador anunciar as suas conclusões.

Eles se basearam na aplicação de cálculos para os últimos modelos cosmológicos do universo. Se estes modelos se provarem imprecisos, então o universo pode não ter nascido no caos.

Ou seja, segundo os pesquisadores, a principal colaboração da pesquisa é a possibilidade de uma definição universal do caos, ou seja, uma definição que não depende do observador, o que era um problema antigo.

Quando o “caos” pode ser aceite como explicação cientifica, quanto tempo mais até o “se calhar” e o “talvez” também passarem a ser explicações “científicas”?

Outra descoberta da pesquisa é que, embora o nosso universo não seja mais caótico, ele pode retornar a esse estado se experimentar um hipotético “Big Crunch”, um Big Bang inverso.

Não foi dito como é que o universo passou de um estado “caótico” (segundo a definição proposta em cima) para a ordem que hoje vemos. Não foi mencionada nenhuma força natural capaz de organizar a matéria de modo a que ela haja de forma previsível e padronizada.

Alguns modelos cosmológicos prevêem que o universo vai continuar se expandindo para sempre, ou irá diminuir gradualmente.

Ou seja, prevêem ao mesmo tempo dois opostos – duas coisas mutuamente exclusivas.

Mas também é possível que se expanda, e então reverta o processo e inicie a contração, que seria o “Big Crunch”. Se isso acontecer, o fim do universo, assim como o seu início, não será nada tranquilo. Segundo os pesquisadores, provavelmente também será caótico. [LiveScience]

Ou não!

Conclusão:

A humanidade pode pensar que está a evoluir, mas as evidências mostram o contrário. A crença num início “caótico” do universo é algo que faz parte das cosmologias pagãs de outros tempos. As diferenças é que os pagãos atribuíam o caos às lutas entre os deuses ou outra coisa qualquer. Os neo-pagãos (evolucionistas) atribuem o imaginado caos que ocorreu logo após ao suposto big bang a forças naturais nunca vistas em operação.

Ao contrário das versões pagãs acerca da origem do universo, a Bíblia mostra-nos que desde o princípio que a ordem estava instalada. Não havia “caos” mas sim Um Deus Organizado a construir o Seu Universo em 6 dias normais (Êxodo 20:11).

Da mesma forma que os pagãos se viam forçados a postular cosmologias absurdas devido à sua rejeição do Deus da Ordem e da Razão, os neo-pagãos vêem forçados a fazer exactamente o mesmo.

“We have come a long way but we haven’t moved anywhere”

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"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
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12 Responses to O começo do universo foi extremamente caótico…..talvez.

  1. Sérgio Sodré says:

    Ao contrário disto, as observações que são realmente científicas são as mesmas independentemente de quem as faça. Esta é a diferença entre ciência empírica e ciência histórica. Enquanto que a primeira depende das observações, a segunda está muito dependente das crenças pessoais do observador.

    Declaro o meu protesto pela suposta diferença entre ciência empírica e ciência histórica. A ciência histórica é igual a qualquer outra, porquanto as observações das fontes e a sua obtenção são idênticas em termos de vigor científico. Os métodos históricos são rigorosos no tratamento, datação, análise de textos, reconstrução de peças fragamentadas, estudo de línguas antigas, etc, etc… É possível construir um base comum a todos os historiadores relativamente à grande massa do material (fontes) que estudam. É na escrita da História, na historiografia, que há diversas interpretações, mormente quando se trata de avaliar intenções subjectivas de personagens,… mas lá que a batalha de Aljubarrota se travou a 14 de Agosto de 1385 é descoberta científica tão, ou mais, verdadeira quanto qualquer facto descoberto por físicos, biólogos, etc…

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  2. Marcos Velten says:

    olá sergio,
    concordo com vc tb, mas uma questao relutante é q ainda assim a ciencia, seja ela qual for, dependem de valores e aparatos produzidos pelo homem, e mts vezes elas nao podem traduzir a verdade dos fatos.
    é bastante complicado isto, pq acabamos por ficar no limiar da razao.

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  3. Mats says:

    SOdré,

    Declaro o meu protesto pela suposta diferença entre ciência empírica e ciência histórica. A ciência histórica é igual a qualquer outra, porquanto as observações das fontes e a sua obtenção são idênticas em termos de vigor científico.

    Mas o facto de tu mostrares UMA semelhança não invalida que as metodologias operacionais de uma seja distinta da outra. Por exemplo, usando a tua lógica, eu posso dizer que o futebol é idêntico ao voleibol. Porquê? Ora, porque há duas equipas, uma bola e rede. Concordas com isto? Claro que não.

    O arqueólogo opera de forma diferente do físico ou do químico. O historiador não repete os eventos do passado para os estudar. O químico pode repetir reacções químicas dentro dum laboratório.

    Esse é o ponto do que disse.

    A ciência histórica, por sua vez, depende mais de hipóteses e conjecturas que, devido a impossibilidade de repetir o evento que inicia a pesquisa, está mais sujeita às vontades do analista. Por isso é que um químico criacionista e um químico evolucionista podem trabalhar lado a lado tranquilamente, mas um historiador evolucionista e um historiador criacionista vão ter diferenças de interpretação irreconciliáveis.

    Não te esqueças: ciência operacional lida com eventos que se podem repetir ou observar HOJE. Ciência histórica lida com eventos fora da observação empírica.

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  4. Kleber says:

    O Universo Eterno

    Quando todas as estrelas de porte maior que sua constante de formação de buracos-negros esgotarem seus eletróns e começarem a colapsar em forma de pequenos pontos ultrapesados de nucleóns; e esses se unirem e formarem buracos negros ainda maiores de força gravitacional, e assim por diante, causando instabilidade no espaço ao redor, atraindo para si pelo desbalanço da gravidade provocada toda matéria próxima, promovendo assim uma reação em cadeia contrária ao que promoveu a reação inicial, caso tenha existido, é possível talvez que toda matéria espalhada na formação do Universo, volte para um ponto inicial de gravidade incalculável pela conjunção de muitos buracos negros num mesmo ponto, onde não somente os nucleóns de massa esteja reunido, mas também toda fonte de energia, e nesse ponto possa ocorrer de ser um novo estopim para uma nova formação de Universo, transformando esse ciclo sem fim em Eternidade?
    Como se fosse um explosão de fogos de artifício no vácuo e esse vácuo fosse responsável, pela atração de suas cinzas ao mesmo ponto (no caso força da gravidade), como não ter para onde ir até a energia luminosa volta para seu ponto inicial até ocorrer a máxima condensação e posterior nova explosão? Como uma semente que absorve luz e energia para sua nova eclosão.
    Em nosso conhecimento atual é impossível imaginar de onde a energia provem, por que para existir energia é necessário existir matéria,e para ter matéria é necessário ter energia, para ter matéria é necessário ter antimatéria para balancear magneticamente a sua vibração visível; é necessário existir anti-energia para ter a energia?
    Mas como pode-se criar energia do nada? Caso existiu o Big-Bang de onde ou de quê criou-se ondas e partículas, é necessário existir algo criacionista; que crie esse duplo Universo, forneça energia para condensar em matéria e criar o Universo Complexamente Conhecido, a unica possibilidade que não existe é a existência do Universo sem explicação plausível do que do nada origina o todo e deste para o nada, sem que nada tenha razão para existir o todo e o todo só existe por que não existe o nada.
    Talvez a energia e a matéria que deu origem e fomentou o Big-Bang já existia na mesma forma que existe nosso Universo atual, e após as mortes das Mega-Estrelas e posterior formações de Buracos Negros Incalculáveis, atrairam-se e formaram Buracos Negros ainda maiores atraindo para o mesmo ponto a energia de todo Universo, formando em Bilhões em Bilhôes de anos Ciclos Eternos, desse modo podemos acreditar em um Universo Incriado e Indestrutível pois que essa forma de existir confere uma constante dinâmica e coerente com as leis da constância energética Universal.

    Kleber José de Oliveira.

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  5. Sérgio Sodré says:

    “Isso significa que diversos cientistas, quando estudam o mesmo problema, podem concluir coisas diferentes.”

    Exactamente como historiadores diferentes. Perante os mesmos sintomas, médicos diferentes podem fazer diagnósticos diferentes. Os Astrofísicos, durante muito tempo, perante as mesmas evidências dividiam-se entre os que aceitavam o começo do Universo pelo Big Bang e os que defendiam que o Universo era eterno sem começo nem fim (até que as evidências foram pendendo para o Big Bang). Engenheiros diferentes resolvem problemas técnicos de modo diferente. Generais diferentes defendem planos de operações diversos. dirigentes religiosos diferentes interpretam a mesma Bíblia de modo diferente, etc..etc…etc…
    Isso não impede que vão formando consensos razoáveis e descobrindo factos concretos que todos aceitem como verdadeiros… embora possa haver valorizações diferentes do “peso” desses factos em determinadas explicações.
    Já agora, a reconstrução de fragmentos de um documento histórico em laboratório não é menos científico do que a reconstrução de fragmentos de ossos fossilizados… a História usa o Laboratório, usa a matemática, usa a química, e repete experiências (por ex: datando por vários métodos, ou várias vezes pelo mesmo método um artefacto antigo).

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  6. Sérgio Sodré says:

    No princípio era o caos… e então? Não percebem que as leis do Universo evoluíram com o mesmo Universo? O Big Bang foi um singularidade, portanto não sujeito às leis físicas que depois vieram a regular a matéria-energia e o espaço-tempo…

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  7. Mats says:

    Sodré,

    “Isso significa que diversos cientistas, quando estudam o mesmo problema, podem concluir coisas diferentes.”

    Exactamente como historiadores diferentes. Perante os mesmos sintomas, médicos diferentes podem fazer diagnósticos diferentes.

    Pois podem, mas isso não invalida que se pode chegar ao verdadeiro problema HOJE após uma melhor avaliação. No que toca à HIstória ou à evolução, não há hipótese de verificar empiricamente qual é a verdade.

    Os Astrofísicos, durante muito tempo, perante as mesmas evidências dividiam-se entre os que aceitavam o começo do Universo pelo Big Bang e os que defendiam que o Universo era eterno sem começo nem fim (até que as evidências foram pendendo para o Big Bang).

    Ambas fazem parte da ciência histórica. Nenhum deles foi capaz de repetir o início do universo, mas sim INFERIR segundo as evidências que há hoje.
    Para dois físicos diferentes a equação E=mc^2 é sempre igual. Não há “interpretações pessoais” em relação ao que pode ser verificado empiricamente.

    Por isso é que a ciência operacional é a mesma tanto para criacionistas como para evolucionistas,.

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  8. Sérgio Sodré says:

    Mats,
    Alguém escreveu: Na minha breve passagem pela igreja adventista eu ouvia o diabo tinha posto os fósseis de dinossauro para enganar o Homem. Alternativamente, Deus tinha criado o Universo “velho” para confundir os sábios e premiar apenas aqueles que tivessem fé…

    Esta explicação é que não lembra ao Diabo (digo eu…)… mas lá que parece dar jeito para justificar as contradições entre a Bíblia e a generalidade da comunidade científica parece dar… Merece-te algum comentário?

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  9. Mats says:

    Sodré,
    Ainda bem que afirmas que a contradição é entre a Bíblia e os cientistas e não entre a Bíblia e a ciência.

    Essa “explicação” não faz sentido nenhum porque a existência de fósseis é um argumento a favor do Dilúvio de Noé.

    Não vejo é como é que isto resolve o teu ponto em relação à ciência empírica e a ciência histórica.

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  10. Sérgio Sodré says:

    Mats,
    Dei muita importância ao texto, porque me pareceu revelador de que as pessoas que seguem o texto da Bíblia, tal como está escrito literalmente, arranjarão sempre “explicações” para quando a ciência (ou os cientistas como quiseres) contrarie esse mesmo texto lido literalmente. Ou seja, nunca aceitarão qualquer tipo de evidências que lhes desagrade… em último recurso é o Diabo que nos está a enganar ou Deus que nos está a testar… não há pois hipótese de fazer prevalecer a Razão humana (espelho da Razão Divina?).
    Apesar do que disseste, vezes há em que os evangelistas alinham com o tipo de “explicações” dos adventistas e Mórmones…. como por exemplo a explicação rídicula de que o Diabo fez as Aparições de Fátima.
    (fico com a triste impressão de que se os pastorinhos fossem americanos, a “explicação” já seria outra, mas como foi em Portugal é melhor deitar abaixo…).

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  11. Darcy says:

    “Alguém escreveu: Na minha breve passagem pela igreja adventista eu ouvia o diabo tinha posto os fósseis de dinossauro para enganar o Homem. Alternativamente, Deus tinha criado o Universo “velho” para confundir os sábios e premiar apenas aqueles que tivessem fé…”

    Sodré, não sei quem é esse “alguém”, mas seria bom lembrar que muitas “declarações” correm por conta e responsabilidade individual, e não de um grupo (será que há igrejas que tenham declaração formal e específica sobre os dinossauros e a “finalidade” deles?). De modo geral, há muita desinformação sobre esses animais, seja entre cristãos, seja entre não cristãos. E isso mesmo quando há excelente material disponível sobre o assunto: só aqui em casa eu encontro dois livros da Casa Publicadora adventista (direcionados para crianças!) com explicações das características de dezenas de dinossauros, desde um iguanodonte a um braquiossauro. (a citação abaixo é de um desses livros, com o link para compra a quem interessar):

    “Muitos cristãos acreditam que Deus criou os dinossauros. Outros acham que Satanás criou os ossos de dinossauros para nos enganar. Como você logo perceberá, Satanás teria que criar muitos tipos diferentes de ossos de dinossauros, marcas de pele, rastro e ovos e espalhá-los por toda a parte. Não creio que ele tenha feito isso. Na verdade, acho que ele tenta convencer as pessoas de que Deus não é o criador dos dinossauros.” p.38

    http://www.cpb.com.br/produto-1064-como+surgiram+os+dinossauros+e+por+que+eles+desapareceram.html

    Este artigo recente, direcionado a um público adventista, é de pesquisador de um instituto da igreja, e faz um apanhado geral que pode ajudar a entender a origem de alguns “ruídos” na comunicação sobre a questão.

    http://adventista.forumbrasil.net/artigos-cientificos-f6/dinossauros-a-biblia-fala-sobre-eles-t991.htm

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  12. Darcy says:

    Segue alguns trechos de um dos livros mais conhecidos da literatura adventista (Patriarcas e Profetas), de um capítulo que trata da relação ciência-revelação. Tinha reservado estas linhas ainda quando o Sodré visitava este blog:

    [“Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da Sua boca.” “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.” Sal. 33:6 e 9. A Bíblia não admite longas eras em que a Terra vagarosamente evoluiu do caos. De cada dia consecutivo da criação, declara o registro sagrado que consistiu de tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram. No final de cada dia dá-se o resultado da obra do Criador. Faz-se esta declaração no fim do relato da primeira semana: “Estas são as origens do céu e da Terra, quando foram criados.” Gên. 2:4. Mas isto não confere a idéia de que os dias da criação eram diversos de dias literais. Cada dia foi chamado uma origem ou geração, porque nele Deus gerou, ou produziu alguma nova porção de Sua obra. Pretendem geólogos achar prova na própria Terra de que ela é muitíssimo mais velha do que ensina o registro mosaico. Ossos de homens e animais, bem como instrumentos de guerra, árvores petrificadas, etc., muito maiores do que qualquer que hoje exista, ou que tenha existido durante milhares de anos, foram descobertos, e disto conclui-se que a Terra foi povoada muito tempo antes da era referida no registro da criação, e por uma raça de seres grandemente superiores em tamanho a quaisquer homens que hoje vivam. Tal raciocínio tem levado muitos crentes professos na Bíblia a adotar a opinião de que os dias da criação foram períodos vastos, indefinidos.Mas, fora da história bíblica, a geologia nada pode provar. Aqueles que tão confiantemente raciocinam acerca de suas descobertas, não têm uma concepção adequada do tamanho dos homens, animais e árvores anteriores ao dilúvio, ou das grandes mudanças que então ocorreram. Restos encontrados na terra dão prova de condições que em muitos aspectos diferiam do presente; mas o tempo em que essas condições existiram apenas pode ser descoberto pelo Registro Inspirado. Na história do dilúvio a inspiração explicou aquilo que a geologia por si só nunca poderia sondar. Nos dias de Noé, homens, animais e árvores, muitas vezes maiores do que os que hoje existem, foram sepultados, e assim conservados, como prova para as gerações posteriores de que os antediluvianos pereceram por um dilúvio. Era o desígnio de Deus que a descoberta dessas coisas estabelecesse fé na história inspirada, mas os homens, com seus vãos raciocínios, caem no mesmo erro em que caiu o povo anterior ao dilúvio – as coisas que Deus lhes dera como benefício, mudam eles em maldição, fazendo delas mau uso.]

    […”As coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus; porém, as reveladas são para nós e para nossos filhos para sempre.” Deut. 29:29. Precisamente como Deus realizou a obra da criação, jamais Ele o revelou ao homem; a ciência humana não pode pesquisar os segredos do Altíssimo. Seu poder criador é tão incompreensível como a Sua existência.Deus permitiu que uma inundação de luz fosse derramada sobre o mundo, tanto nas ciências como nas artes; mas quando professos cientistas tratam estes assuntos de um ponto de vista meramente humano, chegarão certamente a conclusões errôneas. Pode ser inofensivo pesquisar além do que a Palavra de Deus revelou, se nossas teorias não contradizem fatos encontrados nas Escrituras; mas aqueles que deixam a Palavra de Deus e procuram explicar Suas obras criadas por meio de princípios científicos, estão vagando sem mapa nem bússola em um oceano desconhecido.Os maiores espíritos, se não são guiados pela Palavra de Deus em sua pesquisa, desencaminham-se em suas tentativas de traçar as relações entre a ciência e a revelação. Visto acharem-se o Criador e Suas obras tão além de sua compreensão que são incapazes de os explicar pelas leis naturais, consideram a história bíblica como indigna de confiança. Os que duvidam da exatidão dos registros do Antigo e Novo Testamentos, serão levados um passo mais, e duvidarão da existência de Deus; e então, tendo perdido sua âncora, são abandonados a baterem de um lado para outro nas rochas da incredulidade.]

    […Deus é o fundamento de todas as coisas. Toda verdadeira ciência está em harmonia com Suas obras; toda verdadeira educação conduz à obediência ao Seu governo. A ciência desvenda novas maravilhas à nossa vista; faz altos vôos, e explora novas profundidades; mas nada traz de suas pesquisas que esteja em conflito com a revelação divina. A ignorância pode procurar apoiar opiniões falsas a respeito de Deus apelando para a ciência; mas o livro da natureza e a Palavra escrita derramam luz um sobre o outro. Somos assim levados a adorar o Criador, e a depositar uma confiança inteligente em Sua Palavra.]

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