O Jeitinho Evolutivo

Foi possivelmente isto que induziu Haeckel a dar
um “jeitinho” aos desenhos, convencendo-o
que o embrião revivia formas ancestrais.”
Ludwig Krippahl , Agosto 18, 2009

Isaías 59:4
Ninguém há que clame pela justiça,
nem ninguém que compareça em juízo pela verdade;
confiam na vaidade,
e andam falando mentiras; concebem o trabalho,
e produzem a iniquidade.

Por jeitinho evolutivo entende-se como a deturpação deliberada, premeditada e planeada das evidências científicas como forma de justificar e promover a teoria da evolução, e por ramificação, o ateísmo.

Durante a sua longa e trágica história, a desnecessariamente sobrevalorizada teoria de evolução tem tido com alguma frequência os seus “jeitinhos evolutivos”. Um dos primeiros “jeitinhos” a que a teoria de Darwin foi alvo foi com os universalmente desacreditados embriões de Haeckel.

Em relação aos mesmos, o ateu marxista e evolucionista Stephen Jay Gould afirmou:

Embora nós não devêssemos ficar surpreendidos com o facto das ilustrações de Haeckel terem feito parte dos livros escolares do século 19, o mesmo não se passa quando verificamos a contínua reciclagem descuidada que conduziu a persistência das ditas ilustrações em muitos (se não na maioria) dos livros escolares contemporâneos!

Por outras palavras, este jeitinho evolutivo já passou o prazo de validade.

Michael Richardson, da “St. George’s Hospital Medical School”, em Londres, escreveu uma carta a Stephen Jay Gould onde afirmou: (Agosto de 1999):

Se o número de historiadores que sabiam desta controvérsia era assim tão grande, porque é que eles não comunicaram esta informação aos inúmeros autores contemporâneos que usavam as ilustrações de Haeckel nos seus livros? Eu conheço pelo menos 50 livros de biologia recentes que usam estas ilustrações sem os criticar. Acho que esta é a questão mais importante a emergir deste incidente todo.

É de facto vergonhoso que pessoas que sabem qual é a verdade deixem que este jeitinho evolutivo continue a ser propagado de forma tão descarada. Parece que para algumas pessoas é mais importante promover a evolução do que dizer a verdade. Isto provavelmente se deve ao facto de a teoria da evolução rejeitar a existência do Deus Criador, e, desde logo, suportar a moralidade relativa. Na falta de Uma Referência Absoluta para a moralidade (Deus), todos os comportamentos morais se tornam igualmente válidos, incluindo o uso da mentira para promover a teoria da evolução.

O ateu evolucionista PZ Meyers afirma:

A teoria de Haeckel era inválida, algumas das suas ilustrações eram falsas, e ele deliberadamente retirou interpretações dos dados de forma a suportar uma falsa tese. Para além disso, ele foi influente tanto nos círculos científicos como também na imprensa popular; a sua teoria ainda ecoa na dita imprensa popular contemporânea. Wells está correcto ao criticar livros escolares por perpetuarem o infame diagrama de Haeckel sem revelarem as suas imperfeições, e sem mencionarem como as mesmas foram usadas para promover uma teoria falsificada.

O problema com este evento não é tanto o terem-se usado jeitinhos evolutivos para promover a teoria da evolução. O problema não é também que esses jeitinhos ainda se mantenham nos livros escolares. A tragédia disto tudo é que nem o Gould nem o Meyers param para se perguntarem sobre o porquê da teoria da evolução precisar de “jeitinhos”. Eles não param para se questionar se há algo com a teoria que a faz tão susceptível de ser alvo de falsas evidências (“jeitinhos evolutivos”).

A este ponto um evolucionista pode dizer:

Ah, mas tu estás a ser injusto. Vais rejeitar toda a teoria da evolução apenas e só porque foi proposta UMA falsa evidência?!! Isso seria o mesmo que rejeitar toda a medicina apenas e só porque antigamente não se esterilizavam utensílios médicos como se faz hoje!

O problema claro está é que a teoria da evolução está literalmente infestada de “jeitinhos”:

1. Afinal parece que o Homo habilis e o Homo Erectus viveram lado a lado. Isto indica que um não evoluiu do outro, tal como a teoria da evolução contava.

2. Afinal parece que as penas do pavão não evoluiram em resposta às escolhas da fémea.

3. Parece que a “árvore da vida” proposta por Darwin está manifestamente errada, mas foi bastante útil na altura como forma de derrotar os criacionistas. Outros evolucionistas atacam a árvore de Darwin por ela contradizer outros ramos da ciência.

4. A cosmologia ateísta também tem os seus jeitinhos evolutivos: A Equação de Drake: Cinquenta anos, milhões de dólares e nada. Para além disso, mostrando mais uma vez a fiabilidade dos métodos de adivinhação darwinistas, pesquisadores do “Carnegie Institution of Washington” concluiram que, afinal, o universo é mais velhinho do que se imaginava. Vêr este post.

5. Contrariamente ao que nos foi indoutrinado, parece que a teoria da evolução não é assim tão importante para a ciência. Mais um jeitinho evolutivo.

6. E quem pode esquecer o “Piltdown Man“, uma fraude que enganou uma geração inteira?

7. Devido a tantos jeitinhos evolutivos, o blog “Darwinismo” dedicou um dia especial para a teoria da evolução. (1º de Abril, Dia das Mentiras)

8. Afinal a evolução das áves não é um “facto”. Parece estar a voar para fora a ciência.

9. Os dinossauros não evoluiram para áves:

As áves usam mais oxigénio do que os mamíferos e a reportagem levada a cabo pela Science Daily apresenta um diagrama do esqueleto de uma áve, mostrando como o fémur das mesmas está conectado ao seu sistema respiratório. Se o fémur das áves se movesse como se move o fémur dos mamíferos e dos dinossáuros, o seu pulmão entraria num colapso.

10. Medo de cobras causou a evolução, ou será isto mais um jeitinho evolutivo? Ou será que foi a música que causou a evolução?

11. Tantos são os “jeitinhos” evolutivos que os darwinistas querem superar outros darwinistas com o seu jeitinho de estimação: “O meu fóssil é melhor que o teu!

11. Afinal a vida não começou nos oceanos.

Conclusão:

Muitos outros “jeitinhos evolutivos” poderiam ser expostos, mas a tónica é aempre a mesma: tudo vale, desde que seja para a glória de Darwin. O jeitinho evolutivo do Haeckel foi só o princípio de uma longa e penosa história de fraudes e mentiras.

Algumas delas ainda estão cá…

About Mats

"Posterity will serve Him; future generations will be told about the Lord" (Psalm 22:30)
This entry was posted in Biologia, Ciência, Sociedade and tagged , , . Bookmark the permalink.

5 Responses to O Jeitinho Evolutivo

  1. Ludwig says:

    Mats,

    Dos exemplos que dás só o do Haeckel é que é um “jeitinho”. Os outros parecem-me todos ou correcções a detalhes dos modelos ou especulação ainda por confirmar.

    Por isso vou-te pedir que me indiques alguns exemplos de livros de biologia modernos onde se ensine que os desenhos de Haeckel estavam correctos.

    Já agora, diz-me se já percebeste porque é que os desenhos de Haeckel não fazem nada para apoiar a teoria da evolução de Darwin. Pelo contrário, Haeckel defendia uma forma de lamarckismo…

    Like

  2. eclypse says:

    Olá Mats.

    Por favor, pediria que lesse, com atenção, esse texto. Gostaria de saber sua opinião a respeito desse artigo.

    Abraço

    Like

  3. Mats says:

    Eclypse,
    Eu acho que o artigo está bem escrito e mostra como a palavra “fundamentalismo” depende do contexto.

    Isso é uma coisa que poucos cristãos se decruçam, e acho até que muitos fogem da palavra “fundamentalismo” porque provavelmente os muçulmanos vem-lhes à memória. O que eles não sabem é que a palavra “fundamentalismo” foi inicialmente empregue a cristãos que subsecreveam os fundamentos da fé cristã.

    Dado isso, eu acho que um cristão, por definição, tem que ser um fundamentalista. Não há meio termo.

    Like

  4. Mats says:

    Ludwig,

    Por isso vou-te pedir que me indiques alguns exemplos de livros de biologia modernos onde se ensine que os desenhos de Haeckel estavam correctos.

    1. Starr and Taggart’s Biology: The Unity and Diversity of Life (8th Edition, 1998)
    2. Guttman’s Biology (1999)
    3. Biggs, Kapicka and Lundgren’s Biology: The Dynamics of Life (1998),
    4. Schraer and Stoltze’s Biology: The Study of Life (7th Edition, 1999),
    5. Miller and Levine’s Biology (5th Edition, 2000),
    6. Alberts, Bray, Lewis, Raff, Roberts and Watson’s Molecular Biology of the Cell (3rd Edition, 1994),
    7. Futuyma’s Evolutionary Biology (3rd Edition, 1998).

    Segundo o site donde tirei essa colecção de livros, foi livros como os expostos em cima que levaram o evolucionista Stephen Jay Gould afirmar no ano 2000:
    “Embora nós não devêssemos ficar surpreendidos com o facto das ilustrações de Haeckel terem feito parte dos livros escolares do século 19, o mesmo não se passa quando verificamos a contínua reciclagem descuidada que conduziu a persistência das ditas ilustrações em muitos (se não na maioria) dos livros escolares contemporâneos!” “Abscheulich! Atrocious!” Natural History (March, 2000), pp. 42-49.

    Já agora, diz-me se já percebeste porque é que os desenhos de Haeckel não fazem nada para apoiar a teoria da evolução de Darwin. Pelo contrário, Haeckel defendia uma forma de lamarckismo

    O próprio Darwin disse que a embriologia oferecia uma das evidências mais fortes para a sua teoria. O que é que ele tinha em mente?
    Além disso, o lamarckismo é uma teoria evolutiva. Sim, não é uma teoria darwiniana, mas faz parte das váris teorias evolutivas que já foram propostas para explicar a biodiversidade.
    A forma não-tão-subtil como vocês tentam separar Lamarck de Darwin assemelha-se a forma como os esquerdistas americanos tentam separar o Obama do comunista, racista, defensor de assassino de polícias Van Jones.

    Like

    • ljoker says:

      ‘reciclagem descuidada’? Como já dizia o excelentíssimo ‘filósofo’ brasileiro Compadre Washington: Sabe de nada, inocente!

      Pura doutrinação!

      Like

Todos os comentários contendo demagogia, insultos, blasfémias, alegações fora do contexto, "deus" em vez de Deus, "bíblia" em vez de "Bíblia", só links e pura idiotice, serão apagados. Se vais comentar, primeiro vê se o que vais dizer tem alguma coisa em comum com o que está a ser discutido. Se não tem (e se não justificares o comentário fora do contexto) então nem te dês ao trabalho.