Robert Ballard, arqueólogo subaquático, alegou ter encontrado evidências no Mar Negro de que o Dilúvio de Noé realmente ocorreu. Cristãos que lêem o título da notícia podem considerar isto como uma confirmação da Bíblia, mas o que quer que Ballard encontrou no fundo do Mar Negro não deve ser considerado como evidência directa em favor do Dilúvio.
Ballard, famoso por revelar os destroços do Titanic durante os anos 80 (usando um submersível controlado remotamente) investigava recentemente o fundo do mar na costa da Turquia.
Um programa da Abc com o nome de “Back to the Beginning”1 exibe o seu trabalho. Ballard descreveu um dilúvio durante a Idade do Gelo que ocorreu nessa área. Por essa altura, uma camada de gelo (…) cobriu grandes extensões. Através dos séculos, o gelo derreteu e causou falhas catastróficas nas barragens naturais de todo o globo. Isso elevou também o nível do mar em centenas de metros.
Uma dessas barragens naturais separou o Mar Mediterrânico do que havia sido anteriormente um lago de água doce. A equipa de Ballard descobriu uma antiga linha de costa 121 metros abaixo da superfíce do Mar Morto – muito provavelmente a antiga linha da costa do lago.
Aparentemente, o mar superou a sua barreira em apenas um dia, esculpiu o estreito de Bósforo, e elevou-se violentamente acima do antigo lago para se tornar no Mar Morto actual. Ballard disse à ABC News que “Muito provavelmente foi um mau dia. Num momento mágico, ele rompeu e inundou este lugar de forma violenta, e muitos imóveis, 150,000 quilómetros quadrados de terra, submergiram.”1
É isto que Ballard sugere ter sido o Dilúvio de Noé? Segundo a ABC News,
A teoria segue sugerindo que a história deste evento traumático, gravado na memória colectiva dos sobreviventes, foi transmitida de geração em geração e eventualmente inspirou a descrição Bíblica de Noé.1
Esta “teoria” não vem da Bíblia, mas sim dos pesquisadores seculares Bill Ryan e Walter Pitman, cuja ideia obteve popularidade extensiva no ano de 1999.2 Mas embora possa muito bem ter ocorrido um terrível e gigantesco dilúvio no Mar Negro durante a altura em que a Idade do Gelo avançava, este não poderia ter sido o mesmo dilúvio dos dias de Noé por três motivos.
Primeiro: o Mar Negro encontra-se sobre milhas e milhas de camadas rochosas que, a dada altura, eram lama e areia. Também se encontram localmente fósseis de criaturas marinhas. Estas camadas estendem-se através de largas áreas do continente e são evidências dum genuíno dilúvio global. Uma vez que estas camadas diluvianas se encontram por baixo dos depósitos da Idade do Gelo, elas mostram que outro cataclisma maior ocorreu antes das catástrofes da Idade do Gelo.
Segundo: se o dilúvio do Mar Negro foi “gravado na memória colectiva dos sobreviventes,” para se tornar na “história” de Noé, então só os descendentes dos sobreviventes locais deveriam reter a sua memória. Por outro lado, se o Dilúvio cobriu todo o mundo, então todos os descendentes dos três filhos de Noé – todas as culturas do mundo – deveriam ter memória do terrível evento. Sem surpresa alguma, como foi cuidadosamente documentado pelo o historiador Bill Cooper no seu mais recente livro “The Authenticity of the Book of Genesis” [“A Autenticidade do Livro de Génesis”], lendas do Dilúvio existem um pouco por todos os cantos do mundo, em todos os continentes.3 Portanto, a história do Dilúvio de Noé não é meramente um mito do Médio Oriente.
Finalmente: as Escrituras claramente indicam que o Dilúvio de Noé cobriu todo o planeta. Em comparação, este dilúvio do Mar Negro foi minúsculo. Se este dilúvio local realmente é a fonte para o Dilúvio de Génesis, então Deus enganou-Se quando disse em Génesis 7:19 “E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.“4 Não há motivos para duvidar do que Deus disse uma vez que o dilúvio do Mar Morto não foi o Dilúvio de Noé.
Será que a arqueologia confirma o Dilúvio de Génesis? Provavelmente não, mas a geologia certamente que confirma. Quando buscamos as evidências em favor dum genuíno evento catastrófico global, é necessário alargar a área de pesquisa e analisar os continentes em si, e não só as suas fricções superficiais. Será que Ballard, Ryan, e Pitman estão dispostos a pensar em grande?
Conclusão:
É sempre muito informativa ver a forma como os secularistas dançam em redor da verdade mas fazem todos os possiveis para não concluir o que os dados dizem. Semelhantemente, é muito elucidativa a forma como eles rapidamente tentam minimizar o impacto da Verdade Biblica tentado desvirtuar a ciência como forma de rejeitar o Criador.
A verdade dos factos é que as evidências em favor do genuíno Dilúvio global são sobrepujantes. Quando alguém rejeita a historicidade do Dilúvio global, ele rejeita as inúmeras tradições em torno do mesmo, os fósseis que revelam um evento catastrófico, as descrições históricas do evento, as lendas, a linha temporal Bíblica, a plausibilidade do Dilúvio, os animais marinhos gigantescos enterrados onde practicamente não há água, a origem da água , a impossibilidade científica da Terra ter “milhões de anos”, montanhas com fósseis de animais marinhos, o catastrofismo, e, acima de tudo, a Palavra do Criador, que ensina uma Terra Jovem. Portanto a crença no Dilúvio de Noé não depende deste achado.
Referências
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Millman, J. B. Taylor and L. Effron. Evidence Noah’s Biblical Flood Happened, Says Robert Ballard. ABC News. Posted on abcnews.go.com December 10, 2012, accessed December 12, 2012.
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Morris, J. 2000. Has Evidence of the Flood Been Found in the Black Sea? Acts & Facts. 29 (2).
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Cooper, B. 2012. The Authenticity of the Book of Genesis. Portsmouth, UK: Creation Science Movement.
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That is, the high hills that existed in the pre-Flood world were covered—not the Himalayas, which were vaulted skyward near the end of the Flood year. See Baumgardner, J. 2005. Recent Rapid Uplift of Today’s Mountains. Acts & Facts. 34 (3).
Excelente texto!
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Caro editor: inicialmente quero lhes parabenisar, pela excelente contribuição que V.s. tem prestado a aquele que crem em m Deus Criador justo e fiel em tudo faz. Um Deus cuja sabedoria, nos destrona da pretencão ( principalmente daqueles que exercitam a falsa ciência) de achar que sabemos alguma coisa.
Com relação ao artigo “dilúvio” em pauta, questiono muito as pretenções das ciências naturais,eologia e paleontologia, que pretendem nos tratar como tolos (podemos até nos fazer de tolos, para enganar os sábios). São muito pretenciosos em fezer comclusões científicas ao analizares um simples sítio arqueológico no fundo do mar morto. Fazem o mesmo ao acharem alguns ossos antigos e constroem um elo perdido em que fazem um retrado e uma certidão de nascimento.
Tenho acompanhado e lido com muito interessecientífico todos os seus artigos, e face ser iniciante nesta discussão, tenho me abstido de mais comentério, pois estou como fala o Apostolo Paulo, só no leite.
Tenho formação médica desde 1978, nas especialidades e Pediatria e Clínica geral, tendo sido Professor titular de Médicina Legal, em Universidade no interior do Rio de Janeiro – Br.
Faço desta primeira participação, uma auto-apresentação.
Abs.
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Irmão Paulo, seja muito bem vindo blogue e fique totalmente à vontada para fazer comentários , reparos e correcções.
Um grande bem haja para si.
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